CASO Nº 42 - PASTOR VALDEMAR




O ar dentro da igreja vazia tinha um cheiro característico — cera de madeira, papel antigo e um leve mofo vindo das toalhas do altar. Era um domingo à tarde, o último raio de sol entrava pelos vitrais coloridos, pintando o chão de manchas rubras e azuis. Eu havia me oferecido para ajudar a arrumar as coisas após o culto da manhã, uma tentativa discreta de parecer uma ovelha mais dedicada, de abafar os sussurros que já começavam a circular. Meu marido estava em casa, com os filhos, e eu respirava aquela solidão sagrada como um alívio.


— Irmã Lígia, você poderia guardar os hinários no armário da sacristia? — A voz do pastor Valdemar ecoou suave no salão principal.

Ele tinha sessenta anos, mas uma presença que desafiava o tempo. Alto, ombros largos, cabelos grisalhos bem cortados e um olhar que parecia ver além da alma — ou da hipocrisia. Era casado, pai de três filhos adultos, um pilar na comunidade. Um homem de Deus. E, naquele momento, o único homem no mundo para mim.

— Claro, pastor — respondi, minha voz um pouco mais rouca do que o normal.

Carreguei a pilha de livros pesados. A sacristia era um cubículo apertado atrás do púlpito, cheio de armários, uma pia pequena e vestes clericais penduradas. O cheiro era mais concentrado ali, um aroma de santidade e segredo. Quando entrei, ele já estava lá, fechando a gaveta do pequeno móvel onde guardava os utensílios da santa ceia.

A porta de madeira pesada fechou-se com um clique suave. Não ouvi o barulho, mas senti o silêncio se fechar ao nosso redor. O espaço era tão pequeno que, ao me virar, quase esbarrei em seu peito.

— Cuidado — ele murmurou, suas mãos grandes se firmaram em meus ombros para me equilibrar.

O toque queimou através do tecido fino do meu vestido. Fiquei imóvel, os hinários ainda pressionados contra meu peito, como um escudo inútil. Ele não tirou as mãos. Seus dedos deslizaram, quase imperceptivelmente, para os lados do meu pescoço.

— Você tem sido uma serva muito dedicada ultimamente — disse ele, sua voz baixa, um sussurro confessional que não era para os ouvidos de Deus. — Mas seus olhos… seus olhos durante o sermão hoje… contavam uma história diferente.

— Pastor, eu… — a frase morreu na minha garganta. Seu polegar acariciava minha jugular, sentindo o pulso acelerado.

— Chama-me Valdemar. Aqui, agora, não há pastor. Há um homem. E há uma mulher. — Seu olhar desceu pelo meu corpo, lento, deliberado. — Uma mulher que tem o fogo da tentação aceso dentro de si. Eu vejo. Eu sempre vi.

Antes que pudesse processar, seus lábios encontraram os meus. Não foi um beijo de consolo ou de caridade. Foi uma possessão. Sua boca era quente, insistente, e seu sabor era de café. Um gemido escapou de mim, e os hinários caíram no chão com um baque surdo, páginas se espalhando. Suas mãos largas encontraram minha cintura, depois desceram, agarrando minhas nádegas através do vestido, puxando-me contra ele. Eu senti, esmagada entre nossos corpos, o volume duro e inconfundível de sua ereção pressionando meu ventre. Era grande, pesado, mesmo através das camadas de tecido.

— Valdemar… — sussurrei, quebrando o beijo ofegante. — Aqui… não. É a casa de Deus.

Ele soltou um som baixo, entre um riso e um grunhido, enquanto seus dedos encontravam o zíper nas minhas costas.

— Deus vê tudo, minha ovelha desgarrada. Ele vê a sua necessidade. E a minha. — O zíper desceu num ruído áspero, e o vestido abriu-se, caindo em volta dos meus pés. Fiquei de pé diante dele, apenas de sutiã e calcinha, na sacristia fria, o corpo tremendo não de frio, mas de uma excruciante expectativa.

Seu olhar era fogo. Ele beijou meu pescoço, minha clavícula, enquanto suas mãos ocupadas abriam os ganchos do meu sutiã. Meus seios caíram livres, e ele levou um deles à boca, chupando, mordiscando o mamilo até ele ficar duro e dolorido. Eu arqueava as costas, meus dedos se enterrando em seus cabelos grisalhos, puxando-o para mais perto. A barba rala dele raspava minha pele, uma sensação crua, terrena, em brutal contraste com o ambiente.

— Por favor — gemeu, não sei pelo que.

Ele se ajoelhou. Ali, diante de mim, o pastor Valdemar, o homem respeitado, ajoelhado no chão de pedra da sacristia. Suas mãos puxaram minha calcinha para baixo, e eu ajudei, tropeçando para me livrar da última barreira. O ar frio tocou minha pele íntima, mas logo foi substituído pelo calor de seu hálito. Ele abriu minhas pernas com as mãos e, sem cerimônia, enterrou o rosto entre elas.

A língua dele era uma revelação. Longa, experiente, incansável. Ela varreu-me inteira, da entrada melada até o clitóris pulsante, e depois mergulhou dentro de mim com uma força que me fez gritar. Eu me apoiei no armário, os objetos sagrados tilintando atrás da porta de vidro, enquanto ele me comia com uma devoção que não era espiritual. Era animal, primitiva. Sua boca sugava, sua língua penetrava, seus dedos se juntavam à festa, dois deles entrando em mim, curvando-se para encontrar o ponto que me fazia ver estrelas mesmo de olhos abertos.

