A infiltrada 03 — Me exibindo para você



No dia seguinte, Júlia, com seu alter ego “Kátia”, chegou cedo no trabalho, sendo recebida por um sorridente Eduardo. O vestido vermelho, de malha canelada, foi escolhido a dedo para manter a atenção daquele homem nela. A peça, apesar de confortável, realçava suas curvas e o comprimento até o joelho permitia um sutil jogo de sedução a cada cruzada de pernas. Sorrisos discretos eram trocados enquanto “Kátia” continuava a organizar os documentos da empresa. Eduardo, constantemente, passava em sua mesa para lhe dar instruções enquanto lhe beijava o pescoço. “Kátia” encenava um misto de sorriso e indignação por ser atrapalhada no trabalho. Precisou repetir isso algumas vezes, subindo o tom a cada vez, para que ele cessasse. Quando terminou sua primeira leva de tarefas, se levantou, se dirigindo à saída.
— Aonde vai? — perguntou Eduardo.
— Vou procurar os computadores antigos. Lembra que os dados dos caminhões velhos haviam ficado nas máquinas trocadas? Você disse que elas estariam em um dos galpões.
— Sabe qual é?
— Não, mas eu iria perguntar lá embaixo. Tem um ateliê nele, não é?
— Isso mesmo. Vem aqui que eu te mostro.
“Kátia” caminhou até a fachada envidraçada, de onde tem vistas para todos os galpões. Ele se encostou nela, com a mão em sua cintura.
— Lá, no fundo, na direita. Está vendo?
A mão de Eduardo desce para a bunda de “Kátia” que se comporta como se nada acontecesse.
— Aquele menor, sem doca?
— Isso. Alguns caminhões velhos ficavam lá dentro e hoje muita mulher o aproveita como ateliê. Lá tem duas salas ao fundo, na menor deixamos os computadores velhos.
Eduardo apalpou “Kátia”. Ela encostou as mãos no vidro e empinou levemente o quadril, em provocação.
— É um lugar estranho para um ateliê.
— A Camila é uma pintora incomum. Quando ver os quadros dela, vai entender.
“Kátia” sentiu os apertos com cada vez mais força. — Acho que não devíamos fazer isso agora.
— Você é minha putinha ou não é?
“Kátia” virou o rosto para Eduardo e mordeu os lábios enquanto o olhava. O chefe segurou a barra do vestido e o subiu até a cintura, expondo-a. Ela reagiu, o empurrando.
— Que tipo de mulher você acha que sou, Senhor Eduardo? — gritou “Kátia”.
— Me desculpa, meu amor. Pensei… — respondeu, gaguejando até ser interrompido.
— “Meu amor” é uma ova! Eu transei com você, sim! Realizei sua fantasia e fui sua “putinha”, mas não é por causa disso que tem que me humilhar, tirar a minha roupa na frente de todo mundo. Você pode me achar uma vagabunda, mas sou uma mulher decente, sabia?
— Kátia, desculpa! Eu não sabia o que estava fazendo…
— Agora você não sabe, não é? Se continuar se comportando desse jeito comigo, eu te processo. Agora me deixa trabalhar.
Júlia bateu a porta e andou até o elevador com um olhar furioso. Quando a porta se fechou, um riso escapou por seus lábios. Estava com o total controle daquele homem.
Cruzou o pátio de manobras até chegar ao último galpão. Ao contrário dos outros, que são brancos, sua pintura era de cor bege, destacando-o dos demais. Na frente, há um portão enorme o bastante para passar veículos grandes e, dentro dele, um menor. Deu cinco batidas firmes e esperou até a porta abrir.
A pesada porta foi aberta com dificuldade e, de lá, surgiu uma mulher com um olhar cabisbaixo que se transformou ao ver Júlia. Os olhos verdes brilharam ao encontrar aquela mulher estranha e ornamentaram um sorriso sincero de alguém cujo dia ficara repentinamente interessante. Os cabelos cor de mel, longos e ondulados, eram presos por um lenço na cabeça. O macacão cinza cobria seu corpo inteiro, marcando sua fina cintura.
— Oi, eu sou a Kátia. O Eduardo me mandou aqui para olhar uns computadores antigos. — disse Júlia.
— Oi! O Eduardo disse que contratou uma funcionária muito bonita, mas não imaginava que fosse tão linda assim.
