Para meu Arthur...

A noite nos engole num abraço incandescente, e nossos corpos se grudam feito ímãs, carregados de tesão puro.
Tua pele queima na minha, um fogo que só o nosso desejo atiça.
A gente se afunda nos lençóis macios, e o ar todo fica impregnado do nosso amor selvagem.
E o teu cheiro de homem impregna na minha pele.
Me marcando como sua, e somente sua.

Teus olhos me comem viva, um brilho safado que não esconde nada.
E minhas mãos?
Viajam cada pedacinho teu, sem pressa, descobrindo cada curva gostosa.
Me deixando louca.

Quando nossos lábios se encontram, é um puta incêndio.
Nossas línguas brincando juntas.
Em um tango molhado, onde eu gemo baixinho.
Cada suspiro que escapa é um pedaço da minha alma te chamando, enquanto nossos corpos se apertam mais, numa música só nossa.

Teu toque me acende, me queima, em uma corrente quente que me percorre inteira.
Me fazendo vibrar o corpo e pulsar o sangue.
Cada pedacinho de mim te quer, te implora, te deseja, clama por você.
O cheiro da nossa pele misturada é um vício.
O perfume do nosso pecado, que me deixa completamente entregue.

E quando chegamos no auge, naquele grito gostoso que sai da alma.
É quando sabemos que somos um só.
É quando eu sei que sou tua. E de mais ninguém.
Conectados de um jeito que só a gente entende.
Depois, no abraço apertado, o amor volta, mais calmo depois da tempestade de tesão.
Mas ainda, estamos nas alturas.

Essa luxúria que inflama é a nossa mais terna afeição.
Um laço visceral que nos prende na intimidade. Na nossa paixão.
Esse tesão avassalador é o testemunho do nosso amor.
E a cada encontro, renovamos essa promessa silenciosa com muito gritos e gemidos de prazer.
Esse sentimento que me completa de maneira tão profunda e intensa.
É seu. É para você. E vem de você.

Para meu Arthur...
Meu doce, Arthur.