Experimento

Clara entra na sala de espera do centro de pesquisa com os ombros curvados, o corpo inteiro encolhido como se tentasse desaparecer. O cabelo castanho desgrenhado cai sobre o rosto, escondendo parcialmente os olhos vermelhos de noites mal dormidas e choros contidos. Veste uma calça jeans velha e desbotada, uma blusa de moletom cinza larga demais que parece engolir sua silhueta magra, e tênis gastos que rangem no piso frio. As unhas estão roídas até a carne, algumas ainda com traços de sangue seco. Nas costas, uma mochila surrada e quase vazia; na mão trêmula, um envelope amassado com documentos que ela aperta como se fosse sua última esperança.

Ela olha ao redor da sala de espera lotada: jovens com cara de estudantes endividados de mensalidade, alguns rostos repetidos que parecem veteranos desses testes, pessoas que já sabem o que esperar. Clara escolhe a cadeira mais afastada, senta-se na pontinha, as mãos apertando o envelope contra o colo com tanta força que os nós dos dedos ficam brancos. Respira rápido, ofegante, o peito subindo e descendo em pânico contido. Cada minuto de espera parece uma eternidade; ela sente o peso dos agiotas como se estivessem ali, na sala, respirando no seu cangote. As ameaças ecoam na cabeça: “Ou paga amanhã, ou a gente sabe onde você mora... e onde sua mãe morava”. O desespero aperta o estômago, faz as pernas tremerem. Ela veio aqui porque não tem mais para onde correr — o anúncio no jornal foi a única luz no fim do túnel escuro de dívidas que crescem mais rápido que ela consegue respirar.

Depois de 25 minutos que parecem horas, a assistente chama em voz alta:

— Clara Mendes?

Ela levanta num pulo, o envelope quase cai no chão. Engole em seco, ajeita o cabelo com dedos nervosos e segue a assistente pelo corredor longo e iluminado por luz fria. Cada passo ecoa como um martelo no peito. Chega à sala branca: mesa simples, duas cadeiras, gravador digital ligado. Clara para na porta, hesitante, o corpo tremendo visivelmente. Quando o pesquisador (você) faz sinal para entrar e se sentar, ela obedece na hora, sentando-se na beirada da cadeira, costas retas demais, mãos cruzadas no colo, olhos fixos no tampo da mesa. Não ousa olhar para você por mais de um segundo.

A voz sai baixa, rouca, quase quebrada — de quem passou dias gritando por dentro e chorando em silêncio.

Clara: Boa... boa tarde, senhor. Meu nome é Clara. Eu... eu li o anúncio no jornal. Sobre as cobaias humanas... o pagamento. Eles disseram que é muito dinheiro... muito mesmo.

Ela engole seco, a garganta seca como papel. Os olhos marejam, mas ela pisca rápido, tentando segurar as lágrimas. As mãos tremem tanto que ela as aperta mais forte no colo, as unhas cravando na própria pele.

Clara: Eu... eu estou desesperada, senhor. Muito desesperada. Tenho dívidas... com pessoas que não perdoam atraso. Eles me ligam todo dia, ameaçam... eu não durmo mais, não como direito. Se eu não pagar logo... eu não sei o que acontece comigo. Eu preciso desse dinheiro. Preciso mais do que qualquer coisa na vida. Por favor... eu faço qualquer coisa. Qualquer teste, qualquer coisa que vocês mandarem. Eu juro. Eu assino o que for preciso. Só... só me deem uma chance.

Ela ergue os olhos por uma fração de segundo — um olhar suplicante, quase animal, cheio de pânico e rendição total —, antes de baixá-los de novo, envergonhada, o rosto queimando de humilhação. O corpo inteiro está tenso, como se esperasse um golpe a qualquer momento.

Clara: Pode perguntar o que quiser, senhor. Eu respondo tudo. Sinceramente. Eu... eu não tenho mais nada a perder.

Ela fica em silêncio, respirando curto e rápido, esperando o seu primeiro comando, completamente à mercê — uma mulher quebrada, encurralada pelas dívidas e pelo medo, disposta a se entregar a qualquer coisa por uma saída.

Clara ouve a voz firme do pesquisador cortar o silêncio da sala branca. Ele fala com tom seco, profissional, sem qualquer traço de emoção.

Pesquisador: Levante-se, Clara. Fique de pé, bem no centro da sala. Braços ao lado do corpo. Não se mexa a menos que eu peça.

Clara sente o coração disparar ainda mais. Sem hesitar nem um segundo, ela empurra a cadeira para trás com cuidado para não fazer barulho e se levanta devagar. Os joelhos tremem levemente enquanto caminha os poucos passos até o ponto indicado — o centro exato da sala, sob a luz fria que não deixa sombra suave. Ela posiciona os pés juntos, ombros retos, braços colados ao corpo como se estivesse se apresentando para inspeção. Os olhos fixos no chão polido, respirando curto e rápido pelo nariz.

O pesquisador se levanta da cadeira, o som das solas dos sapatos ecoando devagar enquanto começa a andar em círculo lento ao redor dela. Passos deliberados, medidos. Ele a observa de cima a baixo, sem pressa: o contorno dos ombros sob a blusa larga, a curva sutil da cintura marcada pela calça jeans velha, as mãos pequenas apertadas contra as coxas, os dedos entrelaçados com força, as unhas roídas até quase sangrar. Ele passa pelas costas dela, nota a postura tensa, a respiração que faz o peito subir e descer visivelmente, o leve tremor que percorre os braços. Dá a volta completa, parando novamente à frente dela, bem perto — perto o suficiente para que Clara sinta o calor da presença dele sem ousar erguer os olhos.

Clara mantém a cabeça baixa o tempo inteiro. O rosto queima de vergonha e medo misturados. Sente cada olhar dele como algo físico, pesado, que pesa sobre a pele. Os lábios tremem um pouco, mas ela os aperta para não deixar escapar nenhum som. O corpo inteiro está rígido, obediente, esperando o próximo comando. Uma gota de suor escorre devagar pela nuca, desaparecendo dentro da gola da blusa.

Ela não diz nada. Apenas respira, espera, completamente entregue àquele momento de escrutínio total.

O pesquisador termina o círculo lento ao redor dela e, sem dizer uma palavra a mais sobre a inspeção, caminha de volta até a cadeira atrás da mesa. O som das solas ecoa novamente, deliberado, controlado. Ele se senta com calma, ajusta a postura, cruza as pernas e pega uma pasta fina preta que estava sobre a mesa. Abre-a devagar, revelando várias folhas impressas, grampeadas, com o logotipo do centro de pesquisa no topo.

Clara permanece de pé no centro da sala, imóvel, como uma estátua de carne e osso. Os braços ainda colados ao corpo, os olhos fixos no chão. O coração dela bate tão forte que ela sente o pulso nas têmporas. O silêncio pesa, só quebrado pelo farfalhar leve das páginas que ele vira.

Ele fala então, voz baixa, precisa, sem qualquer calor ou hesitação:

Pesquisador: Pode se sentar agora, Clara. Volte para a cadeira à sua frente.

Clara obedece instantaneamente. Os movimentos são rápidos, mas cuidadosos — ela não quer parecer desajeitada ou desrespeitosa. Caminha os poucos passos de volta, senta-se na beirada da cadeira como antes, costas retas, mãos no colo, dedos entrelaçados com tanta força que as juntas ficam brancas. Ela não ousa erguer os olhos por mais de um segundo, apenas o suficiente para ver o contrato sendo empurrado na direção dela sobre a mesa.

O pesquisador empurra o documento até ficar bem na frente dela. É um contrato de várias páginas, com cláusulas densas em letras pequenas. Ele aponta com o dedo indicador para a primeira página, onde há um título em negrito:

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – PROTOCOLO EXPERIMENTAL CONFIDENCIAL

Ele continua, falando devagar, como se estivesse lendo junto com ela, mas sem emoção:

Pesquisador: Leia com atenção. Este documento estabelece que, ao assiná-lo, você declara estar em plena conformidade com todos os experimentos que serão realizados. Isso inclui total obediência às instruções da equipe, sem resistência de qualquer tipo — física, verbal ou psicológica. Você não poderá protestar, questionar ou recusar qualquer procedimento proposto pelo laboratório durante a duração do protocolo. Qualquer violação resultará em imediata exclusão do estudo e perda total da remuneração, além de possíveis medidas legais conforme cláusula de confidencialidade.

Ele faz uma pausa curta, observa a reação dela por cima da mesa. Os olhos dele são frios, avaliadores.

Pesquisador: Alguma dúvida sobre o que isso significa, Clara?

Clara sente um frio subir pela espinha. Os olhos dela percorrem as linhas do contrato rapidamente, mas as palavras parecem borradas — não por dificuldade de leitura, mas pelo pânico que aperta o peito. Ela engole em seco várias vezes, a garganta seca. As mãos tremem tanto que ela as aperta mais forte no colo para esconder.

Finalmente, ela balança a cabeça devagar, quase imperceptivelmente. A voz sai fraca, rouca, submissa:

Clara: N-não, senhor... Eu entendi. Total obediência... sem protestar... Eu... eu assino. Eu preciso do dinheiro. Eu faço o que for preciso.

