Depois daquela primeira entrevista, tudo foi simples e direto. Ricardo saiu para falar com Rubens, meu marido, que rapidamente aprovou sua contratação. Em pouco tempo ele já estava oficialmente conosco.
Os primeiros dias foram normais. Ele chegava pontualmente, sempre de terno impecável, dirigia com atenção e falava pouco, apenas o necessário. Seu silêncio, longe de ser incômodo, parecia um cuidado a mais. E confesso que, de alguma forma, isso chamava atenção.
A primeira vez que apresentei Ricardo às minhas amigas foi numa tarde de sábado. Estávamos indo a um evento beneficente e pedi que ele nos levasse. Assim que ele abriu a porta do carro, percebi os olhares demorados delas. Ele cumprimentou todas com um sorriso discreto e um "boa tarde" firme, quase solene.
Dentro do carro, o burburinho começou. Uma delas riu baixinho e comentou, Vi, seu novo motorista é um verdadeiro deus grego. Todas concordaram de imediato. Eu apenas sorri, sem dar muita importância. Para mim ele era apenas um profissional recomendado pela minha cunhada.
Outra amiga completou, Se fosse comigo, ele não teria sossego. Trabalharia muito, mas muito mesmo. O carro explodiu em risadas, e eu balancei a cabeça fingindo reprovar a ousadia delas. No fundo, havia algo curioso naquele entusiasmo, mas não deixei transparecer.
Os dias seguintes correram com naturalidade. Ricardo demonstrava uma elegância silenciosa em cada gesto. Abri a porta para mim, carregava minhas sacolas sem que eu precisasse pedir, mantinha o olhar fixo na estrada, mas sempre atento a tudo. Era impossível não notar sua postura impecável, como se tivesse sido treinado para viver entre empresários e famílias importantes.
As conversas entre minhas amigas se repetiram em outras ocasiões. Elas sempre encontravam um jeito de falar dele, comentar sobre sua presença ou insinuar algum charme escondido. Eu, com firmeza, respondia que não havia nada ali além de trabalho. Estava certa de mim mesma, pelo menos naquele momento.
Ainda assim, algo imperceptível flutuava no ar. Eu não admitia, não percebia, mas a cada dia Ricardo se tornava uma presença constante, uma figura elegante e silenciosa que acompanhava meus passos. Uma rotina normal, com um toque de romance disfarçado, ainda invisível para mim, mas que já era sentido por todos ao redor.
Era uma tarde comum, eu precisava comprar algumas coisas no shopping. Ricardo, como sempre, abriu a porta do carro e me acompanhou até a entrada. Ele caminhava alguns passos atrás, discreto, mas sempre atento.
Entrei em uma das lojas para olhar roupas e acessórios. Enquanto caminhava pelos corredores, encontrei uma seção infantil e, por instinto, meus olhos pararam em um bichinho de pelúcia no alto da prateleira. Parecia fofo, e pensei em levá-lo para minha sobrinha.
Olhei para cima e percebi que seria impossível alcançá-lo. Virei para Ricardo, que aguardava ao meu lado, e pedi que pegasse para mim. Ele se aproximou e estendeu o braço. O espaço era apertado, o corredor mal comportava duas pessoas lado a lado. Eu não saí da frente. Talvez nem tenha pensado nisso na hora.
No instante em que ele se inclinou para alcançar o bichinho, seu corpo encostou no meu por trás. Foi apenas um segundo, mas senti a pressão firme dele contra mim. Algo volumoso, quente, que se apoiou bem na altura do meu rego. Meu corpo inteiro gelou, mas ao mesmo tempo um arrepio percorreu minha espinha.
Tentei não me mover, fingindo naturalidade, mas meu coração disparou. Quando ele voltou a posição normal e me entregou a pelúcia, apenas sorri rapidamente, agradeci e segui adiante, como se nada tivesse acontecido.
