Quando Eduardo viu seu carro, teve um mau pressentimento. Ordenou a Danilo que estacionasse logo o carro, sendo obedecido por um amigo confuso. Ele desceu correndo no meio do chão enlameado, quase caindo. Seu nervosismo era notável para Danilo, que o seguiu mesmo sem entender. O coração acelerava por um medo que nem se lembrava que tinha. Quase escorregou algumas vezes no barro, segurado pelo amigo que perguntava constantemente o que ele tinha. Quando abriu a porta de sua antiga sala, viu o que mais temia. — Surpresa! — Disse Paloma. — Reforcei o time, gente. O Danilo dizia que esse lugar é só para homens, então pensei que precisamos de mais toques femininos aqui. O que achou da surpresa? Eduardo arregalava os olhos — Vocês fizeram isso tudo no fim de semana? — Sim, tivemos que mudar muita coisa e foi melhor fazer isso sem o pessoal trabalhando. Nós também trocamos os computadores que estavam muito velhos e colocamos ar-condicionado no almoxarifado. Aquele rapaz estava sendo torturado lá. — Você aumentou a folha de pagamento e comprou vários equipamentos novos. Com que dinheiro? — Com o que temos em caixa, ora. Temos pouco capital de giro, mas com algumas vendas neste mês a gente cobre tudo. Eduardo forçou um sorriso o máximo que pôde e se voltou para a esposa. — Tem certeza de que quer isso? O trabalho aqui não é moleza. — Claro que sim, amor. Faz tempo que não me sentia tão animada. A enorme sala que antes era usada por Danilo e Eduardo foi deixada para Paloma como símbolo da passagem de poder da empresa a ela. Na verdade, eles esvaziaram tudo, como se esvaziassem o poder dela, deixando apenas uma cadeira e mesa velhos. Na cabeça deles, Paloma ficaria no lugar onde eles já a dominavam sexualmente e fariam daquela sala seu próprio puteiro. Ela não conseguiria tomar qualquer decisão enquanto fosse submissa aos dois, ficando isolada naquela sala vazia. Na primeira semana, o plano havia dado certo, com Paloma sucumbindo aos dois algumas vezes. Naquela segunda-feira, no entanto, o plano começou a falhar miseravelmente. A mesa de Paloma foi substituída por outra, de madeira maciça. Além disso, outras três dividiam o amplo espaço da sala. Marcela, esposa de Eduardo, ocupava a mesa ao lado da de Paloma, e Larissa tinha sua estação de trabalho do outro lado dela. Eduardo engoliu em seco, se esforçando ao máximo para disfarçar o desgosto pela surpresa. O mesmo não se podia dizer de Danilo, ao ver quem ocupava a quarta mesa. — Que porra é essa, Adriane? — A Paloma me contratou como estagiária. Qual é o problema? — Isso aqui não é lugar para você, minha filha. — Por que não? Eu não posso trabalhar onde você trabalha? — Isso aqui não é lugar para mulher séria. — Como é que é? — protestou Marcela. — Cala essa boca, Danilo. Vem comigo! O pacato Eduardo puxou o bruto Danilo com uma força incomum, arrancando-o da sala. Apesar do silêncio durante aquela cena, seu incômodo era o mesmo de seu amigo e se manifestava na forma como segurava o braço dele e o arrastava para a sala que os dois dividiam. — Aquela filha da puta vai transformar a Adriane numa piranha igual a ela — gritou Danilo. — Pelo amor de Deus, Danilo. Fica quieto! Eduardo era um homem refinado, capaz de controlar seus sentimentos em horas de tensão. Ele conhecia bem o seu sócio e entendia que, em certos momentos, Danilo não reagia racionalmente. O berro dado era incomum vindo dele, mas suficiente para calar o bruto Danilo. — Esquece um pouco a sua filha e a minha mulher, Danilo. O que ela quer é isolar a gente. Danilo olhou para o amigo perplexo, finalmente se dando conta de que colocar sua filha ali significava mais do que parecia. — Fudeu… — É, Danilo. Fudeu. Como aquela sala estava cheia, a gente não pôde ficar entrando para fazer