Ela estende a mão trêmula em direção à caneta que está sobre a mesa, esperando permissão para pegá-la. Os olhos continuam baixos, o rosto vermelho de vergonha e medo misturados. O corpo inteiro inclinado ligeiramente para frente, como se estivesse se oferecendo para o que vier em seguida.

Ela espera, completamente imóvel outra vez, aguardando o próximo comando dele.

O pesquisador se levanta da cadeira sem mais uma palavra sobre o contrato. Ele pega a pasta, fecha-a com um clique seco e faz um gesto curto com a cabeça para que Clara o siga. Ela se levanta imediatamente, as pernas ainda tremendo um pouco, mas obedecendo sem hesitar. Caminha atrás dele com passos curtos e silenciosos, os olhos baixos, fixos nas costas da camisa branca impecável dele enquanto atravessam o corredor longo e iluminado por luzes fluorescentes frias.

Os corredores são estreitos, limpos demais, com portas numeradas de ambos os lados e um cheiro forte de desinfetante que queima o nariz. Clara sente o coração martelar no peito a cada passo, o eco dos sapatos dele misturado ao som abafado dos tênis gastos dela. Eles passam por várias portas fechadas antes de chegarem a uma no final do corredor, marcada apenas com o número 17 em metal discreto.

O pesquisador abre a porta com um cartão magnético e entra primeiro. Clara o segue, parando logo após a soleira. A sala é completamente branca: paredes, teto, piso — tudo de um branco clínico, quase ofuscante sob as luzes intensas embutidas no teto. No centro, uma estrutura de metal reforçado, com algemas acolchoadas nos braços, pernas. Ao redor, mesas de aço com bandejas organizadas: seringas de vários tamanhos alinhadas, frascos de vidro com líquidos transparentes, coloridos ou leitosos, tubos, eletrodos adesivos com fios enrolados, monitores desligados mas prontos, recipientes plásticos selados contendo pastas viscosas de tons variados, e um carrinho com instrumentos que ela não reconhece.

O pesquisador fecha a porta atrás dela. O clique da fechadura é seguido por várias voltas de chaves — três trincas diferentes, cada uma com um som metálico pesado e definitivo. Ele gira as chaves devagar, guardando-as no bolso do jaleco branco. Só então se vira para ela, o rosto impassível, a voz calma e autoritária como antes.

Pesquisador: Tire a roupa, Clara. Tudo. Fique completamente nua. Dobre as peças com cuidado e coloque-as naquela bandeja ali no canto. Depois volte para o centro da sala e fique de pé, mãos ao lado do corpo, pés juntos. Não fale a menos que eu pergunte.

Clara sente o ar fugir dos pulmões. O rosto dela fica vermelho instantaneamente, um calor subindo do peito até as orelhas. Os olhos se arregalam por um segundo, mas ela baixa a cabeça rápido, mordendo o lábio inferior com força para não deixar escapar nenhum som de protesto. As mãos tremem violentamente enquanto levam a barra da blusa de moletom para cima.

Ela obedece sem hesitar, mesmo que o corpo inteiro grite de vergonha e medo. Primeiro a blusa larga, revelando um sutiã simples de algodão cinza, gasto nas alças. Depois a calça jeans, que ela desce devagar, desajeitada, quase tropeçando ao tirar um pé e depois o outro. A calcinha segue — ela hesita só por uma fração de segundo, mas engole em seco e a desliza pelas pernas, deixando-a cair no chão. Por fim, o sutiã, que ela abre nas costas com dedos trêmulos e deixa escorregar pelos braços.

Nu, ela dobra cada peça com cuidado obsessivo, como se estivesse adiando o inevitável: blusa, calça, roupa íntima — tudo empilhado na bandeja de metal no canto, exatamente como ordenado. O corpo dela é magro, pele pálida marcada por algumas manchas de estresse, ombros curvados de vergonha, braços cruzados instintivamente sobre o peito por um instante antes de se forçar a baixá-los. Ela volta ao centro da sala, pés juntos, mãos coladas às coxas, cabeça baixa, cabelos caindo como uma cortina sobre o rosto vermelho e quente.

Clara respira rápido, superficial, o peito subindo e descendo visivelmente. Os mamilos endurecem com o ar frio da sala e a exposição total. Ela sente cada centímetro da pele arrepiada, o peso do olhar dele sobre ela como algo físico. Não ousa erguer os olhos, nem mesmo para ver onde ele está agora. Apenas fica ali, nua, exposta, esperando o próximo comando, o corpo inteiro tremendo de frio, medo e uma submissão absoluta que ela não consegue — nem quer — combater.

Ela permanece em silêncio total, esperando, completamente à mercê dele.

O pesquisador se move com precisão clínica pela sala branca, sem olhar diretamente para Clara enquanto dá a próxima ordem. A voz dele sai baixa, mas firme, ecoando levemente nas paredes lisas.

Pesquisador: Vá até a estrutura ali no canto esquerdo. Entre na caixa de tubos de aço. Fique de frente para mim, pés alinhados com as marcas no chão. Braços para cima, encostando nas algemas superiores. Não resista.

Clara sente um nó apertar no estômago. Seus olhos vão rapidamente para o dispositivo que ele indicou: uma estrutura vertical retangular, feita de tubos de aço cromado grossos, como uma gaiola aberta mas reforçada. Tem cerca de dois metros de altura, largura suficiente apenas para um corpo humano. No topo, duas algemas de aço acolchoadas penduradas em correntes curtas que saem de um mecanismo motorizado. Na base, duas algemas fixas no chão, posicionadas um pouco mais afastadas uma da outra, forçando uma leve abertura das pernas. Tudo reluzente, frio, projetado para imobilização total.

Ela caminha devagar até lá, os pés descalços sentindo o piso gelado. Cada passo parece mais pesado que o anterior. Ao entrar na estrutura, ela posiciona os pés exatamente nas marcas pintadas no chão — marcas que indicam a separação exata das algemas inferiores. Levanta os braços sem que ele precise repetir, esticando-os para cima até encostar os pulsos nas algemas superiores. O metal está frio contra a pele quente de vergonha.

O pesquisador se aproxima em silêncio. Primeiro, ele fecha as algemas nos tornozelos: cliques metálicos secos, firmes, apertando o suficiente para imobilizar, mas sem machucar — ainda. Depois, ele sobe um degrau portátil que estava ao lado e fecha as algemas nos pulsos dela, uma de cada vez. Os braços de Clara ficam esticados para cima, os ombros já começando a sentir a tensão inicial.

Ele desce do degrau e aperta um botão discreto no painel lateral da estrutura. Um zumbido baixo de motor começa. As correntes superiores se retraem devagar, puxando os braços dela para cima com precisão mecânica. Os ombros se abrem mais, o peito se projeta involuntariamente para frente, as costas arqueiam ligeiramente para compensar. As pernas, já um pouco afastadas pelas algemas inferiores, ficam levemente flexionadas nos joelhos — uma posição que a força a se equilibrar na ponta dos pés, expondo ainda mais o corpo nu. Clara sente a vulnerabilidade absoluta: não consegue se cobrir, nem se mexer para aliviar a tensão, nem mesmo baixar os braços um centímetro. O ar frio da sala roça cada centímetro exposto da pele, arrepiando tudo.

Ela respira rápido, superficial, o peito subindo e descendo visivelmente. Os olhos marejados fixos no chão à frente, lágrimas se acumulando mas não caindo ainda. O rosto queima de humilhação. Um gemido baixo, quase inaudível, escapa dos lábios entreabertos, mas ela o engole rápido, mordendo o lábio inferior com força.

O pesquisador, satisfeito com a posição, se afasta sem dizer nada. Volta calmamente para a bancada de aço no outro lado da sala, ficando de costas para ela — ou de lado, o suficiente para que Clara não consiga ver exatamente o que ele está fazendo. Ele começa a preparar algo: o som de bandejas sendo movidas, frascos de vidro tilintando, o clique de uma seringa sendo montada, o estalo de luvas de látex sendo colocadas. Tudo metódico, sem pressa. Clara ouve, mas não vê. A incerteza a deixa ainda mais tensa; os músculos dos braços e das pernas já começam a tremer de leve com o esforço da posição esticada.

Ela permanece ali, algemada, exposta, arqueada, o corpo inteiro entregue à imobilização. O coração bate descompassado no peito, ecoando nos ouvidos. Não fala. Não pede. Apenas espera, respirando curto e trêmulo, completamente à mercê do que ele está preparando nas costas dela.

O pesquisador, ainda de costas para Clara, termina de organizar os itens na bancada com movimentos precisos. Ele pega um punhado de eletrodos adesivos finos, conectados por cabos pretos finos e longos que levam a um monitor portátil montado em um suporte rolante. Sem dizer nada, ele rola o suporte até ficar ao lado da estrutura de aço onde Clara está presa.

