Capítulo 1:
O barulho de risadas e copos brindando ecoava pela varanda iluminada. O aniversário de dezoito anos de Ayumi parecia mais uma pequena festa de empresa do que algo familiar — e Kaito, como sempre, estava ao lado do seu chefe, saboreando um uísque caro enquanto comentavam, meio às escondidas, sobre as mulheres que passavam pela festa.
— Aquela ali é minha funcionária mais dedicada — dizia o chefe, apontando com o queixo. — Mas não se compara à beleza da minha filha, claro.
Kaito apenas riu, por educação, até perceber que Ayumi, do outro lado do salão, não tirava os olhos dele.
Ela vestia uma saia bege que parava pouco acima dos joelhos, justa o suficiente para acentuar suas curvas sem perder a elegância. A blusa de tecido macio, levemente translúcida, tinha um decote discreto e detalhes sutis de renda que realçavam sua delicadeza, em contraste com o brilho intenso e decidido de seus olhos castanhos. O cabelo castanho médio, cortado na altura dos ombros com pontas levemente desfiadas, caía naturalmente ao redor do rosto, reforçando uma imagem aparentemente simples e fofa — embora o olhar que ela lhe dirigia fosse tudo menos inocente.
Não era um olhar inocente — havia uma malícia ensaiada, como se ela já soubesse exatamente o que queria. E, pelo jeito, ela estava disposta a conseguir.
A festa continua, mas Kaito agora se encontra sozinho — o chefe dele foi ao banheiro e não voltou. Provavelmente parou no primeiro rabo de saia.
Em pé e com a bebida na mão — Kaito já analisava discretamente as mulheres da festa, o “modo caça” já estava ligado e havia avistado a sua primeira presa, quando uma voz familiar surgiu às suas costas.
Ayumi:
— oiii, tio Kaito. Já tá de olho nas mulheres da festa antes de conversar com a aniversariante?
Kaito se virou rápido, um pouco sem jeito.
— C-Claro que não, Ayumi. Aliás, meus parabéns. A festa está ótima… e você está linda hoje.
Ela sorriu com o rosto iluminado, mas o olhar tinha um brilho que Kaito não soube decifrar.
Ayumi:
— Hm… bom que você reparou. E trouxe presente?
Kaito:
— Trouxe, sim. Tá lá na mesa, junto dos outros. Não quero estragar a surpresa, mas... — ele vira o rosto de lado com a mão tapando a boca, como se contasse um segredo. — É… aquele videogame novo que você comentou.
Os olhos dela brilharam de surpresa.
Ayumi:
— Não! Mentira que você conseguiu. Esse nem tá nas lojas ainda!
Kaito deu de ombros, fingindo modéstia.
— Você sabe que sou desenrolado. Achei que você ia gostar.
Sem hesitar, ela se aproximou e o abraçou. Não era algo incomum entre eles, mas dessa vez o corpo dela parecia diferente — menos adolescente, mais mulher. Os peitos macios dela se moldando ao peitoral firme dele. O cheiro doce e viciante do cabelo dela. Ele sentiu um calor incômodo subir pelo pescoço.
Ayumi, ao solta-lo, percebeu o mínimo endurecimento na postura dele, o jeito como evitou olhar por um segundo. E sorriu por dentro.
Ayumi:
— Você sempre sabe como me agradar, tio Kaito.
Kaito:
— É… bom… fico feliz.
Ela manteve o sorriso doce, mas na cabeça já marcava aquilo como sua primeira vitória: ele podia até não admitir, mas já a via como mulher.
E talvez fosse por isso que, mesmo tentando disfarçar, Kaito ainda segurava o copo quando tentou dar um passo para o lado, os olhos caçando discretamente uma mulher que tivesse vindo sozinha. Mas Ayumi continuava ali, colada como sombra.
Kaito:
— Você não vai lá falar com suas amigas?
Ayumi:
— (sorri de canto) Não dá. Meu pai tá ali tentando dar em cima delas.