Por dentro, porém, estava diferente. A sensação não saía da minha mente. Era impossível não lembrar do que tinha sentido. Nunca imaginei algo daquele tamanho, daquela firmeza. O choque me deixou confusa. Caminhei pela loja com as pernas um pouco trêmulas e, de repente, percebi que estava melada, úmida de um jeito que não fazia sentido.
Aquilo mexeu comigo profundamente, mesmo que eu tentasse negar. Ao sair do shopping, forcei um sorriso, falei de assuntos banais e tratei de esquecer. Repeti para mim mesma que tinha sido apenas um acidente, nada planejado, nada intencional. Mas, no fundo, algo havia sido despertado em mim.
Alguns dias depois, resolvi ir à academia do condomínio. Era parte da minha rotina quando Rubens viajava, uma forma de distrair a mente. Ricardo, como sempre, me acompanhou até a porta. Não havia necessidade, mas ele insistia em estar por perto, atento a tudo.
Enquanto fazia alguns exercícios, decidi tentar um peso um pouco mais alto. Estava determinada, mas, ao puxar, perdi o equilíbrio e o halter escapou das minhas mãos, caindo com um estrondo no chão. Antes que eu pudesse me abaixar, Ricardo correu até mim.
Ele segurou o peso com facilidade, como se fosse leve, e me entregou de volta. Foi nesse instante que levantei os olhos e me deparei com ele em pé, bem à minha frente. Estávamos muito próximos. Minha respiração acelerou. E foi impossível não notar.
No meio das pernas dele, marcando com evidência por trás do tecido da calça de treino, estava novamente aquilo que eu já havia sentido na loja. Volumoso, imponente, incontrolável até quando ele apenas se movia para me ajudar.
Por um segundo, fiquei paralisada. Minha mente voou de volta àquele corredor apertado, ao arrepio que havia me deixado sem chão. Era como se as duas cenas se juntassem em uma só, repetindo a mesma sensação, agora ainda mais clara, mais provocadora.
Agradeci rápido, tentando disfarçar a confusão no meu rosto. Mas por dentro eu estava maluca. O coração batia forte, minhas mãos suavam, e tive que me sentar um instante para recuperar o fôlego.
Tentei me convencer de novo que era apenas coincidência, apenas o acaso da situação. Mas a verdade é que aquilo já não era fácil de ignorar. O corpo reagia sozinho, e eu sentia um calor estranho, quase proibido, que crescia toda vez que meus olhos se encontravam com o dele.
Depois daquele dia na academia, percebi que não conseguia mais olhar para Ricardo da mesma forma. Tentava me convencer de que era apenas imaginação, mas cada vez que nossos olhos se cruzavam, havia uma espécie de silêncio carregado no ar.
Comecei a notar detalhes que antes passavam despercebidos. O jeito como ele sempre segurava a porta, firme, mas com uma delicadeza quase ensaiada. Como ajeitava a gravata ou a manga da camisa antes de dirigir. Como parecia saber exatamente a distância certa para estar perto de mim sem nunca ser invasivo.
E foi nessa linha tênue, entre o respeito absoluto e o desejo escondido, que comecei a me perder. Quando ele falava comigo, sua voz grave ecoava por mais tempo do que deveria nos meus ouvidos. Quando caminhava à minha frente, eu me pegava observando seus ombros largos, a postura impecável. Era inevitável.
Ricardo também parecia ter notado algo. Pequenos gestos entregavam isso. Seu olhar às vezes demorava mais no meu rosto do que o necessário. Quando nossas mãos se encostavam por acaso, ele segurava um segundo a mais antes de soltar. Pequenas coisas, mas suficientes para me deixar inquieta.
Minhas amigas continuavam fazendo comentários. Elas não escondiam o encantamento, falavam do charme dele como se fosse um segredo coletivo. Eu, por outro lado, fingia indiferença. Mas a verdade é que, por dentro, eu já estava dividida.
