Submissa para uns, dominadora para outros



Antes de tudo é necessário dizer que o assunto BDSM é o que mais instiga porque é complexo e possui uma filosofia muito, muito peculiar. Não me considero submissa ou dominante, porque não se trata apenas disso, envolve mais coisas. Envolve carinho, sentimentos, confiança e respeito. Para se entregar a alguém como prevê o BDSM, a pessoa primeiro deve se concentrar em conquistar primeiro a pessoa e não "a personagem". Devia se centrar nisso. O mesmo para o dominante, antes de ser, devia se mostrar como é no "mundo baunilha" para depois mostrar seu verdadeiro eu dentro da rotina.

Não me vejo praticar BDSM por uma vida, ou ter um relacionamento longo dentro dessa filosofia. Acho complexo porque simplesmente as pessoas não se colocam como eu acho que deveriam nesse meio - inclusive eu mesma, por isso não me vejo nisso. Mas é essa mesma filosofia que me atrai a atenção em certos aspectos. Em como as pessoas podem se atrever para chamar a atenção e tentar nos conquistar.

Certa vez conheci um homem que tinha uma personalidade extraordinária. Não digo que era um ogro, ou uma pessoa falastrona. Não, definitivamente não. Mas era uma pessoa que bastava dizer uma vez para você saber que aquilo iria acontecer. E não adianta tentar tirar aquilo da cabeça desse alguém. A pessoa quer e faz. E só fazia isso porque primeiro conquistou minha confiança e respeito e me fez entender que iria reconhecer meus limites e, a partir daí, me conduzir no universo de submissão.

Consensualmente nos falávamos sobre o que desejávamos um do outro e, com o andar do tempo, sabendo de detalhes, provocava-lhe muito para por a prova alguns limites que ele colocava na relação. Um exemplo foi quando fui de biquini a um clube com ele. O biquini foi pequeno demais e ele havia dito que não concordaria com algo assim (e consenti com esse controle sobre minhas roupas em geral, gostava desse controle), mas fiz de pirraça e aprendi que um dominante não pode ser desobedecido de forma tão sordida. Levei boas palmadas na bunda, de deixar minhas nádegas vermelhas. E no dia seguinte ele ordenou que fosse ao clube com o mesmo biquini. Nunca mais quis desobedecer ele por pirraça. Mas me excitei com aquela prática tão bobinha e "inofensiva".

Chegamos ao ponto de passar a compreender se o dia dele estava bom ou ruim só pelo seu olhar em visitas em minha casa. Quando ruim, simplesmente me abaixava, tirava seu pau para fora e chupava até tirar seu leite. Depois oferecia-lhe um banho e assim que abria a porta do banheiro estava eu de quatro, usando uma bela lingerie, oferecendo o cuzinho para ele melhorar seu dia. Mas ficava a critério dele me comer ou não. Me excito até hoje com isso. Quando o dia estava bom, era sua doninha de casa, preparava uma boa refeição, deixava tudo impecável e, depois de tudo, desfilava pra ele usando lingeries bem sexys para lhe provocar a ponto de me comer gostoso. Era bom. Era quente. Ele lia minha mente e eu a dele, mesmo à distância. E eu sabia que ele pensava em mim o tempo todo mesmo distante, ele tinha me conquistado primeiro para depois despertar a submissa.

Por outro lado, também já conheci um homem submisso. Lindo, por sinal. Uma pessoa que qualquer outra diria que jamais aceitaria usar cinto de castidade, lamber pés ou se satisfazer em apenas chupar sua dominante até ela se deleitar. E era isso que mais me deixava excitada nele. Na rua, um homem lindo, que cuidava de mim e dava segurança. Entre quatro paredes suplicava por me servir. Aprendeu curso de manicure para deixar minhas unhas sempre limpas, amava limpar minha casa e deixar tudo prontinho para quando eu chegasse não ter nada para fazer além de paparicá-lo. E amava faze-lo chupar meu cuzinho pedindo para ele me fuder com força, mas estando seu pauzinho preso na castidade. Eu até soltava ele para me divertir, mas com as mãos e corpo presos de modo que eu controlava os movimentos e a penetração, podendo quicar nele até ele esporrar ou simplesmente até eu cansar e deixar ele lá, de pau com caimbras, louco para gozar.

Nessas aventuras eu aprendi que, mesmo não estando interessada em relacionamentos com alguém do meio BDSM. Um bom submisso instiga meu lado dominadora e um bom dominante instiga muito meu lado submisso. E quando há paciência, respeito e confiança... Huuummmm. Mas o problema nisso tudo é que depois de passado um tempo, não quero ser só uma submissa ou dominante, quero ser eu mesma e o meu eu do cotidiano não tem muito ânimo para ficar dentro do BDSM.

Agora, que instiga e me deixa excitada, ahh deixa.

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PS - falo do BDSM, não de bestialidades ou algo que seja prejudicial a um dos envolvidos. O nome disso é agressão e isso não tem nada a ver com BDSM. Para ser bom para todos, deve haver respeito, confiança e, principalmente, todos devem consentir tendo noção do que está prestes a acontecer.

Beijo da confusa


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Comentários


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olavandre53 Comentou em 15/05/2024

Minha confusa adorável, continue assim,CONFUSA, pq se mudar, talvez vc não continue sendo a escritora maravilhosa que é. Bjs

foto perfil usuario xpulga

xpulga Comentou em 14/05/2024

Gostei do seu relato e sua forma de pensar na sua intensidade . Saber equilibrar seus desejos de forma bem tranquila . Gostei nada "confuso" rsrs muito pelo contrario bem direta.




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Ficha do conto

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lauraconfusa

Nome do conto:
Submissa para uns, dominadora para outros

Codigo do conto:
213633

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
14/05/2024

Quant.de Votos:
10

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