GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [32] ~ O TRANSTORNO DO LUKE




Quando chegamos na escola, ainda faltava alguns minutos para a aula começar. Fui até onde meus amigos estavam, Yan e Chanel. Assim que cheguei, a Chanel fez um escândalo:

— Mona, o que foi isso no seu pescoço??? Você tá toda marcada, bicha! — disse ela, gritando para toda sala ouvir.

Carlos me olhou e começou a rir, lembrando que tinha sido ele quem tinha deixado as marcas no meu pescoço.

— Amigo, acho que foi alergia a alguma coisa — falei de forma cínica e completamente envergonhado.

— Mulher, alergia a quê? A passiva só se for!

Todos caímos na gargalhada. Logo o professor chegou e começamos a aula. Notei que o Luke não tinha ido para aula. Quando tocou para irmos para o recreio, falei com Yan enquanto estávamos distantes dos outros:

— O Luke não apareceu hoje — falei, olhando para os lados e vendo que Carlos estava a uma certa distância.

— Deve ter acontecido algo. O Luke não é de faltar — disse o Yan calmamente.

— O Luke foi na minha casa ontem e surtou. Disse um monte de coisas e quebrou umas coisas da minha sala.

— O QUÊ? — disse o Yan com os olhos arregalados.

— Pois é. Estou preocupado. Liga pra mãe dele. Ontem eu e o Carlos tivemos uma briga, e eu não queria entrar em contato, mas tô com um pressentimento ruim. Vou te enviar o número da mãe dele e você fala com ela. Faz isso por mim?

— Claro, me mande!

Então o recreio seguiu o seu fluxo. Eu notava o Yan no telefone e, vez ou outra, ele me olhava. A Chanel ainda eufórica pela afronta do gossip, e todos riam com as situações que ela falava. Então o sinal tocou e o Yan me chamou. Ficamos afastados e ele disse:

— A mãe do Luke não disse muita coisa, mas falou que ele estava num hospital, que tinha passado mal, mas que voltava em breve pra escola.

— Ai meu Deus! Vou ligar pra ela, preciso saber o que houve. Se o Carlos perguntar algo, diz que minha mãe tá me ligando.

E então liguei para Juliette, a mãe do Luke. Ela atendeu:

— Oi, tia. O que houve com o Luke? Pedi pro Yan falar com a senhora.

— O Lucas... nada de mais, está tudo bem.

— Ele me disse que você falou que o Luke estava no hospital. Ele tentou alguma coisa?

— Não, não. O Luke toma uns medicamentos, e ele não tomou nessas últimas semanas. Então trouxemos ontem pra clínica psiquiátrica e ele vai ficar aqui alguns dias, mas está tudo bem, não precisa se preocupar.

— Clínica psiquiátrica? Isso é coisa do pai dele?

— Não, não, isso é normal. Não acho que precisamos esconder isso de você. Claro que ele não vai querer que você saiba sobre isso, mas o Luke tem um transtorno de personalidade paranoico, que chama-se TPP. Isso não é de agora, aconteceram algumas coisas com ele no passado que desencadearam isso, e ele precisa de medicação constante pra se sentir bem. Acredito que com o término de vocês e a pausa dele voluntária deve ter desencadeado isso, mas está tudo bem. Ele já foi avaliado e medicado. Acho que segunda ou terça ele já volta às atividades normais.

— Tudo bem, espero que ele esteja bem. E tia, desculpa pedir isso, mas se puder não comenta que eu liguei. Eu e o Luke precisávamos ficar distantes, e não quero que ele crie expectativas.

— Não se preocupe, não vou comentar nada. E não comente com ninguém sobre isso do Luke. Ninguém sabe, e ele não vai querer que você fique sabendo. Isso pode desencadear outro surto, se é que você me entende. Qualquer coisa ou novidade eu te aviso, ou aviso a sua mãe e peço pra ela te contar.