Kaito quase engasgou com a bebida, rindo.
Kaito:
— Tá brincando… — então é aí que esse maldito se enfiou, pensou Kaito.
Ayumi:
— Juro. Acho que ele só convidou metade da minha lista de amigas pra poder “avaliar o estoque”.
Kaito balançou a cabeça, divertindo-se.
Kaito:
— bem, a esse ponto, nós não deveríamos se surpreender mais com ele.
Ela deu um passo mais perto.
Ayumi:
— Já que ele tá ocupado… a gente podia testar aquele videogame agora.
Kaito:
— Agora? Mas tá rolando a festa, e…
Ayumi:
— Ah, ninguém vai sentir falta da gente. Vai ser rapidinho... E estou tão ansiosa para abrir seu presente.
Kaito tentou argumentar, mas Ayumi já puxava seu braço, insistente como criança — embora o toque não tivesse nada de inocente.
Poucos minutos depois, estavam no corredor silencioso. Ayumi abriu a porta do quarto e entrou primeiro, com um sorriso que misturava expectativa e algo mais.
O quarto estava decorado com um cuidado delicado, mas tinha um cheiro peculiar, Kaito logo penso, involuntariamente: "essa garota é uma siririqueira" — o tipo de pensamento que já vem com o arrependimento de tê-lo.
Sobre a cama, bichos de pelúcia dividiam espaço com maquiagens, uma calcinha usada jogada na cabeceira da cama, e na parede, pôsteres de bandas e jogos.
Ayumi:
— Senta aí. Vou abrir.
Kaito se acomodou, tentando manter o foco no console. Mas agora, sem o burburinho da festa e com a porta fechada, a presença dela parecia mais intensa.
Ayumi senta provocantemente perto dele. A saia subiu ao se sentar — deixando as coxas nuas e brilhosas ainda mais expostas.
Kaito engole seco com a visão. Tentando a todo custo não ter pensamentos impuros.
Com o presente desembrulhado e em mãos. Seus joelhos batia nos dele em excitação.
Com um sorriso de empolgação e olhos brilhando, ela disse:
— Era exatamente o que eu queria! Você é o melhor tio que eu tenho.
Kaito com um sorriso satisfeito:
— De nada. Poderia me agradecer não me chamando de "tio", eu não sou tão velho assim.
Ayumi:
— Aaah... Mas esse é o meu apelido carinhoso para você.
— Além do mais... Você na verdade gosta quando eu falo isso né?
Inclinando-se para falar, com o rosto a pouco centímetros dele e o olhar fixo nos dele:
— Ti...Ti...o.
Kairo suou frio com a provocação. A primeira vez que ele viu Ayumi de um jeito tão lascivo.
Kaito:
— O... O que foi isso, Ayumi?
— relaxa, tô só brincando. Devia ter visto a sua cara. — respondeu Ayumi, com um sorriso travesso no rosto, rindo baixinho. Ayumi largou o console no colo, como se tivesse perdido o interesse no jogo.
Ela passou os dedos no próprio cabelo, deixando o perfume se espalhar no ar entre eles.
— Sabe, agora que sou oficialmente adulta… eu penso em começar a namorar. Mas ainda tenho muitas dúvidas.
Kaito:
— Dúvidas? Tipo… o que vestir num encontro? Isso você pergunta pras suas amigas.
Ayumi:
— Não é esse tipo de dúvida. (o tom baixou, mais íntimo) É do tipo que eu não posso falar com o meu pai… e, como minha mãe morreu, não tenho muito pra quem recorrer.
Kaito ajeitou-se na cama, um pouco desconfortável.
— Então… conversa com outra pessoa. Uma colega, uma prima… qualquer uma.
Ayumi franziu levemente as sobrancelhas, baixando os olhos como se estivesse magoada.
— Eu só confio em você. Você é experiente que nem o papai, né?
— É... Bom... Eu... — Kaito tentou responder.