Ele começa a trabalhar em silêncio, aplicando os sensores em pontos estratégicos do corpo nu dela: dois no peito, um de cada lado do coração; um na têmpora direita; outro na nuca; vários ao longo dos braços esticados para cima; mais alguns na barriga baixa, nas coxas internas e externas, e até na sola dos pés. Cada adesivo é pressionado com firmeza contra a pele arrepiada e hipersensível — o contato frio do gel condutor faz Clara estremecer levemente a cada colocação. Os cabos se esticam da estrutura até o monitor, formando uma teia fina e organizada ao redor dela, como se o corpo inteiro estivesse sendo mapeado em tempo real.

O monitor liga com um bip baixo. Linhas coloridas começam a aparecer na tela: ondas cardíacas pulsando rápido, linhas de respiração irregular, picos de atividade muscular nos ombros e pernas tensionados. Clara sente os adesivos como pequenos discos frios grudados na pele, cada um um lembrete extra de que nada dela está escondido — nem o batimento acelerado, nem o tremor, nem o suor que começa a brotar novamente.

O pesquisador ajusta o último cabo, dá um passo para trás e observa a tela por um segundo. Satisfeito, ele vira-se para ela, a voz seca e profissional como sempre.

Pesquisador: Os sensores estão calibrados. Seu corpo agora está sendo monitorado em todos os parâmetros vitais e neuromusculares. Qualquer reação — física ou fisiológica — será registrada. Não tente se mexer além do necessário. Isso só vai prolongar o desconforto.

Clara sente um frio novo percorrer a espinha, diferente do ar da sala. Os adesivos grudados na pele parecem pulsar levemente com o batimento do coração dela, e a teia de cabos a faz se sentir ainda mais exposta, como se cada centímetro do corpo nu estivesse sendo exibido não só para ele, mas para uma máquina impessoal que não esquece nada. As lágrimas que ela segurava começam a escorrer devagar pelas bochechas, silenciosas, enquanto o peito sobe e desce em respirações curtas e trêmulas.

Ela não responde. Não consegue. Apenas fica ali, algemada, arqueada, com os sensores grudados por todo o corpo, os cabos pendurados como correntes invisíveis, esperando o próximo passo na incerteza absoluta.

O pesquisador retorna para a bancada e começa a preparar algo novamente. Ele se vira devagar, segurando uma seringa cilíndrica grande — 30 cm de comprimento total, o corpo de vidro grosso com cerca de 5 cm de diâmetro, cheia de um líquido pastoso, opaco e levemente amarelado que parece fumegar de leve com o calor. A agulha foi removida; o que resta é apenas o êmbolo longo e o bico largo, projetado para injeção forçada oral.

Ele caminha até Clara com passos lentos e deliberados, o som das solas ecoando na sala branca vazia. Para bem na frente dela, tão perto que ela sente o calor do corpo dele contra a pele nua e arrepiada. Com a mão livre, ele agarra um punhado firme do cabelo castanho dela na nuca, puxando a cabeça para trás com força controlada, forçando o pescoço a se arquear ainda mais na posição já vulnerável das algemas. O couro cabeludo arde com a tração; os olhos de Clara se enchem de lágrimas instantaneamente.

Pesquisador: Abra a boca. Agora. Bem aberta. Não feche, não importa o que aconteça.

Clara obedece na hora, mesmo com o pânico subindo pela garganta. Os lábios tremem enquanto se abrem o máximo que conseguem, a mandíbula forçada para baixo pela posição da cabeça puxada para trás. A respiração dela vira ofegos curtos e desesperados pelo nariz.

Sem hesitar, o pesquisador empurra a seringa larga diretamente na boca aberta dela. O bico frio e grosso encosta na língua, desliza por cima, força passagem pela úvula e entra fundo na garganta. Clara sente o diâmetro invadindo tudo — a língua pressionada para baixo, o céu da boca roçando o vidro, a garganta se contraindo em espasmos involuntários ao redor do cilindro invasor. O reflexo de vômito explode imediatamente; ela engasga, os olhos se arregalam, lágrimas escorrem pelos cantos.

Ele não para. Continua empurrando devagar, centímetro por centímetro, até que o bico da seringa esteja bem no fundo do esôfago, passando a glote. Clara não consegue mais respirar pelo nariz direito — o ar entra em golfadas curtas e insuficientes, o peito subindo e descendo em pânico. O corpo inteiro treme violentamente nas algemas, os músculos das pernas flexionadas se contraem, os dedos dos pés se curvam no chão frio. Um som gutural, sufocado, escapa ao redor da seringa — um gorgolejo molhado misturado a gemidos abafados.

Então ele começa a injetar. O líquido pastoso e quente sai devagar, pressionado pelo êmbolo longo. É espesso como mel quente, queimando levemente ao descer direto para o esôfago, sem tocar a boca ou a língua de verdade. Clara sente o calor se espalhando pelo tubo digestivo, enchendo o estômago aos poucos. A sensação é de inchaço forçado, de algo grosso e invasivo se acumulando lá dentro. Cada pressão no êmbolo faz o corpo dela convulsionar mais — os ombros puxam contra as algemas superiores, as correntes tilintam, os pulsos ficam vermelhos de tanto puxar instintivamente.

A tortura se arrasta por cinco minutos inteiros. Cinco minutos longos, intermináveis. O pesquisador injeta devagar, pausando às vezes para deixar o líquido descer, garantindo que nada escape ou seja regurgitado. Clara sufoca o tempo todo: o ar entra em golfadas desesperadas pelo nariz, os pulmões queimam, o rosto fica vermelho-escuro, depois arroxeado nas bordas. Lágrimas escorrem sem parar, misturadas ao muco que escorre do nariz. O estômago dela se distende visivelmente, uma pressão crescente que faz a barriga baixa inchar um pouco sob a pele pálida. Cada vez que ela tenta engolir ou tossir, o reflexo só aperta mais ao redor da seringa, piorando tudo.

No final dos cinco minutos, o cilindro está vazio. O pesquisador puxa a seringa devagar para fora, centímetro por centímetro, deixando Clara engasgar e tossir violentamente assim que o bico sai da garganta. Ela cospe saliva grossa e restos do líquido pastoso, o peito arfando em busca de ar. O corpo inteiro treme incontrolavelmente, suor escorrendo pela pele nua, os músculos das pernas quase cedendo apesar das algemas inferiores. Os olhos estão vidrados, cheios de lágrimas, o rosto uma máscara de humilhação, pânico e exaustão total.

Ela não fala. Não consegue. Apenas respira em golfadas roucas, o estômago cheio e quente, o corpo ainda preso na estrutura de aço, completamente quebrada e submissa, esperando o que vem depois — se é que consegue pensar em algo além de sobreviver ao momento.

O líquido pastoso já se espalhou completamente pelo estômago de Clara, e agora o efeito começa a se manifestar de verdade. Primeiro é um formigamento sutil, como se milhares de agulhas minúsculas dançassem sob a pele. Depois, tudo explode em intensidade: o frio da sala branca, que antes era apenas desconfortável, agora é cortante, glacial. Cada poro da pele nua parece gritar contra o ar condicionado; arrepios violentos percorrem o corpo inteiro em ondas, dos tornozelos algemados até a nuca puxada para trás. Os mamilos endurecem tanto que doem, como se fossem tocados por gelo vivo. A respiração dela acelera ainda mais, tornando-se ofegante, quase hiperventilante — cada inalação traz uma onda de sensações amplificadas: o cheiro forte de desinfetante queima as narinas, o metal frio das algemas morde os pulsos e tornozelos com uma pressão que antes era suportável, mas agora parece insuportável.

Qualquer movimento mínimo — o leve tremor dos músculos das pernas flexionadas, o roçar sutil da corrente nas algemas superiores — envia choques de sensação pela pele hipersensível. O estômago cheio pulsa com calor interno contrastando com o frio externo, criando uma náusea sensorial que não é exatamente enjoo, mas algo mais profundo, como se o corpo inteiro estivesse sobrecarregado. Clara sente cada batida do coração ecoando na pele, cada gota de suor que escorre devagar pelas costas como uma carícia dolorosa. Os sentidos estão no limite: audição aguçada capta cada clique distante no laboratório, visão periférica capta reflexos minúsculos nas paredes brancas, tato amplificado transforma o ar em algo palpável, quase sólido.

Ela tenta se concentrar, mas o corpo trai: os joelhos tremem mais forte, os dedos dos pés se curvam contra o chão gelado, um gemido baixo e rouco escapa da garganta ainda dolorida da seringa anterior. Lágrimas continuam escorrendo, mas agora parecem quentes demais contra as bochechas frias.

O pesquisador retorna da bancada, segurando uma mordaça especial: uma bola esférica de silicone preto macio, cerca de 5 cm de diâmetro, com um sensor embutido no centro — um pequeno círculo metálico que pisca fracamente em vermelho. A bola está ligada a tiras largas de couro preto reforçado, com fivelas metálicas.

Ele para na frente dela novamente, tão perto que Clara sente o calor do corpo dele contrastando com o frio que a consome. Com a mão livre, ele segura o queixo dela com firmeza, forçando a cabeça a ficar na posição exata.

Pesquisador: Abra a boca. Bem aberta. Não feche até eu mandar.

Clara obedece na hora, mesmo com a mandíbula já doendo da seringa anterior. Os lábios se abrem trêmulos, a língua recuando instintivamente. A hipersensibilidade faz com que até o ar que entra na boca pareça uma lâmina fria.

