— Bom dia, Maria. Fazendo o que hoje aqui? — perguntei, achando estranho, pois ela não vinha aos sábados.
— Sua mãe volta amanhã, e preciso arrumar aqui as coisas. Hoje vou dormir por aqui. Essa casa tá uma zona — falou a Maria, olhando para a bagunça que eu havia deixado, com copos e garrafas espalhados pela sala.
— Eu ia ajeitar, mas como você tá aqui, vou deixar pra você. — sorri. — Mas não se preocupe, que darei um presentinho se você não contar pra mainha a zona que ficou aqui — falei, abrindo meu sorriso de cínico.
— Vou pro quarto. O Carlos tá aqui, acho que ele vai almoçar com a gente, ok?
— Certo! — respondeu Maria, já começando a recolher alguns copos.
Voltei pro quarto. O Carlos estava deitado de barriga no colchão, e então subi em cima dele, dando uns beijos no seu pescoço. Ele ficou resmungando, querendo dormir, mas eu queria aproveitar o sábado com ele.
— Acorda, gostoso — falei, beijando seu pescoço.
— Me deixa dormir mais um pouco — falou Carlos, resmungando.
— Deixe de ser dorminhoco, olha o sol lá fora – Falei beijando agora sua orelha.
— Lucas, não é nem 8h e é sábado. Vamos dormir, caralho — falou o Carlos de mau humor.
— Aff, que sem graça você. Vou levantar e passear com o Thanos então.
Fui pro meu banheiro, tomei um banho e saí para passear com o Thanos. Aproveitei pra brincar um pouco com ele, jogando a bolinha e correndo pelo gramado do condomínio. Quando voltei pro apartamento, era quase 9:30. Fui acordar o Carlos e ele já estava acordado na cama, com uma expressão séria no rosto.
— Por que você não disse que a Maria tava em casa? Eu saí só de cueca, tô morto de vergonha — ele disse, visivelmente incomodado.
— Uai, você tava dormindo. Te chamei várias vezes.
— Por que demorou? — perguntou, com um tom diferente na voz.
— Tava brincando com o Thanos lá embaixo. Geralmente aos sábados brinco bastante com ele.
— Será que podemos conversar sobre ontem? — disse ele, sentando-se na cama e me olhando com seriedade.
— Conversar o quê? — falei me deitando na cama junto ao Carlos e dando um beijinho nele, tentando descontrair o clima.
— Sobre o que rolou aqui, com os meninos.
Percebi pelo seu tom que ele não estava brincando. Me sentei na cama também, ficando de frente para ele.
— O que tem pra falar sobre isso? Foi divertido, não foi? — sorri, tentando manter o clima leve.
— Por que você transou com o Isaac? E por que Yan me comeu? — perguntou Carlos, com a testa franzida. — Essa ideia de... troca de casais que você sugeriu. Não sei se me senti confortável com isso.
— Ah, isso? É normal, Carlos. A gente estava entre amigos. Foi só diversão, nada sério — falei, dando de ombros.
— Você sempre faz isso? — ele perguntou, seu olhar fixo em mim.
Hesitei por um momento.
— Não... quando eu namorava com o Luke não fazia esse tipo de coisa, ele não gostava, e o Yan é atualmente meu melhor amigo, então não vejo problema, eu e você sempre fizemos esse tipo de coisa.
— Novo melhor amigo? Então quer dizer que não ocupo mais esse posto?
— Carlos, você perdeu esse posto de ano passado, hoje você é meu namorado, eu confio no Yan, não vi problemas, desculpas se você não curtiu, mas eu queria apimentar um pouco as coisas, talvez foi a bebida não sei, só achei que não seria um problema.
Carlos respirou fundo, passando a mão pelo cabelo.
— Eu achei estranho. E não quero que isso aconteça de novo — ele disse com firmeza.
Aquilo me incomodou. Quem era ele pra ditar regras desse jeito?
— Olha, Carlos, você sabe que eu traí o Luke, né? Traí com você e com outras pessoas — falei, mais áspero do que pretendia. — E, sinceramente, não quero ter um namoro fechado novamente, porque se não eu vou cometer os mesmos erros que eu comentei com o Luke, eu achei que não seria um problema, achei que seria algo completamente normal pra mim e você.