Júlia simulou um sorriso agradecido. A simpatia da esposa de Eduardo era uma grata surpresa. Camila convidou “Kátia” para entrar. Ao contrário dos demais galpões, o ar lá dentro era mais fresco. As janelas no alto permitiam a boa entrada da luz do sol que castigava o pátio, mas que ali seria mais ameno. Ao fundo, dois ambientes permaneciam fechados, sendo um bem maior do que o outro. Havia cavaletes espalhados, sendo a maioria deles cobertos. Um deles, com uma tela, estava em frente a um caminhão. Ao perceber o olhar curioso de “Kátia”, Camila se adiantou.
— Parece loucura, não é? Gosto de pintar nus artísticos junto a maquinários pesados. O contraste da fragilidade e calor humano com a brutalidade fria das máquinas me fascina.
— É bem peculiar mesmo. De onde vem esse gosto?
— Bom, sempre fui ligada às artes, mas também muito apaixonada por caminhões. Conheci o Eduardo quando ele ainda era caminhoneiro.
“Kátia” interpretou um riso para fingir estar se divertindo com as histórias de Camila, mas tentou abreviar a conversa o tanto quanto pode para ir à sala menor, aos fundos do galpão. A porta emperrada dava a uma sala empoeirada e diversos equipamentos distribuídos no chão. Júlia soltou o ar, numa expressão de cansaço, por imaginar o trabalho que teria. Analisou cada equipamento e escolheu os que pareciam estar em melhor estado. Montou um computador no chão, mas teve que trocar vários componentes até encontrar um que funcionasse. O sistema de registro antigo era mais arcaico do que ela estava aprendendo a usar e custou um bom tempo até ela achar as informações que queria. Ou pelo menos partes delas.
Conseguiu a lista de vários caminhões, assim como seus registros de viagem. Da mesma forma, descobriu que todos os caminhões foram vendidos, exceto um. Júlia tinha o modelo, que era igual ao dos demais, mas a informação da placa foi apagada, assim como seus documentos. Ela mergulhou naquele emaranhado de dados até achar uma relação de chassis. Confrontando os dados, ela achou um único chassi de caminhão que, não, não batia com os demais, com registro de viagens no dia do roubo das armas. Também era o único que não batia com os registros de caminhões vendidos. Júlia, então, se deu conta de haver um caminhão parado no ateliê de Camila.
Júlia anotou o número do chassi e saiu daquela sala pensando em como voltaria naquele ateliê quando estivesse vazio para conferir o chassi do caminhão. Pensou em, provavelmente, pegar a chave com Eduardo, aproveitando-se dele estar na defensiva após a bronca dada pela manhã. O que ela não esperava era o pedido incomum de Camila, a interceptando antes que fosse embora do galpão. Curiosamente, seus cabelos estavam soltos e seu macacão estava mais aberto, formando um generoso decote.
— Kátia, sinto um pouco de vergonha sobre o que vou pedir, mas é uma questão urgente. Estou com o cronograma atrasado para entregar essas pinturas e o modelo que viria aqui hoje precisou faltar. Queria saber se você não poderia… — Camila fez uma pausa e mordeu os lábios discretamente —… posar no lugar dela.
“Kátia” franziu o cenho, numa surpresa autêntica — Como assim? Eu nem sou modelo, não sei como fazer.
— Não precisa fazer nada, é só ficar parada junto do caminhão.
— Pelada?
Camila abriu um sorriso admirado enquanto assentiu com um movimento lento da cabeça. Os olhos dela, bem abertos, olharam “Kátia” no fundo dos olhos, carregados de um desejo que ela não fazia questão alguma de esconder. Por um instante, Júlia se sentiu tentada por aqueles olhos verdes, mas se manteve em seu plano.
— Eu adoraria te ajudar, Camila, mas preciso voltar a trabalhar. O Eduardo deve estar me esperando. Comecei ontem, sabe? Não posso ficar faltando ao trabalho.
Camila deu um tapa no ombro de “Kátia” como se o que ela disse fosse irrelevante — Eu já liguei para o Edu. Ele disse que você pode tirar o resto do dia de folga e ficar comigo. Pode inclusive ir direto para casa.
Júlia percebeu ter sido dura demais com Eduardo. Não esperava que aquele homem fosse querer evitá-la a esse ponto. Considerou que, talvez precisasse ensaiar alguma maneira de deixá-lo menos melindrado e precisaria de tempo para aquilo. Ao mesmo tempo, o caminhão estava ali, esperando para ser inspecionado. — Tudo bem, então vou precisar muito da sua ajuda.