Ele empurra a bola esférica diretamente para dentro da boca aberta. O silicone é macio, mas grande o suficiente para encher completamente a cavidade oral: pressiona a língua para baixo, encosta no céu da boca, força as bochechas a se esticarem para os lados. Clara sente a textura lisa e ligeiramente pegajosa contra a língua, o cheiro neutro de silicone misturado ao gosto residual do líquido pastoso. O sensor no centro da bola toca o palato, frio e metálico.

Ela tenta manter a boca aberta o máximo possível, mas a bola é pesada e grande — os músculos da mandíbula tremem de esforço imediato. Saliva começa a se acumular nos cantos da boca, escorrendo devagar pelo queixo.

O pesquisador não perde tempo. Passa as tiras de couro ao redor da cabeça dela: uma por cima da nuca, outra mais baixa, quase na altura da mandíbula. Ele puxa com força, apertando as fivelas uma após a outra — cliques secos ecoam enquanto o couro morde a pele sensível da nuca e das bochechas. A pressão é intensa: a bola é forçada ainda mais para dentro, imobilizando a língua completamente, pressionando contra os dentes de trás. Clara sente o maxilar travado na posição aberta, os lábios esticados ao redor da esfera, incapaz de fechar ou falar. Cada tentativa de gemer sai como um som abafado, gorgolejante, úmido.

O couro aperta com força extra na última fivela — o pesquisador dá um puxão final, garantindo que não haja folga. A mordaça fica perfeitamente ajustada, inescapável. Clara sente a pressão constante na nuca, como se uma coleira invisível a estivesse sufocando sem bloquear o ar. Lágrimas escorrem mais rápido agora, misturadas à saliva que pinga do queixo. O corpo inteiro treme de sobrecarga sensorial: o frio, a dor nas articulações esticadas, o peso da bola na boca, o couro mordendo a pele — tudo amplificado ao extremo.

Ela permanece ali, algemada na estrutura de aço, braços puxados para cima, pernas ligeiramente arqueadas, boca forçada aberta e preenchida pela mordaça esférica com sensor. O peito sobe e desce em respirações curtas e desesperadas pelo nariz, o corpo inteiro uma massa de sensações insuportáveis e inescapáveis. Não consegue falar, nem protestar — apenas existe ali, hiper-sensível, exposta, completamente à mercê do pesquisador.

O pesquisador se afasta dela mais uma vez, voltando à bancada com passos calmos e precisos. Clara ouve o som de um pote de vidro sendo aberto — um leve estalo da tampa plástica —, seguido do ruído úmido de algo cremoso sendo retirado com os dedos enluvados. O cheiro que chega até ela é neutro, quase medicinal, mas com um leve toque químico que faz o nariz hipersensível arder mesmo sem contato direto.

Ele retorna, parando bem na frente dela. Sem aviso, leva os dedos cobertos do creme esbranquiçado até os seios expostos. Primeiro, espalha o creme devagar nas auréolas — círculos lentos, deliberados, cobrindo toda a área rosada ao redor dos mamilos já endurecidos pelo frio e pela sensibilidade extrema. O contato inicial é gelado, mas em segundos explode em ardência: uma queimação intensa, como se mil agulhas quentes estivessem perfurando a pele delicada ao mesmo tempo. Clara sente a ardência se espalhar em ondas concêntricas, amplificada mil vezes pela droga — cada célula da auréola parece gritar individualmente. Os mamilos, ainda não tocados diretamente, latejam em resposta simpática, como se estivessem sendo queimados por dentro. Ela arqueia as costas involuntariamente contra as algemas, um gemido abafado e gorgolejante escapando ao redor da bola esférica na boca, saliva escorrendo mais rápido pelo queixo. Os olhos se fecham com força, lágrimas quentes escorrendo pelas bochechas frias.

Sem pausa, ele desce a mão. Passa o mesmo creme pela vulva inteira — primeiro espalhando na parte externa, cobrindo os grandes e pequenos lábios, o monte de Vênus, o clitóris exposto. A ardência chega quase instantaneamente, mas de forma diferente: uma queimação profunda, pulsante, como se a pele fina estivesse sendo lambida por chamas invisíveis. O clitóris, já hipersensível, incha e lateja sob o creme, cada batida do coração enviando choques elétricos de dor-prazer misturado pelo corpo inteiro. Clara sente a vulva inteira se contrair em espasmos involuntários, tentando se fechar contra a invasão do creme, mas só piorando a sensação. As pernas tremem violentamente nas algemas inferiores, os joelhos quase cedendo, o corpo inteiro se debatendo em micro-movimentos presos.

Então, ele introduz dois dedos dentro da vagina. Os dedos enluvados, cobertos do creme quente e viscoso, deslizam sem dificuldade graças à umidade natural misturada ao creme, mas a sensação é devastadora. A ardência interna é imediata e avassaladora — como se o canal vaginal estivesse sendo preenchido por ácido diluído, queimando as paredes internas em cada centímetro de profundidade. A hipersensibilidade transforma cada movimento dos dedos em uma explosão sensorial: a fricção contra as pregas internas, a pressão contra o ponto G, o alongamento sutil das paredes — tudo se amplifica em dor lancinante misturada a uma sensibilidade erógena insuportável. Clara sente o interior da vagina pulsar e se contrair ao redor dos dedos invasores, como se tentasse expulsá-los, mas só aumentando o contato com o creme. Um grito abafado explode contra a mordaça, o corpo convulsionando nas algemas, suor escorrendo em riachos pelas costas arqueadas. A ardência se espalha para o baixo ventre, misturando-se ao calor residual do líquido no estômago, criando uma sobrecarga que faz a visão embaçar.

Ele retira os dedos devagar, deixando a vagina latejando e exposta, ainda ardendo por dentro. Então contorna o corpo dela, posicionando-se atrás. Clara sente a presença dele nas costas, o calor contrastando com o frio da sala. Ele espalha o creme primeiro ao redor do ânus — círculos lentos no anel externo, cobrindo toda a pele enrugada. A ardência ali é ainda mais concentrada, mais cruel: uma queimação aguda, como se o tecido delicado estivesse sendo marcado a ferro quente. O esfíncter se contrai instintivamente, apertando contra o creme, o que só intensifica a sensação — cada contração envia novas ondas de fogo pelo períneo e pelas coxas internas.

Sem aviso, ele força dois dedos para dentro do reto. A penetração é lenta, mas inexorável — o creme facilita a entrada, mas a ardência interna é imediata e total. Dentro do ânus, a sensação é de queimação profunda, como se as paredes retais estivessem sendo revestidas com brasas vivas. Cada centímetro dos dedos deslizando para dentro amplifica a dor: a pressão contra as paredes sensíveis, o alongamento do esfíncter, a invasão até a segunda falange — tudo se transforma em uma tortura sensorial pura. Clara sente o reto se contrair violentamente ao redor dos dedos, espasmos involuntários que só fazem o creme se espalhar mais, queimando camadas mais profundas. A ardência irradia para o cóccix, para as costas, misturando-se à dor das algemas nos pulsos e tornozelos. O corpo inteiro entra em colapso sensorial: tremores incontroláveis, respirações curtas e desesperadas pelo nariz, lágrimas e saliva pingando sem parar. Um gemido longo e rouco vibra contra a mordaça, o som gorgolejante e patético ecoando na sala branca.

O pesquisador mantém os dois dedos imóveis por alguns segundos, deixando o creme agir ao máximo, antes de retirá-los devagar. Clara fica ali, pendurada nas algemas, corpo nu coberto de suor, pele arrepiada e vermelha nas áreas tratadas, vagina e ânus latejando com ardência interna implacável, sentidos sobrecarregados ao limite. Ela não consegue pensar, só sentir — uma massa de dor, humilhação e submissão absoluta, esperando o próximo passo sem forças para resistir.

O pesquisador se afasta mais uma vez, os passos ecoando no piso branco enquanto retorna à bancada. Clara ouve o som de algo sendo retirado de uma gaveta — um leve tilintar metálico misturado ao farfalhar de tecido. Ele volta devagar, segurando nas mãos um objeto estranho: um sutiã preto minimalista, quase como uma peça de bondage high-tech. Não tem alças nem costas; é apenas a parte frontal, dois bojos triangulares de couro sintético preto fosco, unidos por uma tira fina no meio do peito. Na parte externa de cada bojo, há sensores circulares prateados embutidos, conectados a cabos finos e pretos que saem da base. Na parte interna de cada bojo, escondido sob uma aba de silicone, há um pequeno prendedor metálico em forma de garra fina, com dentes serrilhados suaves mas firmes, projetados para morder sem rasgar a pele — um clamp ajustável com mola forte.

Ele para na frente dela, tão perto que Clara sente o cheiro sutil do látex das luvas dele misturado ao desinfetante da sala. Sem dizer uma palavra, ele segura o "sutiã" com uma mão e, com a outra, abre o prendedor do bojo esquerdo: um clique baixo, a garra se abrindo como uma boca pequena e cruel.

