Érika, mais que uma amizade, um amor

Anos atrás, quando entrei no site para falar sobre algumas aventuras que tive (foram bem poucas) e também para escrever sobre algumas taras e fantasias que nunca aconteceram, mas que me excito em pensar nelas e, por isso, compartilhei com vocês, eu comentei por alto sobre a minha maior amiga no conto sobre minha primeira vez. Acho que é a hora de falar um pouco mais disso, e só não fiz antes porque ela é uma daquelas pessoas que a emoção domina e podemos acabar falando mais do que deveria. Mas tentarei me disciplinar aos fatos mais pertinentes.

Antes de sermos amigas, eu tinha acabado de me mudar de cidade. Tinha assumido de vez a minha nova identidade (para entender melhor, leia meus primeiros contos). E o clima era de insegurança, receio e muita timidez. Era mulher pela primeira vez, mesmo tendo um pipizinho "fantasma" e um saquinho "oculto". Eu não tinha noção do que poderia acontecer, especialmente após sofrer preconceito de pessoas que me tratavam como homem e simplesmente viram o tempo me tornar numa bela mulher sem nenhum tipo de intervenção.

Por isso, estava sempre com receio e fui para minha primeira aula totalmente escondida usando roupas cumpridas e largas e sempre tímida e entristecida. Não houve nada de anormal nos primeiros dias, na verdade. Me trataram como Laura e eu era só mais uma colega da turma. Aquilo era bom, porque não precisava me preocupar com as ofensas. Passei a estudar e focar nisso.

Nessa mesma época, aconteceu da escola montar uma feira de ciências e reuniram as turmas de mesma série. Como eu pouco interagia nos intervalos, eu nem conhecia ninguém além das pessoas de minha turma. Foi ali que vi Érika pela primeira vez. Que mulher linda. Um sorriso lindo, super simpática, roupa justa, mas nada erotizada. Pele morena, pernas grossas que lembram de uma passista, braços firmes, bumbum grandão, seios pequenos. Uma deusa, seu corpo revelava ser praticante de vôlei desde sempre.

Ela era tão linda que me senti constrangida. Sua presença me deixou impactada e ficava sem jeito quando ela se aproximava. Não nos comunicamos em nenhum momento, mas eu ficava sempre observando ela. Era a pessoa que, de longe, me chamou mais atenção. Pensei por um instante se isso não deveria ser por causa da "minha natureza" em ter nascido com genitália masculina (mesmo que praticamente inúteis e desaparecidas no meu corpo de mulher). A feira aconteceu e não tive e nem criei situação para conversar com ela. Mas agora sempre ia no recreio pra ficar admirando ela.

Após uns dois meses, por eu ser novata, os professores recomendaram minha mudança de turma devido ao meu comportamento. Embora pouco interagisse, eu sempre era a número 1 em tudo. E eles achavam que eu não tinha me socializado com a turma. Eles não sabiam do meu passado e minha situação. Perguntaram se eu toparia mudar de turma e eu aceitei para evitar conversar sobre algo mais particular.

Eu não conseguia conversar sobre meu segredo com ninguém. A família dizia para evitar isso, pois poderia encontrar mais preconceito com aquilo. E fora que eu era extremamente inexperiente em relação a sexo ou algo assim. Sempre romantizava ter um príncipe do cavalo branco comigo e achava os contos de fadas formidáveis. E não ter amigos ou amigas me deixava em parafusos às vezes. Queria falar sobre assuntos mais íntimos que não dá para contar para os pais, é estranho.

Para minha surpresa, a turma era bem a da Érika. Quando entrei na sala e a vi, engoli seco e ela notou isso me dando um sorrisinho simpático de volta. Aquilo meio que me deixou mais tranquila. Se antes me sentia intimidada por ela devido a sua grande beleza, agora parecia que isso era coisa da minha cabeça. A turma me recebeu melhor que a anterior, talvez porque não fosse mais o primeiro dia de aula.

