Aconselhamento evangélico



Estava na adolescência, bem na época de transição de menina para mulher. A natureza conspirou para me fazer o oposto que meus pais, evangélicos, desejavam. A explosão de hormônios, de uma hora pra outra, tinha transformado a garotinha magricela numa jovem que atraía olhares lascivos por onde passava. E não era apenas por fora que as coisas tinham mudado: dentro de mim, sentia um fogo indescritível... tudo me excitava, até o vento roçando entre minhas pernas sob a saia que tinha ficado pequena rápido demais.

Junto ao desejo descompassado me batia a curiosidade sobre tudo que, mesmo vagamente, lembrasse sexo – assunto proibido na minha casa. Uma vez, encontrei uma revista “Cláudia”, que uma vizinha havia esquecido ao nos visitar. Não tinha nada de erótico, muito menos pornográfico, mas as matérias sobre saúde sexual e relacionamento me deixaram incontrolavelmente excitada e como nem imaginava que mulheres se masturbavam, tentava tirar aquela agonia do corpo guiando-me pelo instinto. Lembro de me deitar de bruços no escuro do quarto, com os seios roçando no colchão e me contorcer com uma desvairada, apertando desesperadamente as coxas, buscando saciar aquelas “cócegas” que sentia. Fiquei tão molhada que, na confusão, imaginei ter feito xixi sem perceber e quase morri de vergonha.

Às vezes, nos afazeres domésticos, um contato casual me despertava a ponto de não conseguir me conter, mesmo com medo de ser pega. Uma das coisas que ficou na minha memória era que a tábua de passar roupa ficava numa altura “estratégica” e, quando eu estava engomando as camisas de meu pai, sentia aquele contato, roçando no meu púbis e, da forma mais discreta possível, eu ficava ali, me esfregando, como uma cadela no cio. Depois, no quarto, tirava a minha calcinha molhada de tesão e o cheiro forte e pecaminoso de buceta, da minha buceta, tomava conta do quarto... eu não resistia em cheirar minha própria calcinha, esfregá-la no meu rosto, nos meus seios, no meu ventre e tornar umedecê-la no meu sexo... foi dessa forma o meu primeiro orgasmo, uma sensação tão assustadora e intensa que pensei estar tendo uma crise epiléptica, como uma vez vi uma professora ter na escola. Mesmo tendo acreditado ainda por bastante tempo que aquilo era sintoma de uma doença e que poderia me matar, não conseguia evitar de provocá-la de novo e de novo.

Eu não tinha amigas próximas, pois éramos a única família evangélica da comunidade e as meninas, antes, me consideravam estranha e, depois que passei a monopolizar a atenção dos rapazes, ficaram com despeito. Os garotos, que por muito tempo me ignoraram, agora me cercavam, mas, por mais ingênua que eu fosse, sempre fui muito alertada a respeito dos homens e suas intenções. Lembro quando a mulher do pastor, em visita à nossa casa, me chamou de lado para termos uma “conversa importante”. Ela me fez perguntas e, ante minha ignorância, achou por bem me contar “sobre as coisas”. Fiquei horrorizada com sua descrição a respeito de como os homens forçavam um membro seu para dentro do nosso corpo, rasgando nossa carne, tirando nosso sangue e depositando lá suas sementes. Só imaginava como havia tantas crianças do mundo, se era necessário um sacrifício tão grande das mulheres... me pareceu que a gravidez era um castigo do início ao fim.

Por outro lado, meu corpo parecia disposto a encarar esse sacrifício. Chegar perto dos rapazes, ouvir suas cantadas, sentir seu cheiro e até, no caso de alguns mais assanhados, sentir seu toque, me fazia tremer, corar e ficar molhada. Numa festa junina na escola, dancei com alguns colegas e, um deles, aproveitando que estávamos num canto afastado do salão, apertou meu corpo contra o seu e, mesmo eu tentando resistir em princípio, acabei me deixando levar, sentindo seus braços fortes me envolvendo, os músculos firmes do seu peito e o volume obsceno na sua calça pressionando minha barriga. Foram minutos, talvez segundos até, mas pareceu que não ia acabar mais... senti uma vertigem, uma vontade de não sei o quê... era tão errado e tão bom aquele toque... quando finalmente nos soltamos, eu estava tão descompensada que fui correndo para casa, mal tirei roupa e me joguei na cama, agarrada ao travesseiro, desejando aquele contato, mexendo o quadril, me esfregando nas cobertas, sentindo o cheiro de putaria tomando conta do quarto... até explodir, soltar um grito involuntário, que, depois, me obrigou a inventar uma mentira para minha mãe.