o que quiséssemos com a Paloma. — Eduardo fez uma pausa e abaixou o tom de voz — Nem com a Larissa. — Que se foda ela, Eduardo. Se a piranha não quiser mais dar para a gente, foda-se. A gente arruma outra. O que não pode é minha filha ficar aqui. — Você não entendeu. Ela é a dona da empresa. Se a gente não puder influenciá-la, para que estamos aqui? — Isso não importa, Eduardo. Agora estou preocupado com a minha filha. Aquela vadia vai precisar da gente para sempre. Sempre vamos ter influência sobre ela. Eduardo, com os olhos arregalados, se aproximou de Danilo, colocando as mãos em seus ombros. — Danilo, preste atenção. A Paloma, apesar de toda aquela putaria, trabalhava muito bem. Ela conhece essa fábrica e sabe como ela funciona. A Marcela, que está junto dela, também já trabalhou aqui e sabe como as coisas funcionam, fora que ainda tem a Larissa junto delas. — Fez uma pausa e respirou fundo. — Elas não precisam da gente, Danilo. Sendo assim, a gente pode ir para o olho da rua. Danilo olhou o amigo nos olhos. — Ela não faria isso. — Já está fazendo. — Aquela vagabunda vai ver só — disse Danilo ao se dirigir à porta, mas foi segurado por Eduardo. — Se acalme, homem! Se for brigar com ela, nada vai impedi-la de te demitir. — O que a gente faz então? — Olha. A Paloma não é boba, mas vi que ela começou mal. Já está gastando muito, contando com o dinheiro das vendas que ainda nem aconteceram para fechar as contas. Lembre-se de que a dona da fábrica não é ela, mas sim a empresa dela. Se ela falhar em administrar isso aqui, eles mandam outra pessoa para cá ou até nos colocam no comando. — E a gente vai ficar aqui, torcendo para dar tudo errado? — Não necessariamente. Mexo os meus pauzinhos. É melhor você ir para casa. Está nervoso demais. — Mas e a Adriane… — Quando a gente estiver no comando, nós a mandaremos embora. Com certeza, a Paloma não quer que a Adriane saia daquela sala para nada. Então, não fique tão nervoso. Mesmo contrariado, Danilo saiu da sala. Sozinho, Eduardo se manteve em silêncio enquanto planejava. Tirou o celular do bolso e começou a digitar mensagens. Apesar de não ser mais o dono, era ele quem fazia o contato com os clientes, deixando bem claro para eles que ele era o único contato para vendas. Alegou ser devido à transição, mas era uma jogada para continuar se mantendo essencial na empresa. No fim do dia, disse a Marcela que ficaria até mais tarde, deixando-a levar o carro. — Eu chamo um táxi — disse ele. Eduardo era um homem calculista e muito ciente da rotina da fábrica. Sabia bem em que horário naquela fábrica estaria vazia. Esperou pacientemente e se dirigiu até o estacionamento, onde havia apenas um carro. Um veículo popular, também velho, mas bem mais arrumado do que o de Danilo. Não era o carro dele, mas o conhecia bem. Escorado na lataria, assistiu a uma mulher caminhar em sua direção. Loira, um pouco baixinha, vestia uma blusa preta, decotada, e uma saia cinza, justa. Era uma mulher elegante e sensual. A maquiagem no rosto, assim como as roupas, reforça o cuidado daquela mulher com a aparência. Tudo para ele. Aquele era o horário favorito dos dois, onde podiam trocar beijos ao ar livre, sem que ninguém visse. Eduardo sentiu os braços macios dela envolverem seu pescoço enquanto permitia que a língua entrasse em sua boca num abraço apaixonado. Desceu as mãos em sua bunda e ouviu um gemido abafado pelo beijo. Larissa sabia deixá-lo excitado com gestos sutis. As mãos dela desceram para o seu peito e, ao fim do beijo, abriu um sorriso charmoso, bem diferente do que ela costuma distribuir na secretaria. — Quer dizer que você mudou de sala e nem me avisou. — Nem deu tempo. Fiquei sabendo assim que cheguei. A Paloma me deu um computador e disse que vai ter um