Como fiquei a maior parte em círculos masculinos quando mais nova (devido a situação que já mencionei e que há detalhes no primeiro conto sobre isso), eu rapidamente me aproximei de Lucas e Juan, que ficavam mais perto de mim na sala. Nossos papos eram muito legais e a gente parecia ter se conectado muito facilmente. A diferença agora é que eles me respeitavam como mulher e eram muito gentis e isso era um pouco novo pra mim. Mas falávamos algumas bobeirinhas inofensivas e eles riam da minha ingenuidade para a maioria dos assuntos, especialmente os mais erotizados.

No entanto, tinha um assunto que ouvia eles comentarem, mas o mudavam assim que me notavam: as garotas da escola. Tinha ouvido falar de Luana, de Flávia, de Tati, mas a mais comentada era Érika. Dali passei a observar os outros rapazes. E realmente, a presença dela causava muito interesse masculino.

Um dia, conversando com Juan e esperando por Lucas, o meu amigo passou a conversar sobre o que achava a meu respeito. Ele passou a me cantar, do nada. Dizia que eu devia ser uma tremenda gata e que ficava usando aquelas roupas largas só para esconder minha beleza, mas que ele tinha me sacado e notado que eu era muito boa pra fazer isso. Eu fiquei sem entender a reação dele pois nunca tinha dado abertura e achei esquisito ele parar de falar aquelas coisas com a chegada de Lucas.

Esse papo foi esquisito e não consegui responder nada no breve momento em que ele conversou. Não via ele além de amigo, não queria ninguém e não achava ele atraente. Com isso, toda a vez que a gente ficava sozinha com ele, eu arrumava qualquer motivo para sair de perto. Tinha medo dele voltar a conversar sobre aquele assunto. Isso fez me afastar um pouco de Lucas também.

Em meio a essa sina, quando estava para ficar sozinha com Juan, Érika surgiu ao meu lado me tocando o ombro e puxando assunto como se conhecêssemos há anos. Quando notei que era ela, fiquei sem reação, mas instintivamente lhe dei um sorriso de agradecimento.

- Tá difícil de escapar dele hein (falou Erika após ter me cumprimentado com um "oi, amiga" e depois de termos visto ele se afastar passando direto).

- Nossa, tá tão na cara assim? (respondi com um pouco de vergonha).

- Notei que você virou amiga deles e depois quis ficar longe deles. Eu não entendi nada. Ainda mais que eles são muito sozinhos.

Eu só conseguia entender que ela havia me notado. Como uma deusa daquelas, com todos os holofotes virados pra ela, tinha tirado um tempo para me notar? Fiquei surpresa ao saber disso.

- Eu sou apenas amiga. De repente ele se declarou pra mim e toda vez que tem alguém perto ele finge que nada aconteceu. Daí fiquei com receio e tenho evitado ficar sozinha com ele.

- Olha, não é da minha conta. Mas se você quer só a amizade deles, tem que esclarecer isso. Da forma mais transparente e sincera possível.

- Mas e se ele se chatear?

- Amiga, seja sincera e deixa esclarecido. Se ele se chatear ou não aceitar, como vai ser amiga de um cara que tá só afim de você? E sem dizer que eles são solitários, você pode ter tido alguma atitude que fez ele se interessar por você, já que são afastados de todos.

- Tá bom, obrigada.

- Eu só não entendi uma coisa.

- O quê?

- Você também ser afastada de todo mundo, usar roupas largas. Você é linda demais para ficar tão escondida assim. Sem dizer que podia ir jogar vôlei com a gente. Se abre um pouquinho, porque é inteligente, reparei na feira de ciências e nas aulas, e é muito gentil, humilde. Pensa nisso. Se quiser ficar escondida, tudo bem, eu não vou te forçar a fazer o que não quer, mas só acho um desperdício.

E ela saiu. Enquanto saia eu só ficava calculando o quanto ela já tinha me observado. Eu toda intimidada por ela, a escola aos pés dela, e ela tendo feito todos aqueles comentários como se me conhecesse a milênios. Tirei um tempo ali sozinha para pensar naquele instante. E, claro, fiquei toda alegre.