As noites ficaram mais longas. Sozinha em casa, lembrava da cena no shopping, do momento na academia, e minha mente voltava a repassar cada detalhe, cada sensação. Era como se meu corpo tivesse despertado algo que minha razão ainda tentava conter.
Eu sabia que estava prestes a atravessar uma linha da qual não haveria volta. Ainda não havia acontecido nada, mas a tensão já era quase insuportável. O inevitável se aproximava, e eu podia sentir que o grande dia estava chegando.
Era uma sexta-feira quando combinei de sair com minhas amigas. Coloquei aquele vestido preto que abraçava meu corpo de um jeito que me fazia sentir poderosa. Decote nas costas, tecido leve que deslizava a cada passo, e um sorriso no rosto pronto para a noite.
Ricardo estava, como sempre, me acompanhando. Discreto, impecável, mas com uma postura que chamava atenção por onde passava. Ele sabia que não era apenas um motorista, e eu também sabia que sua presença me deixava tranquila, como se nada pudesse me atingir enquanto estivesse sob seus olhos atentos.
Chegamos ao barzinho e nos acomodamos numa mesa próxima à pista de dança. Rimos, brindamos, conversamos alto. Em pouco tempo, alguns rapazes começaram a rondar, tentando puxar conversa, insistindo mesmo depois de respostas evasivas. Eu já estava incomodada.
Foi então que percebi Ricardo se aproximar. Não disse nada, apenas ficou em pé, atrás de mim, olhando fixamente para os rapazes. Seu corpo ereto, olhar firme, mandíbula cerrada. A energia mudou imediatamente. Não houve briga, nem necessidade de palavras. Bastou a presença dele, imponente, para que os engraçadinhos recuassem. Um deles ainda tentou arriscar um sorriso irônico, mas ao encontrar os olhos de Ricardo, desviou o olhar e desapareceu no meio da multidão.
Minhas amigas suspiraram aliviadas e, entre cochichos, não deixaram de comentar. Vi, você tem um guarda-costas que é mais eficiente que qualquer segurança de boate. Eu apenas ri, tentando disfarçar, mas por dentro estava mexida. Não pelo incômodo da situação, mas pela sensação intensa de ter sido defendida. Havia algo profundamente masculino e protetor nele que me tocou de um jeito inesperado.
Quando a noite terminou, saímos juntas e ele abriu a porta do carro para nós. Antes de entrar, olhei de relance para Ricardo. Seu olhar encontrou o meu. Foi apenas um instante, mas carregado de algo que eu não queria admitir. Não era mais só segurança, não era apenas trabalho. Havia romance no ar, silencioso, escondido entre os gestos.
No caminho de volta, minhas amigas comentavam sobre a noite, sobre os rapazes inconvenientes, mas eu mal ouvia. Só conseguia pensar no jeito que Ricardo havia se colocado à minha frente, firme, pronto para tudo. Aquela imagem ficou gravada em mim como se fosse um marco, uma linha invisível que eu estava prestes a atravessar.
Quando chegamos em casa, já passava da meia-noite. Minhas amigas entraram primeiro, cada uma despedindo-se rapidamente, ainda rindo e comentando sobre a noite. Eu fui a última a sair do carro.
Ricardo abriu a porta para mim, como sempre, mas dessa vez não foi apenas um gesto automático. Nossos olhares se encontraram por alguns segundos longos, intensos. Havia algo diferente no ar, um silêncio pesado, cheio de coisas não ditas.
Subimos pelo elevador. Eu à frente, ele atrás, respeitoso como sempre. Mas eu podia sentir seu olhar em mim, acompanhando cada movimento do meu corpo sob o vestido. Meu coração batia mais forte, e eu tentava me manter serena, como se nada estivesse acontecendo.
Quando chegamos à porta do meu apartamento, ele segurou a chave que eu tinha deixado cair da bolsa. Estendeu a mão para me entregar. Nossos dedos se tocaram por um breve instante, e aquilo foi suficiente para me arrepiar inteira.
