O DESTINO DOS INCESTUOSOS
Voltamos para o apartamento de Yasmin que tornou a perguntar se queria saber sobre seu pai e Melissa. Decidi ouvir:
-Nesses anos todos, você não soube nada?
-Não, e felizmente São Paulo é grande demais, não nos esbarramos nenhuma vez.
-Bem, sobre o meu pai, no final de 1984, mesmo estando com a saúde perfeita como ele gostava de dizer, um dia estava saindo de uma loja e caiu do lado de fora, teve um AVC. Ficou com boa parte dos movimentos do corpo paralisados e não falou mais. Entendia o que a gente falava, mas só respondia mexendo com dificuldades a cabeça. Vivia na cama ou numa cadeira e teve que usar fraldas. Isso durou dois anos, a Melissa tendo que cuidar dele para tudo, banho, comida, limpá-lo, até que em 1986, ele ficou muito mal e depois de um bom tempo internado, faleceu, mas olha, sofreu bastante.
Quando Yasmin acabou de me contar sobre o pai, lembrei-me dele nu com Melissa no meu quarto dizendo que ainda tinham pelos menos uns 20 anos de sexo pela frente, parece que os planos do velho não deram muito certo. Também pensei que pelo fato de ser arrogante e estar lúcido, deve ter sentido muita vergonha por ver que a filha com que ele teve um caso, passou a limpar suas fraldas cheias de merda e urina.
-Lamento, por você, Yasmin, já que ele era relativamente novo, quanto anos? 50 e poucos?
-54 quando teve o AVC e 56 quando faleceu. Sobre a Melissa, posso falar?
-Sem problemas.
-Bom, nós paramos de nos falar por um tempo, depois reatamos, mas não somos tão próximas. Quando se separou de você, ela e meu pai voltaram a morar juntos até ele morrer. Quando ele já estava doente, minha irmã começou a engordar um pouco, toda vez que vinha para São Paulo, para visitá-los, a notava mais cheia, depois de 1986, aí ela realmente disparou e para você ter uma ideia, chegou a pesar 160 quilos e começou a ter vários problemas de saúde, mesmo ainda estando com 30, 31. A Melissa meio que se largou, nunca mais quis saber de arrumar alguém, agora está com 140 quilos, vive de licença médica, os médicos até já pensam em aposentá-la. Mora naquela casa com uns 5, 6 gatos, mas seu eu não pegasse no pé, seriam uns 20. Também cobro muito que ele se cuide, mas é difícil.
Fiquei impressionado com o destino de Melissa, ela tinha um corpo de cavalona quando nos casamos, lembrava o da Claudia Raia nos anos 80 e 90, e pensar que quando estava apenas 31 pesava 160 quilos e cheia de problemas de saúde.
-Mas por que a tua irmã não tenta fazer um tratamento rigoroso? Se perdeu 20 quilos pode perder mais, claro que aos poucos, mas 140 ainda é muito, mesmo sendo alta, acho que ela tem 1,80m, não é?
-Isso. Assim, a Melissa cometeu seus erros gravíssimos, especialmente com você, mas acho que chegou um momento que ela percebeu o grau de insanidade em que vivia. É inegável que ela te amou, seja quando namoravam ou se casaram, mas aquela coisa com o pai era como uma droga viciante. Depois da doença dele, minha irmã se viu sozinha e ficou desgostosa de tudo mesmo sendo tão jovem, mas que ela se arrepende por não ter conseguido ser fiel e ficado com você, isso não tenho dúvidas.
-Duvido muito, mas vamos deixar isso para lá.
-Só mais uma coisa...Não contei de cara ao meu pai nem a ela que você era o pai do Andrei, no começo disse que era de alguém que tinha conhecido numa festa. Quando contei, ambos ficaram loucos, meu pai porque te odiava e Melissa de inveja, ciúmes, sei lá. Mas com o passar dos anos e especialmente quando voltei para São Paulo, foi minha irmã quem mais me incentivou a te procurar e contar sobre o nosso filho, ela disse que você tinha direito de saber e mais, que tinha certeza de que você seria um excelente pai.
