Olá a todos estou voltando ao site depois de um tempo fora, tive um tempinho livre apenas agora no fim do ano, vou postar alguns contos novos, afinal gosto de escrever para me distrair e por diversão. Esse é meu primeiro conto agora que estou retornando, espero que gostem. Tinha dezenove anos e a estranha impressão de que vivia sempre em estado de vigília. Decidia tudo, planejava tudo, antecipava tudo. Até os próprios erros pareciam previamente autorizados por mim mesma. Talvez por isso o silêncio me atraísse tanto ultimamente. Não o silêncio vazio, mas aquele carregado de intenção, o tipo que surge quando alguém conduz o ritmo, quando as palavras se tornam desnecessárias e o corpo apenas acompanha. Não saberia dizer quando a curiosidade começou. Talvez tivesse sido numa conversa casual, talvez numa leitura despretensiosa, talvez apenas numa noite em que percebi que imaginar-me seguindo ordens me deixava inquieta de um jeito novo. Não era medo. Era expectativa. A ideia de submissão não me parecia pequena ou fraca. Pelo contrário. Havia algo estranhamente forte em escolher obedecer. Naquela tarde, o encontro não foi anunciado como nada além do que era: uma conversa. Um espaço seguro, disse a mim mesma essa palavra mentalmente enquanto entrava no ambiente calmo, quase neutro, onde a luz parecia cuidadosamente dosada para não invadir. Ele não se aproximou de imediato. Então fui até ele. — Sente-se — foi tudo o que ele disse, com um tom firme, mas tranquilo. Sentiu o impulso automático de perguntar “por quê”. Mas não perguntei, de forma instintiva me sentei, obedeci a ordem que me foi dada. O coração acelerou com a obediência inesperada, e eu percebi, com certo espanto, que não havia sido um reflexo, tinha sido uma escolha. O simples ato de seguir uma ordem direta fez minha respiração mudar, mais curta, mais consciente. — Você pode levantar quando quiser — ele acrescentou, como se lesse seus pensamentos. — Mas, por enquanto, apenas fique. Ficar parecia simples. Parecia bom. O silêncio entre nós dois não era vazio. Era denso. Cada segundo esticado fazia eu notar meu próprio corpo: as mãos inquietas no colo, os pés firmes no chão, o calor subindo pelo rosto, sentia algo quente dentro de mim que começava quente no pé da barriga e descia ate minha bucetinha, um fogo que de alguma forma ardia como o desejo incontrolado e a curiosidade latente. Ele nem se movia, mas tudo parecia em movimento. Percebi então que não se tratava de ser controlada. Tratava-se de permitir. Permitir que alguém observasse. Permitir que o tempo fosse conduzido. Permitir-me receber ordens de meu dono. Ser uma cadelinha obediente e bem adestrada. Quando ele finalmente falou de novo, foi apenas para perguntar se eu estava confortável. E eu assenti, incapaz de encontrar palavras que não quebrassem o momento. Curiosamente, me sentia inteira, como se algo que sempre estivera disperso tivesse se alinhado. Sendo controlada e obedecendo ordens foi quando me senti mais livre. Ao final, do jantar ele não me tocou. Não pediu mais nada. Apenas abriu espaço para que eu me levantasse quando quisesse. Demorei alguns segundos a mais do que o necessário. Ao sair, o mundo parecia o mesmo e, ainda assim, não era. Havia descoberto algo que não sabia nomear direito, apenas sentir: o desejo silencioso de me permitir ser dominada se mostrou melhor do que eu esperava, voltei para casa feliz, mesmo com algo tão simples e ansiosa pra a próxima vez, onde eu poderei provar ainda mais a minha obediência. E pela primeira vez, essa ideia não a assustava. Amei ser submissa.
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