— Achei que… sei lá… você me entendia. — ela disse, com aquela carinha de anjo abandonada.
Kaito suspirou. Ela sabia exatamente como usar aquele tom — a mistura de vulnerabilidade e desafio que desarmava.
Kaito:
— Tá bom… sobre o que você quer falar?
O olhar dela voltou a se acender, agora com um sorriso quase imperceptível no canto dos lábios.
— Quero falar sobre… coisas que um namorado e uma namorada fazem.
Ayumi inclinou-se um pouco mais, como se estivesse prestes a contar um segredo proibido.
Ayumi:
— Eu… sou virgem, sabia?
Kaito piscou, surpreso.
Kaito:
— Isso não é… algo que você devia sair falando por aí, Ayumi.
Ayumi:
— Eu não saio falando por aí. Tô falando pra você.
(ela manteve o olhar preso no dele, voz mais baixa)
— Nunca passei dos beijos… e, pra ser sincera, nem isso foi tão bom.
Ele tentou rir, como quem desconversa, mas Ayumi não desviou.
Kaito:
— Esse tipo de coisa… vem com o tempo.
Ayumi:
— Mas e se eu escolher errado? E se a primeira vez for horrível?
Ela ajeitou-se, cruzando as pernas de forma que a saia subisse um pouco, como se fosse distração acidental.
— Eu não quero aprender com qualquer um. Quero… saber como fazer direito.
Kaito sentiu o peso do silêncio entre eles.
Kaito:
— Ayumi, isso não é conversa pra gente ter…
Ayumi:
— Por quê? Porque você me conhece desde quando eu tinha 15? (um sorriso quase imperceptível)
— Por que sou filha do seu chefe?
— Ou porque tá com medo de gostar mesmo parecendo errado?
Ele desviou o olhar, apertando as mãos no joelho.
Ayumi:
— Eu queria entender coisas… tipo, como é que um homem gosta que toquem nele. O que deixa ele nervoso. Ou… como é que se beija de um jeito que ele não esqueça.
Kaito respirou fundo, tentando manter o tom neutro.
Kaito:
— Isso… você aprende com alguém da sua idade.
Ayumi:
— Alguém da minha idade também é inexperiente. E eu não quero inexperiência. Quero aprender com alguém que já sabe…
Ela se inclinou, o rosto tão perto que ele sentia o calor da respiração dela.
— Alguém como você.
Kaito ficou em silêncio, o coração acelerado, lutando contra o próprio líbido — negar um convite tão claro de uma mulher era contra a sua natureza, mas aquela não era uma mulher qualquer. Era Ayumi, a garotinha do chefe. A mesma garota que ele sempre tratou como uma sobrinha ou irmã pequena.
Kaito buscou uma saída, qualquer coisa que quebrasse aquele clima sufocante.
— Olha… você não precisa se preocupar tanto. Você já é linda, Ayumi. Qualquer cara ia querer ficar com você… mesmo sem você saber nada.
Assim que as palavras saíram, ele percebeu o peso do que tinha dito. Era praticamente uma validação — e ela entendeu na hora.
Ayumi inclinou-se com um sorriso lento, quase predatório.
Ayumi:
— Qualquer cara? Até mesmo aquele que eu quero bem aqui e agora?
Sem esperar resposta, ela deixou a mão escorregar pela lateral da perna dele, até pousar na coxa. O toque foi leve no começo, mas carregado de intenção.
Kaito sentiu o calor subir, os músculos tensos.
Kaito:
— Ayumi…
Ela não parou. O rosto dela foi se aproximando, lábios quase roçando nos dele. O olhar dela era um convite aberto, impossível de interpretar como inocente.
No último segundo, Kaito segurou-a pelos braços, firme, mas sem agressividade.
Kaito:
— A gente não pode fazer isso. Não seria responsável...