— Tudo bem, vou desligar que a aula já vai começar.

No final da aula, o Carlos ia voltar pra casa dele. Ele tinha treino de vôlei e cursinho, e eu tinha um cursinho de uma matéria isolada que eu fazia com o Yan. Combinamos que o Yan voltaria comigo pra minha casa.

— Então, a gente se vê mais tarde? — perguntei ao Carlos enquanto guardava meus livros na mochila.

Carlos se aproximou, olhando ao redor para ver se alguém estava prestando atenção em nós.

— Claro que sim. Que horas você acha melhor eu aparecer? — ele perguntou, ajeitando a alça da mochila no ombro.

— Hmm, depois das oito? Vou chamar os outros meninos também. A gente pode assistir um filme ou algo assim.

— Perfeito. — Carlos abriu um sorriso discreto e me deu um abraço rápido, mas caloroso. — Até mais tarde então.

— Até mais tarde. — Correspondi ao abraço, sentindo um leve arrepio.

Quando ele se afastou, pude ver o Yan encostado no batente da porta, com um sorrisinho malicioso no rosto. Fiz sinal para ele se aproximar.

— Tão rápido assim já superou o Luke? — provocou Yan, dando uma cotovelada de leve em mim.

— Para com isso! Foi só um abraço de amigos. — respondi, tentando parecer indiferente, mas sentindo o rosto esquentar.

— Sei, sei. Amigos que deixam marcas no pescoço um do outro. Super normal! — ele riu, fazendo aspas com os dedos ao dizer "amigos".

— Vamos logo antes que eu mude de ideia e te deixe ir sozinho pro cursinho.

Saímos da escola e fomos para minha casa. Minha cabeça estava uma confusão, pensando no Luke, no Carlos, e em tudo que estava acontecendo. Fiquei conversando com o Yan no uber o resto do caminho falando sobre outras coisas, tentando aliviar o clima pesado. Quando cheguei em casa, Maria já tinha preparado o almoço e fui pro quarto com Yan.

— Vou tomar um banho antes de comer, tô todo suado. — falei, jogando a mochila em cima da cama.

— Eu também preciso. — respondeu Yan, tirando os sapatos.

— Quer ir primeiro ou prefere esperar?

— A gente pode ir junto, poupa tempo. — sugeriu ele naturalmente. — A não ser que você esteja com vergonha de mim agora.

Revirei os olhos e sorri.

— Como se você já não tivesse me visto nu mil vezes. Vamos logo.

Tiramos nossas roupas e fomos tomar banho. Chamei-o para ir comigo, afinal era meu amigo e eu não tinha intenção alguma além de ganhar tempo. Sempre fomos assim, sem maldade. Enquanto o chuveiro jorrava água morna, Yan falou:

— O que é isso na sua bunda?

Suspirei, passando o sabonete pelo corpo.

— O Carlos me comeu hoje na escada de incêndio daqui, e me leitou, já tinha até esquecido que estava com seu porra dentro de mim.

— Caralho isso é quente, preciso fazer isso qualquer dia com o Isaac.

— O Carlos é safado, e eu também – Sorri olhando para o meu amigo, que ainda estava incrédulo com o que eu tinha dito.

Yan então enfiou um dedo no meu cú, e pegou um pouco da porra do Carlos, e chupou com o dedo, aquilo foi quente, e eu disse:

— Gostosa a porra do meu Carlos?

— Já tomei antes, mas ta com um gosto delicioso – Falou ele sorrindo.

Então tanto eu como o Yan ficamos de pau duro, e começamos a nos masturbar um de frente para o outro, mas não houve toque ou beijo entre nos, o Yan se abaixou e ficou de caqueras e chupou minha bunda passando sua língua e tentando pegar o máximo de porra do Carlos que ainda tinha, foi divertido e sexy ao mesmo tempo, logo em seguida gozamos onde um dos jatos meu bateu na sua perna e o um dos dele na minha, rimos e continuamos nosso banho:

— Então você e o Carlos vão ser abertos?

