Eu, Suelem, nunca fui de fugir. Aos 47 anos, gaúcha de Porto Alegre, pele negra que o sol do Sul já tinha marcado com orgulho, decidi que precisava de um respiro. O trabalho na agência de publicidade me sugava há anos — reuniões, prazos, sorrisos falsos. Resolvi viajar sozinha pro Nordeste. Nada de luxo. Um Airbnb simples em uma praia tranquila de Porto de Galinhas, casa de um quarto, varanda virada pro mar, cercada por coqueiros e pelo barulho constante das ondas. Cheguei no fim da tarde, o ar úmido me envolvendo como um abraço pegajoso. "Finalmente silêncio", pensei, enquanto arrumava minhas coisas.
A casa era modesta: cozinha pequena, cama king que parecia me convidar pro descanso, e uma varanda com rede e duas cadeiras de plástico. Tomei um banho longo, vesti um vestido leve de algodão branco que grudava um pouco na pele suada, e saí pra varanda com uma taça de vinho barato que comprei no caminho. O sol se punha, pintando o céu de laranja e rosa. Paz. Era isso que eu queria.
Mas a paz durou pouco. A casa ao lado — separada apenas por uma cerca baixa de madeira — estava ocupada por uma família grande. Risos altos, crianças correndo, churrasco sendo aceso. Brasileiros de férias, daqueles que transformam qualquer lugar em festa. Eu sorri sozinha. Não me incomodava. Pelo menos não ainda.
Foi quando o vi pela primeira vez.
Ele estava na varanda deles, ajudando a mãe a arrumar a mesa. Alto, corpo atlético de quem joga futebol na praia, pele morena clara, cabelo cacheado curto, uns 23 anos no máximo. Camiseta regata branca, short de tactel. Ele riu de algo que a irmã disse, e o som chegou até mim. Grave, gostoso. Nossos olhares se cruzaram por acidente. Ele acenou com a cabeça, educado.
— Boa noite, vizinha! — gritou uma mulher que devia ser a mãe dele, voz alta e acolhedora.
Eu levantei a taça.
— Boa noite! Aproveitando bem, né?
— Sempre! Vem pra cá depois, tem churrasco de sobra!
Eu ri e balancei a cabeça.
— Quem sabe. Obrigada pelo convite.
Ele não disse nada, mas continuou me olhando. Curioso. Eu senti o olhar dele percorrer meu corpo devagar — das pernas cruzadas na rede até o decote do vestido. Não disfarcei. Aos 47, aprendi que não preciso esconder nada. Se ele queria olhar, que olhasse.
Terminei o vinho e entrei. Deitei na cama com o ventilador no máximo, mas o calor não deixava dormir. Pensei nele. "Menino bonito", admiti pra mim mesma. Mas só isso. Férias são férias.
No dia seguinte, acordei cedo. Caminhada na praia era o plano. Coloquei um biquíni preto simples, por cima uma canga amarrada na cintura, óculos escuros e chapéu. A praia estava quase vazia. O mar calmo, areia branca. Andei uns dois quilômetros, sentindo o sol queimar a pele. Quando voltei, passei pela frente da casa vizinha. Ele estava lá, sozinho, lavando o carro da família com uma mangueira.
Nu da cintura pra cima agora. O corpo molhado brilhava. Músculos definidos, mas ainda com aquela juventude que não precisa malhar demais pra ser perfeito. Ele me viu e sorriu. Dessa vez, um sorriso de canto de boca.
— Bom dia, tia! — brincou, voz rouca de quem acabou de acordar.
Eu parei, tirei os óculos e encostei na cerca.
— Tia? — levantei a sobrancelha. — Quantos anos você acha que eu tenho, menino?
Ele riu, jogando a mangueira no chão. Veio mais perto, água escorrendo pelo peito.
— Desculpa. É força do hábito. Meu nome é Lucas. Pode me chamar de Lu.
— Suelem. E não sou tia de ninguém aqui.
Ele estendeu a mão por cima da cerca. Aperto firme. A mão dele quente, molhada.
— Prazer, Suelem. Sozinha nas férias?
— Sim. Às vezes a gente precisa.
— Entendo. Minha família é barulhenta pra caralho. Às vezes eu também queria silêncio.
Nossos olhares se prenderam. Ele não soltava minha mão logo. Eu senti um arrepio, apesar do calor.
— Você é do Sul, né? Pelo sotaque.
— Gaúcha. Porto Alegre.
— Legal. Nunca fui. Deve ser frio pra dedél.
Eu ri.
— Aqui tá quente o suficiente pros dois lugares.
Ele mordeu o lábio inferior, olhando pro meu corpo de novo. Dessa vez sem disfarce.
— Tá mesmo. Você... tá aproveitando a praia?
— Tô começando agora. E você, Lu? Só lava carro o dia todo?
— Não. Tô de folga da faculdade. Volto pra São Paulo daqui a duas semanas. Aproveitando enquanto dá.
Ficamos em silêncio um segundo. A tensão no ar era palpável. Eu sabia que ele sentia também.
— Bom... vou tomar um banho — eu disse, soltando a mão dele devagar.
— Se precisar de companhia pra caminhada amanhã... eu acordo cedo.
Eu sorri.
— Veremos.
Entrei em casa com o coração batendo mais rápido do que deveria. "Suelem, se controla", pensei. Mas o corpo não obedecia.