Ela piscou, surpresa pela recusa, mas sem recuar muito. Ainda mantinha o rosto perto, como se o simples fato de ele ter tocado nela já fosse uma vitória parcial. Se inclinou um pouco mais, a boca tão próxima que ele sentia o calor da respiração dela.
Ayumi:
— A gente pode, sim. Eu já aguento. Eu quero. E sei que você quer também.
Kaito respirou fundo, tentando manter a calma.
Kaito:
— Você não sabe o que tá dizendo…
Ayumi:
— Sei, sim. Quero que você seja o primeiro homem da minha vida.
As palavras ficaram suspensas no ar, carregadas demais para ele ignorar. A mente dele gritava que o pai dela estava no andar de baixo, que ela acabará de fazer 18, que aquilo era a filha do amigo, mas o corpo reagia de outra forma.
Ayumi deixou as mãos descerem lentamente pelos braços dele até se apoiar nos joelhos. O olhar era firme, como se não houvesse volta.
Ayumi:
— Sabe o que é pior? Você não faz ideia do quanto eu já pensei nisso.
Kaito:
— Ayumi…
Ayumi:
— Eu já me masturbei… pensando em você. Mais de uma vez. Até minha bucetinha acalmar.
O ar pareceu ficar mais denso. Kaito prendeu a respiração, imaginando a cena contra a própria vontade.
Ayumi:
— Quando você vinha aqui, me cumprimentava com um abraço inocente… e me chamava de “garota" e "pirralha"… eu subia pro quarto e gozava forte pensado em você. Me possuindo. Me fazendo mulher.
Kaito fechou os olhos por um segundo, tentando se blindar. Mas Ayumi aproveitou para deslizar uma das mãos pela parte interna da coxa dele, lenta, quase preguiçosa.
Ayumi:
— Eu sei que você pensa em como seria… mesmo que finja que não.
Kaito ainda segurava os braços dela, mas não com a mesma firmeza de antes. Ayumi percebeu.
Ayumi:
— Sabe o que é irresponsável?
(ela inclinou-se mais, o olhar preso no dele)
— Deixar uma garota como eu… cheia de desejo… sozinha.
Kaito:
— Isso não é assunto pra…
Ayumi:
— É, sim. Se você não me ajudar… eu vou acabar procurando alguém que ajude. E você sabe como tem caras perigosos por aí. Gente que só quer usar e machucar. Eu posso acabar virando só uma vadia de alguém. Talvez até de alguém ainda mais velho que você. É isso que quer?
Kaito sentiu o estômago revirar. A imagem de Ayumi daquele jeito com outro homem — ainda mais um qualquer — o incomodou de um jeito que ele não soube explicar… ou não quis admitir.
Seu corpo se encheu de fúria. Apertou mais os braços dela. Se ergueu, apoiando um joelho na cama e aumentando ainda mais a diferença de altura. Olhando de cima, com o olhar agressivo, Kaito fala com firmeza:
— Olha, eu respeito o seu pai, mas ele claramente não te ensinou que com homem não se brinca. Eu estou fazendo isso para o seu bem. Não entende? Não quero que você se machuque ou faça algo que se arrependa depois.
Ayumi:
— Então me protege. Me ajuda. Eu sei o que eu quero. Eu quero que você seja meu primeiro, Kaito.
O silêncio se estendeu. Kaito fechou os olhos, respirou fundo, e finalmente soltou um suspiro pesado.
Kaito:
— Tá… mas nada além de beijos. Entendeu?
O sorriso que se formou nos lábios dela foi puro triunfo.
Ayumi:
— Entendi…
Mas o brilho no olhar dizia o contrário — Ayumi claramente planejava mais.
Ela se aproximou, lenta, os joelhos encostando nos dele, e pousou as mãos no rosto de Kaito.
Ayumi:
— Esse era o presente que eu queria.
