Nesse primeiro conto, lhes direi a sensação de um vídeo que assisti a algum tempo atrás. Não sou adepta do BDSM, embora muitas coisas desse universo me atraiam e eu sinta uma certa força gravitacional me sugar para seu meio, mas enquanto não me conheço a esse ponto, fico apenas a admirar.
O vídeo continha alguns segundos de ação. Não houve sexo, mas perversão. Daquelas que faz você não querer assistir, que mais parece uma invasão ou um grande desrespeito. Mas você sente que aquela mulher quer estar ali.
O cenário? Uma praia. Duas mulheres, uma que domina a outra. Ela a amarra, no shibari, força as pernas da dominada para arquear para trás. A sensação poética da submissão me percorre. Ela não esboça reação, apenas diz não entender. Sua soberana lhe amarra, depois amordaça.
Ela não consegue se mexer, fica imóvel, à mercê. Isso na praia, com a barriga na areia, pernas para o ar, mãos para trás e cabeça puxada para trás. Tudo preso às cordas. Aquilo soa cansativo, deve estar doendo, os olhos dela transmitem medo.
Não bastasse, agora que não é possível ouvir sua voz, sua dominante lhe arrasta para a beira do mar, para que as pequenas ondas lhe alcancem o rosto. Meio corpo está reposado na água. Agora parece ser uma boa ideia que sua cabeça esteja amarrada para trás ligada às pernas.
Ela mais parece um bicho que acabou de ser capturado. Agora está exposta, numa perversão perigosa, ela não só confia na sua dona como se permite ir ao extremo. Ela sabe que não será deixada para trás, mas a poesia nisso tudo está em sentir-se um objeto de diversão para sua dona, que agora ri e se diverte com o que fora desespero, mas que agora nada mais é do que pensar em evitar as ondas e respirar, mesmo totalmente atada e sem poder esboçar reação.
Não sei porque, mas cenas de bondade e exposição mais alguns riscos, mesmo que mínimos, me contagiam. Me fazem pensar, o que eu faria se estivesse no lugar dela? Porque estaria passando por isso?
Como falei, não sou praticante, mas há algo poético na perversão de algo assim. Abaixo uma imagem desse vídeo que deve conter menos de um minuto. Nem preciso dizer que foi o suficiente para ficar pensando em tudo durante o dia todo, inclusive no serviço, no caminho para ele e na rua. Pensando que a dominadora poderia ser qualquer das pessoas do cotidiano.
Deu um pouco de medo... Mas tive que dar um jeito nesse fogo meu. Foi estranhamente pervertido, poético e excitante gozar pensando estar ali.
Espero que tenham gostado. Beijos!

Foi um vídeo de um minuto apenas? Vou ter que pesquisar, porque pelo que conheço do BDSM, você tem a alma, o corpo e a mente adormecida na submissão. Se lhe encontrarem da forma certa, vai mudar de vida. Ah se eu fosse ao menos o namorado submisso de uma beldade dessas, me sentiria lisonjeado