Com movimentos precisos, ele aproxima o bojo do seio esquerdo de Clara. A auréola ainda lateja com a ardência residual do creme, a pele hipersensível formigando com o ar frio. Ele posiciona o prendedor exatamente sobre o mamilo endurecido e inchado — a garra fria encosta primeiro, enviando um choque imediato de contato gelado. Então, ele solta: a mola se fecha com um estalo seco. Os dentes serrilhados mordem o mamilo com pressão firme e constante, como uma mordida controlada que não sangra, mas aperta o suficiente para prender e doer profundamente.

A sensação explode na Clara: a mordida é aguda, lancinante, como se o mamilo estivesse sendo esmagado entre dentes invisíveis. A hipersensibilidade da droga amplifica tudo — cada dente da garra parece perfurar individualmente, enviando ondas de dor elétrica que irradiam do mamilo para toda a mama, descendo pelo peito até o estômago ainda cheio e quente. O mamilo preso pulsa dentro do clamp, latejando em sincronia com o coração acelerado, a dor se misturando a uma sensibilidade erógena insuportável que faz o corpo inteiro tremer. Clara arqueia as costas contra as algemas, um gemido longo e abafado vibrando contra a bola esférica na boca, saliva escorrendo em fios grossos pelo queixo. Lágrimas quentes rolam pelas bochechas, os olhos se fechando com força enquanto o corpo convulsiona em espasmos presos.

Sem pausa, ele repete o processo no seio direito. Abre o prendedor do segundo bojo — clique idêntico —, posiciona a garra fria sobre o mamilo já sensível e solta. A mordida chega no mesmo instante: idêntica em força, idêntica em crueldade. A dor duplicada atinge Clara como um soco — os dois mamilos agora presos, mordidos simultaneamente, latejando em uníssono. A sensação é de que os seios inteiros estão em chamas controladas; cada batida do coração faz os clamps apertarem um pouco mais, enviando choques que descem pela barriga, misturando-se à ardência interna da vagina e do ânus ainda latejantes do creme. O corpo inteiro entra em sobrecarga: tremores violentos percorrem as pernas flexionadas, os pulsos puxam inutilmente contra as algemas superiores, o peito se projeta para frente como se tentasse escapar da tortura, mas só força os clamps a morderem mais fundo.

O "sutiã" agora fica preso aos seios unicamente pela força das mordidas nos mamilos — os bojos pretos colados à pele pálida, os sensores externos brilhando fracamente sob a luz fria, os cabos pendurados como tentáculos prontos para serem conectados a algo maior. Clara respira em golfadas desesperadas pelo nariz, o rosto vermelho e inchado de choro, o corpo nu e algemado tremendo incontrolavelmente. A dor nos mamilos é constante, pulsante, inescapável — cada respiração faz os clamps se moverem levemente, renovando a sensação de mordida. Ela não consegue falar, nem implorar; apenas existe ali, hiper-sensível, exposta, com os seios agora capturados e sensores prontos para monitorar (ou piorar) cada reação.

O pesquisador se afasta novamente, os passos ecoando com a mesma precisão fria na sala branca. Clara ouve o som de gavetas sendo abertas, algo metálico sendo manipulado, o clique de fechos. Ele retorna segurando uma peça mínima que mal pode ser chamada de calcinha: uma estrutura de cintos finos de couro preto reforçado, com duas tiras laterais ajustáveis que se prendem nos quadris como uma cinta baixa. No centro, em vez de tecido, há apenas dois anéis rosqueadores circulares de metal polido — um menor, posicionado exatamente sobre a vulva, e outro ligeiramente maior, alinhado com o ânus. Os anéis têm roscas internas grossas, projetadas para fixar dispositivos cilíndricos com firmeza.

Ele se agacha na frente dela, sem tocar a pele ainda ardente. Primeiro ajusta as tiras laterais ao redor dos quadris de Clara, apertando-as com força até que a estrutura fique colada à pele baixa da barriga e das coxas. Os anéis metálicos frios encostam diretamente na vulva e no ânus ainda latejantes do creme — o contato gelado envia novos choques de sensação pela hipersensibilidade, fazendo a pele arrepiar e os músculos internos se contraírem involuntariamente. Clara sente os anéis pressionando contra os lábios inchados e o esfíncter sensível, como duas bocas frias de metal mordendo sem morder. Um gemido abafado escapa pela mordaça esférica, saliva pingando mais rápido.

O pesquisador volta à bancada e retorna com o primeiro dispositivo: um sensor cilíndrico longo de 20 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro, feito de um material preto fosco e liso, com uma rosca na base que combina perfeitamente com o anel da "calcinha". Na ponta oposta, um cabo fino preto sai, conectado a algum aparelho invisível.

Ele posiciona o cilindro na entrada da vagina de Clara. A abertura ainda ardendo internamente do creme se contrai ao sentir a pressão da ponta larga. Ele empurra devagar, forçando a passagem: os primeiros 5 cm entram com resistência, alongando as paredes hipersensíveis. Clara sente cada centímetro como uma invasão amplificada — a espessura estica o canal vaginal ao limite, roçando contra as pregas internas ainda queimando, pressionando o ponto G e as paredes laterais. A ardência residual do creme se mistura à fricção, criando uma queimação pulsante que irradia para o clitóris preso sob o anel e para o baixo ventre. Quando chega aos 15 cm, o cilindro toca o fundo do colo do útero, uma pressão profunda e incômoda que faz o estômago cheio pulsar em resposta. Clara arqueia as costas nas algemas, os joelhos tremem violentamente, lágrimas escorrem sem parar. Ele gira o cilindro na base, rosqueando-o firmemente no anel da "calcinha" — cliques metálicos ecoam enquanto o dispositivo fica preso, imobilizado dentro dela, o cabo pendurado entre as pernas.

Sem pausa, ele repete o processo com o segundo sensor: maior, 30 cm de comprimento e 7 cm de diâmetro — ainda mais grosso, ainda mais longo. Ele o alinha com o ânus de Clara. A ponta larga pressiona o esfíncter já sensível e ardente. Ele força a entrada devagar, centímetro por centímetro. Clara sente o reto se abrir contra a resistência: a espessura extrema estica o anel anal ao máximo, enviando ondas de dor lancinante misturada à hipersensibilidade. Cada avanço queima como se as paredes internas estivessem sendo raspadas por algo áspero e quente, apesar do material liso. Aos 20 cm, a sensação de plenitude absoluta domina — o intestino se contrai violentamente ao redor do cilindro invasor, espasmos que só aumentam o contato e a pressão. Quando chega aos 30 cm, o sensor toca profundamente, uma sensação de preenchimento total e inescapável que faz o abdômen baixo inchar levemente visivelmente. Clara solta um grito abafado longo contra a mordaça, o corpo inteiro convulsionando nas algemas, suor escorrendo em riachos pelas costas e pelas coxas. Ele rosqueia a base no segundo anel da "calcinha" — mais cliques metálicos, o dispositivo agora fixo dentro do reto, o cabo pendurado ao lado do outro.

Agora Clara está completamente preenchida: vagina e ânus ocupados por sensores grossos e longos, presos pela "calcinha" minimalista de cintos e anéis rosqueadores. Os dispositivos imobilizam o interior dela, cada respiração mínima causando micro-movimentos que enviam choques de sensação pelas paredes internas hipersensíveis. A ardência do creme ainda lateja em camadas profundas, misturada à pressão constante, à distensão, ao frio do metal externo contra a pele. Os seios mordidos pelos clamps, os braços esticados para cima, as pernas arqueadas — o corpo inteiro é uma rede de dor e sobrecarga sensorial. Ela respira em golfadas curtas e desesperadas pelo nariz, o rosto uma máscara vermelha de lágrimas, saliva e humilhação absoluta, incapaz de se mover, incapaz de falar, apenas existindo como um receptáculo vivo para o que o pesquisador decidir em seguida.

O pesquisador principal se afasta um passo de Clara, virando-se para um microfone embutido na parede branca, próximo à porta. Ele pressiona o botão lateral e fala com voz clara, profissional, sem qualquer emoção:

Pesquisador: Está pronto, senhor.

Após alguns segundos de silêncio absoluto — apenas o zumbido baixo dos aparelhos e a respiração ofegante e abafada de Clara pela mordaça —, o som de chaves girando ecoa novamente. As três trancas são destravadas uma a uma, o clique pesado reverberando na sala. A porta se abre devagar, revelando o corredor iluminado, e então um grupo de 20 pesquisadores entra em fila única, organizada, como se fosse um procedimento rotineiro.

Todos vestem jalecos brancos impecáveis, máscaras cirúrgicas puxadas para baixo no queixo (ainda não usadas), luvas de látex azul-claro já calçadas. Cada um carrega uma pasta grossa preta, idêntica, com o nome "CLARA MENDES – PROTOCOLO 17" gravado em letras prateadas na capa. Clara, mesmo com a visão embaçada pelas lágrimas e a cabeça puxada para trás pelas algemas, consegue vislumbrar as primeiras páginas que um deles abre casualmente: fotos dela criança, relatórios escolares, histórico médico completo, extratos bancários mostrando as dívidas crescentes com agiotas, conversas de WhatsApp vazadas, localização GPS dos últimos meses, até mesmo prints de redes sociais antigas e registros de buscas na internet. É um dossiê minucioso, invasivo, completo da vida dela — do nascimento até o momento em que entrou no centro de pesquisa.