sistema que vai deixar o nosso trabalho mais fácil. Ela disse que planeja me dar um aumento. Já estou pensando até em trocar de carro. Vai ser muito mais fácil quando a gente começar a morar junto. A secretária falava com uma animação que nem mesmo Eduardo conhecia. — Não é bem assim, querida. O sorriso de Larissa se desmanchou. — Como assim? — A Paloma está querendo fazer as coisas sozinha e isso vai acabar falindo a fábrica. — Tem certeza? Ela está tão confiante. — Ela é inexperiente. Já viu o tanto de coisas que ela comprou? Ela ainda contratou a minha esposa e a filha do Danilo. Nós nunca tivemos capital para gastar tanto. Do jeito que está indo, essa empresa não dura um mês. — Por que você está preocupado? Você vendeu a empresa, já devia ter se separado da Marcela e estar vivendo com o dinheiro da venda. Por que continua aqui? — Não é assim que funciona. Eu e Danilo temos que garantir que a transição funcione, mas a Paloma quer trocar tudo. Ela quer nos isolar e nos mandar embora. Isso vale para você também. Larissa franziu o cenho — Por que ela faria isso? — Para compensar os gastos. Ela comprou equipamentos, contratou pessoas. Ela precisa equilibrar isso de algum jeito. Por que você acha que a Marcela e a Adriane estão lá? Paloma vai colocá-las no seu lugar, recebendo bem menos do que você. — Meu Deus, Edu. Não posso perder esse emprego. — Sei disso, meu amor. Por isso estou aqui. Não vou entregar os pontos e deixar a fábrica que construí falir. Vou ficar aqui e garantir que ela não destrua a empresa que construí. Nem que para isso eu entre em conflito com ela. Vou te proteger. Um sorriso brotou no rosto da secretária, que apoiou a cabeça no peito dele — você me faz sentir tão segura. — Pode ter certeza de que vou cuidar de você, mas primeiro preciso garantir que a Paloma não fique na empresa por muito tempo. Quando a matriz entregar o controle dela para um gestor responsável, eu saio da empresa e me separo da Marcela. Daí, compro um apartamento com o dinheiro da venda para a gente morar junto. — Promete? — perguntou Larissa, com o sorriso voltando ao rosto. — Prometo, mas preciso de sua ajuda. — Faço tudo o que você quiser. Eduardo sorriu — ótimo. Preciso que você seja meus olhos e ouvidos lá dentro. Me conte tudo que a Paloma estiver fazendo. Se fizer isso, consigo evitar que ela faça besteiras. Além disso, se qualquer cliente ligar, direcione para mim sem que elas percebam. Larissa abraçou Eduardo e o beijou lascivamente na boca. Diferente do anterior, carregado de carinho, esse foi um beijo lascivo, cheio de desejo. — Tudo bem, vou ser a sua espiã. Quer que eu faça algo mais? Eduardo abriu o primeiro sorriso desde que viu seu carro no estacionamento. — Me mostra eles. Larissa arregalou os olhos — aqui? Não quer entrar no carro? — Não. Hoje quero um teste de lealdade. — disse Eduardo ao colocar as mãos nos bolsos. Ele apertava sutilmente os olhos e inclinava a cabeça para o lado de uma forma charmosa. Eduardo sabia ser encantador em suas sutilezas. Mesmo sabendo que não havia ninguém na fábrica, Larissa sentia um frio na barriga. Os dois esperavam por aquele horário apenas para saírem juntos da fábrica, mas nunca para fazerem algo lá. Pelo menos não ao ar livre. Apesar do canto mal iluminado do estacionamento, a lua ainda iluminava o sorriso dele. A expressão charmosa do rosto daquele homem a provocava a ser mais ousada. Aquele homem conseguia transformar Larissa em uma mulher atrevida com apenas um olhar. O sorriso no rosto se tornou incontrolável enquanto ela olhava para os lados, certificando-se de que aquele lugar estava realmente vazio. Ainda assim, tirou a barra da blusa de dentro da saia devagar. Cada movimento exalava receios, principalmente ao tirar a blusa por