Meu nome é Danilo, tenho 25 anos. Não sou o tipo de cara que chama atenção logo de cara. Magro, com cara de mais novo, cabelo loiro claro, bagunçado de propósito.
Óculos, lógico. Professor de informática e robótica — dois cursos que, até onde eu sabia, não combinavam com desejo. Mas tudo mudou no dia em que entrei pela primeira vez naquela escola.
O prédio tinha quatro andares, escadas internas em caracol e salas refrigeradas. Era moderno, mas simples. Havia um cheiro leve de café e perfume barato no ar.
Fui recebido por uma coordenadora baixinha, simpática, e depois direcionado ao que seria minha sala de apoio. Uma mesa, um armário, uma lousa velha e, logo em seguida, ela entrou.
Fabiana.
Pequena, cabelo cacheado preso de lado, seios discretos sob a camiseta da escola. Usava jeans apertado que desenhava perfeitamente a bunda. Sorriso doce, mas olhar atrevido. Estendeu a mão e disse:
— Você que é o novo professor de robótica? Danilo, né? — a voz dela tinha mel.
— Isso mesmo. E você é…?
— Fabiana. Dou aula no turno da manhã. De informática. — Ela me analisou com calma. — Você parece... tímido.
Eu ri, sem graça. E ela mordeu o canto do lábio. Não sei se foi imaginação, mas naquele segundo algo começou ali. Um jogo. Uma tensão discreta.
Ao longo do dia, conheci os outros. Elisa, morena, elegante demais pra aquele ambiente. Corpo escultural, sorriso enigmático. Disse que era noiva.
E logo depois, Naomi, a supervisora. Olhos verdes puxados, descendente de japonesa, corpo de academia. Olhar fixo, penetrante, do tipo que te deixa nu mesmo vestido.
Meu pau reagiu. Foi automático. E eu me odiei por isso. Era meu primeiro dia. Era o ambiente de trabalho. Mas tinha algo naquelas mulheres — no modo como se olhavam, como me olhavam — que parecia outro universo.
Na sala dos professores, os papos eram leves. Mas tudo tinha um subtexto. Fabiana se aproximava demais. Elisa me tocava o braço quando falava. Naomi me analisava em silêncio. O mundo parecia normal, mas havia outra camada ali, pulsando.
No fim da tarde, fiquei sozinho na sala com Fabiana. Ela fechou a porta devagar.
— Danilo... me ajuda a organizar uns cabos aqui no armário?
— Claro.
Entrei com ela no depósito estreito, cheio de caixas. Ela se abaixou, de costas pra mim, o jeans ainda mais justo. Meu pau ficou duro na hora. E ela sabia. Quando se virou, riu baixinho e disse:
— Tá tudo certo aí, professor?
— T-tudo.
Ela se aproximou, com o corpo quase encostando no meu. O perfume invadiu meu nariz. E pela primeira vez, senti: eu era desejado.
Ela ergueu uma sobrancelha e passou os dedos pelos fios do meu cabelo.
— Bem-vindo à escola, Danilo.
Saiu me deixando duro e confuso. Mas sorrindo. Era só o começo.
"Naquele primeiro dia, entendi que o conhecimento que eu ensinaria seria só uma parte da minha jornada. As lições mais intensas estavam por vir. E vinham com cheiro de perfume, jeans apertado... e olhos que me despiriam aula após aula.”
Delícia de aula, onde me escrevo?