Conforme os dias iam ficando mais quentes com a chegada do verão, minha situação piorava. Naquele clima primaveril, todos começavam a trocar as roupas pesadas por leves... shorts, blusas, regatas... corpos à mostra, cheiros... Embora meus vestidos fossem “comportados”, a rápida transição do meu corpo, tinha-os deixado obsoletos... já não cobriam o que deveriam... nem todos os botões fechavam como antes... Depilei as pernas pela primeira vez naquela primavera, para escândalo da minha mãe. Aliás, as coisas em casa estavam confusas porque, ainda que meus pais quisessem fechar os olhos para óbvio, já não podiam ignorar meus seios transparecendo através dos vestidos, as curvas cada vez mais acentuadas e, especialmente, a reação que isso causava nas pessoas.

Foi nessa época que tia Rebeca chegou à nossa casa. Era a irmã mais nova de minha mãe, ainda jovem, solteira, embora não por muito tempo, pois estava com o casamento apalavrado com Israel, o filho do Pastor. Assim como mamãe, Rebeca tinha sido criada numa família evangélica rigorosa, mas, por ser uma filha temporã, bem mais nova que seus irmãos, já teve outras influências na sua criação e, por isso, tinha se tornado uma pessoa mais agradável de conviver, com mais capacidade de diálogo. Meus pais julgaram ser a pessoa certa para me orientar naquele momento da vida.

Inicialmente, não gostei de ter que dividir meu quarto; isso tirava meus momentos de prazer solitário, porém, tia Rebeca, de certo modo, supriu minha carência de amizades, pois, apesar de ser minha tia, estava mais próxima de mim do que de mamãe em termos de idade. E embora fosse crente, do tipo que usa saião todo dia, na intimidade, era mais aberta e não tão conservadora. Inclusive, algo que me surpreendeu foi vê-la se despindo à noite. Por baixo das roupas feias que usava, havia um corpo bem-feito, acinturado, com seios firmes e empinados, bunda arrebitada e, apesar de não se depilar, usava lingerie de renda que realçava seus dotes naturais. Os pelos nas suas pernas e axilas em nada diminuíam a beleza de seu corpo e acho até que lhe davam uma sensualidade extra, uma coisa meio selvagem, o que combinava com o cheiro natural do seu corpo... almiscarado, cheiro de mulher... de fêmea...

Na primeira noite que passamos juntas, lembro de ter ficado embasbacada admirando-a, até que ela me encarou e riu, fazendo eu sair do transe, muito envergonhada. Obviamente, Rebeca não imaginava as coisas que passavam pela minha mente suja, senão jamais teria vindo para baixo das mesmas cobertas. Decidi dormir de roupa naquela noite e a tia me chamou de boba por estar com vergonha dela. Só eu sabia que, àquela altura, minha calcinha já estava encharcada e que o menor toque em minha pele provocava algo como um choque elétrico percorrendo minha espinha. Por mais que tentasse dormir, o calor entre minhas pernas não deixava e eu já temia que tia Rebeca sentisse o cheiro da minha buceta. Por sorte, ele adormeceu rapidamente... sentia seu braço desmaiado sobre meu corpo e sua respiração na minha nuca – o que aumentava minha aflição.

Foi quando comecei a me questionar o quanto aquilo que eu estava sentindo tinha sido causado pela presença e pela visão de minha tia. Isso me pareceu tão absurdo e tão errado que meramente considerar a hipótese me pareceu algo completamente monstruoso... isso era muito diferente de ter ficado excitada com o contato do colega durante a dança, ou com os textos sobre sexualidade da revista... ou mesmo com os gracejos dos trabalhadores braçais na rua... isso era algo tão nojento que nem mesmo eu poderia ser capaz... afinal ela era mulher e minha tia!

Não preciso dizer que lesbianismo, para mim nessa época, era algo tão inconcebível e nojento quanto transar com um cachorro... talvez até mais, pois muitos garotos se gabavam de ter relações com animais. Nem nos meus mais abjetos e confusos desejos jamais imaginei tocar em outra mulher!