— Não sei, ainda não tivemos essa conversa, mas no carnaval ele comeu a Chanel, mas o pedido de namoro foi só ontem, porque a pergunta? Já que ficar com meu namorado?

— Claro, podemos fazer uma troca de casais quentes, se você e o Carlos quiser – Disse o Yan de forma safada.

— Vamos ver, quem sabe não role – Falei sorrindo.

Após o banho, nos vestimos e fomos almoçar. Maria tinha feito uma lasanha que estava deliciosa. Depois de comer, voltamos para o quarto. Yan estava estudando algumas coisas para o cursinho, mas eu não conseguia me concentrar. Peguei meu notebook e me deitei na cama.

— Yan, o Luke tem um transtorno, e está internado, mas é segredo ninguém sabe.

— Sério? Mas tá tudo bem?

— Sim, a mãe dele disse que segunda ou terça ele voltava para escola então acho que não é nada de mais, vou pesquisar um pouco sobre esse transtorno que o Luke tem. — falei, abrindo o navegador.

— Nunca tinha ouvido falar disso.

— Nem eu. Quero entender melhor o que ele está passando.

Digitei "Transtorno de Personalidade Paranoide" no buscador e comecei a ler os resultados. Um site especializado em psicologia clínica parecia confiável, então cliquei nele e fui absorvendo as informações:

Transtorno de Personalidade Paranoide (TPP): Compreendendo o Diagnóstico

O Transtorno de Personalidade Paranoide é caracterizado por um padrão persistente de desconfiança e suspeita em relação aos outros, interpretando suas motivações como malévolas. Este padrão começa no início da idade adulta e se manifesta em diversos contextos.

Causas e desenvolvimento:

O TPP pode ter origem em diversos fatores, incluindo predisposição genética, alterações neuroquímicas cerebrais e experiências traumáticas na infância ou adolescência. Situações como abuso físico ou emocional, negligência severa, humilhação persistente ou bullying intenso podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno.

Tratamento:

O tratamento geralmente envolve uma combinação de:

• Psicoterapia – principalmente terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a reconhecer e modificar pensamentos distorcidos

• Medicação – antipsicóticos em doses baixas podem ajudar a reduzir a ansiedade, a desconfiança e o pensamento paranoide • Intervenções psicossociais – para melhorar as habilidades sociais e o funcionamento interpessoal

É importante notar que pessoas com TPP frequentemente têm pouco insight sobre sua condição e podem resistir ao tratamento. O apoio familiar e social é fundamental para ajudar a pessoa a aderir à terapia e medicação.

Impacto nos relacionamentos:

Pessoas com TPP frequentemente enfrentam dificuldades significativas em relacionamentos próximos, incluindo:

• Distorção da realidade, interpretando ações neutras ou positivas como negativas

• Ciúme patológico que pode levar a comportamentos controladores • Isolamento social devido à desconfiança dos outros

• Dificuldade em lidar com críticas ou rejeições, que podem desencadear crises

Lidando com alguém que tem TPP:

Se você conhece alguém com TPP:

• Seja consistente e confiável em suas interações

• Evite críticas duras ou confrontos diretos

• Reconheça que os medos deles são reais para eles, mesmo que pareçam irracionais

• Encoraje-os a seguir o tratamento recomendado

• Estabeleça limites claros e saudáveis •

Não leve as acusações pessoalmente

Prognóstico:

Com o tratamento adequado e contínuo, muitas pessoas com TPP conseguem melhorar significativamente sua qualidade de vida e relacionamentos. A adesão à medicação e terapia a longo prazo é essencial para a estabilidade.

Terminei de ler o artigo e fiquei absorto em pensamentos. Muitas coisas começavam a fazer sentido sobre o comportamento do Luke. Aquelas vezes em que ele questionava minhas saídas com amigos, a desconfiança quando eu demorava para responder mensagens, o ciúme exagerado...