Kaito se inclinou e tocou os lábios dela com cuidado, tentando manter um ritmo lento, controlado, como se pudesse tirar o peso da culpa apenas regulando a intensidade. Mas assim que Ayumi sentiu o beijo, ela respondeu com uma paixão quase desajeitada, faminta, como se quisesse sugar dele tudo de uma vez.
Ela não tinha técnica refinada, mas compensava com entrega. Pressionava-se contra ele, a respiração acelerada, tentando fazer daquele beijo algo “adulto” como via nas suas fantasias. A língua dela buscava a dele de forma ansiosa, sem hesitar, como se quisesse mostrar que podia corresponder — ou até provocar.
As mãos, no começo perdidas, pousando ora nos ombros, ora no peito, foram aos poucos explorando o corpo de Kaito com um atrevimento crescente. Passavam pelo braço firme, desciam pelo torso, sentindo os músculos sob a camisa.
Kaito sentiu o próprio autocontrole vacilar. Sem perceber, já a segurava pela cintura, puxando-a um pouco mais para perto. O beijo, antes contido, assumiu o jeito que ele conhecia bem: firme, másculo, conduzindo o ritmo com a segurança de quem sabia exatamente o que estava fazendo.
Ayumi se rendeu completamente à condução dele. Um leve suspiro escapou entre um beijo e outro, e ela abriu os olhos apenas para encara-lo com uma mistura de surpresa e satisfação.
Ayumi:
— É tão diferente…
(o tom dela era quase um sussurro, como se não quisesse quebrar o momento)
— Sua boca… sua língua… são grandes… e as suas mãos… firmes.
Ela mordeu de leve o lábio inferior dele, como se quisesse memorizar cada sensação.
Ayumi:
— Nenhum beijo que eu tive chega perto disso.
Kaito não respondeu. Parte dele queria se afastar, mas outra parte… não queria interromper.
O quarto parecia menor, o ar mais quente, como se cada respiração de Ayumi consumisse o oxigênio e deixasse apenas o aroma dela — um perfume doce, misturado ao frescor do cabelo sempre bem cheiroso e a algo naturalmente seu.
Os dedos dele deslizaram sob a barra da saia, encontrando a pele quente e úmida da coxa. Havia uma maciez quase irreal, e o calor que emanava dali subia pelos dedos até latejar no peito dele. O toque era como um vício imediato.
Quando a mão dele subiu para o rosto dela, Ayumi fechou os olhos e deixou escapar um som baixo, carregado de prazer e expectativa. Ela se inclinou, colando-se mais ao corpo dele e apertando o peitoral sob a camisa com as mãos pequenas, quase trêmulas.
Kaito sentiu o puxar suave, quase imperceptível, dos dedos de Ayumi guiando a mão dele para mais perto. A respiração dela já estava acelerada, e ele conseguia sentir o calor que irradiava da intimidade dela mesmo antes de encostar.
— Você disse que ia me aliviar… — a voz dela saiu num sussurro carregado, como se cada palavra fosse um sopro quente contra ele. — Só com beijos… isso não vai acontecer.
Kaito hesitou, seus dedos pairando, o coração martelando no peito. Eles não podiam ficar lá por muito tempo, logo iriam procurar pela a aniversariante, mas ainda tinha o peso daquela frase — "irresponsável deixá-la assim, vulnerável".
— Ayumi… — ele tentou dizer algo, mas o olhar dela, úmido e determinado, queimava mais do que qualquer palavra.
Ele engoliu seco. A ponta dos dedos encontrou o tecido fino da calcinha, já úmido. O calor que subia dali o fez perder momentaneamente a noção de onde estava. Devagar, ele começou a acariciar por cima, circulando, explorando.
— Hhmm… assim… — Ayumi gemeu baixinho, apertando com mais força o peito dele, como se quisesse ancorar-se para não se perder.
Kaito sentiu uma onda de satisfação crescer nele. — "a bucetinha dela tá derretendo… ao meu toque" — pensou ele. Movimentos suaves no início, mas cada vez mais seguros. Quando sentiu que ela arqueava as costas, ele se aventurou por baixo do tecido, tocando finalmente a pele quente e macia, ainda mais úmida.