Obrigada, disse baixinho, quase sem voz.
Ele apenas assentiu, sério, mas seus olhos não negavam. Estavam diferentes, quentes, como se escondessem um segredo que ainda não ousávamos revelar.
Abri a porta devagar. Antes de entrar, virei o rosto uma última vez para ele. Estava firme, como sempre, mas havia uma tensão em sua postura. Um desejo contido, segurado à força.
Boa noite, senhora, disse com aquela voz grave que me percorria por dentro.
Boa noite, Ricardo, respondi, e fechei a porta lentamente.
Encostei-me contra ela por alguns segundos, de olhos fechados, tentando controlar a respiração. Meu corpo estava em chamas, ainda sentindo a presença dele tão próxima, ainda guardando o olhar que ele havia me lançado.
Naquela noite, deitei na cama sem sono. As imagens se repetiam na minha mente: ele de pé atrás de mim no bar, firme e protetor; o toque de suas mãos ao me entregar a chave; o olhar silencioso que parecia atravessar minha alma.
Era impossível negar. Algo estava acontecendo, e eu já não tinha forças para fingir que não percebia. O grande dia estava se aproximando, inevitável como o próprio destino.
Era uma manhã qualquer. Eu estava na cozinha preparando o café, ainda de lingerie, sem pressa, apenas aproveitando o silêncio da casa. A renda preta se misturava ao cinza do shortinho justo, deixando meu corpo exposto mais do que deveria para aquela hora.
De repente, ouvi a porta de serviço abrir. Ricardo entrou, como fazia todas as manhãs, pronto para assumir suas funções. No mesmo instante, nossos olhares se cruzaram. Ele parou na porta, surpreso, e eu congelei por um segundo.
O silêncio foi cortado apenas pelo som da chaleira no fogo. Meu corpo queimava mais do que a chama. Vi claramente seus olhos percorrerem minha pele, devorando cada detalhe daquela roupa íntima. E então percebi. O volume em sua calça cresceu de forma tão evidente que não havia como disfarçar.
Senti um arrepio subir pela espinha, um calor estranho que me fez perder o ar. Sem pensar, larguei a colher na bancada e saí correndo para o quarto, coração acelerado, pele em chamas.
Quando voltei, já vestida, ele estava de pé, firme, mas com um olhar diferente — carregado de respeito, como se quisesse apagar o que havia acontecido.
Perdão, senhora, disse em tom baixo, quase constrangido. Não vai se repetir.
Assenti, tentando disfarçar o rubor no rosto. Fiz de conta que acreditava naquela promessa, mas por dentro sabia que algo havia sido exposto, algo impossível de apagar. A imagem dele parado na porta, olhando meu corpo, e aquele volume incontrolável na calça ficaram marcados em mim.
Fiz questão de seguir o café normalmente, mas cada vez que erguia os olhos e o via ali, tão contido, tão simplista nas palavras, mais difícil era esquecer. O que aconteceu naquela manhã não foi apenas um acidente. Foi um limite rompido.
O resto do dia seguiu como se nada tivesse acontecido. Eu preparei o café, servi à mesa e mantive a voz serena, como se estivesse no controle. Ricardo fez questão de permanecer ainda mais formal, chamando-me de senhora em cada frase, como se quisesse erguer um muro entre nós.
Mas a verdade é que aquele muro já havia sido quebrado.
Cada vez que eu olhava para ele, lembrava da cena na cozinha. O tecido rendado marcando minha pele, o olhar dele preso em mim, o volume crescendo na calça como resposta inevitável. Meu corpo reagia sem permissão, um calor constante me acompanhava o tempo todo.
À tarde, quando precisei sair, ele abriu a porta do carro com a mesma postura de sempre. Seus olhos não vacilavam, mas eu percebia o esforço para evitar me encarar de verdade. Essa tentativa de se conter só deixava tudo ainda mais evidente.
