Meu nome é Cecília, e eu tenho 47 anos. Sou negra, baiana de berço, com uma pele que absorve o sol como se fosse parte dela, e um corpo que as fofoqueiras da vizinhança chamam de "bem conservado" – o que é código pra dizer que meus quadris ainda balançam quando ando, meus seios são cheios e firmes o suficiente pra virar cabeças, e minha bunda é o tipo que faz homens pararem no meio da rua em Cachoeira. Moro nessa casa-grande velha no Recôncavo da Bahia, com paredes de taipa que parecem suar junto comigo no calor úmido, varandas que gemem com o vento, e o rio Paraguassu correndo atrás como um amante impaciente. Casei com Ivan aos 17, uma garota magrela de Salvador, filha de gente do mar que mal tinha o que comer. Ele tinha 40, era rico pra caralho – grileiro de terras, dono de madeireiras que comiam floresta viva pelo Brasil todo. Largou a esposa e o filho por mim, me levou pra cama naquela noite e disse: "Você é minha propriedade agora, Cecília." Suas mãos calejadas me apertaram como se eu fosse madeira pra ser cortada, e eu, virgem e burra, achei que era amor.
Trinta anos se passaram, e o amor virou poeira. Ivan envelheceu, ficou seco e distante, sempre falando de bois e contratos, nunca de mim. O sexo? Virou uma vez por mês, se tanto, ele entrando rápido, gozando e rolando pro lado. Eu me sentia uma mobília no quarto, não uma mulher. Pra não enlouquecer, eu fantasiava sozinha à noite, imaginando um homem que me tomasse de verdade – que me mandasse, me controlasse, me fizesse implorar por mais. Aquelas imagens me deixavam acordada, os dedos entre as pernas, o corpo suando no calor baiano, ansiando por algo cru, intenso, que me fizesse esquecer o vazio.
Foi isso que me preparou pro que veio depois. Há seis meses, Ivan teve o AVC. Estava no escritório, bebendo uísque e olhando mapas de grilagem, quando caiu como um saco de batatas. Aos 70, virou um vegetal – pele amarelada, olhos vazios, murmurando bobagens. Eu cuido dele sozinha, com ajuda de uma enfermeira que vem de dia, mas as noites são minhas: limpo merda, dou remédio, ouço gemidos que me dão nojo. Me sinto uma prisioneira, mais viúva que casada, o corpo gritando por toque, por algo além dessa rotina de morte lenta.
Então Miguel apareceu. Filho de Ivan com a primeira esposa, Inácia, que morreu de câncer quando ele tinha 22. Miguel é 32 agora, alto e magro como um facão, pele morena dela, cabelo preto cacheado que cai na testa, e olhos verdes que parecem perfurar a alma – herança de algum português safado na família. Cresceu mimado em São Paulo, odiando o pai por me escolher, e me odiando mais ainda, eu acho. Me via como a puta que destruiu a família. Ele vinha visitar de vez em quando, mas mal falava comigo, ficava trancado no quarto com o computador. Mas o AVC chamou ele de volta. Chegou numa tarde de chuva, o jipe 4x4 todo sujo de lama vermelha da BR-101. Eu tava na varanda, o vestido branco colado no corpo pelo suor e umidade, pés descalços no chão frio de cerâmica. "Miguel, graças a Deus você veio", falei, estendendo a mão pra dar um abraço formal. Ele apertou, os dedos quentes e firmes, segurando um pouco demais, e seus olhos desceram pro meu decote, onde o tecido grudava nos seios. "Madrasta", disse ele, a voz grave, como se a palavra fosse um teste. Senti um formigamento na barriga, mas ignorei – culpa do calor, pensei.