— Porra, Ayumi... Que bucetinha gostosa. — disse em voz baixa como se tivesse deixado escapar um pensamento.
— Gostou, né? Deixei prontinha para você. Você é o primeiro que põe as mãos aí além de mim. — disse Ayumi, em um tom lascivo, parecendo ficar convencida pelo efeito que causou naquele homem experiente.
— Você parece uma pervertida falando desse jeito. — disse ele enquanto se tornava ainda mais íntimo do sexo dela. Afastando e massageando os lábios da vagina. Esfregando o ponto de prazer dela com as falanges dos dedos.
— Deve ser porque eu sou ... M-mas você gosta disso né? — respondeu com um tom cheio de malícia e tentando manter a pose apesar do estimulo.
— Eu... Eu não pensava em você desse jeito.
— S-sério...? — ela arfou, mordendo o lábio, a voz entrecortada pelo prazer. — Depois de... todas as vezes que eu passava de shortinho... mini saia... você nunca reparava?
Ela gemeu baixo, tentando puxar o ar, mas mal conseguia formar as palavras.
— Eu te via tentando... resistir a olhar pra minha bunda... com o meu pai do seu lado... — disse, a voz trêmula, misturando provocação com cansaço. — Era... tão fofo...
— ... — ele já não tinha respostas para essas provocações, pelo menos não com palavras.
Ele então decide parar de se segurar um pouco. Com movimentos mais complexos, indo e voltando de lentos e firmes para rápidos e constantes. Sem deixar o corpo esfria ou acalmar. Tudo isso era demais para ela, fazendo-a arfar de prazer.
Ao pegar na nuca dela com firmeza, ela soltou um gemido doce e feminino. Sua entrada abria e fechava em pulsação. Cabeça arqueada para trás. Completamente embriagada de dopamina.
Enfim ele inseriu o primeiro dedo. O aperto e a forma como ela reagiu — parando o beijo como se tivesse tomado um susto, não deixava mentir, ela era virgem ainda, apesar de tudo. Em pouco tempo ela já estava pronto para o segundo dedo, curvando-os para cima. Começou devagar, os dedos de Kaito eram diferentes do que ela estava acostumada. Os dedos finos e delicados — que ela usava com frequência — não tinham o mesmo impacto e técnica dele. Em minutos, ele já parecia ter desvendado cada segredo de seu íntimo.
— Aaah… Kaito… — o nome dele saiu como um sopro carregado de prazer.
Com uma mão firme segurando a cintura de Ayumi por de baixo da blusa, ele continuava aumentando o ritmo gradualmente. Ela já estava obscenamente molhada. O canal vaginal parecia uma fornalha. O clitóris duro e sensível pelo estímulo de ser esfregado pelas diferentes texturas da mão dele — as pontas dos dedos, falanges e palma revezavam, sempre atento a cada gemido e tremor.
— P-porra... Isso! ... Assim mesmo, titio Kaito — disse ela, indo de uma expressão tensa com com dentes cerrados para um sorriso de tesão.
Os dedos dele eram abraçados pelo calor e pressão da carne úmida. Agora eles iam fundo, até o resto da mão bater contra os lábios inchados e ensopados da buceta — fazendo um som úmido e obsceno que fazia Ayumi corar.
— Olha isso… minha buceta engolindo sua mão inteira… — ela riu ofegante. — Vai, mete mais fundo… — ela disse, segurando o punho dele. — Quero ver até onde você consegue entrar antes de eu desmaiar.
Kaito com um olhar incrédulo — Que porra! Na onde essa pirralha aprendeu a falar assim? — pensou.