— E aí? — perguntou Yan, me tirando dos meus pensamentos.

— Cara, muita coisa fez sentido agora. — falei, virando o notebook para que ele pudesse ver. — Olha isso aqui. O Luke sempre teve esse comportamento super ciumento, desconfiado... lembra quando ele surtou porque viu aquela foto minha com o pessoal do volei?

Yan ajeitou os óculos e começou a ler.

— Nossa, é mesmo. E lembra quando ele ficou dias sem falar com você porque achou que você estava escondendo algo quando estava apenas estudando para as provas?

— Exatamente! — exclamei. — Só que na época eu pensava que era só ciúme normal, sabe? Não imaginei que pudesse ser algo mais sério.

— Você acha que ele sabia que tinha isso? Que tomava remédios?

— Pela conversa com a mãe dele, parece que sim. Ela falou que ele parou de tomar os medicamentos... — pausei, sentindo uma pontada de culpa. — Será que foi por minha causa?

Yan fechou o notebook e o colocou de lado, sentando-se na beira da cama.

— Olha, não se culpe. Se ele tem esse transtorno, é algo que ele tem que lidar, com ajuda profissional. Não é sua responsabilidade.

— Eu sei, mas não consigo evitar pensar que talvez eu tenha piorado as coisas.

— Se for seguir essa lógica, então vocês nunca poderiam terminar? Você ficaria preso num relacionamento só pra não desencadear uma crise nele? Isso não é saudável pra ninguém, nem pra você, nem pra ele.

Yan tinha razão, mas mesmo assim eu me sentia mal. Aquilo explicava muita coisa, mas também trazia novas questões. Como seria quando o Luke voltasse para a escola? Como eu deveria agir? E o Carlos? O que eu sentia por ele era real ou apenas uma forma de superar o Luke?

— Vamos deixar isso de lado por hoje. — sugeriu Yan, puxando os livros. — Temos aquele simulado no cursinho e precisamos nos concentrar.

— Você tem razão. — concordei, tentando afastar aqueles pensamentos. — Mas antes, vou mandar mensagem para o pessoal sobre mais tarde.

Peguei o celular e mandei mensagem para nosso grupo de amigos, convidando-os para virem à minha casa à noite. Depois, mandei uma mensagem separada para o Carlos:

"Ei, convidei todo mundo pra vir aqui em casa hoje à noite. Mas queria que você chegasse um pouco antes... tipo umas 19:30. Pode ser?"

Ele respondeu quase instantaneamente:

"Claro! Estarei aí 19:30 em ponto. Mal posso esperar para te ver ;)"

Sorri para a tela do celular, sentindo borboletas no estômago. Talvez o Yan tivesse razão. Eu precisava seguir em frente e não me culpar pelo que aconteceu com o Luke. Era hora de pensar em mim também.

Quando terminamos o simulado, o Yan foi pra sua casa e disse que voltaria quando o Isaac fosse. Eu fui pra minha casa preparar as coisas para receber meus amigos. Arrumei a sala, coloquei algumas garrafas de bebida na mesa de centro e organizei algumas comidinhas que Maria tinha deixado antes de sair.

Logo o Carlos chegou, pontualmente às 19:30 como tinha prometido. Abri a porta e ele entrou com aquele sorriso que sempre me deixava sem fôlego.

— Oi! — ele disse, me puxando pela cintura assim que fechei a porta.

— Oi. — respondi, sentindo meu rosto esquentar.

Ficamos trocando beijos na sala, perdidos naquele momento, até que a campainha tocou, nos fazendo separar rapidamente. Era a Chanel, a primeira a chegar depois do Carlos.

— Eita que a festa já começou, amores? — disse ela, escandalosa como sempre, jogando a bolsa no sofá e nos olhando com um sorriso malicioso nos lábios pintados de vermelho.