Fiquei surpreso com aquela atitude de Melissa, mas como disse desde o começo, essa é uma história onde ninguém comete só acertos ou erros, ainda assim, deixei claro a Yasmin que não gostaria de ter contato com minha ex em hipótese alguma. Sobre o que ocorrera a ela e o pai, sinceramente não acredito em Lei do Retorno, mas, às vezes, parece que o destino se encarrega de fazer justiça, não movi uma palha, mas ambos se foderam legal.
UM TEMPO MÁGICO
Passei a visitar e passear com meu filho quase todo dia, havia começado as férias de julho, então eu estava tranquilo e justamente nesse período, Yasmin estava se desligando do escritório de advocacia, pois assumiria no mês seguinte como procuradora, por isso, em quase todos os programas, íamos os três: cinema, zoológico, parques, andar de bicicleta, lanchonete e até uma rápida viagem para a praia, onde Andrei conheceu seus bisavôs. Meu avô estava com 80 anos e minha avô com 78, mas bem lúcidos e adoraram a surpresa.
Meu filho se apegou rapidamente a mim, me abraçava, queria estar sempre perto e até insistia para eu dormir no apartamento deles, o que gerava uma saia-justa entra Yasmin e eu.
Aos olhos de estranhos, Yasmin e eu éramos um casal feliz curtindo com o filho, mas, na verdade, mesmo com toda a proximidade, nunca houve um olhar diferente dela ou um quase beijo, a mãe do meu filho parecia estar gostando mesmo do namorado, um tal de Edson e me via apenas como um grande amigo.
Entretanto, já no começo de agosto, quando voltei a lecionar e Yasmin começou os preparativos para atuar como procuradora, percebi que estava sentindo algo diferente e muito forte por ela e aquilo me assustou, pois depois de sua irmã, não tinha tido sentimentos românticos por mais nenhuma mulher, foram anos me deitando com várias e várias, muitas nem lembrava do nome dois dias depois, mas agora essa proximidade estava mexendo comigo.
Houve um dia em que me peguei olhando para ela, com seu jeito meigo, elegante, linda explicando um filme que tinha visto num festival cultural e de repente pensei: “Meu Deus! Estou completamente apaixonado por essa mulher!” Tentei afastar rapidamente esse pensamento e me enganar com um justificativa: “Esse encantamento é pelo que vem ocorrendo nas últimas semanas, a descoberta de que tenho um filho, os momentos agradáveis e por ela estar junto, estou misturando as estações”.
Apesar das minhas negativas, cada vez que via Yasmin me sentia mais apaixonado, não só pela sua beleza, sensualidade e jeito elegante de se vestir, mas pela mulher culta e segura que se tornara. Uma conversa com ela era sempre um prazer, a maneira que discorria sobre os mais variados assuntos, dava vontade de ficar sempre por perto.
Durante a semana, eu lecionava de manhã e à noite, por isso tinha a tarde livre para ficar com meu filho. Yasmin chegava por volta da 17h30, conversávamos um pouco e depois era a minha vez de encarar o turno noturno. Nesses finais de tarde, ela sempre voltava toda elegante do fórum, o que me deixava mais atraído.
Além disso, fantasiava pegando-a de jeito para transarmos. Certo dia, num sábado, Yasmin estava com uma calça de couro sintético e uma blusinha branca. Admito que fiquei excitado em vários momentos, olhando para o seu bumbum e pernas, acho até uma hora acho que ela notou.
Eu já não tinha mais dúvidas de que estava amando Yasmin, porém, o jogo tinha virado, ela estava há quase ano com outro e desde que voltamos a nos ver, ela nunca tinha dito ou mesmo deixado algo nas entrelinhas que eu pudesse supor que havia qualquer interesse dela por mim, além de amizade. Ao contrário, conforme fomos ficando mais íntimos, a mãe do meu filho passou a brincar comigo dizendo que eu precisava arrumar uma namorada fixa e parar de ser “gandaieiro”. Também falava sobre Edson e que o mesmo a cobrava para morarem juntos, mas que estava tão bom cada um no seu canto que não tinha porque mexer. E deixava claro que gostava dele.