— Obrigada! Não tem noção do quanto está me ajudando — disse Camila, ao abraçar “Kátia” e beijá-la no rosto e depois a puxando para direção da porta do caminhão — vai ser uma pose simples, tudo bem? Eu só quero você subindo a escada para subir na cabine. O que acha?
Parecia um trabalho fácil, mas a possibilidade de inspecionar o chassi do veículo a fez ter ideias mais ousadas. Lembrando-se dos tempos em que mexia nos caminhões do quartel. “Kátia” foi até a lateral do caminhão e acionou a manivela para bascular a cabine. O volume se inclinou para frente, revelando todo o maquinário por baixo. Os olhos de Camila brilharam ao ver aquela mulher, a princípio tão delicada, exercer aquela força toda.
— Onde aprendeu isso? — perguntou ela, impressionada.
— Tive um tio caminhoneiro — mentiu, “Kátia”, — se quiser mesmo explorar o visual do maquinário, deve ser melhor com o motor exposto, não é? — continuou, com um sorriso insinuante.
— Você é maravilhosa — disse Camila, com um sorriso largo no rosto. Ela explicou a “Katia” como seria o trabalho. Com a pose definida, ela ficaria na posição o tempo que aguentasse e, quando quisesse, poderia vestir um roupão para descansar. As duas discutiram qual seria a pose e “Kátia” teve uma ideia ousada: se debruçar sobre o maquinário. Parecia uma boa ideia para olhar a informação do chassi e Camila adorou — Vai deixar essa bunda linda em evidência. “Kátia”, então, se despiu, sob os olhares e comentários elogiosos de Camila, que a maquiou, cuidadosamente, seu rosto e usou uma tinta preta para simular manchas de graxa no corpo de sua modelo. O bumbum foi a região favorita onde Camila criou regiões circulares.
— Você sempre maquia seus modelos com isso? — perguntou “Kátia” tentando deixar aquilo menos constrangedor.
— Isso não é graxa de verdade. Não se preocupe.
— Mas vou voltar para casa?
— Tem um banheiro lá atrás. Te prometo que você volta limpa para casa. Nem que eu mesma tenha que te dar banho. — respondeu Camila com um sorriso malicioso. “Kátia” fingiu um sorriso discreto.
Maquiada, ela assumiu a pose para um primeiro estudo de iluminação. Logo de início, sentiu que seria difícil ficar parada naquela posição por um tempo que ela nem imaginava. Quando o ensaio começou para valer, Camila exigiu ainda mais dela. Pedidos para afastar as pernas e empinar mais o quadril deixavam tudo um pouco mais desconfortável. Ela ainda teria o número do chassi escrito no maquinário na sua frente, se Camila não pedisse para ela virar o pescoço. — Seu rosto é tão lindo. Quero pintá-lo também.
Com toda a sua resistência física, “Kátia” impressionou Camila pelo tempo que conseguiu ficar até pedir para descansar. A artista lhe entregou um roupão, que vestiu enquanto se sentou em uma cadeira. Camila lhe entregou um sanduíche e as duas fizeram um lanche enquanto Camila falava sobre seu trabalho.
— Mas por que essa urgência toda? — perguntou “Kátia”
— Tenho uma cliente muito exigente, mas que paga muito bem. Quando disse que atrasaria a pintura, ela ficou nervosa. Ela fica insuportável quando está impaciente, então pretendo correr com isso antes que ela invente vir aqui nos cobrar pessoalmente.
— Bom, eu espero ajudar.
— Está ajudando muito! Você tem resistência e assim pinto mais rápido.
— Ainda bem, sinto meu corpo todo torcido nessa posição.
Camila sobrepôs a mão na coxa de “Kátia” — você está deliciosa — vai ver quando a pintura terminar.
O sussurrar no ouvido provocou nela um arrepio que se esforçou para disfarçar. “Kátia” voltou à pose e Camila voltou ao cavalete. Mais um longo período naquela posição e ela pensava cada vez menos no número do chassi e mais no fato dela estar naquela posição, exposta, se exibindo para aquela mulher que devorava com os olhos enquanto a pintava.
O treinamento na Divisão de operações especiais a preparou para manipular pessoas assumindo qualquer tipo de papel. Até mesmo uma mulher submissa pode forçar um homem a seguir suas vontades se souber provocá-lo da forma certa. Mesmo em toda a sua experiência, nunca teve que ficar parada por tanto tempo enquanto alguém olha sua intimidade com tanto cuidado por tanto tempo. Era estranho, mas “Kátia” era grata por não ter ninguém ali além delas duas.
Até César aparecer.