— Vai… vou gozar… — gemi, minha voz estranha e rouca no pequeno cômodo.

Ele não parou. Acelerou. E eu explodi, um orgasmo violento e silencioso que percorreu todo o meu corpo, fazendo minhas pernas fraquejarem. Ele me sustentou, seus braços fortes em volta de mim, enquanto eu tremia incontrolavelmente.

Antes que pudesse recuperar o fôlego, ele se levantou. Seus olhos estavam escuros, predatórios. Com movimentos rápidos, ele desabotoou a calça preta, puxou-a para baixo junto com a cueca branca simples. E ali estava. Seu pênis. Era imponente, ereto, com veias salientes pulsando. A cabeça, larga e roxa, brilhava à luz fraca. Era a carne de um homem maduro, poderosa e real, apontando para mim como um acusador, como uma promessa.

— Vira-se — ordenou, sua voz agora uma autoridade incontestável.

Obedeci, minhas mãos espalmadas contra a porta do armário de madeira. Ouvi o som de um sache sendo aberto — ele sempre estava preparado — e depois senti suas mãos untando minhas costas, descendo pela fenda das minhas nádegas. Um dedo, gelado pelo lubrificante, circulou meu ânus, depois pressionou e entrou. Eu prendi a respiração.

— Relaxa, minha pecadora — sussurrou ele ao meu ouvido, seu corpo quente encostado em minhas costas nuas.

Mas não era para lá que ele queria ir. Não ainda. Sua mão me guiou, inclinando meus quadris. A ponta de seu pênis, quente e larga, encontrou a entrada da minha vagina, já inundada pelo meu próprio prazer e pela saliva dele. Ele roçou, provocou, fazendo-me implorar com um gemido abafado.

E então, com um único movimento poderoso de seus quadris, ele entrou. Entrou até o fim.

Um grito sufocado saiu de mim. Era uma invasão total, um preenchimento que ia além do físico, que atingia algo profundo e proibido dentro de mim. Ele estava enorme dentro de mim, esticando-me, preenchendo cada centímetro. Parou por um segundo, ambos ofegantes.

— Esta… esta é a minha igreja agora — rosnou ele, e então começou a se mover.

Era uma foda lenta, profunda, e deliberadamente brutal. Cada entrada era uma afirmação de posse, cada saída uma promessa de retorno. Suas mãos seguravam meus quadris com força, os dedos cravando-se na minha carne, me puxando contra ele a cada investida. O som do nosso sexo enchia a pequena sala — o bater de sua pele contra a minha, seus grunhidos roucos, meus gemidos abafados contra o braço que eu mordia para não gritar. O cheiro do sexo, salgado e musgoso, substituiu o cheiro de santidade.

Ele mudou o ângulo, e a cabeça do seu pênis raspou em um ponto dentro de mim que fez meus olhos revirarem. Meu corpo contraiu-se violentamente em torno dele.

— Isso — ele sussurrou. — Goza para o seu pastor. Goza nesta pica que te corrompe.

E eu gozei, novamente, uma onda mais intensa e profunda que a primeira, um turbilhão que me arrancou da realidade. Meu canal vaginal apertou-se em espasmos ritmados ao redor dele, e isso foi o estopim. Com um rugido abafado, ele enterrou-se até as raízes, e eu senti o jato quente de sua semente disparar dentro de mim, profundo, inundando-me, marcando-me. Ele pulsou dentro de mim por longos segundos, cada ejaculação um momento de triunfo silencioso.

Ficamos assim, grudados, ofegantes, suados, no silêncio pesado que se seguiu. O som da nossa respiração era a única oração naquela hora. Lentamente, ele se retirou. Um fio quente de seus fluidos misturados aos meus escorreu pela minha perna, uma profanação tangível no chão da sacristia.

Ele se arrumou em silêncio, um homem recompondo sua aura de autoridade. Me estendeu meu vestido. Eu me vesti com mãos trêmulas, me sentindo exposta, violada, e incrivelmente viva. Ele pegou minha calcinha do chão e guardou-a no bolso do paletó, sem uma palavra.

Antes de abrir a porta, ele colocou uma mão em meu rosto, seu toque agora surpreendentemente gentil.

— O culto da noite começa às sete, irmã Lígia — disse, sua voz de volta ao tom pastoral, suave e controlada. — Espero vê-la na primeira fila. Será um sermão sobre… redenção.

Seus olhos brilharam com uma centelha de malícia. Ele abriu a porta e saiu, deixando-me sozinha entre os hinários espalhados, o cheiro do nosso pecado no ar, e a lembrança vívida, física, pulsante, de sua posse dentro de mim. A igreja estava silenciosa, mas dentro de mim ecoava o som profano do meu próprio corpo sendo reconhecido, finalmente, por um deus de carne e osso.

Foto 1 do Conto erotico: CASO Nº 42 - PASTOR VALDEMAR


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Ficha do conto

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Nome do conto:
CASO Nº 42 - PASTOR VALDEMAR

Codigo do conto:
249211

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
13/12/2025

Quant.de Votos:
2

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