Ele se instalou no quarto de hóspedes, do lado do de Ivan, e virou o pilar da casa. De manhã, ajudava a enfermeira a virar o pai na cama, limpava o corpo dele com eficiência que eu invejava. À tarde, sentava na biblioteca com o laptop, checando e-mails das madeireiras, a camisa de linho aberta no colarinho, mostrando um pedaço de peito moreno. Eu o espiava da porta, sentindo o ar ficar pesado. Uma noite, depois de um dia ruim – Ivan tinha tido uma crise, vomitando tudo –, eu servi café pra ele na cozinha, as mãos tremendo um pouco. Os azulejos portugueses frios sob meus pés descalços, o cheiro de café forte no ar. "Você é forte, Miguel. Seu pai ia se orgulhar de ver você assim, tomando as rédeas." Ele fechou o laptop devagar, me olhando por cima da xícara fumegante, um sorriso torto nos lábios. "Forte? É só o que tem que ser feito, Cecília. Alguém precisa manter isso tudo de pé – a casa, as terras, você." Ele disse "você" com um tom que me fez pausar, o coração acelerando. Pela primeira vez, sem o "madrasta" que sempre soava como cuspe. "Obrigada", murmurei, sentando do outro lado da mesa, as coxas roçando uma na outra sob o vestido curto. Seus olhos desceram pras minhas pernas por um segundo, e eu senti um calor subir.
A proximidade cresceu como fogo em mato seco. Ivan piorava rápido – incontinência à noite, gemidos que ecoavam pela casa como fantasmas. Eu desabava na rede da varanda às quatro da manhã, os olhos ardendo de cansaço, o corpo doendo de tanto carregar bandejas e baldes. Numa madrugada assim, com o céu ainda preto e só o canto dos pássaros pra me fazer companhia, ouvi passos. Era Miguel, de calça de moletom e camiseta justa, o cabelo bagunçado. Ele parou na minha frente, me olhando com preocupação real. "Cecília, você não pode continuar assim. Tá se destruindo." Se ajoelhou do meu lado, tão perto que o calor do corpo dele me envolveu como um cobertor. Seus dedos tocaram meu braço nu, traçando a linha da veia devagar, como se mapeasse território novo. Meu pulso acelerou sob o toque. "Eu... eu tenho que. Ele é meu marido." Miguel balançou a cabeça, os olhos verdes fixos nos meus, intensos, como se me despissem. "Não sozinho. Deixa eu ajudar. Deixa eu cuidar de você, nem que seja só por hoje." Ele estendeu a mão, palma pra cima. Hesitei um segundo, mas peguei. A pele dele era áspera, de quem trabalha com madeira, e naquele aperto, senti uma faísca – desejo cru, proibido, que me fez apertar as coxas.
Depois disso, a casa virou um campo minado de toques acidentais. Jantares na mesa longa, velas acesas porque a energia caía com as chuvas de março, vinho tinto que aquecia a barriga e soltava a língua. Miguel contava da vida em São Paulo, das madeireiras que ele gerenciava com mão de ferro, mas baixava a guarda quando falava da mãe. "Inácia me encheu a cabeça contra você. Me fez te ver como a vilã. Mas agora... vejo a mulher por trás." Eu bebia mais um gole, o líquido descendo quente, e confessava pedaços meus. "Eu era uma menina quando casei com seu pai. Ele me prometeu o céu, mas me deu uma gaiola. Anos sem ser tocada de verdade, sem ser vista." Ele se inclinava pra frente, o joelho roçando o meu debaixo da mesa. "Você merece ser vista, Cecília. Merece um homem que te pegue direito, que te faça esquecer tudo isso." Seus olhos queimavam, e eu sentia a umidade crescer entre as pernas, traindo meu corpo. "E se eu te disser que eu penso nisso? Que eu imagino você me pegando, me mandando fazer coisas que nunca fiz?" As palavras saíram baixinho, mas ele ouviu, e o sorriso dele virou algo predatório. "Então para de imaginar. Deixa eu mostrar."