O segurança abriu o trinco da porta com violência e a atravessou, caminhando na direção de Camila, que ficou indignada.
— Eu já falei que você não pode entrar aqui. O seu chefe, Eduardo, só manda daquela porta para fora. Daqui para dentro, sou eu!
Enquanto César diz algo que só Camila pode entender, “Kátia” saiu da pose e foi em direção ao seu roupão. Com o olhar direcionado a César, percebeu-o olhando para ela, apesar de manter uma expressão fria. Sem saber o dito à Camila, “Kátia” espantou-se ao ver aquela mulher, até então tão doce, se revelar uma pessoa agressiva.
— Você já estragou o meu dia! Agora vá embora!
César foi embora com a mesma expressão vazia no rosto com que entrou. Camila foi na direção de “Kátia” e a abraçou. — Me desculpa, meu amor. Isso não era para acontecer.
Era perceptível que Camila sentia algo mais do que somente preocupação com “Kátia”. Algo trago por César.
— Aquele é o segurança do Eduardo, não é? O que ele disse? — perguntou “Kátia” afagando os cabelos de Camila.
— O Eduardo o mandou aqui vir me apressar com as pinturas. A cliente cobrou de novo.
“Kátia” viu a oportunidade de sair daquela posição completamente passiva e conquistar um pouco a confiança daquela mulher. Com afagos na cabeça de Camila, ela mudou seu tom de voz para um jeito mais meigo de falar. — É só uma cobrança. No fim das contas, eles vão entender se atrasar.
— Não é só isso — respondeu Camila, com a voz embargada. — Essa é a minha primeira encomenda. É minha oportunidade de mostrar que posso ser uma artista de verdade, pois até então ninguém se interessou pela minha arte, até o Edu me indicar para ela.
“Kátia” abraçou Camila com mais força — Não fique assim. Achei seu conceito revolucionário. Sua cliente é só uma chata que acha que pode tudo porque tem dinheiro. Quando ela ver os seus quadros, vai adorar e você vai começar a se tornar conhecida.
Camila apertou “Kátia” contra si. Deslizou as mãos pelas costas até alcançar o bumbum — Com certeza ela vai amar a sua pintura.
— Então vamos terminar logo! — respondeu “Kátia”.
A modelo retornou ao seu posto e Camila voltou ao cavalete. Algo havia mudado depois daquela conversa. Camila, de fato, parecia se sentir mais leve, sendo esse o objetivo dos afagos de “Kátia”. Se a dose de controle sobre Eduardo foi mesmo exagerada, se aproximar da esposa poderia render bons frutos. Nos intervalos seguintes, ela não vestiu o roupão. Optou por ficar nua na frente de Camila, como um gesto de intimidade. A artista, é claro, agradecia, mantendo seus sorrisos cativantes constantemente abertos. Ao fim da tarde, o trabalho terminou. Quando Camila disse para ela sair, “Kátia” ainda se manteve ali, debruçada sobre os motores, olhando fixamente para o extenso código do chassi. Ela memorizou cada número e letra, enquanto olhava obcecada para aquela máquina. Parecia hipnotizada, em um transe interrompido pelas mãos de Camila em sua cintura. — Vem, meu bem! Te ajudo a sair dessa posição.
Da cintura, as mãos das artistas foram para as nádegas, segurando com força aquelas carnes. “Kátia” encheu os pulmões de ar subitamente enquanto seu coração acelerava.
— O que achou da experiência como modelo? — Perguntou Camila.
— É estranho ficar nua e ser observada por tanto tempo. — respondeu “Kátia” tentando se manter tranquila.
— Mas você se acostumou, pois nem o roupão quis vestir depois.
Júlia não escolhia mais suas respostas. — Gosto de como você me olha.
— Te olho? Como?
— Me desejando.
Camila sorriu, olhando “Kátia” nos olhos. A modelo segurou o zíper do macacão e o desceu, descobrindo mais o corpo de Camila — Deixa eu te mostrar como é essa sensação.
Ao ver brotar um sorriso carregado de malícia em Camila, “Kátia” a despiu de seu macacão. Deu a volta por trás dela e soltou o seu sutiã. Se abaixou e puxou a calcinha até o chão e fez as mãos subirem dos tornozelos até o bumbum, ao qual apertou — Você tem uma bunda linda também.
“Kátia” beijou a bunda de Camila e seus beijos continuaram pela coluna, arrepiando a artista enquanto se levantava. Jogou os cabelos cor de mel para o lado e beijou o pescoço, provocando o corpo de Camila a se contorcer.