TARDE DEMAIS
Nas semanas seguintes, foi ficando cada vez mais difícil esconder meus sentimentos, Yasmin não saía mais da minha cabeça. Estava pronto para me abrir, mas não encontrava a ocasião certa, até que um dia, cheguei em seu apartamento e vi o tal Edson, era um cara de 34 anos, alto como eu e devo admitir, bonitão e elegante. Conversamos rapidamente, ele raramente aparecia lá, por isso nunca tínhamos nos encontrado. Fiquei bem desconcentrado e creio que a mãe do meu filho percebeu.
Fiquei um tempo no quarto, brincando com meu filho e depois me despedi. Yasmin e Edson insistiram para que eu ficasse e tomasse um vinho com eles, mas inventei um compromisso e fui embora, completamente arrasado. Acabei ligando para uma das minhas transas casuais e acertamos para dali a uma hora e meia irmos para um motel. Certamente, a minha performance não foi das melhores, pois na minha cabeça estava em outro lugar.
Alguns dias depois, fizemos um passeio os três. Na volta, Andrei pegou no sono e decidi aceitar uma taça de vinho oferecida por Yasmin antes de ir. Aproveitei o momento e perguntei se ela pretendia se casar com Edson:
-Talvez no futuro, mas não enquanto o Andrei ainda for pequeno. Tenho um certo receio de que ele não se acostume a ter um homem em casa, sempre fomos nós dois, mas por que a pergunta?
-Não, é que tenho vindo aqui quase todo dia e imagino que se já fossem casados, o Edson não se sentiria confortável em me ver toda hora.
-Bobagem, o Edson é desencanado, além disso, jamais ousaria atrapalhar o laço entre Andrei e você, apesar de poucos meses, parece que sempre estiveram juntos, chego até ter uma pontinha de ciúmes, porque é um tal de vou mostrar isso para o meu pai, vou contar aquilo.
Acabei virando duas taças de vinho para ver se tinha coragem de dizer que estava apaixonado por ela e que a queria para sempre comigo, mas ao mesmo tempo em que a beleza, elegância e segurança que Yasmin tinham me encantavam, me intimidavam.
Levantei-me do sofá para ir embora, quem sabe em outro momento. Quando chegamos até a porta, não resisti, passei meu braço por sua cintura, trazendo seu corpo de encontro ao meu e me curvei um pouco para beijá-la. Yasmin se assustou e com delicadeza colocou dois dedos entre nossos lábios e depois virou o rosto, olhando para baixo.
-Melhor não...Nuno.
-Claro, desculpe-me foi...
Depois desse mico ou melhor King Kong gigante, voltei arrasado para casa, já não tinha mais dúvidas, o amor que Yasmin sentiu oito anos antes, não existia mais. Restava-me recolher meus cacos, mas posso dizer, foi um dor difícil de suportar.
Por 3 dias nem tive coragem de aparecer para ver meu filho e quando voltei tratei de fingir que nada ocorrera, mas ficou um clima estranho entre Yasmin e eu. Nas semanas seguintes voltamos ao normal, mas por dentro eu seguia despedaçado.
O ANIVERSÁRIO
Algumas semanas depois chegou o aniversário de 29 anos de Yasmin. Ao invés de fazer uma grande festa, ela optou apenas por um jantar em um restaurante nobre com pessoas mais próximas. Ao saber que Melissa iria, desculpei-me, mas disse que seria impossível. A mãe do meu filho ainda insistiu, mas não quis ir.
Entretanto, no dia, mudei de ideia e decidi fazer uma rápida aparição, pois mesmo sendo escanteado, queria estar perto de Yasmin. Quando cheguei, quase todos já estavam numa grande mesa no canto, nesse momento vi Melissa e posso dizer que foi um choque, era outra pessoa, extremamente obesa e envelhecida. Apesar disso, não perdi tempo olhando para ela ou pensando em seu caso. Foquei em Yasmin que estava usando um belo vestido vermelho, com alcinha e decote transpassado. Ela me fez sentar um pouco mais próximo e me anunciou para as amigas como o pai de Andrei, cumprimentei-as balançando a cabeça. Ela disse:
-Que bom que você veio.