Os 20 se posicionam em semicírculo ao redor da estrutura de aço que a mantém presa, formando uma barreira humana de observação. Alguns ficam mais próximos, a menos de meio metro; outros um pouco mais atrás, mas todos com ângulos diferentes para visualizar cada centímetro exposto do corpo nu de Clara. O chefe — um homem mais velho, grisalho, sem jaleco, apenas camisa social cinza e gravata preta frouxa — fica de pé na porta recém-selada, braços cruzados, observando tudo de longe com expressão neutra, como um diretor assistindo a uma apresentação.

A porta é selada novamente: três voltas de chaves, o som definitivo de isolamento total.

Os pesquisadores começam o exame sem ordens verbais adicionais — é claro que é um protocolo ensaiado. Eles se aproximam em grupos pequenos, tocando, ajustando, comentando em voz baixa mas audível, com tom clínico e impessoal:

Pesquisador 1 (mulher, 40 anos, aproximando-se dos seios): "Clamp bilateral simétrico, pressão mantida em 4,2 N. Resposta eritematosa intensa nas auréolas, consistente com aplicação de irritante tópico. Sensores externos captando picos de 180 bpm no pulso mamilar."

Ela toca levemente um dos bojos pretos, ajustando o cabo pendurado, depois roça o dedo enluvado no mamilo preso — Clara sente a mordida se intensificar por um instante, um choque elétrico de dor que irradia pelo peito inteiro, amplificado pela hipersensibilidade. O corpo dela se contorce nas algemas, um gemido gorgolejante escapando da mordaça.

Pesquisador 2 (homem jovem, agachando-se na frente da "calcinha"): "Inserção vaginal: 20 cm, diâmetro 5 cm, fixação rosqueada estável. Contrações peristálticas visíveis no monitor — frequência 3,8 Hz. Ardência residual do composto A-47 ainda ativa, pH interno estimado em 4,1. Clitóris hiperemiado, exposição total."

Ele passa o dedo enluvado ao redor do anel rosqueador da vulva, depois pressiona levemente a base do cilindro dentro dela — Clara sente o sensor se mover um milímetro dentro da vagina ardente, enviando uma onda de queimação e plenitude que faz as coxas tremerem violentamente.

Pesquisador 3 (outro homem, atrás dela): "Inserção retal: 30 cm, diâmetro 7 cm, sem vazamento visível. Esfíncter externo relaxado forçadamente, tônus reduzido em 62%. Expansão luminal completa, pressão interna 28 mmHg. Resposta espasmódica persistente."

Ele toca a base do sensor anal, girando levemente para testar a fixação — a sensação é de que algo enorme está sendo torcido dentro dela, a ardência interna explodindo em nova camada de dor profunda, fazendo Clara arquear as costas ao máximo permitido pelas algemas, lágrimas escorrendo sem parar, o corpo inteiro convulsionando em espasmos presos.

*Os outros circulam, tocando eletrodos nos braços, nas coxas, na barriga distendida pelo líquido e pelos sensores, ajustando cabos, anotando em tablets, murmurando termos técnicos: "Hipersensibilidade tátil 9,7/10", "Sudorese profusa, 1,2 L/h estimado", "Pupilas dilatadas, reflexo fotomotor preservado mas lento", "Distensão abdominal compatível com 1,8 L de volume gástrico"...

Todo o tempo, o chefe permanece imóvel na porta, olhos fixos em Clara, sem se aproximar, apenas observando com uma expressão de avaliação fria, como se ela fosse um espécime em exibição. Nenhum deles dirige a palavra diretamente a ela — ela é apenas o objeto do protocolo, nua, algemada, preenchida, mordida, sensível ao extremo, exposta a 20 pares de olhos e mãos clínicas que dissecam cada reação do corpo dela em detalhes técnicos e impiedosos.

Clara não consegue mais distinguir as vozes; tudo se mistura em um ruído branco de humilhação e sobrecarga sensorial. O corpo treme incontrolavelmente, suor pingando no chão, respiração desesperada pelo nariz, lágrimas e saliva escorrendo em fios contínuos. Ela está completamente quebrada, entregue, sem escapatória, apenas existindo como o centro de um exame coletivo meticuloso e invasivo.

O chefe, ainda posicionado perto da porta selada, observa o semicírculo de pesquisadores por alguns segundos em silêncio absoluto. Então, com voz grave e baixa que corta o ar como uma lâmina, ele fala sem erguer o tom:

Chefe: Iniciem os testes iniciais. Protocolo de calibração sensorial fase 1. Ativem os dispositivos em sequência randômica. Monitorem picos de resposta autonômica e nociceptiva. Registrem tudo.

Imediatamente, um dos pesquisadores mais próximos — o que estava ajustando os cabos pendurados — aciona um tablet conectado ao sistema central. Um zumbido baixo e quase inaudível começa a emanar da estrutura de aço e dos sensores implantados. As luzes dos sensores externos (nos bojos dos seios, nos anéis da "calcinha") piscam em vermelho fraco, sincronizando-se com o pulso acelerado de Clara.

De repente, sem padrão previsível, os dispositivos ativam-se em sequência caótica:

Primeiro, o sensor vaginal (20 cm × 5 cm) começa a vibrar em baixa frequência, depois acelera para um tremor irregular, como se estivesse girando internamente em micro-movimentos. Ao mesmo tempo, pequenas descargas elétricas pulsadas — curtas, mas intensas — disparam ao longo do comprimento do cilindro, tocando as paredes vaginais em pontos aleatórios.

Clara sente como se o interior da vagina estivesse sendo agitado por um motor vivo: a vibração amplificada pela hipersensibilidade transforma cada tremor em ondas de choque que irradiam para o clitóris preso sob o anel, para o ponto G pressionado, para o colo do útero. As descargas elétricas são como agulhadas quentes e frias alternadas — cada pulso faz os músculos internos se contraírem violentamente ao redor do sensor, criando espasmos que parecem orgasmos forçados misturados a dor pura. A ardência residual do creme explode em nova camada, como se o tecido estivesse sendo eletrocutado por dentro. O baixo ventre pulsa visivelmente, a barriga se contrai em ondas.

Segundos depois, o sensor retal (30 cm × 7 cm) entra em ação: torções lentas e rotativas combinadas com vibrações profundas e descargas mais longas, de maior voltagem. O reto se expande e contrai em ritmo imprevisível ao redor da grossura invasora.

Clara sente o ânus e o intestino inteiro sendo torcidos como se algo estivesse girando dentro dela — a sensação de plenitude absoluta vira tortura giratória. Cada torção estica o esfíncter ao limite, enquanto as descargas elétricas queimam as paredes retais em pontos aleatórios, enviando choques que sobem pela coluna, fazem os músculos das costas arquearem contra as algemas, e irradiam para as coxas e para o períneo. A dor é profunda, visceral, como se o interior estivesse sendo marcado a ferro elétrico. Lágrimas escorrem em cascata, o corpo inteiro convulsionando em espasmos presos, suor jorrando.

Simultaneamente, os clamps nos mamilos ativam: vibração fina combinada com micro-descargas nos sensores dos bojos. Cada mamilo preso sente como se estivesse sendo mordido e eletrocutado ao mesmo tempo — a dor irradia para os seios inteiros, latejando em sincronia com os pulsos internos.

Clara arqueia o peito para frente involuntariamente, os ombros puxando as algemas superiores até o metal ranger. Os mamilos incham ainda mais dentro das garras, cada vibração e descarga enviando faíscas de dor-prazer insuportável pelo sistema nervoso sobrecarregado.

Os 20 pesquisadores se aproximam ainda mais, formando um círculo apertado. Eles tocam o corpo dela sem hesitação: dedos enluvados pressionam a barriga distendida para sentir as contrações internas, ajustam os cabos pendurados para melhor transmissão de dados, roçam eletrodos extras nos braços, nas coxas, na nuca para registrar respostas sudomotoras e musculares. Comentários técnicos fluem em voz baixa, mas clara o suficiente para ela ouvir tudo:

Pesquisador 1: "Pico de 220 bpm na frequência cardíaca durante a ativação vaginal. Contrações uterinas registradas em 4,2 Hz."

Pesquisador 2: "Torção retal induzindo espasmo anal de 7 segundos. Descargas de 15 mA gerando resposta nociceptiva máxima."

Pesquisador 3 (apertando levemente um dos clamps nos mamilos): "Hiperemia mamilar extrema. Sensor captando 98% de saturação nociceptiva. Resposta autonômica simpática dominante."

Eles observam cada detalhe: o suor escorrendo em riachos pelas costas arqueadas, as coxas tremendo violentamente nas algemas inferiores, os dedos dos pés se curvando contra o chão frio, o rosto vermelho e inchado de choro, a saliva pingando em fios grossos da mordaça esférica, os olhos vidrados e semi-fechados em sobrecarga total. Alguns anotam em tablets, outros ajustam os dispositivos para aumentar ou alterar o padrão randômico — sem aviso, as vibrações e descargas mudam de intensidade, de localização, prolongando a tortura sensorial.