No retorno às salas, chamei Juan para conversarmos a sós e esclareci que gostava muito de conversar com ele, que era um grande amigo, mas que não ia rolar nada além daquilo. Ele quis que dissesse o motivo e eu disse que simplesmente não tinha nada que ele pudesse fazer, eu não conseguia enxergar ele como um namorado ou ficante. Não tinha como rolar nada além da amizade. Mas que se ele não achasse que daria para ser o amigo de sempre, que entenderia e respeitaria essa decisão e frisei de novo que não ia rolar. Ele fiquei um pouco entristecido, mas disse que iria pensar. Também falei que não queria que ele dissesse querer ser meu amigo com o interesse de querer algo comigo no futuro.

Dois dias depois ele me procurou e falou que pensou a respeito e acreditou que ele tivesse entendido mal, que como eu era muito legal com ele, dava atenção e sempre andava com ele, que talvez eu tivesse dando bola. Mas que realmente não se via namorando comigo, que seria algo que não duraria muito. Rimos muito disso e voltamos a manter a amizade, com ele bem mais tranquilo em relação a isso e sem dar indícios de que pudesse guardar algum sonho futuro.

Pouco depois a Érika voltou a me procurar. Na sala, ela passou por mim, parou e perguntou se não queria ir jogar vôlei com as colegas. Eu disse que não sabia quase nada do esporte e ela insistiu para ir de um modo que eu tive que aceitar.

No começo da noite, no ginásio da escola, fui vestida com um shortinho longo, mas um pouco mais colado que o habitual, uma camiseta cavada também mais justa, tênis e um rabo de cavalo. Assim que cheguei vi algumas garotas dando rebatida e outras correndo e se aquecendo. Todas ficaram tentando saber quem eu era até que a Érika veio de sua corrida e me apresentou pra todas as amigas dela.

- Gente, rapidão. Essa é a Laura, da minha turma. Eu chamei ela pra vir assistir um jogo nosso, se enturmar um pouco mais e, quem sabe, jogar um pouco.

Todas foram gentis. Me cumprimentaram e percebi que algumas, da minha sala, ficaram me observando como se nunca tivessem me visto.

- Porque não usa algo assim pra vir pra aula? Te falei que você é mó linda. Todas estão surpresas com você. (disse Érika apenas pra mim).

- Ei, Laura. Mostra pra gente o que você sabe. A Fabi não vem hoje e parece que as atrasadas vão demorar a chegar. Podemos ir jogando? (perguntou a Duda).

- Olha, eu não sei jogar praticamente nada. Mas bora tentar.

- Você já jogou algum esporte? (perguntou Érika só pra mim).

- Futebol.

- Sério? E jogava em que posição?

- Goleira.

- Se tem reflexos com a mão, pode jogar um pouco. Vai ser libera do meu time. Você defende a primeira bola que for pra sua zona. Joga de manchete, que assim não dá dois toques. (foi me instruindo e mostrando o movimento rapidamente).

Em segundos começamos a jogar. Não fui bem, mas tive alguns bons momentos. Gostei de ser a líbero. Depois tentaram comigo de levantadora, de oposta, central e sim, eu era melhor como líbero. No fim me pediram pra jogar com elas, que com treino eu poderia ser titular do time da escola e que a outra colega que jogava nessa posição estava com problema na perna e etc e tal.

Me sentia no céu. E não conseguia esquecer das outras comentando a meu respeito, inclusive jogando. Aquilo fazia um bem danado pra auto-estima. E assim, em uma semana, Érika era a minha melhor amiga. Aos poucos passei a usar roupas menos largas e mais comuns, depois passei a jogar no time da escola. Mas tinha algo que Érika também tinha notado e que me fez ficar muito, muito preocupada.

- É que não vejo você indo ao banheiro feminino. Acho que já vi todas por lá. E também evita o vestiário após os treinos. Porquê?

Nessa hora, toda a amizade construída. A cordialidade dela em sempre me inserir em novos lugares, em ser parceira e em me apoiar, me deixaram segura de que poderia contar meu segredo pra ela.