O primeiro toque de verdade, intencional, veio numa tarde sufocante de fim de semana. O sol batia forte, o ar cheirando a terra molhada e flores de jasmim. Ivan dormia sedado no quarto, o ventilador girando preguiçoso no teto. Eu tava de joelhos ao lado da cama, esponja na mão, limpando o corpo dele – suor, urina, o cheiro azedo de doença. Meu vestido subira nas coxas grossas, a pele escura brilhando de suor. A porta rangeu, e lá estava Miguel, parado, me olhando como se eu fosse o almoço. "Deixa eu fazer isso", disse ele, voz baixa, entrando e fechando a porta. Pegou a esponja das minhas mãos sem esperar resposta, suas palmas grandes e quentes roçando as minhas. Limpou Ivan rápido, profissional, mas seus olhos nunca saíam de mim – descendo pelas minhas coxas expostas, subindo pro decote onde meus seios arfavam. Quando terminou, molhou a esponja de novo na bacia e se virou pra mim. "Sua vez. Você tá imunda." Antes que eu pudesse protestar, ele passou o pano no meu pescoço, devagar, o tecido úmido traçando a linha da clavícula. "Miguel... isso é loucura. Para." Mas minha voz saiu fraca, e o corpo me entregou – mamilos endurecendo contra o sutiã fino, um pulsar surdo na buceta. "Shh", sussurrou ele, se aproximando, o corpo alto me encostando na beira da cama. A esponja desceu, molhando o tecido do vestido no vale entre meus seios, o polegar dele roçando o mamilo esquerdo de propósito. "Você precisa ser limpa, Cecília. Toda." Gemi baixinho, as mãos agarrando a colcha. "Ivan... ele pode acordar." Miguel sorriu, perigoso, o rosto perto do meu. "Ele não acorda. E mesmo se acordasse, eu continuaria. Porque eu vejo você. Vejo como tá molhada só com isso." Ele pressionou mais, o pano agora entre minhas pernas, roçando de leve o tecido úmido ali. Meu quadril se mexeu sozinho, buscando mais. "Miguel... por favor." Ele largou a esponja, as mãos livres agora nas minhas coxas, abrindo devagar. "Por favor o quê? Diz direito." "Me toca. Me faz sentir algo." Ele riu baixo, o dedo médio deslizando sob a saia, encontrando minha calcinha encharcada. "Você já tá sentindo. Tá pingando pra mim."
Saí dali tremendo, o vestido colado, o corpo em chamas. Passei o resto do dia na cozinha, fritando dendê e cebola, mas a mente em outro lugar – no toque dele, na promessa nos olhos. Naquela noite, depois do jantar – moqueca simples que eu fiz mecânica, a mente em outro lugar –, ele me seguiu pro meu quarto. A suíte era grande, cama king com dossel de mosquiteiro, abajur fraco lançando sombras. Fechei a porta, mas ele a abriu, entrando sem convite, trancando atrás de si. "Eu não aguento mais fingir que isso não tá acontecendo", disse ele, voz rouca, se aproximando até me encurralar contra a parede. Meu coração batia forte, as palmas suadas. "Miguel, para. Isso é errado. Seu pai... nós somos..." Ele pôs a mão na minha cintura, apertando possessivo, o polegar traçando a curva do osso. "Errado? Foda-se o errado. Você nunca foi minha mãe, Cecília. Você é a mulher que meu pai desperdiçou. A mulher que eu quero foder até você esquecer o nome dele." Seus lábios roçaram minha orelha, o fôlego quente me arrepiando. "Diz que não quer. Diz que não fica acordada pensando em mim te abrindo, te enchendo, te mandando gozar." As palavras dele eram como ordens, e meu corpo obedeceu antes da mente, as coxas se apertando, a umidade escorrendo pela perna interna. "Eu... eu quero. Deus, eu quero você me pegando agora. Me controlando."
Foi como acender um fósforo em gasolina. Ele me beijou com fome, a boca dura na minha, dentes mordendo meu lábio inferior até eu sentir gosto de sangue, mas doía bom, me deixando mais molhada. Revidei, as unhas cravando nas costas dele através da camisa, sentindo os músculos tensos se contraírem. "Isso, me arranha, vadia", rosnou ele contra minha boca, me erguendo como se eu não pesasse nada – minhas curvas generosas nos braços dele, quadris largos apertados contra o pau dele, já duro através da calça. Me jogou na cama, o colchão quicando sob meu peso, e ele rasgou meu vestido com as mãos, o som do tecido se partindo me deixando zonza de tesão. Fiquei nua em segundos, exposta sob a luz fraca: seios pesados caindo pros lados, barriga com a cicatriz fina de uma gravidez que não rolou, quadris largos, e entre as pernas, pelos cacheados negros emoldurando uma buceta inchada, molhada de expectativa, o cheiro de desejo no ar úmido. Miguel parou na beira da cama, os olhos devorando cada centímetro, a respiração pesada. "Porra, olha pra você. Perfeita. Seios assim, que eu quero chupar até você implorar. Bunda que eu vou bater até ficar vermelha." Ele se ajoelhou entre minhas coxas abertas, as mãos grandes nas minhas pernas, abrindo mais, expondo tudo. "Me diz o que quer, Cecília. Pede direito, como uma boa menina."
