Minha ex-cunhada Lorena, irmã de Adilson, passou um tempo comigo, me dando força e motivação durante aqueles dias sombrios. Mas há outra pessoa que se tornou uma presença constante em minha vida: Ivan, meu sobrinho.
Ivan é filho da minha irmã Matilde e tem apenas 22 anos, mas mostrou ser mais maduro do que sua idade aparentava. Enquanto suas visitas se faziam frequentes, Ivan fazia churrasco aos finais de semana e estava sempre me tratando de um jeito gentil e gentil. Ele me traz chocolates e pequenos mimos sempre que possível, e em algumas noites, até dormir em minha casa.
Com o tempo, essas atenções que antes eram convenientes apenas gestos de carinho familiar começaram a ganhar um tom diferente — mais profundo, mais íntimo. Ele me olhou de um jeito que não era só respeito ou afeto de sobrinho. Havia algo nos seus olhos quando entrava na sala, me via enrolada no xale dele: uma faísca silenciosa, um desejo contido. Eu senti. E ele sabia que eu sentia.
Nunca falei nada. Não preciso.
As noites em que ele dormia aqui eram as menos solitárias da minha vida desde a morte de Adilson. Ele não usava meu quarto; Ficava no quarto de hóspedes, ao lado do meu — tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Mas certa madrugada, acordei com o som da chuva forte contra os vidros e um pesadelo grudado à pele: via Adilson se afastando em meio à névoa do cemitério e gritava seu nome sem voz.
Foi então que senti uma presença ao pé da cama.
— Tia... tá tudo bem? Ouvi você chorar — sussurrou Ivan, parado à porta com uma camiseta amassada e calça moletom descansando nos quadris.
Meu coração batia descompassado pelo susto... ou por outra razão?
— Pode entrar... só foi um sonho ruim — respondi baixinho, envergonhado pela fraqueza exposta assim diante dele.
Ele entrou devagar e se sentou na beirada da cama. Cheirava a sabonetes cítricos e algo mais: juventude pulsante misturada a calma segura. Colocou a mão sobre a minha com cuidado exagerado – como quem tem medo do próprio desejo – mas sem tirar os olhos dos meus.
— Você não precisa fingir pra mim...
E foi isso — esse toque simples, essa frase dita em voz baixa — que rompeu alguma coisa entre nós.
Comecei a tremer não por tristeza agora… mas por culpa proibida demais para confessar em voz alta. E ainda assim…
…Ele se inclinou para frente.
Apenas alguns centímetros.
O suficiente para eu sentir sua respiração acelerando junto à minha testa.
Minhas mãos deixaram as cobertas como advertência muda:
“Isso é errado.”
Mas meu corpo sussurrava outro veredito:
“Eu quero.”
Ivan se aproximou mais, seu corpo cobrindo parcialmente o meu sob as cobertas. Suas mãos deslizaram pelos meus cabelos, acariciando suavemente ao mesmo tempo em que ele buscava meus olhos em meio à penumbra.
Eu pude sentir meu coração batendo contra as costelas, como um pássaro em pânico tentando escapar da gaiola. Mas eu não queria fugir - não agora.
Ivan apoiou o rosto na curva do meu pescoço, onde meu pulso latejava. Podia sentir sua boca se mover em um suspiro.
"Você me quer, tia?"
Era quase uma pergunta retórica. Seus lábios roçaram contra meu ouvido enquanto ele falava, causando um arrepio que me percorreu de cabeça aos pés.
Minhas mãos, que momentos antes seguravam as cobertas com força, agora tinham vida própria. Deslizaram para as coxas fortes de Ivan por baixo do tecido macio da calça moletom, tocando a pele quente em um gesto quase involuntário mas cheio de intenção.
Ivan ofegou com o contato, seu corpo se tensionou sob o toque inesperado.
"Tia..."
Ele murmurou meu nome entre dentes, como se a palavra fosse pesada demais para ser dita com clareza.
Eu pude sentir o desejo em seu tom de voz, e senti meu próprio corpo responder àquele chamado silencioso. Meus dedos traçaram círculos cada vez mais íntimos em suas coxas, subindo para o lado interno, provocando e seduzindo.
Meu coração batia em um ritmo selvagem, cada batida ecoando pelo quarto silencioso. Meus dedos deslizaram um pouco mais para cima, encontrando o volume duro sob o tecido da calça moletom.
"Ivan..." Falei baixinho.
Ele se esticou um pouco mais para frente, se apoiando nos cotovelos, e me encarou no escuro. Suas mãos seguraram com mais firmeza meu rosto, levantando-Me até que nossos lábios estivessem a milímetros de distância.
Seus lábios tocaram os meus com uma lesão quase dolorosa — como se temesse que o desejo fosse mais forte que o controle. Mas não havia volta. Não naquele instante.
Gemí dentro do beijo, sentindo todo o corpo derreter sob seu peso leve, mas intenso. Suas mãos desceram pelo meu pescoço, pelas clavículas expostas pela blusa de dormir meio aberta, até encontrarem a curva dos meus seios através do tecido fino.
— Tia... você é tão linda — sussurrou entre beijos ofegantes no meu queixo, no pescoço, na pele sensível logo abaixo da orelha.
Respondi com um arquear súbito das costas, puxando-o contra mim. Meu corpo gritava sim enquanto minha mente ainda tentava sussurrar não — mas era tarde demais para resistir.
Ele deslizou a mão por baixo da minha blusa e tocou minha pele nua pela vez: quente, hesitante… e decidida. Quando seus dedos contornaram um mamilo já suportado pelo desejo reprimido de semanas inteiras de tensão sexual mal disfarçada, gritei baixinho.
— Ivan… isso é errado…
Minha voz saiu trêmula — não por medo ou culpa real… mas porque eu sabia que estávamos prestes a cruzar um limite sem retorno.
Ele parou por um segundo e me olhou fundo nos olhos:
— Então pare-me agora... se conseguir.
Não consegui.
Puxei seu rosto de volta ao meu beijo faminto enquanto minhas pernas se abriam instintivamente para recebê-lo entre elas. O atrito do seu quadril contra o meu acendeu uma fagulha elétrica no centro do meu ventre — aquela parte escondida de mim que há tanto tempo ansiava por ser despertada novamente...
E ali, entre sombras molhadas pela chuva lá fora e corpos entregues à classificação mais intensa dos últimos tempos... nós sucumbimos.
Completamente.
Irremediavelmente.
Loucamente.
Unidos pelo amor?
Pelo amor?
Ou apenas pelo desejo selvagem?
Não importa.
Porque naquela noite...
nós dois nos pertencemos – além dos laços familiares,
além das regras,
além da razão...
Naquela cama…
éramos apenas homem e mulher,
chamas em silêncio,
um gemido entrelaçado ao outro…
Nada mais do que o cenário.
E quando amanheceu…
ninguém podia negar:
algo havia mudado pra sempre entre nós.
Belo conto votei e adorei imagino eu sendo seu sobrinho
Que delicia de tia safada... queeerroooo
Colossal
Delícia adoro com a tia