- Sabe aquele quartinho de limpeza isolado de todos os lugares aqui na escola?

- Sei.

- Vamos pra lá. Eu vou agora e te espero por uns minutinhos. Vou te contar lá.

- Tá.

Sai com receios, pensando que contar ali poderia causar estranheza. Preferi mostrar e sabia do quartinho porque Juan tinha contado que flagrou um professor tendo um caso com a mãe de um aluno lá. Isso fez com que a área fosse um pouco mais vigiada e conhecida. Porém, com o caso praticamente esquecido, imaginei que seria o lugar ideal para mostrar a ela meu segredo.

Como o tempo estava curto para o encerramento das aulas, corri. Cheguei, fiquei lá dentro e esperei por ela. Assim que ela entrou e a identifiquei, comecei:

- Vou resumir. Eu nasci com os órgãos masculinos, mas meu corpo se desenvolveu feminino (e falei o que tá no primeiro conto). Eu devia ter te contado antes, mas é que as coisas foram acontecendo e eu não confio em quase ninguém por causa do preconceito, mas te acho tão legal, tão fofa comigo, que não te contar isso seria uma traição.

- Nossa, eu não sabia disso. É impossível imaginar que tenha pau.

- Eu praticamente não tenho. Olha aqui. (E baixei a roupa)

O olhar dela foi de surpresa. Mas ela não tinha ficado horrorizada. No entanto, não falou nada. Olhou nos meus olhos, ainda tentando entender tudo e falou para voltarmos antes que dessem falta da gente. Não nos falamos mais naquele dia e nem no seguinte.

Resolvi faltar ao treino. Senti que tivesse perdido minha maior amiga. Fiquei desolada e triste. Mas no dia seguinte, assim que cheguei, várias colegas do vôlei me cobraram motivos para não ter ido treinar. Inventei que foi um mal estar. Mas na hora notei que além do segredo continuar guardado, eu não tirava em torno de Erika, ela já tinha me colocado na cena.

Mas naquele dia ela não foi pra escola. Então liguei pra ela depois da aula e ela me contou que estava com um probleminha em casa. Então perguntei porque ela se afastou:

- Laura, eu te amo pela pessoa que é. Não é porque você tem uma coisa diferente no lugar de onde devia ser sua buceta que eu iria me afastar ou fazer algum mal pra você. No dia que me mostrou eu achei bem diferente, porque você praticamente não tem nada, e na hora eu fiquei com medo de ficar fazendo perguntas que pudessem te ofender. Mas ontem eu tava diferente porque o meu probleminha é que minha avó está internada e eu tô sem chão.

Na hora quis saber onde ela morava e simpl somente fui até lá para oferecer ajuda e estar próxima dela. Sua vó faleceu, fui ao velório e fiz tudo que uma amiga devia fazer. Após um tempo, ela voltou pra escola e voltamos a nos falar como antes. Nós duas éramos a melhor amiga uma da outra. Falei sobre ela para minha família que logo se ofereceu para conhece-la, e amaram ela.

Frequentavamos a casa uma da outra, saímos sempre. Ela me ensinava a ser mais atraente e se divertia com isso. Mas o que mais amava é que eu tinha um programa totalmente feminino com alguém. Comprar roupas, comentar sobre música, moda, homens. E como Érika sabia sobre isso, tinha ficado com vários.

Pouco depois conheci o Cauan (conto sobre a minha primeira vez) e ela esteve lá para dar ideias, instigar, orientar, ajudar. Praticamente me "criou" em meio às parcerias que ia tendo. Eu segui amiga de Lucas e Juan e, ao mesmo tempo, estava com a garota mais popular da escola. E era simplesmente fantástico estar nos dois mundos. Eles passaram até a me agradecer por isso pois algumas mulheres passaram a nota-los. Afinal, o que a melhor amiga da mais popular fazia na companhia deles? E eles aproveitavam para tentar ficar com alguém. E até namoraram mesmo.