Ele começou a aplicar toda a sua experiência. Alternava ritmos, pressão, explorava os pontos mais sensíveis, atento a cada suspiro e tremor. A sensação de vê-la se desmanchar em suas mãos o preenchia com algo primal, quase possessivo. Pensou: "Quero ver até onde consigo levá-la…"
— N-não para… assim… é tão bom... Caralho… — Ayumi tentava falar, mas a voz falhava. As pernas dela já não obedeciam, tremendo contra ele.
Agora, ela estava inclinada com os braços apoiados para trás. Uma mão de Kaito pressionando o baixo-ventre dela — sentindo a textura dos pêlos da púbis em crescimento — a outra mão continua o trabalho. Deslizando dois dedos pela parte inferior da vulva, massageando a região úmida e sensível entre a entrada e o ânus.
A mudança constante deixava o corpo dela sem chance de se acostumar, cada nova variação arrancando um gemido mais alto.
— Caralho... Minha buceta tá latejando. Era para isso ser tão bom? — disse Ayumi, respirando pela boca e com os olhos semi cerrados.
Nos segundos finais, ele uniu os estímulos: dois dedos curvados dentro, polegar girando rápido no clitóris e a mão esquerda pressionando ainda mais firme a parte baixa da barriga, aumentando a sensação interna. O corpo dela arqueou, e ele manteve tudo no máximo até sentir as contrações rápidas e quentes apertando seus dedos.
Kaito inclinou o rosto, mordiscando a curva do pescoço dela, enquanto a mão mantinha um ritmo firme e preciso. Ele sentia o corpo dela se apertar, a respiração falhar.
— Kaito…! Eu… eu não aguento…! — ela arqueou o corpo, um gemido agudo escapando, as mãos apertando a camisa dele como se fosse sua tábua de salvação.
O clímax veio como uma onda que sacudiu Ayumi inteira. Ela fechou os olhos com força, sentindo-se despencar de um penhasco de prazer, enquanto ele a mantinha firme, guiando-a por cada segundo da explosão.
Quando finalmente relaxou, ainda ofegante e levemente trêmula, ela encostou a testa no ombro dele, tentando recuperar o fôlego.
— Isso… foi do caralho… — ela murmurou, um sorriso tímido escapando entre respirações pesadas.
Kaito a olhou, uma garota tentando ser mulher. Estava completamente vulnerável a alguém como ele. Por isso mesmo que agora ele sabe que a responsabilidade dele com ela agora é outra.
Eles ficaram assim, ambos ainda sentados, com Ayumi se apoiando em seu peito — quase apagada — enquanto ele a acariciava as costas.
Tê-la em seus braços era confortante, — e também sujo — quando estava calada, ela era só a garotinha sempre fofa e meiga que ele conhecia. Então lá estava ele, com a aniversariante da festa. A filha do patrão. E uma ereção que doía quase tanto quanto a consciência — que voltava rápido demais.
— Ayumi, levanta. Temos que voltar a festa, logo alguém vai te procurar.
— hmm...? — ela respondeu, ainda voltando do êxtase que experimentou — levantar? Cara, eu nem sinto minhas pernas. Que merda você tem nas mãos?
— tsc... Isso não é hora de brincar. Se alguém nos ver aqui vai dá problema. Teu pai com certeza me mataria.
Ayumi um pouco mais séria, voltou a sentar, agora só apoiando as mãos em Kaito.
— Por que você diz isso? Vocês se dão tão bem. Aposto que ele ia te adorar como genro.
— Não é assim que funciona, garota. Confie em mim.
— hm... Mas é sério o que eu disse... — ela continuou. Mais desperta — preciso de um tempo para me recuperar. A não ser que você vá me levar no colo até lá embaixo. — ela disse com aquele carinha sapeca que agora era vista com outros olhos por ele.
— Tá bom. Pode ficar, eu vou na frente então.
Ele tenta levantar, porém é impedido. Ayumi agarra o braço dele, mas o que de fato o segurou foi aquele olhar carente e vulnerável dela, seguido por um — "Não vai ainda, fica. Por favor, tio".