Clara não consegue mais processar nada além da sensação: o corpo inteiro é uma rede de nervos em chamas, cada sensor agindo como um centro de dor amplificada mil vezes. Ela treme incontrolavelmente, respira em golfadas desesperadas pelo nariz, o peito subindo e descendo em pânico. Gemidos abafados e gorgolejantes escapam sem parar da mordaça, o corpo se debatendo nas algemas como se tentasse fugir de si mesmo, mas sem escapatória possível. A humilhação é absoluta — 20 pares de olhos clínicos dissecando cada contração, cada tremor, cada gota de suor, enquanto o chefe observa de longe, impassível, anotando mentalmente cada reação para o relatório final.

Os testes continuam, aleatórios, imprevisíveis, implacáveis. Clara está reduzida a um organismo reagente, completamente exposta, preenchida, eletrocutada, vibrada e observada em tempo real.

O chefe, ainda imóvel perto da porta selada, observa o semicírculo de pesquisadores por mais alguns segundos. Seus olhos percorrem o corpo trêmulo e sobrecarregado de Clara como se estivesse avaliando uma máquina em teste. Então, com a mesma voz grave e sem entonação, ele ordena:

Chefe: Iniciem o experimento principal. Fase 2: escalonamento máximo dos sensores. Níveis de intensidade para o limite de tolerância fisiológica. Monitorem colapso iminente e intervenham apenas para manutenção da consciência. Registrem cada parâmetro em tempo real. Prossigam.

O pesquisador com o tablet aciona o comando. Um zumbido mais grave toma conta da sala — os dispositivos respondem imediatamente, escalando de forma simultânea e implacável para o máximo permitido pelo protocolo. Não há mais aleatoriedade; agora é uma sobrecarga constante, total, sem pausas.

Os sensores nos mamilos: vibração intensa vira um zumbido contínuo de alta frequência, combinado com descargas elétricas de 25 mA em pulsos rápidos e longos. Cada mamilo preso sente como se estivesse sendo esmagado, queimado e eletrocutado ao mesmo tempo — a dor irradia como fogo líquido pelos seios inteiros, descendo pelo tórax até o estômago. Os clamps apertam ainda mais com a contração muscular involuntária, mordendo fundo na carne hipersensível.

O sensor vaginal: vibração profunda + torções rotativas + descargas de alta voltagem em ondas contínuas. A vagina inteira se contrai violentamente ao redor do cilindro grosso, as paredes internas queimando com a fricção elétrica e a ardência residual do creme. O clitóris lateja sob o anel rosqueador como se estivesse sendo chicoteado por faíscas. Líquido claro começa a escorrer em fios grossos pelas coxas, capturado imediatamente por um pesquisador que aproxima um tubo de coleta fino e o posiciona sob a vulva exposta.

O sensor retal: torções giratórias lentas e poderosas + vibrações profundas + descargas ainda mais fortes. O reto se expande e contrai em espasmos incontroláveis, a sensação de plenitude virando uma tortura visceral que sobe pela coluna e explode na nuca. O esfíncter pulsa ao redor da grossura máxima, cada movimento enviando ondas de dor que misturam-se à excitação forçada e amplificada.

Clara sente tudo multiplicado por dez, por cem — os sentidos no limite absoluto. O corpo inteiro é uma sinfonia de dor, queimação, choques e contrações incontroláveis. Os músculos das pernas flexionadas tremem tanto que as algemas inferiores rangem; os braços puxam as correntes superiores até os pulsos ficarem roxos; o peito se projeta para frente em arqueadas desesperadas; a barriga distendida pulsa visivelmente com as contrações internas. Suor escorre em cascatas pelas costas, pelas coxas, misturando-se aos fluidos que vazam da vagina e pingam no chão. Saliva grossa e espumosa escorre em fios contínuos da mordaça esférica, pingando no queixo e no peito.

Os 20 pesquisadores se aproximam ainda mais, sem pudor algum. Mãos enluvadas tocam cada parte do corpo dela: apertam os seios para sentir as contrações dos mamilos presos, pressionam a barriga distendida para registrar a intensidade das contrações uterinas e intestinais, roçam os dedos ao redor dos anéis rosqueadores para ajustar a fixação, coletam amostras de suor, saliva e secreções vaginais com swabs e tubos finos. Comentários técnicos fluem sem parar:

Pesquisador 1: "Níveis de norepinefrina em pico crítico. Contrações vaginais em 5,1 Hz. Fluido de excitação: volume estimado 120 mL em 8 minutos."

Pesquisador 2: "Espasmos anais contínuos. Descarga retal induzindo resposta simpática máxima. pH salivar caindo para 5,8."

Pesquisador 3 (coletando saliva que escorre da mordaça com um swab): "Hipersecreção salivar extrema. Amostra para análise de cortisol."

Quando os olhos de Clara começam a revirar, as pálpebras tremendo, o corpo inteiro parecendo prestes a colapsar em desmaio — o coração batendo descompassado, a respiração virando hiperventilação pelo nariz —, um pesquisador reage imediatamente. Ele pega uma mangueira fina e transparente conectada a dois reservatórios na bancada. Com precisão, encaixa a extremidade na válvula da bola esférica da mordaça — um clique seco ecoa.

Primeiro fluxo: um líquido quente, viscoso e ligeiramente salgado começa a ser injetado diretamente na boca, passando pela bola e descendo pela garganta. Clara sente o calor se espalhar pelo esôfago, forçando-a a engolir em golfadas automáticas — o reflexo de deglutição ativado pela pressão constante. O líquido é espesso, preenchendo a boca e obrigando-a a tragar sem parar, mesmo com a mordaça impedindo qualquer grito. O gosto é químico, metálico, mas quente o suficiente para contrastar com o frio da sala.

Segundo fluxo, ativado logo em seguida: outro líquido, este mais claro e frio, injetado em pulsos controlados. Ele age quase instantaneamente — uma onda de alerta forçado sobe pelo sistema nervoso. Clara sente os sentidos se aguçarem ainda mais (se é que isso era possível): a visão clareia, a audição fica cristalina, cada choque elétrico e vibração se torna ainda mais nítido e inescapável. A consciência é mantida no limite máximo — ela não pode desmaiar, não pode escapar para dentro de si mesma. Está obrigada a sentir cada segundo da tortura com clareza absoluta.

Os pesquisadores continuam observando, tocando, coletando. O chefe assente uma única vez, satisfeito com a manutenção da consciência. Clara permanece ali, algemada, preenchida, eletrocutada, injetada, observada por 20 pares de olhos frios — o corpo um instrumento vivo de experimentação, tremendo, convulsionando, vazando, engolindo, existindo apenas para reagir ao máximo da dor e da sobrecarga sensorial que o protocolo exige.

Após exatamente 15 minutos de escalonamento máximo — tempo medido com precisão no tablet central —, o chefe ergue a mão em um gesto curto e silencioso. O zumbido dos sensores diminui de intensidade por um instante, mas não para. Ele fala com voz grave e inabalável:

Chefe: Fase final da calibração: injeção de fluido de preenchimento térmico. Cavidades vaginal e anal. Volume total: 800 mL por via. Ativem os reservatórios internos dos sensores. Coleta de efluente obrigatório. Manterem todos os dispositivos e algemas no lugar. Encerramento da sessão sem remoção. Procedam.

Um pesquisador próximo aciona o comando. Os sensores cilíndricos — o vaginal de 20 cm × 5 cm e o anal de 30 cm × 7 cm — emitem um clique mecânico baixo. As válvulas internas se abrem, e o líquido quente começa a ser expelido sob pressão controlada, diretamente das perfurações laterais e da ponta de cada sensor.

Sensor vaginal: o jato quente e viscoso (42°C, espesso como óleo aquecido) irrompe em pulsos contínuos, enchendo o canal vaginal já distendido e hipersensível. Clara sente a cavidade interna ser inundada rapidamente — o calor se espalha como uma onda escaldante pelas paredes internas, pressionando contra o colo do útero, o ponto G e as pregas ainda ardentes do creme. O volume sobe: 200 mL, 400 mL, 600 mL... A barriga baixa incha visivelmente, a pele pálida esticando em uma curva tensa e pulsante. A sensação é de plenitude absoluta e queimação térmica amplificada ao extremo — cada gota parece ferver as mucosas internas, forçando contrações violentas que apertam o sensor grosso, mas sem conseguir expulsá-lo. Quando atinge 800 mL, a pressão excessiva faz o líquido vazar ao redor do anel rosqueador da "calcinha", escorrendo em fios quentes e grossos pelas coxas internas, pingando no chão frio. Um pesquisador posiciona um recipiente largo de coleta exatamente abaixo da vulva exposta, capturando o efluente misturado às secreções forçadas.

Sensor retal: simultaneamente, o líquido quente jorra com força maior, preenchendo o reto esticado ao limite. O calor queima as paredes internas em camadas profundas, a pressão subindo até o cóccix e irradiando para as costas e o abdômen inteiro. 300 mL, 500 mL, 800 mL — o intestino se distende brutalmente, espasmos peristálticos violentos tentam empurrar o sensor para fora, mas a fixação rosqueada impede qualquer movimento. O excesso vaza ao redor do anel anal, escorrendo em filetes quentes pelo períneo e pelas nádegas. Outro recipiente é colocado para coleta, o líquido misturado a muco retal pingando ritmicamente no chão.