— Você tem o corpo gostoso. — disse “Kátia”, ao abraçar Camila por trás, colando seus seios às costas dela.
— Obrigada. É realmente muito gostoso se sentir desejada. — respondeu Camila, ao levar as mãos de “Kátia” aos seus seios. A modelo roçava a coxa na sua enquanto forçava o quadril para trás, se esfregando nela.
Dos seios, a mão de “Kátia” desceu ao meio das pernas de Camila. O toque sutil nos lábios da boceta a fez gemer alto.
— Você está molhada — brincou “Kátia”
— Fiquei o dia inteiro olhando você, te pintando e te querendo. Me deixou assim.
— Eu estive o dia todo naquela posição, como se estivesse me oferecendo para você. Também me deixou assim. — respondeu “Kátia” ao puxar a mão de Camila para a sua boceta umedecida.
Camila virou o rosto o quanto pôde para alcançar os lábios de “Kátia”. Foi um beijo longo, com gemidos abafados e mãos se esticando para acariciar a intimidade da outra. Ela se virou e as duas se abraçaram em outro longo beijo, dessa vez, cheio de apertos.
“Kátia”, ou melhor, Júlia, passou os últimos anos da sua vida se envolvendo com pessoas em missões. Era dissimulada o bastante para assumir quaisquer papéis no jogo sexual e tirar vantagem em qualquer um deles. Sua boceta, entretanto, umedecia como nunca. Ela não queria somente dar prazer àquela mulher na expectativa de ter algo em troca. Seu desejo era ser devorada por ela. Ao se separar dela, virou-se de costas e apoiou com as mãos na roda do caminhão, empinando o quadril enquanto abria as pernas, numa pose bem parecida com a do ensaio. — Fiquei assim para você o dia inteiro pensando nisso. Me chupa!
Camila se ajoelhou e suas mãos passearam pelas coxas de sua modelo até lhe abrir a bunda. Os lábios e a língua mexeram lentamente pela boceta, arrancando um gemido manhoso, longo como aquele beijo íntimo. “Kátia” rebolou discretamente, buscando encaixar a sua intimidade naquela língua da melhor forma. No chão, Camila chupava a boceta de “Kátia” com a mão na boceta.
“Kátia” gemia e rebolava, sendo devorada por aquela mulher. A sensação de estar se abrindo para aquela mulher a libertava de quaisquer amarras que seu papel de espionagem lhe impunha. Enquanto balançava seu quadril, perguntava a si se ainda estava sob disfarce. Quando a língua percorreu o estreito caminho até lhe alcançar as pregas, Julia gritou.
— Meu Deus! — disse “Kátia”, manhosa. Seu corpo reagiu, arqueando as costas enquanto momentaneamente ficava na ponta dos pés. Ao olhar para trás, viu o sorriso sapeca de Camila antes que ela voltasse a enfiar o rosto em sua bunda. “Kátia” segurou seus cabelos e a puxou contra si, enquanto o toque macio e úmido lhe provocara arrepios pelo cu.
Com “Kátia” ainda naquela posição. Camila se levantou e a abraçou por trás, as mãos mergulhadas por entre as pernas dela dedilhavam seu grelo, provocando gemidos mais eufóricos. A artista não cessou seus dados e “Kátia” gritou, num orgasmo forte, daqueles que não se lembrava mais de ter tido um igual.
Com o fôlego retornado, buscou os lábios de Camila e a beijou. A artista fez “Kátia” se apoiar no pneu e encaixou a coxa dela entre as suas. Camila iniciou um rebolado vagaroso, esfregando a boceta na coxa de “Kátia” enquanto a beijava. Os gemidos, intensos, eram abafados por aquele beijo. Mãos das duas apertavam o corpo da outra como se quisessem arrancar pedaços de si. O movimento de Camila, roçando o clitóris cada vez mais forte contra “Kátia”, era aberto, sensual e logo a levou ao orgasmo. Camila abraçou “Kátia”, transmitindo para ela o quanto tremia de prazer.
Camila ainda cumpriria sua promessa de dar um banho em sua modelo. Júlia havia tido sucesso em sua investigação, descobrindo que o número do chassi era do caminhão que ela procurava. Entretanto, não sabia mais o quanto estava comprometida em sua missão.

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Ficha do conto

Foto Perfil turinturambar
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Nome do conto:
A infiltrada 03 — Me exibindo para você

Codigo do conto:
239662

Categoria:
Bissexual

Data da Publicação:
07/08/2025

Quant.de Votos:
1

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