A tarde passou lenta. Eu li um livro na rede, tomei sol no quintal dos fundos. À noite, a família vizinha fez festa de novo. Música alta, caipirinha, risadas. Eu pensei em dormir cedo, mas o calor não deixava. Por volta das 23h, ouvi batidas leves na porta dos fundos — a que dava pro quintal compartilhado quase.
Era ele. De short e camiseta, descalço, uma garrafa de cerveja na mão.
— Posso entrar? Minha mãe já dormiu, mas a casa tá cheia de primo dormindo no chão.
Eu hesitei um segundo, mas abri a porta.
— Entra. Mas quieto.
Ele entrou, olhou em volta.
— Casa simples, gostei.
Sentei no sofá pequeno, ele se sentou do lado. Perto demais pro tamanho do sofá.
— Trouxe cerveja — ofereceu.
Peguei. Nossas mãos se tocaram de novo.
— Obrigada. Não consegue dormir com a bagunça?
— Não. E... tava pensando em você.
Direto. Gostei.
— Pensando o quê, exatamente?
Ele virou o corpo pra mim, joelho tocando o meu.
— Que você é linda pra caralho. E que não consigo parar de te olhar desde ontem.
Eu ri baixo.
— Lucas... quantos anos você tem?
— 23. E você?
— 47.
— Não parece.
— Parece o suficiente pra saber que isso é loucura.
Ele se aproximou mais. O cheiro dele — sabonete, mar, juventude.
— Loucura boa?
Eu não respondi com palavras. Olhei pros lábios dele. Cheios, convidativos.
— Suelem... posso te beijar?
Eu respirei fundo.
— Pode.
Ele não esperou mais. A mão dele foi pro meu rosto, polegar acariciando minha bochecha. O beijo veio devagar, mas firme. Lábios macios, língua pedindo passagem com calma. Eu deixei. Fazia tempo que não beijava assim — com vontade verdadeira. Minha mão foi pro peito dele, sentindo o coração acelerado.
O beijo deepened. Ele me puxou pro colo dele sem esforço. Eu sentei de frente, pernas abertas em cima das dele. O vestido subiu. Senti ele endurecer embaixo de mim.
— Caralho, Suelem... — murmurou contra minha boca.
— Shh... quieto.
Beijei o pescoço dele. Salgado. Ele gemeu baixo, mãos subindo pelas minhas coxas, apertando.
— Você é tão gostosa... sempre quis uma mulher como você.
— Como eu?
— Mais velha. Que sabe o que quer.
Eu mordi o lóbulo da orelha dele.
— E o que você acha que eu quero, Lu?
— Isso aqui.
Ele apertou minha bunda, me puxando mais contra ele. Eu rebola devagar, sentindo o volume crescer.
— Talvez.
Tirei a camiseta dele. Beijei o peito, desci até a barriga definida. Ele respirava pesado.
— Suelem... vamos pro quarto?
Eu levantei, puxei ele pela mão. No quarto, a luz do abajur fraca. Fechei a porta.
Ele me encostou na parede, beijando com fome agora. Mãos embaixo do vestido, tirando minha calcinha devagar.
— Posso?
— Pode tudo.
Ele ajoelhou. Beijou minha barriga, desceu. Quando a boca dele me encontrou, eu gemi alto demais. Segurei o cabelo dele.
— Isso... assim...
Ele sabia o que fazia. Língua firme, dedos entrando devagar. Eu gozei rápido, pernas tremendo.
Depois, deitei ele na cama. Tirei o short dele. Grande, duro, pulsando. Eu lambi devagar, da base até a cabeça. Ele gemeu meu nome.
— Suelem... por favor...
Eu subi, sentei devagar. Centímetro por centímetro. Olhos nos olhos.
— Devagar... deixa eu sentir você inteira.
Eu desci até o fundo. Comecei a mexer devagar, depois mais rápido. Ele segurava minha cintura, gemendo.
— Você é perfeita... caralho...
Gozei de novo, apertando ele. Ele veio logo depois, forte, me enchendo.
Ficamos ali, suados, ofegantes.
— Isso foi... — ele começou.
— Loucura — completei, rindo.
Ele me abraçou.
— Posso dormir aqui?
— Só hoje.
Mas eu sabia que não seria só hoje.
Na manhã seguinte, acordei com ele me beijando o ombro.
— Bom dia, Suelem.
— Bom dia, menino.
Ele sorriu.
— Ainda vai caminhar na praia?
— Vou. Você vem?
— Claro.
Saímos juntos, como se nada tivesse acontecido. Mas tudo tinha mudado.
O calor do Nordeste agora tinha nome. E ele dormia do meu lado .





skdp.amazon/pt_BR/bookshelf?ref_=kdp_kdp_TAC_TN_bs No site da Amazon KDP você encontra vários eBooks completos gratuitos, recheados de artes sensuais e conteúdo exclusivo. Boa leitura!
skdp.amazon/pt_BR/bookshelf
Contos Eróticos de Coroas Brasileiras | 18+ eBooks eróticos com coroas brasileiras, fantasias adultas e arte digital erótica. Conteúdo feito para leitores que buscam intensidade, desejo e imaginação sem censura criativa. 👉 Acesse os eBooks na Amazon skdp.amazon/pt_BR/bookshelf 📲 Instagram mamaegordelicia2025 ⚠️ Conteúdo adulto • 18+