Kaito hesitou, mas voltou a se sentar, virado em direção a porta, tentando não encarar mais aquela mulher — como se apagasse o que fizeram. Ele então respirou fundo e disse:
— Você ainda consegue me chamar assim? Depois do que rolou?
— an? O que que tem? — indagou confusa — Você prefere que eu te chame de papai ou paizinho? Eu ia achar bem excitante também. — ainda mais chocante que a fala, foi a naturalidade com que ela falou isso.
— O que?! Meu Deus , Ayumi. O que tem de errado com você?
Ayumi deu de ombros, como se o que tivesse dito fosse algo completamente banal, quase inocente.
— Ué… — ela sorriu, mordendo o canto do lábio — você não gostou? É que eu tava pensando… se eu fosse sua, mesmo, ia ser gostoso você mandar em mim desse jeito.
Kaito passou a mão no rosto, tentando expulsar a imagem que as palavras dela provocavam. Não ajudou. A lembrança ainda recente dela se contorcendo sob o toque dele vinha como um soco no estômago.
— Para com isso. Você não tem noção do que tá falando.
— Tenho sim — ela rebateu sem hesitar, inclinando-se para frente, até ficar com o rosto perigosamente perto do dele. — Sei muito bem. Aposto que, se eu passar a mão agora, vou encontrar sua… "consciência" latejando.
Ele desviou o olhar, mas a provocação já tinha atingido o alvo. Ayumi riu baixinho, satisfeita com a reação.
— Ah, e sobre o que fizemos… — continuou, agora em tom empolgado e curioso até demais— eai, o que você achou? Gostou da minha xaninha? Por que não cheirou o dedo ainda? Quantas estrelas você acha que eu mereço?
Kaito piscou, surpreso. Essa pirralha fala de sexo como se fosse uma corrida de uber, pensou, sentindo o contraste da Ayumi que ele conhecia e essa nova versão que ele estava diante.
Kaito soltou um suspiro pesado, mais exasperado do que irritado.
— Você é impossível… — disse, mas sem firmeza na voz.
— Mas... se essa aqui é a verdadeira você... — ele sorriu de leve, olhando nos olhos dela. — Então fico feliz que tenha se sentido segura para me mostrar esse lado.
Ayumi desviou o olhar por um instante, mordeu o canto dos lábios e soltou um suspiro tímido. — Não é todo mundo que eu deixo ver... — murmurou, quase como uma confissão, antes de encarar Kaito de volta com um brilho maroto nos olhos.
Ele deixou os dedos deslizarem pelos fios macios do cabelo dela, num cafuné lento que contrastava com o calor que ainda queimava entre eles. Inclinou-se, a boca roçando a orelha de Ayumi, e sussurrou, rouco:
— Você é uma putinha linda, Ayumi...
O corpo dela estremeceu, um sorriso malicioso brotando nos lábios enquanto a respiração acelerava. Quando Kaito se ergueu, estendendo a mão, ela a segurou sem hesitar — mas com aquele brilho nos olhos que dizia que a frase ainda ecoava na cabeça dela.
Ayumi ajeitou a saia, ainda com as bochechas coradas, e caminhou até a porta. Antes de girar a maçaneta, lançou um olhar enviesado para Kaito, os lábios se curvando num sorriso malicioso.
— Tem certeza que a gente vai voltar pra festa assim? — ela perguntou, dando um passo mais perto. — A gente podia... continuar.
Kaito se aproximou por trás, o calor do corpo dele colando nas costas dela. Passou a mão de leve pelo braço de Ayumi, inclinando-se até que os lábios quase roçassem sua orelha.
— Não tenho pressa... — murmurou, a voz grave e arrastada. — Agora que você é uma mulher, vamos ter muitas oportunidades.
Ayumi mordeu o lábio, o coração disparado, antes de sentir a mão dele tocar a sua para guiá-la para fora do quarto. A música e as luzes da festa os engoliram, mas o peso daquela promessa ficou queimando dentro dela.
Continua...