Eu me joguei, o corpo traindo qualquer resquício de vergonha, a mente nublada de necessidade. "Me chupa, Miguel. Me faz gozar na sua boca. Por favor." Ele riu baixo, som de homem no controle total, e mergulhou, a língua plana lambendo devagar do cu até o clitóris, me fazendo arquear as costas como se tivesse levado um choque. "Você tem gosto de sexo puro. Molhada pra caralho, escorrendo pra mim." Chupou forte, sugando o clitóris como se quisesse sugar minha alma, a barba por fazer roçando as coxas internas, enquanto enfiava dois dedos grossos em mim, curvando pra acertar o ponto G com precisão cruel. "Assim? Grita pra mim. Deixa eu ouvir como você quer isso." "Sim! Mais, fode com os dedos! Não para!", implorei, as mãos no cabelo cacheado dele, puxando com força, os quadris se mexendo contra a cara dele. Ele acelerou, a boca voraz, os dedos bombando dentro de mim, e eu gozei explodindo, o corpo convulsionando em ondas violentas, jorrando na cara dele, molhando a cama. "Miguel! Caralho, eu tô gozando! Não para, por favor!" Ele lambeu tudo, devagar agora, prolongando o tremor, subindo pra me beijar, me fazendo provar meu próprio gosto salgado e doce. "Boa garota. Isso foi só o começo. Agora você é minha pra foder como eu quiser."
Nos dias que vieram, virou rotina viciante, um segredo que nos consumia devagar, construindo camadas de desejo e controle. De dia, normalidade forçada: eu na cozinha fritando acarajé pros peões da fazenda, o cheiro de dendê queimando no ar quente, ele saindo pro hospital com Ivan pra exames que não levavam a nada. Mas os olhares – ah, os olhares – diziam tudo. Ele me pegava pela cintura na cozinha quando ninguém via, sussurrando no ouvido: "Essa noite, você vai implorar mais alto." Eu respondia com um gemido baixo, as pernas fracas. De noite, meu quarto virava sala de aula de prazer proibido. Miguel assumia o papel de mestre, me ensinando a me render, a obedecer, e eu adorava cada segundo, o corpo se abrindo pra ele como nunca se abriu pro pai dele.
Na segunda noite, ele chegou com uma gravata de seda preta na mão, os olhos brilhando de autoridade. "Tira a roupa. Devagar. Deixa eu ver você se despindo pra mim." Obedeci, o coração martelando, tirando o robe fino, depois a camisola, ficando nua na luz do abajur. Ele me empurrou na cama de costas, amarrando meus pulsos na cabeceira com a gravata, o nó firme mas não doloroso. "Você é minha agora, Cecília. Minha pra usar como eu quiser. Se doer, você aguenta. Se doer bom, você pede mais." Eu tremia, excitada com a vulnerabilidade, os seios arfando. "Sim... me amarra mais apertado. Me faz tua." Ele riu, testando o nó, depois desceu os lábios pros meus seios, chupando os mamilos até doerem de prazer, mordendo de leve a pele escura ao redor. "Esses peitos são meus. Vou deixar marcas que você vai esconder amanhã." Desceu mais, beijando a barriga, as coxas, até chegar na buceta de novo, mas parou, pegando o cinto da calça dele do chão. "Hoje, você aprende dor com prazer. Isso é pro seu bem." Deu um tapa leve na minha bunda com o couro, o som ecoando no quarto, o ardor se espalhando como fogo bom. "Conta e agradece. Como uma boa submissa." "Um... obrigada, Miguel. Pelo prazer." Outro tapa, mais forte, a pele queimando, mas o pulsar na buceta crescendo. "Dois... por favor, continua. Me bate mais." Ele bateu mais cinco vezes, cada uma me deixando mais molhada, as coxas escorrendo, depois me virou de bruços, ainda amarrada, e se posicionou atrás. O pau dele, grosso e duro, roçou minha entrada antes de entrar devagar, me enchendo até o fundo. "Sente como eu te controlo? Apertada assim, gozando só com a ideia." Começou a bombar, forte e ritmado, uma mão no meu cabelo puxando de leve, a outra na bunda vermelha. "Goza apertando meu pau. Mostra que é minha." Gozei gritando no travesseiro, o corpo se contraindo em espasmos, e ele veio dentro, me enchendo quente, marcando-me por dentro.