As noites se tornaram sessões de tortura. Sem conseguir satisfazer o tesão acumulado e me sentindo imunda pelos sentimentos confusos que deitar junto à minha tia provocava, eu já não dormia. Depois passava o dia caindo pelos cantos. Rebeca, cumprindo a missão que lhe foi dada, tentava fazer eu me abrir. Queria falar comigo sobre intimidades femininas, sobre garotos, sobre casamento... embora fosse virgem, sua impressão sobre sexo era diferente daquela imagem que sua futura sogra havia deixado na minha cabeça... chegou a me contar sobre as carícias que já havia trocado com o noivo... isso só piorava tudo, pois me deixava ainda mais excitada.

Não sei como ela interpretava minha reação, mas se esforçava para construir uma cumplicidade de amigas entre nós. Me incentivava a me abrir, a não levar tão a sério os rigores de minha mãe... me disse que o que eu estava sentido (ao menos o que ela imaginava que eu sentia) era normal na adolescência e que eu não deveria ter vergonha do meu corpo e das sensações que ele me proporcionava. Numa noite, após ficar de calcinha e soutien, me disse para me despir também, que não havia razão para vergonha entre nós. Dei a desculpa que não usava soutien e, como resposta, Rebeca simplesmente tirou o seu. Foi a cena mais sensual que vi na vida até então... aquela linda morena de corpo perfeito levantando lentamente os braços, expondo suas axilas enquanto soltava o fecho do soutien, depois deixando-o cair, revelando seus seios altivos.

“Bom, sua vez, agora”. Eu já não conseguia resistir... simplesmente obedeci, tirei meu pijama, ficando apenas de calcinha. Rebeca elogiou meu corpo e disse entender porque meus pais estavam tão preocupados. Depois disso, apagamos a luz e fomos para cama... dessa vez, respondi às suas perguntas e conversamos longamente sobre garotos, sexo... cheguei a confessar a respeito da masturbação – o que fez ela rir. Porém, obviamente, eu não disse tudo, até porque nem sabia o que dizer. O calor da noite e aquele papo me fizeram suar, meu corpo todo estava fervendo, mas principalmente minha buceta. Ela também estava suada e também exalava um cheiro forte de fêmea... talvez aquela conversa tivesse provocado nela a mesma reação...

Ficamos em silêncio, me virei para a parede, fingindo dormir, embora sentisse o calor do seu corpo a centímetros do meu... sua respiração na minha nuca... seu cheiro sob os lençóis... comecei a rezar para o sono vir de verdade, para a noite passar logo, para aquele tormento acabar...

Na minha insônia de várias noites, pensamentos e sonhos se misturavam em cochilos confusos... sonhava com Rebeca e, cada vez que acordava, nossos corpos estavam mais próximos... senti seus mamilos durinhos em minhas costas e seu púbis na minha bunda... ela estava, provavelmente, dormindo... sua respiração profunda na minha nuca... aquele contato estava muito além das minhas forças... eu estava queimando de tesão, apertei as coxas com força e senti minha buceta pulsando... já sem pensar direito, forcei o quadril pra trás e aquele contato ficou mais intenso... nossos corpos quentes e suados estavam colados.

Coloquei dois dedos dentro da calcinha e comecei a me tocar, mesmo sabendo que aquilo era loucura, que ela poderia acordar a qualquer momento e que, mesmo se não acordasse, o cheiro de putaria empestearia o quarto... mas eu já não me governava, só precisava me tocar, cada vez mais rápido e, ao fazer isso, mexia o quadril, me esfregando nela... sono e tesão reprimidos por vários dias me deixaram numa espécie de delírio erótico... já não me importava com a realidade, só em senti-la cada vez mais forte e, quanto mais eu me esfregava, mais tinha a impressão de que Rebeca respondia... senti minha bunda melada... de suor talvez... mas o cheiro de fêmea que tomava o quarto não era só meu...

Não sei mesmo o que foi delírio meu e o que foi realidade... porém, a partir de um dado instante julguei sentir seu braço envolvendo minha cintura, subindo até meus seios e sua boca no meu pescoço. Mordi os lábios para não gemer alto quando o orgasmo chegou, sacudindo meu corpo. Naquele momento, tinha certeza de que Rebeca havia participado ativamente de tudo aquilo, porém, conforme a lassidão foi tomando conta de mim, extenuada de prazer, ouvi sua respiração serena de quem está no mais profundo sono e comecei a ter dúvidas. Na manhã seguinte, tia Rebeca acordou com o mesmo bom humor de sempre, sem nem ligar para a bagunça da cama... nada, absolutamente nada, no seu semblante ou nas suas atitudes deixava entrever que ela teve ciência do que havia acontecido...