cima da cabeça. Imediatamente, ela fechou os braços na frente dos seios volumosos, enquanto seu rosto enrubesceu. O sorriso de Eduardo ganhou ares lascivos e Larissa, aos poucos, tirou os braços da sua frente. Desabotoou o sutiã e revelou os seios fartos que seu homem tanto queria ver. O frio na barriga ainda continuava, mas o sentimento de ousadia era mais forte. Com um sorriso sapeca no rosto, ela apertou os peitos, provocando seu amante. Eduardo estendeu a mão e apalpou o seio dela. O volume generoso não cabia em sua mão, aumentando o prazer em apertar. Via no rosto dela um sorriso de quem já não sentia mais receio em se exibir. Mordia os lábios ao ter os mamilos torcidos. Ele a puxou e a beijou, esfregando a língua na dela, apertando-lhe os seios com as duas mãos. — Tire a saia — sussurrou ao ouvido dela. Naquele momento, ele já a dominava completamente. Não havia mais pudor em Larissa tirar a saia enquanto balançava o quadril em movimentos lentos. Eduardo divertia-se ao assisti-la, submissa daquela forma, vestindo apenas uma calcinha rosa. Bastou um movimento dos olhos para ela entender o que queria. Tirou o blazer enquanto Larissa se punha de joelhos. Assistiu seus movimentos delicados que lhe a calça alemã abaixava junto à cueca. Sentiu o calor das mãos dela percorrer suas coxas até que uma segurou sua rola e a outra envolveu o seu saco. Olhou Larissa nos olhos enquanto ela lambia seu membro em movimentos seguidos até finalmente engoli-lo. Gemeu, com os lábios macios roçando no seu membro enquanto dedos massageavam suas bolas. Jogou as mãos para trás, se apoiando na lataria do carro, enquanto suas pernas começavam a perder as forças. Ele urrou quando os carinhos dela eram demais para resistir. Gozou tudo na boca de Larissa, que engoliu sua porra com satisfação. Enquanto ele se recuperava, assistiu sua amante lamber o seu pau mais algumas vezes. — Fiz direitinho, amor? — Perfeita como sempre. Agora suba no carro. Larissa subiu na lataria e sentiu-se nela. Abriu as pernas sem o menor pudor e puxou a calcinha para o lado. — Vem, meu bem! Com as pontas dos dedos, Eduardo arranhou as coxas de sua secretária. Com eles se aproximando da boceta, Larissa se arrepiava. Se divertia em deixá-la ansiosa e com a boca fez o mesmo caminho feito pelos dedos. Quando sua língua finalmente separou os lábios dela, Larissa gemeu. Ele continuou lambendo e chupando, investigando aquela boceta molhada, fazendo-a gemer sem pudor algum. A secretária revirava os olhos, ignorando completamente o fato de estar ao ar livre. Acariciava a cabeça dele, retribuindo o carinho íntimo e gostoso que recebia. Seu coração acelerava e a respiração aumentava o ritmo, cada vez mais perto do clímax, quando Eduardo parou. Ao abrir os olhos, Larissa viu Eduardo ficar de pé, com o pau na mão. Tinha se masturbado enquanto a chupava e, com a ereção recuperada, se aproximou dela. Ela arreganhou ainda mais as pernas para recebê-lo e os dois gemeram juntos na penetração. A secretária o abraçou, envolvendo-o com as pernas e o beijando na boca enquanto sentia aquela rola entrar e sair de si. Percebeu Eduardo ficar mais duro dentro dela, deixando a foda mais gostosa. Os corpos colados estavam sincronizados em seus movimentos, respirações e gemidos. O gozo dos dois veio junto. Os dois se apertaram em um abraço estremecido pelos espasmos mútuos. Os gemidos dos dois pareciam um só grito de prazer, sem a menor preocupação em serem ouvidos. Depois do gozo, os dois permaneceram juntos, trocando beijos. — Não vejo a hora de fazermos isso na nossa própria cama — disse Larissa, com um sorriso feliz no rosto. — Logo iremos, meu amor — respondeu Eduardo, sem nenhum pingo de sinceridade.
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