— Que saudade, hein — ele disse, com um sorriso torto que me desmontava.
— Você não imagina — respondi, puxando-o pela gola da jaqueta antes que qualquer palavra se alongasse demais. Nossos lábios se encontraram com urgência, como se semanas tivessem passado. Aquele beijo... tinha gosto de coisa reprimida, de corpo que arde. Minhas mãos já estavam em sua nuca, depois desceram pelas costas firmes. O calor entre nós era instantâneo.
Bruno me encostou na parede do corredor com o corpo. A pressão do toque dele, o cheiro do perfume misturado ao da rua, tudo nele era real demais. Meu corpo reagia como se reconhecesse cada linha do seu — uma familiaridade que beirava o vício. Quando paramos o beijo, nossas testas ainda se tocavam, respirações entrelaçadas.
— Tava com saudade do seu beijo — ele disse, tirando a jaqueta devagar, deixando à mostra a camiseta justa por baixo.
— Hoje a casa é nossa até o amanhecer — sussurrei. — Me deixa esquecer de tudo, Bruno.
— Eu vou te lembrar do que você gosta — ele respondeu com um sorriso carregado de promessa.
Seguimos para a sala. As luzes estavam mais baixas, deixei só uma luminária acesa num canto, criando uma penumbra que desenhava os contornos do corpo dele enquanto ele se sentava no sofá. Sentei ao lado, mas ele me puxou por cima. Nossos corpos se encaixaram com naturalidade, e o beijo continuou, dessa vez mais lento, mas profundo. Aquelas mãos sabiam exatamente onde tocar, com que intensidade, com que intenção, e nossas roupas foram arrancadas, nossos lábios não se separaram um segundo, ele passava a lingua na minha orelha, eu chupava sua língua, apertava sua bunda e pau, estávamos entregues um ao outro, sem a necessidade de correr contra o tempo, eu falei:
– Quero te comer em todos os cantos dessa casa, seu puto safado – Falei dando um tapa na sua bunda.
– Sou todo seu senhor Henrique, pode me comer com força.
– Você tá mais gostoso a cada dia que passa – Falei olhando para seus musculos.
– Você gosta? Seu safado, sou todo seu, adoro quando você mete essa pirroca pesada no meu rabo, você sabe que você me deixa doido não sabe?
– Sei sim, não é toa que você geme igual á uma puta… Se bem que é isso que você é, uma puta safada… — Puxei sua nuca com força e enfiei minha língua na boca do Bruno.
Meu pau já estava duro feito pedra, então eu puxei sua cabeça e enfiei meu pau em sua boca, ele começou a me chupar com força e com vontade, eu gemia sem medo de ser escutado, eu admirava sua boca subindo e descendo no meu pau, e ele me alternava entre me olhar e me chupar, então eu disse:
– Vamos pro quarto, quero te comer na cama que durmo com minha mulher.
Chegamos no quarto, joguei o Bruno na minha cama, segurei meu pau junto com o dele e comecei uma punheta dupla enquanto a gente se beijava, depois puxei sua nuca e coloquei ele pra cheirar meu suvaco, enquanto eu segurava nossos paus, eu apertava o dele com bastante força, e então virei ele de costas, coloquei uma camisinha e comecei a meter de forma rápida, logo o Bruno já rebolava no meu pau e gemia feito uma cadela, eu fodia seu cú como se fosse uma britadeira, eu estava com pressa queria ter a primeira gozada da noite, seria uma noite longa, enquanto eu metia eu dava pequenos tapas na sua bunda, puxava seus cabelo e dava um beijo, e logo eu disse que iria gozar, tirei meu pau do seu rabo, tirei a camisinha e gozei na sua bunda, e então fui passando meu pau em minha porra e colocando dentro do seu rabo, e então enfiei só e cabecinha do meu pau sem capa, e depois tirei, a gente se beijou e depois deitamos exaustos. Perguntei se ele queria beber ou comer algo, entao preparei um lanche e trouxe um vinho, logo começamos a nos beijar novamente, e a cada toque, beijo, mordida leve, a tensão ia se dissolvendo. Eu fechava os olhos e me entregava. Me perdia nas mãos dele, na forma como ele murmurava baixinho no meu ouvido, palavras que não eram vulgares, mas carregadas de desejo. O tempo parecia parar — ou talvez estivesse apenas do nosso lado.
