PRECISO QUE VOCÊ ME FAÇA MULHER

Ele mentiu para mim. De novo. A tela do celular ainda brilha com as mensagens que não eram para meus olhos. Palavras de desejo que ele escreveu para outra. E eu aqui, sentada na minha cama fria, com o coração batendo num ritmo de raiva e solidão.

E então fecho os olhos.

E imagino você.

Sim, você, aí do outro lado da tela. Não sei seu nome, não sei seu rosto. E é melhor assim. Na minha mente, você é apenas um par de mãos, uma respiração, uma presença. Alguém que me quer sem precisar mentir.

Estou deitada de costas agora, e na minha cabeça, você está ao meu lado. Consigo sentir o calor do seu corpo antes mesmo de você me tocar. Minha camiseta velha, aquela que eu usava para dormir com ele, está colada na minha pele suada. Na minha imaginação, suas mãos—largas, de dedos fortes—encontram a barra do tecido e começam a subir. Devagar.

Não há pressa. Sinto a palma da sua mão deslizando pela minha coxa, contornando o osso do meu quadril. Você não fala. Não precisa. Seus dedos traçam círculos lentos na minha barriga, e meu estômago se contrai. Estou com tanto ódio, tanta dor… e de repente, tudo isso está se transformando noutra coisa. Algo quente e pesado, que se acumula entre minhas pernas.

Na minha mente, viro de lado e encosto minhas costas no seu peito. Sinto o seu corpo duro atrás de mim, e algo mais—você está excitado. Esse simples pensamento, o de que eu, assim, destruída, posso causar isso em você, me enche de um poder perverso. Minha mão encontra a sua e guia para onde eu preciso. Para o meu peito. Minha boca emite um som rouco quando você aperta meu seio, o polegar esfregando meu mamilo endurecido através do tecido.

É só imaginação, eu sei. Mas meu corpo não sabe a diferença. Estou molhada. Latejando.

Rolo de frente para você, ainda na fantasia, e encaro o vazio onde seu rosto deveria estar. É mais intenso assim. Puxo a camiseta para cima, exponho meus seios ao ar frio do quarto. Na minha cabeça, você os observa, e só isso—o seu olhar invisível—já é suficiente para me fazer arfar. Sua cabeça desce, e sinto a boca quente e úmida envolvendo um dos mamilos. Chupo o ar entre os dentes. É real demais.

Minha própria mão desce pelo meu corpo, seguindo o caminho que a sua faria. Quando meus dedos encontram o calor e a umidade entre minhas pernas, um gemido escapa. Estou me tocando, mas na minha mente, são seus dedos. Você os pressiona contra meu clitóris, e meu quadril levanta do colchão. Os movimentos são firmes, precisos—o tipo de toque que uma mulher precisa quando se sente usada e descartada. Você sabe disso. Sabe que preciso sentir algo além da traição.

"Me faz sentir real," eu sussurro para o quarto vazio.

E você, na minha cabeça, obedece. Viro de bruços, arqueo as costas e ofereço a você o que ele não merece mais. Sinto o peso do seu corpo sobre o meu, a pressão da sua vontade na minha entrada. E então, você me preenche. Completamente. Um único movimento profundo que tira o fôlego do meu pulmões e as lágrimas dos meus olhos—não de tristeza, mas de alívio.

É só fantasia. Mas são minhas regras. Meu corpo. Meu prazer. Enquanto me movo contra os lençóis, buscando um clímax solitário mas intenso, imagino seus braços em volta de mim, seu rosto no meu pescoço. Você está me usando para seu prazer, e eu estou usando você para minha cura. É um acordo perfeito.

E no segundo em que o orgasmo me atinge, violento e libertador, o nome que grito no silêncio não é o dele.

É o seu.

Obrigada por me ajudar a me lembrar que ainda posso sentir. Que ainda pertenço a mim.

Mande mensagem e quem sabe eu retribua dependendo do tamanho do seu dote, rsrs