No espelho retrovisor, vi seus olhos me observando por um instante quando pensei que ele não estivesse olhando. Foi rápido, mas suficiente para reacender tudo dentro de mim.
Enquanto cumpria meus compromissos, mal conseguia prestar atenção. A cada pausa, a cena da manhã voltava inteira à minha mente, como se fosse um filme. Eu de costas na cozinha, o calor da chama, a surpresa nos olhos dele, e aquele instante em que ficou claro o desejo que existia entre nós, mesmo sem palavras.
Naquela noite, deitei na cama e fechei os olhos. Senti meu corpo inquieto, melado, vibrando de um jeito que já não conseguia controlar. Por mais que tentasse negar, eu sabia: algo havia mudado. O desejo não era mais apenas um sussurro escondido. Agora era uma chama acesa, pronta para consumir nós dois.
Não sei se foi destino ou simplesmente o acúmulo de tantos olhares e silêncios, mas naquela noite aconteceu. Eu estava sozinha em casa, Rubens em viagem, e chamei Ricardo para me ajudar com algumas caixas pesadas que tinham chegado.
Ele entrou no apartamento, sério como sempre, mas o ambiente parecia diferente. O silêncio estava carregado. Enquanto ele carregava as caixas, meu olhar o acompanhava de um jeito que já não disfarçava mais nada. Meu corpo inteiro queimava só de tê-lo ali, tão perto, tão presente.
Quando ele colocou a última caixa no chão, parou por um instante e me encarou. Nossos olhares se prenderam como se não houvesse mais volta. Dei um passo em direção a ele, e ele não recuou. O ar ficou pesado, e antes que eu pudesse pensar, já estávamos nos tocando, nos beijando com uma fome contida há muito tempo.
Suas mãos eram firmes, me puxando para junto de si, e quando senti seu corpo contra o meu, percebi que não havia engano algum: o volume que me atormentava em silêncio era real. Com a respiração descompassada, minhas mãos desceram, trêmulas, até tocá-lo por baixo da calça.
E então a surpresa me tomou por inteira. Ao envolver seu pênis com a mão, percebi que não cabia. Era grosso, duro, imenso. Não era como nada que eu já tivesse imaginado. Quando ele finalmente tirou a calça, fiquei sem fôlego. Era tão grande que parecia impossível de segurar apenas com uma mão — devia ter uns vinte e três centímetros, talvez mais.
Meu corpo estremeceu. Um arrepio percorreu minha pele, e eu fiquei por um momento apenas olhando, fascinada, com uma mistura de medo e desejo. Ricardo me puxou de volta, e nossos corpos se encontraram com urgência. Eu sabia que estava prestes a viver algo que mudaria tudo.
Naquela noite, me entreguei completamente. Não havia mais barreiras, nem desculpas. Apenas a realidade quente, intensa e inevitável daquele desejo consumindo nós dois.
Quando seus lábios encontraram os meus, senti que tudo que havia sido contido até ali explodia de uma vez. O beijo era quente, profundo, cheio de desejo, mas ao mesmo tempo tinha ternura. Suas mãos firmes percorriam meu corpo com a calma de quem queria conhecer cada curva, cada detalhe.
Ele foi me despindo devagar, olhando nos meus olhos o tempo todo, como se buscasse minha permissão em cada movimento. Eu tremia, não de medo, mas de antecipação. Meu coração batia tão forte que parecia ecoar no quarto.
Quando finalmente sua calça caiu, fiquei sem palavras. O tamanho dele me surpreendeu de novo, agora diante de mim sem nada a esconder. Era enorme, grosso, pesado em sua mão. Eu mesma tentei envolver com a minha, mas não conseguia segurar inteiro. Olhei para ele, assustada, e sussurrei sem querer: Ricardo... isso é grande demais.