Horas se passaram entre beijos, carícias, chupadas, e metidas no rabo do Bruno com gemidos que não era nada contido. Às vezes, ficávamos apenas abraçados, o corpo dele encaixado no meu, respirando juntos como se estivéssemos nos curando de alguma coisa. E então voltávamos um ao outro, como se fosse a primeira vez. Naquela noite gozei 4x, e fiz o Bruno gozar duas.
Na manhã seguinte, depois de uma madrugada onde cada pedaço meu foi explorado, toquei o rosto de Bruno pela última vez enquanto ele ainda estava deitado, os olhos semicerrados e um sorriso tranquilo nos lábios. Levantamos juntos, fomos para o banho, e naquele cubículo de azulejos mornos, trocamos olhares e toques silenciosos. Nada precisava ser dito. O momento falava por si. Quando ele saiu, entreguei a quantia combinada e ainda dei uma gorjeta generosa. Ele sorriu, me deu um beijo demorado no canto da boca e prometeu estar disponível, caso eu quisesse repetir a dose.
— Se sentir falta... é só me chamar, Henrique — disse ele, olhando por cima do ombro antes de sair. Aquele olhar ainda ficou comigo enquanto eu terminava de me vestir.
A casa estava silenciosa. Pela primeira vez em muito tempo, eu também estava. Silencioso por dentro. Relaxado. Segui para o trabalho com a cabeça mais leve, o corpo ainda sensível, como se cada músculo meu tivesse sido acordado. Cheguei ao escritório um pouco mais tarde que o de costume. Gabriel, meu sócio e velho amigo, estava na sala dele, com um semblante preocupado.
— Henrique, você pode fazer uma viagem rápida amanhã? — ele perguntou assim que me viu.
— Claro. O que aconteceu?
— A mãe da Renata passou mal, vou precisar estar por perto, mas temos aquele cliente no interior que está reformando o restaurante. Ele pediu uma visita urgente pra alinhar a parte elétrica com o novo layout. A ideia é ir cedo, resolver tudo no dia... mas talvez precise dormir por lá se atrasar.
— Tudo bem, eu vou. Quem vai comigo?
— Eduardo. Ele já está a par do projeto, vai te ajudar com as medições e os ajustes no AutoCAD.
Assenti, tentando parecer natural, mas um pensamento estranho percorreu meu corpo como um calafrio. Eduardo.
Eduardo, o estagiário que mexia com algo dentro de mim que eu insistia em ignorar. Magro, tatuado, com aquele ar distraído e usando fones de ouvido pra escapar do mundo. Sempre com aquele sorriso tímido, e uma gentileza que contrastava com o jeito mais debochado dos outros dois estagiários. Eduardo era discreto, observador... e, de algum modo, perigoso.
Tentei não demonstrar nada, mas minha mente já estava criando possibilidades. Era
inevitável. Durante o dia, ele passou pela minha sala algumas vezes para tirar dúvidas do projeto e alinhar os materiais que levaríamos. Usava uma camiseta cinza básica e jeans escuro. Os braços finos, cheios de rabiscos em preto e branco, me distraíam enquanto ele falava.
— Tudo certo pra amanhã, Henrique. Vamos às 7h mesmo? Daqui ou de algum ponto? — perguntou ele, com aquele jeito leve e direto.
— Vamos no meu carro, podemos sair lá de casa, eu posso te pegar em algum canto. Assim já vamos conversando sobre o projeto no caminho — respondi sem pensar muito, mas ciente do que aquela sugestão podia implicar.
Ele assentiu, sorrindo.
— Beleza. Me manda sua localização mais tarde, então.
Quando ele saiu da sala, me encostei na cadeira. Respirei fundo. Eu sabia que aquela viagem poderia ser apenas profissional... ou não. E a parte mais inquietante era que, no fundo, uma parte de mim queria que não fosse.
Meu corpo ainda lembrava do toque de Bruno, da noite intensa e quente. Mas minha mente... ela já estava traçando os contornos de um novo desejo, Eduardo, o estagiário.
Tudo eu usava como desculpas para esquecer o Aleff da minha mente, e estava funcionando.