Carlos arregalou os olhos, claramente surpreso com minha resposta.
— Ah é? E se eu beijasse os meninos do time de vôlei, você ia achar bom? — ele disparou, levantando-se da cama.
— Tudo bem! — respondi, cruzando os braços. — Se é isso que você quer, por mim tudo bem.
Ele me encarou, incrédulo.
— Então você não gosta de mim? Você só quer usar meu corpo? É isso? — sua voz estava elevada agora.
— Isso não tem nada a ver! — rebati, também me levantando. — A gente tá namorando e podemos fazer as coisas certas. Não significa que não gosto de você só porque não quero exclusividade!
Carlos começou a recolher suas coisas, jogando a camiseta sobre o ombro.
— Eu vou embora. Não é isso que eu quero de um relacionamento — ele disse, parecendo magoado e irritado ao mesmo tempo.
— Carlos, você tá sendo ridículo! — falei, seguindo-o enquanto ele ia em direção à porta.
— Eu sou ridículo porque quero exclusividade? Porque não quero ver meu namorado transando com outros caras na minha frente?
— Você está distorcendo tudo! Não foi isso que eu disse!
— Foi exatamente isso que você disse, Lucas! — ele parou, virando-se para mim. — Você acabou de dizer que traiu o Luke comigo e com outros, e que não quer um relacionamento fechado. O que mais eu preciso entender?
Senti meu rosto queimando de raiva.
— Então é isso? Vai acabar porque a gente transou com nossos amigos? É isso mesmo? — gritei. — Tudo bem, pode ir embora então!
Carlos ficou parado, me olhando. Vi algo mudar em seus olhos. Ele largou a mochila no chão e, em dois passos rápidos, me puxou para um beijo intenso, me pegando totalmente de surpresa. Quando nos separamos, ambos estávamos ofegantes.
— A gente precisa resolver isso — ele disse, com a voz mais calma. — Eu gosto muito de você, Lucas. Mais do que você imagina. E isso me assusta.
Senti meu coração acelerar com aquelas palavras.
— Eu também gosto de você, Carlos — admiti, sentindo a raiva se dissipar. — Muito. Mas eu não quero mentir pra você ou fazer promessas que não vou cumprir.
Ele suspirou, encostando sua testa na minha.
— Talvez a gente possa chegar num acordo? — sugeriu. — Não precisa ser tudo ou nada.
— Que tipo de acordo você tá pensando?
— Não sei... talvez a gente possa ficar com outras pessoas quando estivermos juntos? Como algo que fazemos juntos, não separados. E não ser algo sempre, só de vez em quando, em situações especiais.
Sorri, surpreso com sua sugestão.
— Como no carnaval — lembrei. — Eu gostei de ver você comendo a Chanel. Não tive ciúmes. Na verdade, achei quente, sensual, vocês dois juntos.
Carlos corou um pouco.
— Ainda acho estranho, pra ser sincero. Nunca tinha pensado nisso antes — ele confessou. — Mas se for algo que a gente faz juntos, talvez eu possa me acostumar. Desde que você seja só meu na maior parte do tempo.
— Eu posso viver com isso — respondi, puxando-o para mais perto. — E você não precisa se forçar a nada que não queira. A gente vai descobrindo juntos o que funciona pra nós.
— Combinado — ele disse, antes de me beijar novamente. — Tem mais uma coisa.
— O que? – Perguntei dando um selinho no Carlos
— Não quero que você der sua bunda pra ninguém, quando estivermos com outra pessoa, essa bunda é só minha – Falou o Carlos me puxando para um beijo e apalpando a minha bunda.
— Digo o mesmo, não quero que ninguém além de mim coma você, você é meu. – Falei apertando com força sua bunda musculosa.
