Entre Paredes e Espelhos



Entre Paredes e Espelhos - PARTE 1

Depois do quarto 302, não teve mais volta.

Pedro e eu nos víamos com uma frequência insaciável. Não havia datas marcadas. Apenas uma mensagem, um olhar, um “vem agora” que bastava. O próximo encontro aconteceu dois dias depois, num flat que ele usava para trabalhar — ou, pelo menos, era essa a desculpa.

Quando cheguei, ele já me esperava. Sem camisa, pele quente, expressão faminta.

— Vem cá — ele disse, e eu fui. O corpo respondia antes da mente.

Me prensou contra a parede assim que entrei. A porta nem tinha fechado ainda, e a boca dele já deslizava pelo meu pescoço com a urgência de um homem em chamas. Rasgou minha blusa como se o tecido fosse um obstáculo imperdoável. As mãos dele exploravam minhas costas, minha cintura, me viravam com firmeza. Eu arfava, gemia baixo, já escorregando no calor que nascia entre minhas pernas.

Ele me puxou até o espelho grande da sala, me posicionando de frente pra mim mesma.

— Quero que se veja — murmurou, a voz áspera e firme. — Quero que veja o que eu vejo quando você perde o controle.

Aquela frase me desmontou. Senti meu corpo se abrir sem resistência. Ele ajoelhou atrás de mim, os olhos cravados no espelho, enquanto sua boca me explorava por trás. A língua dele era um tormento e uma bênção. Eu agarrava o espelho, gemendo contra meu próprio reflexo, tentando não desabar enquanto ele me devorava com a precisão de um vício.

E então ele entrou dentro de minha buceta, lisa e depilada — fundo, forte, firme. Me segurava pelos quadris, e a batida dos nossos corpos preenchia o quarto como uma trilha bruta de prazer. Os olhos dele não desgrudavam dos meus no espelho. Ele sorria, quase cruel, quando me via perder o fôlego, gemer alto, pedir mais.

— Você fica tão linda assim — ele sussurrou no meu ouvido, mordendo de leve minha orelha. — Toda entregue, toda minha, toda molhada.

Depois me virou, me levantou como se eu fosse leve, me jogou contra a parede, as pernas ao redor dele. Eu tremia. O suor escorria pelas nossas peles quentes. O cheiro era de sexo, de pele, de obsessão. Nossos corpos se encaixavam com uma fúria que não pedia explicações.

Eu gozei com um grito abafado no ombro dele, as unhas cravadas nas costas. E ele veio logo depois, rosnando contra minha pele, mordendo meu pescoço, me segurando como se o mundo inteiro pudesse ruir e a gente ainda assim quisesse continuar.

Caímos juntos no chão, rindo, ofegantes, os corpos colados como vício e alívio.

— Isso aqui… — ele disse, passando os dedos pela minha coxa ainda trêmula — ...vai acabar virando incêndio.

— Então me deixa queimar — respondi, puxando-o de novo pra cima de mim.

E naquela noite, queimamos mais uma vez.

Pedro sempre soube ler meu corpo. Mas naquela noite, ele leu algo mais — um desejo oculto, não dito. Um brilho no meu olhar quando ele apertava um pouco mais forte. Um arrepio silencioso quando ele segurava meu pulso. E ele usou isso.

No dia Seguinte....

— Hoje, você vai me deixar guiar. Sem perguntas. Sem resistir.

Meu coração acelerou. Respirei fundo e apenas assenti.

Ele veio até mim devagar, tirou minha roupa com paciência, não com pressa. Me despiu com o toque de quem não queria só o corpo — queria a entrega. E eu dei. Cada parte de mim.

— Vira de costas — disse.

Obedeci.

Senti o toque do cetim antes de entender. Ele amarrou meus pulsos atrás das costas, com firmeza, mas cuidado. Cada nó era um símbolo. Um laço de confiança.

— Se quiser parar, diga “vermelho”.

— Não vou querer — respondi com a voz já trêmula de antecipação.

Ele me deitou de bruços na cama, amarrada, exposta, completamente vulnerável — e nunca me senti tão viva.

Pedro começou com beijos lentos, demorados, percorrendo minha espinha com a língua, descendo pelas minhas coxas, mordendo, provocando. Seu toque não era apenas prazer — era controle. Era jogo. Ele sussurrava ordens baixas no meu ouvido, me fazia implorar com o olhar, com o corpo. Cada movimento era pensado, preciso, feito pra me deixar à beira.

Quando ele me penetrou, devagar, com força contida, eu perdi o fôlego. Estava presa, entregue, mas no controle da minha própria entrega. Ele sabia disso — e aproveitou. Me movimentava como se quisesse me ensinar uma nova linguagem feita só de gemidos, tremores e arrepio.

Em certo momento, me virou de lado, puxando meu corpo contra o dele, a mão ainda firme na corda que prendia meus braços. Me sussurrou coisas no ouvido. Coisas sujas. Coisas que me fizeram gozar só com o som da voz.

E quando ele finalmente se desfez dentro de mim, mordendo minha nuca, murmurando meu nome com um suspiro rouco, tudo se dissolveu num calor que parecia não ter fim.

Depois, me desamarrou com delicadeza. Me beijou os pulsos. Cuidou de cada parte como se curasse o fogo que ele mesmo acendera.

— Você confia mesmo em mim — ele disse, olhando nos meus olhos.

— Com tudo — respondi, sem hesitar.

E foi ali, entre cordas soltas e respirações calmas, que entendi: ser submissa com ele não era sobre fraqueza. Era sobre liberdade.

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Comentários


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casaldecontos Comentou em 25/04/2025

Só assim para apagar esse fogo! Sensacional




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Entre Paredes e Espelhos

Codigo do conto:
234147

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
24/04/2025

Quant.de Votos:
12

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