“E então, dormiu melhor depois da nossa conversa de ontem?”, perguntou, candidamente. Tive certeza de que tudo havia sido coisa unicamente minha e que tive muita sorte dela não ter percebido nada. Me senti terrivelmente suja o dia todo.

Na noite seguinte, deitei de pijama. Rebeca, já seminua na minha frente reclamou: “Ah não! Voltamos à estaca zero? Achei que tinha acabado essa frescura ontem... vai dormir toda vestida com esse calor??”

“Minha calcinha é muito feia, tenho vergonha”. Foi a única coisa que me ocorreu no momento. Rebeca não deixou passar: sorriu e, sem falar nada, tirou vagarosamente a calcinha, deixando descer por suas pernas bem torneadas. Depois a jogou na minha direção, ainda rindo.

Entendi o recado. Meu coração já estava descompassado... lembrava da última noite e o tesão tomava conta de mim. Fui tirando o pijama bem devagarinho e a tia não tirava o olho de mim. Então cheguei mais perto dela, virei as costas e baixei a calcinha, me curvando totalmente para passá-la pelos pés...

Como na outra noite, deitei de costas para Rebeca, que afirmou estar com sono... disse que também estava e logo ambas estávamos com a respiração profunda e compassada de quem dorme... porém, como se houvesse um imã, nossos corpos se aproximavam até ficarem colados... foi indescritível o tesão de sentir seus pelos pubianos na minha bunda... empinei o máximo possível, forçando mesmo contra ela... começaram nossos suaves movimentos, a respiração de Rebeca acelerando na minha nuca, o cheiro de sexo tomando o quarto. Ela acariciou meus seios e me escapou um gemido... mordi o travesseiro para que não se repetisse, pois a forma como ela beijava e lambia meu pescoço me deixava louca...

Minha tia se esfregava com força, sua buceta molhada lambuzava minhas nádegas e logo sua mão desceu pelo meu ventre até tocar minha buceta. Ela já estava sobre mim, me pegando com força, mas a forma como me dedilhava era suave e gentil... não sei quanto tempo durou... sei que seus gemidos contidos foram ficando mais intensos e ela acelerou os movimentos até eu perder momentaneamente a consciência. Precisei afundar o rosto no travesseiro para não acordar meus pais. Ficamos desfalecidas, lambuzadas, ela ainda sobre mim... Pegamos no sono e, na manhã seguinte, a mesma cena do dia anterior se desenrolou... mas desta vez, não fiquei confusa... eu sabia bem o meu papel. Durante as várias semanas de sua visita, desempenhamos perfeitamente o nosso papel, todos estavam satisfeitos com os resultados do aconselhamento... mas o que realmente nos satisfazia só nós duas sabíamos.

***
Bom, me tornei uma crente exemplar. O exemplo, nesse caso, foi o de titia. Ela se casou com o filho do pastor, mas isso não impediu que nos visitasse outras vezes, nem que eu, um ano depois, fosse morar na casa dela na cidade, para “estudar”. Posteriormente, também me casei. Descobri que, na prática, o lance de enfiar o membro no meu corpo não é tão violento assim, só é meio chato. Ainda bem que meu marido nunca insistiu muito nisso. Acho que ele preferia estar no outro lado. Muitas irmãs da igreja tinham a mesma carência. Muitas delas, por baixo das saionas, escondiam tesouros como o de tia Rebeca. Dessas, várias encontraram consolo na minha amizade.


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Comentários


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mumuk770 Comentou em 27/06/2025

Conto gostoso.

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codigo 6 Comentou em 26/06/2025

Relato perfeito, muito bem escrito, continue.

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farmaceutico- Comentou em 25/06/2025

Muito bom

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alexablack Comentou em 25/06/2025

Delicia de conto, tesão a mil. Votado.

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linecan Comentou em 25/06/2025

tesão demais!

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pepperduo Comentou em 25/06/2025

Adorei! Votado!




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Ficha do conto

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profmari

Nome do conto:
Aconselhamento evangélico

Codigo do conto:
237063

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
25/06/2025

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18

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