Pouco depois a Érika entendeu o porque não ia ao vestiário ou banheiro femininos. O medo de alguém expor minha condição poderia gerar desgaste pra escola e problemas com as famílias. Assim, ela ficava comigo nos treinos até mais tarde para quando o vestiário ficasse vazio, eu pudesse usar.

No fim do tempo de escola, Érika namorava o Rodrigo, um homem pouco mais velho que conheceu num show. Esse período nos afastou um pouco por questões óbvias. E quando estávamos na formatura, com a ficha caindo de que o tempo juntas estava se esgotando a ponto de talvez nunca mais vê-la, nós choramos muito.

Eu tinha passado pra uma universidade em outra cidade e ela também iria para outro lugar. Íamos ficar distantes e eu sabia que nunca mais ia encontrar alguém como ela.

Lembro que num dia choramos abraçadas e no outro estava procurando uma quitinete para morar sozinha e distribuindo currículos por algo para me sustentar enquanto isso. Não deu para ter um tempo para organizar os sentimentos e tudo mais.

Um mês depois, eu numa rotina completamente apagada novamente, pertencente a turma do fundão na universidade e num emprego de caixa de mercado, simplesmente recebo um e-mail dela que dizia:

- Amiga, estou morrendo de saudades de você. As pessoas me receberam super bem aqui na minha universidade e as coisas estão boas, mas preciso de você. As coisas não fazem sentido, me sinto sozinha sem ter você aqui. Tentei te ligar, mas seu número não é mais o mesmo, ou será que mudou devido ao DDD? Kkkk, me liga, quero te ouvir.

Imediatamente fiz isso digitando o telefone dela. Antes que dissesse algo, ela:

- Laura! A quanto tempo esperava sua ligação.

Fingi outra voz e falei:

- Que Laura?

E ela:

- A mulher que não sabia que amava tanto até agora. Passa o telefone pra ela, boba.

- Eu também te amo, sempre te amei.

Conversamos por horas. Contamos as novidades e, entre indiretas, ela prometeu que viria em meu apartamento no próximo final de semana.

Na ansiedade preparei tudo e deixei o lugar impecável. Comprei vinho, bons queijos e vários petiscos. Queria impressionar. Mas no final, quem mais se impressionou foi eu quando abri a porta.

Érika estava num vestido rodado e florado. Linda, sorridente, gostosa. Ao me ver, me beijou na boca. Um beijo gostoso, tão quente e profundo. Foi como se tivesse tocado sua alma. Correspondi e senti um enorme prazer. Não nos separamos e fechei a porta com um tapa conduzindo ela ao meu quarto.

Como era bom apertar aquela tava enquanto a beijava. E senti sua mão me apalpar me deixou pegando fogo.

- Porque não fizemos isso antes? (falei pra ela)

- Eu sempre tentei fazer isso, mas nunca me deixou brecha alguma.

- Não sabia que gostava de mulheres.

- Tecnicamente você não é uma mulher.

- Ah, pára. Não gosto dessa brincadeira.

- Mas eu adoro essa sua revolta, me excito mais ainda com você assim.

- Hum.

- Eu sou bi. Mas nunca falei sobre minhas companheiras porque elas pediam segredo, e eu não namorei elas. Mas se eu soubesse que me retribuiria o beijo dessa forma, eu te assumiria publicamente sem problemas e diria aos outros que você era minha mulher!

Voltamos a nos beijar sem ter nos largado por mais um instante. Então me separei dela para tirar meu shortinho e blusinha para ficar de calcinha e sutiã enquanto ela fazia o mesmo.

- Peraí, e o seu namorado? Não falou dele no telefone. Terminaram?

- Não, mas ele não vai saber.

- Eu nunca fiquei com ninguém comprometido, não quero fazer isso. Especialmente com você.

- Não seja por isso.

Já de calcinha, ligou para o namorado e terminou o namoro imediatamente. Arregalei meus olhos, mas depois voltei a beijar aquela mulher. Agarrei seus seios, chupei cada um deles. Coloquei a mão em sua buceta, a primeira. Estava melada, ela me fez ficar por trás dela e então me ensinou a como tocar siririca pra ela.