Ele sorriu de leve, aproximou sua boca do meu ouvido e disse baixinho: Eu sei... e prometo que vou ter cuidado. Não quero te machucar.
Aquelas palavras me derreteram. Deitei-me, e ele se inclinou sobre mim, distribuindo beijos pelo meu pescoço, meus seios, minha barriga. Cada toque era uma mistura de carinho e fogo. Minha respiração já estava acelerada, minhas pernas se abriam sozinhas, pedindo por ele.
Ele posicionou-se entre minhas coxas e esfregou a glande lentamente na minha entrada. Eu gemi só com isso, sentindo meu corpo se preparar. Aos poucos, começou a entrar. Devagar, paciente, me olhando o tempo todo. A sensação era intensa, quase demais, mas ele parava quando percebia meu corpo tenso, beijando-me para me acalmar.
— Relaxa, Viviane... deixa eu cuidar de você.
Fui me entregando aos poucos, sentindo aquela invasão profunda me abrir de uma forma que nunca tinha acontecido antes. Doía um pouco, mas era um desconforto misturado com prazer, algo que me fazia querer mais, mesmo sem acreditar que conseguiria.
Quando finalmente estava quase todo dentro de mim, percebi que meu corpo o aceitava. O calor, o preenchimento, a sensação de estar tomada por completo... era indescritível. Meus olhos se fecharam, e um gemido escapou sem controle.
Ele começou a se mover devagar, com cuidado, e cada estocada lenta fazia meu corpo vibrar. O desconforto foi dando lugar a um prazer arrebatador, intenso, como se meu corpo tivesse sido feito para ele.
Eu o segurava pelos ombros, arranhava suas costas, pedia que não parasse. Ele acelerava um pouco, mas sempre atento, sempre preocupado comigo, perguntando baixinho se eu estava bem, se queria que continuasse.
E eu só conseguia responder entre gemidos: sim, continua... não para...
Aos poucos, perdi o controle. Meu corpo foi tomado por um orgasmo tão forte que me fez gritar seu nome. Senti cada músculo tremer, cada parte de mim se entregar. Foi o melhor sexo da minha vida, intenso e ao mesmo tempo cheio de carinho, marcado pela preocupação dele em me dar prazer sem me ferir.
Naquela noite, percebi que nada seria igual. Eu havia descoberto um novo mundo, um novo desejo, um novo vício.
Meus joelhos ainda tremiam quando ele me ergueu nos braços. Eu estava sem forças, mas o olhar dele dizia que a noite ainda não tinha acabado. Ricardo me levou até o banheiro, abriu o chuveiro e deixou a água quente escorrer sobre nossos corpos.
A sensação era deliciosa, como se o calor da água se misturasse ao calor que queimava dentro de mim. Encostei-me contra a parede, a respiração ainda acelerada, e ele me envolveu num beijo profundo, molhado, intenso.
Suas mãos deslizaram pela minha pele molhada, firmes, explorando cada curva. Eu gemia baixinho, já sentindo meu corpo se abrir de novo para ele. Quando percebi, estava de frente para a parede, a água escorrendo pelas minhas costas, e Ricardo me penetrou por trás, de uma só vez.
Meu gemido ecoou pelo banheiro. A sensação foi ainda mais forte do que antes. A água quente, o barulho do chuveiro, o choque dos nossos corpos… tudo se misturava num ritmo frenético.
— Ah, Ricardo… mais… mais… — as palavras saíam soltas, sem controle, enquanto ele me segurava pela cintura e me puxava de volta contra ele.
A cada estocada, eu me perdia mais. Minhas mãos se apoiavam na parede molhada, meu corpo inteiro se arqueava em direção a ele, implorando por mais. O prazer me dominava por completo, arrancando gemidos altos, desconexos, palavras que eu nunca tinha ousado dizer.