-Não posso ficar muito, mas quis vir ao menos te cumprimentar.
Um tempo depois, já tinha tomado duas taças de vinho e conversado meu filho e com algumas amigas de Yasmin, não voltei a olhar para Melissa. Decidi ir ao banheiro, quando já estava me encaminhando para lavar as mãos, vejo Edson com uma pequena caixa na mão. “O filho da puta vai pedir Yasmin em casamento hoje. Ele deve estar pensando que fazendo um gesto teatral, a fará mudar de ideia e aceitar e pior que é possível!”.
Senti um frio na barriga e uma tristeza alucinante, não queria estar presente quando ele fizesse a sua cena digna de filme romântico americano, voltei para a mesa, mas ao invés de me sentar fui direto até Yasmin, me agachei perto dela e a abracei como que me despedindo e desejando-lhe felicidades. Falei em seu ouvido:
-Tenho que ir, Yasmin, acho que o teu namorado vai te fazer uma surpresa e não quero estar aqui para ver. Infelizmente, o tempo nos pregou uma peça, nos amamos em momentos errados, você me amou cedo demais e eu vim a te amar tarde demais, mas independente do que irá acontecer entre o Edson e você, saiba que em relação ao meu filho continuarei 100% presente, sem atrapalhar minimamente você e seu companheiro. Tenho muito orgulho do que você se tornou e mesmo que eu tivesse rodado o mundo para escolher uma mãe para o meu filho, nenhuma seria melhor do que você. Eu te amo, mas sei reconhecer que é tarde.
Soltei-me do abraço e saí rapidamente do restaurante com o choro preso na garganta. “Só espero que esse filho da puta esteja a altura da Yasmin para fazê-la feliz”. Pensei no carro.
Entrei em meu apartamento arrasado, lamentando as trapaças da vida, no passado, Yasmin quis fugir comigo, depois namorar, mas eu não sentia nada além de desejo físico, agora que a amava, ela estava com outro.
Joguei-me no sofá e fiquei inerte, remoendo minha dor. Creio que uns 40 minutos depois, ouvi fortes batidas na porta, estranhei porque para subir ao meu apartamento tinha que primeiro passar pela portaria e só depois de interfonarem, é que eu autorizava a pessoa a subir. Olhei pelo olho mágico e vi que era Yasmin. Lembrei-me que eu tinha dito aos porteiros que ela poderia subir sempre direto. Abri a porta e pela cara dela, parecia que iria cuspir uma colmeia inteira de abelhas africanas:
-Mas que gigantesca filha da putice você fez, hein, Nuno?
-Eu? Como assim?
-Como assim? Fez eu sair da minha festa de aniversário na metade, terminar com meu namorado que até aliança trouxe para me pedir em casamento, arrumar às pressas alguém para levar o Andrei e ainda me fazer passar o carão de pedir desculpas a todo mundo, mas tinha que correr atrás do homem que eu amo...Acho bom você estar trepando como antes para compensar tudo o que passei.
Yasmin entrou já se jogando em meus braços e me beijando, após o susto inicial retribuí o beijo e nossas bocas passaram a se devorar, num balé descoordenado, nem vi como tiramos a roupa, quando me dei conta estávamos já em minha cama. Retirei sua calcinha que era a única peça que faltava e vi, após tantos anos aquela boceta, agora com menos pelos, mas ainda esbanjando uns belos pelinhos negros aparados. Olhei para aquela linda mulher nua e de pernas abertas e disse:
-Desculpe minha linguagem chula, promotora, eu já desconfiava, mas agora tenho certeza: vossa excelência está gostosa para caralho.
