O interfone tocou. Um rapaz jovem, com uniforme da empresa e uma caixa de ferramentas, se apresentou. Tinha um sorriso fácil e olhos curiosos. Ele parecia um pouco nervoso, ou talvez fosse apenas a formalidade do trabalho.
"Bom dia, dona Bianca. Problema com a conexão, certo?", ele perguntou, entrando e já avaliando o roteador.
Enquanto ele mexia nos fios e no aparelho, eu o observava. Ele tinha os braços fortes e um jeito concentrado que eu achei interessante. De repente, ele se virou para mim, os olhos encontrando os meus.
"Parece que o problema é um pouco mais complicado... vou precisar de uns trinta minutos, talvez um pouco mais", ele disse, um brilho diferente no olhar.
Eu sorri, uma espécie de permissão silenciosa. "Sem problemas. A casa é sua."
Ele voltou a atenção para o roteador, mas a tensão no ar havia mudado. Eu me sentei no sofá, fingindo ler uma revista, mas meus olhos o seguiam. Ele se agachou, e o tecido da calça esticou, revelando as curvas dos músculos. Eu senti um calor subindo.
Ele se levantou, finalmente, e veio até mim. "Bianca, acho que preciso testar a conexão no seu quarto. Para ver se o sinal está chegando bem."
Meu coração deu um salto. O quarto. Eu apenas assenti, e ele seguiu em frente. No corredor, ele se virou e me esperou. O convite era claro.
Quando entrei no quarto, ele já estava olhando para a cama, e depois para mim. A caixa de ferramentas estava no chão, esquecida. Seus olhos esquadrinhavam meu corpo.
"Acho que a conexão mais forte que a gente precisa criar agora não é a da internet, Bianca", ele murmurou, a voz rouca.
Eu dei um passo em direção a ele, e ele me puxou para si. O beijo foi urgente, uma explosão de desejo contido. As mãos dele desceram pelas minhas costas, apertando minha cintura. A camiseta dele foi a primeira a ir para o chão, depois a minha.
No calor daquele momento inesperado, a conexão entre nós se estabeleceu, forte e inegável, muito mais poderosa que qualquer sinal de Wi-Fi.
Quando ele finalmente saiu, com a internet funcionando perfeitamente, o quarto ainda cheirava a nós dois. E um sorriso travesso se espalhou no meu rosto. Mal podia esperar para meu Marido voltar para casa e eu contar cada detalhe da nova conexão que eu tinha feito.




Um dos melhores contos que já li