Sentir seu corpo vibrar, ouvir seus gemidos, sentir seu suor. Depois penetrar os dedos e ver ela ter prazer assim me deixou louca e satisfeita. Nunca imaginei ser possível.

Ela se deitou, abriu as pernas e mandou cair de boca. Como era gostoso estar ali, sentindo seu aroma, provando seu sabor. Ela puxava meus cabelos, mandava chupar com a língua firme, penetrando um pouco. Depois pedia para encarar ela e só via aquela mulher gemer e me dominar. Que tesão. Senti me melar toda fazendo o que ela pedia. Após gozar firme em minha boca foi a vez dela retribuir.

Saiu da cama mandando me deitar no lugar dela. Veio, me beijou a boca, acariciou meus seios e mandou ficar quietinha. Então foi beijando meu pescoço enquanto sua mão ficava sobre minha genitália tentando decifrar minhas reações. Percebeu que a barriga era promissora e ficou um tempão ali. Então foi para as coxas e lambeu e sugou meu pipizinho.

- Não sinto sua chupada nele, mas um pouco abaixo é gostoso (fazia menção a onde ficava meu saquinho, que simplesmente é um caminho).

Sabia disso porque tocava com os dedos ali, como siririca e sentia prazer, até gozar. Mas quando sua doce boca tocou e senti o calor, a umidade e a língua áspera eu gemi alto e ela adorou. Atacou a região com cuidado e eu revirava os olhos pedindo mais. De repente sinto um dedo penetrar meu cuzinho atrás da próstata. Não durei um minuto até sentir três jatos de porra saírem com força de dentro de mim que só gemia e sorria com o olhar revirado.

Respirei fundo, olhei pra baixo e vi ela lambendo minha barriga, pegando toda a porra, sorrrindo com um olhar de confidente. Ela veio, com a boca um pouco melada e nos beijamos. Ela ficou excitada fazendo isso e não me deu descanso.

Ergueu-se e veio esfregar sua buceta ensopada em meu saquinho. Sentir os lábios de sua buceta se esfregando com firmeza me fez revirar os olhos e perder a respiração por um instante.

- Hum, é mais gostoso que sentar em um pau. Sua gostosa, sente minha xota esfregar em você com força.

Ela controlou tudo. Senti a porra vazar uma, duas vezes. E ela ria e se sentia poderosa a cada novo orgasmo meu sem ela dar tempo. Queria que nunca acabasse porque a cada gozada, sentia mais sensibilidade e isso gerava um ciclo de querer mais e mais. Gemia, gritava a cada orgasmo até que foi vez dela. Quando ela apertou quase me esmagando e eu senti meu terceiro orgasmo arder ao sair, ela grunhiu e depois gritou gozando e me apertando.

Cansada, senti o arfar de sua respiração em meu rosto. A puxei para um abraço amoroso e ficamos ali, nuas, nos amassando e beijando sem se preocupar com mais nada.

Após isso ela pediu pra sair do curso e veio pra onde eu estava. Passou no vestibular seguinte e estudamos juntas por mais alguns anos. Só que agora namorando, felizes e satisfeitas em ser a mulher uma da outra.

-----

Desculpa pelo texto longo, pensei em cortar em partes. Mas no final achei melhor colocar tudo.

Importante dizer que eu e Erika não namoramos mais. Somos amigas até hoje, mas não namoramos. Explico mais disso em outro conto.

Um beijo da confusa. Obrigada por ler.


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Comentários


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sessentao Comentou em 27/05/2024

Laura, vc é demais! É muito boa em descrever tudo. Estava até achando que não ia sair nada erótico do conto. Bonita a amizade de vcs. Com certeza me deu um tezão danado. Merecedora de mais um voto! rs.




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Ficha do conto

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lauraconfusa

Nome do conto:
Érika, mais que uma amizade, um amor

Codigo do conto:
213788

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
19/05/2024

Quant.de Votos:
9

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