— Agora é que a festa começa. — falei sorrindo e puxando ela para um selinho rápido, como sempre fazíamos.

— Eii, isso são modos? — falou o Carlos, abrindo um sorriso, mas vi uma pontinha de ciúme em seu olhar.

— Calma, amor, tem Chanel pra todo mundo. — ela respondeu, dando uma piscadela para ele antes de continuar. — Mas vem cá, preciso me arrumar. Sua mãe não vem hoje, né? Vou lá no guarda-roupa dela ver o que ela tem que eu possa usar.

— Chanel, você não se cansa de usar as roupas das nossas mães? — falei rindo, enquanto ela já seguia em direção ao quarto da minha mãe.

— Claro que não, né? Não posso usar em casa, tenho que usar quando eu posso. — ela gritou do corredor. — E não se preocupa que não vou roubar nada. Ai se eu pego quem é essa gossip, ela tá fudida!

Carlos e eu ficamos rindo e aproveitamos aqueles minutos sozinhos para mais alguns beijos discretos. Ele passou a mão pelo meu cabelo, me olhando com aquela intensidade que me deixava completamente derretido.

— Você está lindo hoje. — ele sussurrou.

— Você também. — respondi, sentindo as bochechas queimarem.

— Eu tenho o namorado mais lindo desse mundo.

A campainha tocou novamente e nos afastamos. Logo o Yan e Isaac chegaram juntos com a Taty. Yan me lançou um olhar sugestivo quando viu como eu e Carlos estávamos próximos.

— Oi, gente! Trouxemos mais bebida. — disse Isaac, levantando duas sacolas.

— Perfeito! Coloca ali na mesa. — indiquei, ajudando-os com as sacolas.

— Cadê a Chanel? — perguntou Taty, olhando ao redor.

Como se tivesse ouvido seu nome ser pronunciado, Chanel apareceu deslumbrante na sala. Tinha pego um vestido curto da minha mãe, calçado um salto super alto e feito uma maquiagem rápida, mas impecável.

— Oi, meninosssss! — disse ela, desfilando pela sala como se estivesse em uma passarela, girando para mostrar o visual completo.

— Bicha, não acredito que você pegou as roupas da minha mãe! — falei rindo, mas impressionado com como ela tinha transformado o vestido discreto da minha mãe em algo tão glamouroso.

— Foi difícil, mas achei. Sua mãe não tem nada muito sexy, mas eu adorei essa sandália dela, olha só que babado! — disse ela, colocando uma de suas pernas no centro da sala e mostrando o salto alto da minha mãe, numa pose digna de comercial.

Ficamos todos rindo e gargalhando com as coisas que a Chanel fazia e falava. Ela era um show ambulante. Ora sentava no meu colo, ora no colo do Carlos, puxando o Yan e Isaac para uns selinhos, tudo na maior naturalidade. Começamos a beber e conversar, o clima ficando cada vez mais descontraído.

A noite estava quente, então tirei minha camisa, e o Carlos também. Foi o suficiente para a Chanel ficar falando:

— Nossa, como você tá gostoso, amigo, sério, olha isso! — disse ela, passando a mão pela minha barriga com uma expressão teatralmente impressionada. — E o meu homem, olha isso! — continuou, passando a mão no abdômen definido do Carlos.

— NOSSO homem! — falei, puxando o Carlos e dando um beijo nele, sentindo um misto de ciúme e diversão.

— Ainda bem que você sabe que é nosso. — respondeu Chanel, fazendo cara de inocente. — Quer dizer, ele é seu, já que ele é seu namorado e eu sou a amante. E muito melhor ser a amante, porque eu só fico com as partes boas! — completou, caindo na gargalhada e fazendo todos rirem junto.

Taty, que estava sentada no canto do sofá observando tudo, balançou a cabeça.