— Eu sou tua… só tua… me acaba aqui mesmo…
Ele me tomava com força, mas ao mesmo tempo me beijava no pescoço, sussurrando que eu estava linda, que meu corpo era perfeito, que nunca tinha desejado tanto uma mulher.
Foi ali, sob o chuveiro, que atingi outro orgasmo intenso, tão forte que minhas pernas quase cederam. Se não fosse ele me segurando, eu teria desabado.
Quando finalmente relaxei em seus braços, ele me virou de frente, me beijou devagar e me manteve colada nele, como se não quisesse se separar.
Naquela noite, ou melhor, naquela madrugada, percebi que já não havia mais volta. Eu tinha me entregado de corpo e alma.
aímos do banho exaustos, mas ainda havia fogo entre nós. Ele se deitou na cama, dizendo que precisava descansar porque iria embora em breve. Eu sorri, tentando conter a vontade de prendê-lo ali para sempre.
Vesti uma roupa leve, aquela do pijama branco estampado de ursinhos. O tecido suave grudava no meu corpo ainda quente, realçando cada curva. Fui arrumar o quarto para ele dormir, tentando agir como se tudo voltasse ao normal. Mas quando me virei, Ricardo estava parado na porta, me olhando fixamente.
A tensão explodiu de novo. Ele se aproximou rápido, suas mãos fortes me agarraram pela cintura e, antes que eu pudesse reagir, já estava erguida em seus braços. Instintivamente, meus braços se prenderam ao redor do seu pescoço e minhas pernas se entrelaçaram na sua cintura.
Senti-o entrar em mim de uma vez, profundo, quente, e meu corpo reagiu como se já fosse dele por completo. O choque dos nossos corpos ecoava pelo quarto, e eu gemia alto, perdida no prazer.
Meus olhos se fecharam, minha boca buscou o pescoço dele, e sem pensar mordi seu ombro com força, deixando minha marca. Ao mesmo tempo, minhas unhas se cravavam em suas costas, arranhando sua pele enquanto o orgasmo me dominava como um raio.
Foi avassalador. Um êxtase que me fez gritar seu nome, que fez meu corpo inteiro estremecer, minhas pernas apertando ainda mais em volta dele para não deixá-lo escapar.
Ricardo me segurava firme, como se eu fosse dele para sempre. O ritmo, a força, o desejo, tudo naquela noite parecia infinito. E quando finalmente caímos sobre a cama, suados e ofegantes, percebi que não havia mais volta: eu já estava marcada por ele, no corpo e na alma.
Depois daquela última explosão de prazer, caímos rendidos sobre a cama. Nossos corpos ainda pulsavam, molhados de suor, respiração descompassada. Ricardo me abraçou forte, e pela primeira vez naquela noite, o silêncio foi maior do que o desejo.
Deitei a cabeça em seu peito, ouvindo as batidas aceleradas do coração dele se acalmando aos poucos. Seus dedos acariciavam meus cabelos, num gesto quase carinhoso demais para aquilo que havíamos vivido. Senti paz, uma sensação estranha depois de tantas horas de puro fogo.
Adormeci nos braços dele, como se aquele fosse o lugar mais seguro do mundo.
Quando acordei, a luz do amanhecer entrava pelas frestas da cortina. Ainda estava ali, colada a ele, entrelaçada, sentindo o calor de sua pele. Um misto de culpa e euforia me percorreu. Eu sabia quem eu era, sabia da minha vida, mas também sabia que jamais esqueceria aquela noite.
Levantei devagar, mas antes de sair do quarto, olhei para ele mais uma vez. Dormia tranquilo, marcado pelas minhas unhas, com a mordida ainda visível em seu ombro. E foi nesse instante que percebi: não era apenas uma aventura. Algo havia começado ali.
Essa história dura até hoje.
Mas isso… é outra história.
Delícia, votado! Continue.
Que delícia de conto!!! Muito bem escrito!
Gostei do seu conto. top demais.