Yasmin gargalhou, mas assim que comecei a chupá-la, fechou os olhos e passou a gemer baixo. Tratei de chupar aquele clitóris médio e os pequenos lábios com muito jeito e logo fui senti o seu mel. Introduzi dois dedos em sua boceta e passei a manejá-los com jeito, e a mulher da minha vida começou a gemer mais alto.
-Que delícia o gosto dessa boceta e esse cheiro.
-OHHHHHHHH!
Yasmin estava adorando minha chupada, mas queria ser fodida logo, pegou meu pau e sentiu que estava duro, chupou um pouco e disse abrindo mão do seu jeito elegante:
-Vem! Fode essa boceta que mesmo depois de tanto tempo ainda fica molhada quando lembra do estrago que esse caralho sabe fazer nela.
Passamos a transar desesperadamente, era uma mistura de tesão e amor. Coloquei-a com as pernas bem abertas e passei a socar com força, sentindo o calor de sua boceta. Nos beijamos num dado momento, mas Yasmin queria gritar, gritar, gritar. Foi uma foda alucinante que nos levou ao orgasmo estrondoso, a vontade era tanta que não demoramos tanto.
Deitamos lado a lado ofegantes. De repente, Yasmin bateu com seu braço em meu corpo e disse:
-Por que você tinha que aparecer para me dizer aquelas coisas, hein?
-Para falar a verdade, foi tudo improviso e não achei que faria você mudar de ideia. Vi o Edson com uma caixinha de alianças no banheiro e quis me despedir, achava que você estava disposta a ficar com ele, mas eu precisava dizer que te amo.
Eu a abracei e fiquei enchendo-a de beijos e acariciando seu rosto e cabelos e ela fazia o mesmo. Queria demonstrar o quanto estava amando-a. Ficamos assim por um bom tempo namorando, trocando carinhos, até que voltamos a ficar excitados. Yasmin começou a tocar em meu pau enquanto eu mamava seus seios e dedilhava suavemente sua boceta. Transamos, dessa vez de uma maneira mais demorada. Num dado momento, estava socando nela , ambos em pé, ela curvada e com as mãos apoiadas na cama, levando ferozes estocadas. Que delícia sentir meu pau dentro dela e ainda ver aquela bundinha perfeita:
-Puta que pariu, que bunda maravilhosa você tem Yasmin, hoje, não, mas outra hora ela não me escapa.
Com voz trêmula pelo tesão, Yasmin respondeu:
-Pensa que não notei você olhando para a minha bunda na minha sala, uma cara de tarado, cheguei a ficar molhada.
Seguimos transando em diversas posições e gozamos mais uma vez juntos. Tomamos um banho depois e após atacarmos um pote de sorvete, começamos a conversar.
-Isso é verdade mesmo? Será que não corro o risco de amanhã você acordar dizendo que não é bem assim? –Perguntou Yasmin
-Nas outras vezes em que ficamos juntos, nunca disse que te amava, porque eu estaria mentindo, era outra época, outro contexto, uma confusão total, agora é tudo diferente, eu te amo de chegar a doer, sofri para cacete em pouco tempo.
-E quando você descobriu que sentia algo por mim?
-Bem, quando te vi toda diferente, fiquei impressionado e feliz, mas foi com o decorrer do mês de julho, a gente se vendo todo dia praticamente, lembro-me bem de um dia em seu apartamento em que me deu um estalo e pensei “Estou amando essa mulher”, mas pouco tempo depois, teve aquele lance de eu tentar te beijar e tomar um elegante, mas doído, passa fora, e achei que era tarde.
Yasmin sorria toda orgulhosa. Decidi que era minha vez de perguntar
-E você, por que veio atrás de mim? Não vai me dizer que só hoje descobriu que queria ficar comigo
-Não sei eu devia dizer isso...-
-Pode falar, Yasmin, eu já abri o peito e disse que te amo.