— Vocês viados são promíscuos demais! — falou ela, tomando um gole da sua bebida.

Chanel virou-se para ela como um falcão que avistou sua presa.

— Meu amor, e você sapatona é o quê? Porque beijou a Karla no carnaval e tá namorando com ela. Não tô entendendo sua revolta com a gente gay, sua sapatão! — disparou Chanel, afrontando a Taty de forma engraçada, mas sem perder a pose.

— Sem brigas, hein! — interveio Yan, sempre tentando ser o pacificador do grupo.

— Meu amor, eu sou da paz, você sabe. — Chanel fez um gesto dramático de paz com os dedos. — Mas essa sapatão aí fica mexendo comigo.

— Meu amor, eu sou sapatão sim. Se brincar, sou mais macho que você! — disse Taty rindo, levantando o braço como se mostrasse músculo.

Chanel colocou a mão no peito, fingindo estar ofendida.

— Eu tenho certeza que você é mais macho do que eu, meu amor. Com essa ciência já deviam ter inventado o transplante de corpo, porque eu com esse seu corpo estaria com um monte de machos aos meus pés e não com uma única mulher. Ai, paciência, por favor! — disse a Chanel, tomando um gole teatral da bebida e revirando os olhos.

O Isaac, que normalmente era mais quieto, não conseguia parar de rir.

— Chanel, você deveria fazer stand-up comedy. — ele comentou, enxugando as lágrimas de tanto rir.

— Querido, eu faço stand-up toda vez que entro naquele colégio de héteros problematicamente reprimidos. — ela respondeu, fazendo uma pose dramática.

E assim seguimos a noite com muitos risos e trocas de farpas. A Chanel, sem dúvida, era a pessoa mais engraçada que eu já tinha conhecido. Ela transformava qualquer situação em comédia, mas sempre com aquela autenticidade única.

Carlos passou o braço ao redor do meu ombro, me puxando para perto enquanto assistíamos ao show que era a Chanel interagindo com a Taty. De vez em quando, ele me dava beijos discretos no pescoço ou no ombro, me fazendo arrepiar.

Quando deu quase meia-noite, Chanel e Taty foram embora, após muitos abraços e promessas de repetir aquela noite logo.

— Vou chamar um Uber. Se segura hein, sapatão! — disse Chanel abraçando a Taty na saída.

— Pode deixar, bichinha. Quer dizer, brother já que você agora se parece um homem sem as roupas da mãe do Lucas! — respondeu Taty, retribuindo o abraço.

Assim que as duas saíram, ficou somente eu, Carlos, Yan e Isaac. Trocamos olhares cúmplices e então fomos para o meu quarto, fechando a porta atrás de nós.

– O Yan e o Isaac sempre transam aqui, não é problema pra você assistir ou tranar na frente deles – Falei no ouvido do Carlos.

– Claro que não, não tenho vergonha dele, já brinquei com os dois la em casa.

– Safado – Sussurrei em seu ouvido.

E então eu o Carlos começamos a nos beijar e arrancar nossos shorts, nossos amigos já estavam pelados ao nosso lado, o Yan chupava o pau do Isaac, e logo comecei a chupar o Carlos, que rapidamente me puxou para um 69, e nossos amigos foram imitando a gente, o Carlos me chupava engolindo meu pau até a sua garganta e eu fazia o mesmo tentava colocar todo o seu pau dentro da minha boca, eu chupava com força, e lento ao mesmo tempo, o pau do Carlos era incrível, se deixasse eu passaria a noite toda chupando. Depois o Carlos ficou de quatro na cama, então posicionei meu pau no seu cú e comecei a meter, ao meu lado Yan comia Isaac de forma lenta, e olhava para mim e para o Carlos, cada um gemia de forma lenta e gostosa, então fui no ouvido do Carlos e perguntei se podíamos trocar de casal, ele me olhou assustado, e disse que sim, acenei com a cabeça pro Yan e trocamos de parceiros, agora Yan comia o Carlos e eu comia o Isaac, ficamos assim por alguns minutos, e então voltamos a configuração original, e acabei gozando dentro do Carlos que gozou logo em seguida se tocando, e ao nosso lado Yan e Isaac também tinham gozados, e então adormecemos os quatro na minha cama.


Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario sigilofortaleza26

sigilofortaleza26 Comentou em 01/05/2025

Devia lançar pelo menos, dois por dia!!! Muito bom! hahaha




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Ultimos 30 Contos enviados pelo mesmo autor


234532 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [31] ~ SEXO SELVAGEM COM CARLOS - Categoria: Gays - Votos: 4
234461 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [30] ~ PEDIDO DE NAMORO - Categoria: Gays - Votos: 5
234221 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [29] ~ ÚLTIMO DIA DE CARNAVAL - Categoria: Gays - Votos: 5
234151 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [28] ~ SEXO A3 - Categoria: Gays - Votos: 7
234035 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [27] ~ SEXO COM O CARLOS - Categoria: Gays - Votos: 3
233962 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [26] ~ Aniversario do Luke - Categoria: Gays - Votos: 3
233870 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [25] ~ VOLTA AS AULAS - Categoria: Gays - Votos: 2
233809 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [24] ~ Confissão e Consequência - Categoria: Gays - Votos: 4
233749 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [23] ~ ADRENALINA PROIBIDA - Categoria: Gays - Votos: 5
233333 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [22] ~ A CONVERSA! - Categoria: Gays - Votos: 5
233306 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [21] ~ A VOLTA DO LUKE - Categoria: Gays - Votos: 4
233269 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [20] ~ LEITE NO SEU FILHO - Categoria: Gays - Votos: 4
233165 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [19] ~ FESTA QUENTE - Categoria: Gays - Votos: 3
233144 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [18] ~ FÉRIAS - Categoria: Gays - Votos: 3
233109 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ [17] ~ Partida Iminente - Categoria: Gays - Votos: 2
233108 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [16] ~ TEMPESTADE - Categoria: Gays - Votos: 3
233039 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [15] ~ A DECEPÇÃO - Categoria: Gays - Votos: 3
233015 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [14] ~ VIAGEM COM O CARLOS PARTE 2 - Categoria: Gays - Votos: 4
232944 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [13] ~VIAJEM COM CARLOS PARTE 1 - Categoria: Gays - Votos: 4
232820 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [12] ~ VERDADE OU CONSEQUENCIA - Categoria: Gays - Votos: 3
232765 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [11] ~ REENCONTRO! - Categoria: Gays - Votos: 3
232706 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [10] ~ TEMPESTADE - Categoria: Gays - Votos: 4
232371 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [09] ~ PEDIDO DE NAMORO! - Categoria: Gays - Votos: 4
231977 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [08] ~ A VERDADE SOBRE O LUKE! - Categoria: Gays - Votos: 5
231887 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ [07] ~ TRANSANDO COM O PAI DO MEU AMIGO - Categoria: Gays - Votos: 3
231586 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [06] ~ GUERRA DECRETADA - Categoria: Gays - Votos: 4
231479 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [05] ~ PRIMEIRO SEXO COM O LUKE - Categoria: Gays - Votos: 4
230992 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [04] ~ BEIJOS INESPERADOS - Categoria: Gays - Votos: 3
230894 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [03] ~ BEIJO NO ELEVADOR - Categoria: Gays - Votos: 3
230705 - GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [02] ~ LEMBRANÇAS DE UM VERÃO QUENTE! - Categoria: Gays - Votos: 7

Ficha do conto

Foto Perfil contosdelukas
contosdelukas

Nome do conto:
GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [32] ~ O TRANSTORNO DO LUKE

Codigo do conto:
234593

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
01/05/2025

Quant.de Votos:
1

Quant.de Fotos:
0