Durante toda a injeção e o esvaziamento parcial forçado, Clara entra em colapso sensorial completo. O corpo inteiro convulsiona nas algemas que continuam firmes: pulsos e tornozelos presos nas correntes de aço, braços esticados para cima até os ombros quase deslocarem, pernas ligeiramente arqueadas e flexionadas, sem qualquer alívio. A barriga pulsa visivelmente com o volume interno, os seios latejam nos clamps mordedores, os mamilos inchados e eletrocutados, os sensores vaginais e anais ainda vibrando em baixa frequência residual. Suor escorre em cascatas pelas costas arqueadas, pelas coxas trêmulas, misturando-se aos fluidos que vazam. Saliva grossa pinga em fios contínuos da mordaça esférica, o rosto vermelho e inchado de lágrimas incessantes, os olhos vidrados em sobrecarga absoluta.

Os pesquisadores circulam sem pressa, tocando o corpo dela para monitorar: pressionam a barriga distendida para sentir as contrações internas, ajustam os cabos pendurados dos sensores, coletam amostras dos efluentes com swabs e tubos, limpam os filetes que escorrem pelas coxas. Comentários técnicos fluem baixos:

Pesquisador 1: "Volume retido vaginal estimado: 650 mL. Efluente coletado: 150 mL. Temperatura interna estabilizada em 41,6°C."

Pesquisador 2: "Pressão retal pico de 48 mmHg. Espasmos expulsivos persistentes. Amostra para osmolaridade e composição proteica."

Quando os reservatórios internos dos sensores finalmente se esvaziam — após cerca de 4 minutos de injeção contínua —, os dispositivos param de expelir líquido. O zumbido cessa por completo. As vibrações, torções e descargas elétricas são desligadas. Mas nada é removido: os sensores permanecem rosqueados firmemente nos anéis da "calcinha", enchendo vagina e ânus com plenitude dolorosa e quente; os clamps continuam mordendo os mamilos; as algemas de aço mantêm os braços esticados para cima e as pernas ligeiramente abertas; a mordaça esférica com sensor segue presa, forçando a boca aberta e preenchida.

O chefe observa o corpo de Clara por mais alguns segundos: nu, suado, trêmulo, barriga ligeiramente inchada e ainda pulsando, fluidos pingando devagar dos anéis rosqueadores, seios latejando nos clamps pretos, rosto uma máscara de exaustão absoluta e humilhação. Ele assente uma única vez.

Chefe: Sessão encerrada. Sistemas em standby. Manter sujeito fixado na estrutura para monitoramento contínuo. Nenhum dispositivo ou algema removido até nova ordem. Iniciar protocolo de observação pós-procedimento imediato. Registrem parâmetros vitais a cada 5 minutos. Preparem o relatório preliminar para revisão.

Os pesquisadores desligam os monitores principais, mas deixam os sensores conectados aos cabos para transmissão de dados em tempo real. Eles ajustam a iluminação para um brilho mais suave, posicionam uma câmera de monitoramento discreta apontada para Clara, e saem em fila organizada, levando as pastas, os recipientes de coleta e os dados digitais. A porta é selada novamente com as três trancas pesadas.

Clara permanece exatamente como estava: algemada na estrutura vertical de tubos de aço, braços puxados para cima, pernas ligeiramente arqueadas, sensores grossos preenchendo vagina e ânus, clamps mordendo os mamilos, mordaça esférica forçando a boca aberta, corpo nu e exausto tremendo de frio e sobrecarga residual. A barriga ainda pulsa levemente com o calor interno, os fluidos escorrem devagar pelas coxas, o suor seca lentamente na pele arrepiada. Ela respira em golfadas roucas e irregulares pelo nariz, olhos semi-fechados, mente vazia de tudo exceto a dor latejante e a sensação inescapável de ser completamente possuída e observada.

Não há alívio. Não há liberação. Apenas o silêncio da sala branca, o zumbido baixo dos aparelhos em standby e a certeza de que o protocolo continua — e que ela permanece ali, presa, preenchida, quebrada, à espera do que vier em seguida.

Os pesquisadores se reúnem em um semicírculo mais apertado perto da bancada, enquanto o chefe permanece de pé no centro, folheando o tablet com os dados em tempo real. As vozes são baixas, mas a sala branca e vazia amplifica cada palavra, ecoando até Clara, ainda suspensa na estrutura de aço, corpo nu e trêmulo, sensores grossos preenchendo-a por dentro, clamps mordendo os mamilos, mordaça esférica forçando a boca aberta.

Pesquisador 1 (mulher, ajustando os óculos enquanto olha o gráfico): Os picos nociceptivos foram consistentes com o perfil de hiper-sensibilidade projetado. A resposta autonômica não mostrou fadiga significativa após 15 minutos. Podemos estender os ciclos diários para 8 horas sem risco imediato de colapso orgânico.

Pesquisador 2 (homem jovem, apontando para o monitor): O volume retido e o efluente coletado confirmam absorção parcial do composto térmico. Os níveis de cortisol estão elevados, mas dentro da faixa aceitável para manutenção prolongada. Se mantivermos o estimulante de consciência injetado em pulsos de 10 mL a cada 2 horas, ela fica funcional por pelo menos 72 horas contínuas.

O chefe ergue o olhar do tablet, voz calma, quase casual, como se estivesse discutindo o clima.

Chefe: E a viabilidade de longo prazo? Um ano completo como cobaia primária. Sem interrupções. Algum traço social remanescente que precise ser... neutralizado?

Pesquisador 3 (outro homem, abrindo a pasta grossa): Já verificamos. Dívidas com agiotas: pagas anonimamente pelo fundo do protocolo, mas os credores foram informados de um “acidente fatal” via contato terceirizado. Família: mãe falecida há 4 anos, pai sem contato desde 2018, nenhum irmão. Redes sociais: contas deletadas remotamente há 3 semanas, com posts simulados de “desaparecimento voluntário” para despistar. Registro civil: atualização discreta no sistema de óbito falso já processada. Nenhum vínculo empregatício ativo, nenhum dependente. Ela é... invisível.

Pesquisador 1 (com um leve sorriso clínico): Eliminação completa de traços sociais. Podemos mantê-la aqui por 12 meses sem qualquer risco de busca externa. O protocolo 17 permite isolamento total. Ela vira apenas um número de série.

Clara ouve cada palavra. As frases penetram como facas frias no peito. Um ano. Invisível. Acidente fatal. O pânico explode dentro dela como uma bomba. Os olhos se arregalam, as pupilas dilatadas ao máximo apesar do estimulante. O corpo inteiro se debate violentamente contra as algemas de aço — pulsos puxando até o metal cortar a pele, pernas flexionadas tremendo, barriga pulsando com os sensores ainda alojados fundo dentro dela. Um grito desesperado sobe pela garganta, mas a bola esférica da mordaça bloqueia tudo: sai apenas um som gutural, gorgolejante, úmido e abafado, um “mmmmph! mmmphhh!” repetido, frenético, patético. Saliva escorre em cascatas pelo queixo, lágrimas jorram sem parar, o rosto vermelho e inchado se contorce em desespero absoluto. Ela tenta gritar o nome deles, implorar, negar, mas só produz ruídos sufocados, desesperados, que ecoam fracamente na sala branca.

Os pesquisadores nem olham para ela. Continuam a conversa como se o desespero fosse apenas mais um dado no monitor.

Chefe: Bom. Procedam com a transferência para o módulo de isolamento prolongado. Manter todos os dispositivos e fixações no lugar. Injeções de manutenção a cada 4 horas. Monitoramento 24/7. Encerramos aqui.

Sem mais uma palavra, os 20 pesquisadores começam a sair em fila organizada. Um a um, passam pela porta aberta, carregando pastas, tablets e recipientes de coleta. Ninguém se vira para Clara. Ninguém oferece um olhar de pena ou reconhecimento. São apenas profissionais terminando o turno.

O último a sair é o pesquisador jovem que coletou as amostras de fluido. Ele para na soleira por um segundo, aperta o botão no painel da parede. A porta começa a se fechar devagar, pesada, com um zumbido mecânico baixo. As três trancas giram automaticamente: clique, clique, clique pesado.

Na visão final de Clara — através das lágrimas que embaçam tudo, o corpo ainda suspenso, nu, preenchido, mordido, algemado, sensores latejando com o calor residual dentro dela —, a porta se fecha completamente. O último raio de luz do corredor desaparece. A escuridão relativa da sala branca envolve tudo, iluminada apenas pelas luzes frias de LED e pelos LEDs vermelhos piscando fracamente nos sensores e nos monitores.

Seus grunhidos de desespero — “mmmmph! hhhmmphhh! nnnngh!” — ecoam abafados contra a mordaça, cada vez mais fracos, mais roucos, até virarem apenas um choro sufocado e contínuo. Ninguém responde. Ninguém ouve. A porta está selada. A sala está vazia.

Fim.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico retilineo

Nome do conto:
Experimento

Codigo do conto:
250531

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
29/12/2025

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