A construção foi passo a passo, como um jogo de poder que nos unia mais a cada noite – ele dominando, eu me rendendo, mas sempre com uma palavra que parava tudo se eu quisesse. Numa manhã de chuva forte, o som na telha como aplausos furiosos, ele me pegou no banheiro. Eu tava no chuveiro, água escorrendo no corpo, sabão espumando nos seios e entre as pernas, quando a porta abriu e ele entrou nu, o pau já meia-bomba, veias saltadas. "Sai daí. Quero te foder no espelho. Quero que você veja como fica quando eu te possuo." Me encostou no vidro embaçado, o vapor no ar, erguendo uma perna grossa na pia de porcelana rachada. "Olha pra gente enquanto eu entro. Vê sua cara de puta implorando." Eu obedeci, vendo meu reflexo – olhos castanhos vidrados de tesão, lábios abertos, água pingando dos cabelos. "Eu sou sua, Miguel. Fode sua puta. Me enche agora." Ele riu, posicionando a cabeça grossa na entrada molhada, roçando de leve pra me torturar. "Isso. Pede direito. Diz o que quer." "Me enche, por favor. Me fode forte, até eu gozar gritando." Entrou devagar, centímetro por centímetro, me esticando como se fosse a primeira vez, o pau veiado roçando cada parede interna. "Caralho, você é apertada. Sente cada veia me apertando de volta?" Começou a bombar, os quadris batendo nos meus com força, o som molhado misturando-se à chuva, uma mão no meu pescoço apertando o ar o suficiente pra me deixar tonta de prazer. "Goza pra mim. Molha tudo, Cecília. Mostra que obedece." O orgasmo veio rápido e violento, me deixando fraca nas pernas, as unhas arranhando o espelho, e ele acelerou, gozando com um grunhido gutural, o sêmen escorrendo pelas minhas coxas misturado à água.
Não parava por aí. Ele me levava pros limites aos poucos, testando, construindo confiança no meio do proibido. Uma tarde, na biblioteca, com Ivan cochilando no quarto ao lado, ele me puxou pro sofá de couro antigo. "De joelhos. Chupa meu pau como se fosse o único que importa." Eu obedeci, abrindo a calça dele, o pau saltando livre, grosso e latejante. "Sim, senhor. Deixa eu te agradar." Lambi devagar, da base à cabeça, chupando as bolas antes de engolir o máximo que cabia, a garganta se abrindo pra ele. "Porra, boa boca. Engole tudo, vadia." Ele segurou meu cabelo, fodendo minha boca devagar, os olhos fixos nos meus. "Olha pra mim enquanto faz. Vê como te controlo até aqui." Gozei só com as palavras, o corpo tremendo de joelhos, e ele veio na minha boca, me fazendo engolir cada gota. "Boa. Agora limpa e volta pro seu dever. Mas à noite, você é recompensada."