-Ok. Levou muito tempo para te esquecer, as cicatrizes foram feias, tentei te odiar, mas o máximo que consegui depois de muito tempo e bota tempo, foi acalmar meu coração, não pensar quase em você. Gostei de um rapaz lá de BH, mas longe de ser amor. Quando voltei a São Paulo para morar mesmo e a Melissa insistindo para que eu te apresentasse o Andrei, meu medo maior era que você o rejeitasse, mas também fiquei com receio de que aceitasse o Andrei, mas eu voltasse a arrear os 4 pneus e passasse a ficar atrás de você como no passado. Acho que o meu namoro com o Edson me deu um pouco mais de confiança.
-Hum, mas não foge do assunto, quando você percebeu que estava novamente atraída por mim.
-No 1º dia, que você chegou todo bonitão, fiquei encantada, mas segura, foram tantas emoções que não deu para pensar nisso, mas com o passar dos dias, exatamente como você citou, aqueles passeios nossos, os três, percebi que estava te desejando novamente, mas lutei muito contra, queria que desse certo com o Edson, só que a cada nova conversa nossa ou passeio, ficava mais claro que estava novamente te amando. Só não tinha certeza se você estava sentindo algo por mim além de tesão, por isso, não quis que rolasse nada aquela noite que tentou me beijar.
-E como foi que você saiu da mesa do restaurante? O Edson chegou a te pedir em casamento?
-Praticamente, mas foi assim, quando você falou aquelas coisas no meu ouvido, sério, fiquei tão emocionada que por um momento, vi tudo girar, aí olhei, você já estava perto da porta, senti uma vontade de chorar, nesse instante, o Edson...Meu Deus! Coitado! Se agachou perto de mim e começou a falar alguma coisa que não entendi, eu me levantei sem dar atenção, só pensei com quem deixaria o Andrei, então pedi para a Melissa, porque ela cuida muito bem dele, pedi que pegassem um táxi e fossem para o meu apartamento. Me desculpei com todos, inclusive com o Edson e vim para cá.
Nos beijamos e fomos dormir abraçados. A partir do dia seguinte, muitas coisas mudariam.
Por Yasmin, passaríamos a morar juntos já no dia seguinte, mas achei legal irmos por etapas, se bem que durante duas semanas seguidas, dormi todas as noites no apartamento dela e transávamos como se estivéssemos em lua de mel, 2, 3 vezes toda noite.
Andrei vibrou ao saber que em breve eu viveria junto com eles.
Após um mês, começamos a conversar sobre nos casarmos e sugeri que poderíamos vender os dois apartamentos e comprar uma casa maior, seria bom para Andrei ter um quintal para brincar. Yasmin gostou da ideia e acabamos encontrando uma bem grande em Perdizes mesmo.
Nos casamos na igreja, meu pai entrou com Yasmin e naquele momento, ela ali linda e imponente, muitas coisas vieram à minha cabeça, como nos conhecemos, as confusões envolvendo nosso caso, os dramas que passei com minha internação, a vida difícil que ela levou em Minas criando nosso filho e o nosso reencontro. Não consegui me controlar e comecei a chorar, tive que u sar um lenço para secar as lágrimas. Quando a recebi perto do altar e nos viramos para frente do padre, ela disse baixinho:
-Depois eu que levo a fama de chorona.
Após um tempo, certo dia, estávamos deitados e comecei a rir. Yasmin perguntou do que era:
-Tô lembrando daquela nossa briga, quando você sumiu depois. Lembra do que me disse?
-Não, mas que assunto chato e qual a graça?
Eu ri mais um pouco e falei:
-Te ofereci uma carona e você mandou enfiar ela e o meu carro cafona no cu. Cafona? O meu Chevette?
Yasmin puxou pela memória e começou a rir alto:
-Mas era mesmo, um carrinho bem mais ou menos.
Fingindo incredulidade, bradei indo para cima dela e já a agarrando-a:
-Exijo que retire isso, meu primeiro carro era muito bonito.
Yasmin gritou rindo:
-Carro brega!
-Pois agora eu ou te mostrar o brega...
E pouco depois já estávamos em mais uma transa épica.
Fim.
o melhor final que poderia ter!!!
Para variar continuo a acompanhar seus contos.. otimos !! parabens!!