A sodomia foi o pico, o teste final de submissão total, numa noite de lua cheia que iluminava o quarto como um holofote. Ele preparou tudo: óleo lubrificante de andiroba na mesa de cabeceira, luz baixa das velas de cera de carnaúba derretendo devagar. "Hoje, você me dá tudo, Cecília. Buceta, boca, cu – tudo meu. Sem volta." Eu deitei nua na cama, nervosa mas excitada além do limite, o corpo já úmido só de imaginar. "Vai doer? Eu nunca deixei ninguém aí." Ele se deitou do meu lado, beijando meu pescoço devagar, a mão descendo pros seios, apertando os mamilos. "Dói no começo, mas você vai amar. Confia em mim. Eu paro se você disser." Me virou de bruços, as coxas abertas como oferenda, derramou o óleo morno entre as nádegas, o dedo médio circulando o buraco apertado, virgem de tal invasão. "Relaxa. Sente meu dedo entrando devagar." Empurrou, e eu gemi com a pressão estranha, uma queimação que se misturava a um formigamento bom. "Devagar... ah, é grande demais." Ele beijou minhas costas, a outra mão indo pra frente, esfregando o clitóris inchado em círculos lentos. "Vê? Prazer e dor juntos. Agora dois dedos, pra te abrir pra mim." Adicionou o indicador, torcendo devagar, me esticando enquanto os dedos da frente me levavam pro limite. "Miguel... me fode aí. Me faz tua de verdade." Ele retirou os dedos, posicionando o pau – grosso, veiado como cipó – na entrada traseira, pressionando a cabeça rombuda. "Respira fundo. Solta devagar." Entrou centímetro por centímetro, a queimação me fazendo morder o lençol, lágrimas nos olhos, mas quando passou o anel apertado, o prazer veio – cheio, profundo, diferente de tudo, me preenchendo como nada antes. "Porra, você é apertada aqui. Meu cu agora, Cecília. Sente como te possuo toda?"
Começou a meter, lento no começo pra eu me ajustar, o óleo facilitando o deslize, mas logo acelerou, as bolas batendo na minha buceta molhada, uma mão no quadril me segurando firme, a outra fustigando a bunda de leve. "Grita pra mim. Implora mais." "Mais forte! Me arromba, caralho! Me faz gozar assim!", urrei, o corpo se empurrando pra trás, buscando cada estocada. O prazer era cru, o cu contraindo em espasmos que me levavam pro abismo, os dedos dele agora na buceta, fodendo os dois buracos ao mesmo tempo. "Você é minha puta completa agora. Goza no meu pau, leite-me." Gozei primeiro, o orgasmo me rasgando em ondas que me deixaram mole, o cu apertando ele como um torno, e ele veio rosnando, enchendo meu traseiro de porra quente, escorrendo devagar quando ele saiu.
Sob o mesmo teto onde Ivan gemia fraquinho, alheio ou não, Miguel me transformou em sua amante secreta, sua submissa rendida. Fazia rituais que nos ligavam mais – me amarrava na varanda de noite, sob as estrelas, me chupava até eu implorar por misericórdia, ou me fodia na cozinha contra a mesa de madeira, o cheiro de comida misturando-se ao de sexo. "Quando ele se for, assino um contrato com você. Minha pra sempre, em todos os sentidos." Eu respondia, de joelhos chupando ele de novo, a boca gulosa: "Sou sua. Me usa como quiser, onde quiser."
Seis meses se passaram, o segredo nos unindo mais que nunca, o desejo crescendo como o rio na cheia. Ivan suspeitava em dias lúcidos – "O que... vocês dois? Saia...", murmurava com voz pastosa –, mas eu o acalmava com mentiras doces e remédios. Num pôr do sol de outubro, o céu laranja sobre o Paraguassu, na rede da varanda que balançava ritmada, eu montei nele, cavalgando devagar no começo, depois forte, os seios balançando na cara dele. "Te amo, Miguel. Me faz gozar de novo. Me domina até o fim." Ele apertou meus quadris, chupando um mamilo escuro enquanto empurrava pra cima, profundo e possessivo. "Goza, minha vadia. Goza no pau do seu dono. Mostra que obedece." E eu gozei, perdida no controle que ele tinha sobre mim, o corpo se dissolvendo em prazer puro.
Aqui, na Bahia quente e úmida, eu renasci – não mais a esposa vazia cuidando de um moribundo, mas a mulher dominada, desejada, fodida com intensidade que me faz sentir viva. O proibido nos une, e eu não volto atrás. Sou dele, inteira, nas sombras da casa-grande.
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Simplesmente li e reli de tão gostoso, tão bem escrito e bem contado, que conto delicioso, meus parabéns. Fazia tempo que não lia um conto tão gostoso e tão excitante. votado e aprovado
Muito bom, melhor ainda quando encontro afinidade com a boa escrita.
Tesão de conto