O que começou como um beijo suave logo se transformou em algo mais intenso. Suas mãos percorriam minhas costas, enquanto as minhas exploravam seu peito por baixo da camiseta. Caímos juntos na cama, os lábios dele descendo pelo meu pescoço, me fazendo arrepiar por inteiro, começou a chupar meu peito, e nossa esse era um ponto sensível no meu corpo, que me causava arrepios, e o Carlos percebia isso, e parecia que dava tudo nessa chupada, suas mãos já baixava meus shorts, e ele rapidamente tirou o seu, e ficamos pelados, ele me olhou com aquela cara de safado que ele tinha, segurou nossos paus juntos e me beijou novamente, agora a gente rolava pela cama, ora eu ficava por cima dele ora ele ficava por cima de mim, até que ele começou a me chupar, o Carlos não tinha a menor vergonha e engolia meu pau com força, e chupava rapidamente, eu ficava assistindo seus lábios chupando meu pau, e era uma visão incrível, o sol estava radiante e o quarto estava completamente iluminado, ele tirava o meu pau de sua boca, chupava minhas bolas, chupava a cabeça do meu pau, e assim foi alternando, por todo o meu pau, até que ele começou a lamber meu pau como se fosse um picolé, a medida que ele lambia o pau ele me olhava com um olhar de safado, eu estava preste a gozar, se ele continuasse, eu falava para ele parar, e ele continuava, até que ele realmente parou, me olhou e disse “me fode” ficou de quatro na cama, e agora eu tinha a visão da sua bunda, sua marca de sunga, apesar do Carlos ter uma pela branca, tinha uma marca que dava todo o charme, sua buda toda depilado e o seu cú na cor rosa, eu olhava com fome, enquanto tocava uma no meu pau, peguei o lubrificante, passei no meu pau e então meti no Carlos, naquele dia não queria fazer amor, queria fuder o Carlos, e foi isso que fiz, meti com força nele dando o troco do que ele tinha feito comigo, eu dava tapas na sua bunda, puxava seu cabelo, tirava meu pau e enfiava com tudo, dava socos nele, e e ele gemia e rebolava cada vez mais no meu pau, até que não demorei e gozei dentro do Carlos, continue metendo devagar como eu costumava fazer, e então ele se virou, me jogou no chão do meu quarto, tocou uma punheta e gozou por cima de mim, melando o chão e meu rosto, ele me puxou para ficar de pé, e então me beijou, aquele beijo cheio de fúria e desejo, e então fomos para o banho.
Apesar da pequena discussão com o Carlos sobre o relacionamento ser aberto, eu me senti melhor e mais confiante, como se estivesse fazendo a coisa certa. Era óbvio que eu não iria ficar com todo mundo, mas de vez em quando algo diferente para sairmos da rotina seria bom. Eu entendia que o Carlos não se sentia tão bem quanto a isso, então disse a mim mesmo que iria tentar evitar, que só faria algo do tipo quando ele realmente estivesse afim.
Um outro ponto positivo era que eu e o Carlos éramos versáteis, e isso me fazia me sentir mais completo, diferente de quando eu namorava com o Luke, que ele era somente ativo. Essa versatilidade fazia toda a diferença para mim.
Eu tinha aula também no sábado, uma matéria que eu fazia isolado, mas não quis ir. Preferi aproveitar o tempo com o Carlos. Estava tudo tão bom, e como no dia seguinte minha mãe voltaria para casa, eu não sabia se teria tanta liberdade para namorar com ele lá. Queria aproveitar o máximo possível.
À tarde, enquanto estávamos deitados na minha cama assistindo uma série, o Carlos se virou para mim:
– Ei, tenho uma ideia. Meus pais estão no apartamento da praia e falaram para eu dar uma passada lá amanhã.
– E você quer ir? – perguntei, acariciando seu cabelo.
– Sim, mas... – ele mordeu o lábio – queria que você fosse comigo. Na verdade, pensei em chamar todo mundo, os meninos, a Taty...
– Acha que seus pais não vão se importar?
– Que nada, você conhece meus pais, sabe que eles adoram o apartamento cheio.
– Então topo – respondi sorrindo – Vou mandar mensagem pro pessoal.
Peguei meu celular e mandei mensagem no nosso grupo, que tinha o Luke, mas ele não falava nada desde o incidente lá em casa, na verdade eu não sabia se ele estava com o celular ou não. A resposta foi quase instantânea. Primeiro a Chanel: "PRAIAAAAAA??? Vou levar meus biquínis novos, meu protetor, meus óculos. Já posso sentir a areia nos meus dedos mindinhos! Contem comigo!"
Depois o Isaac: "Massa! Posso pedir pro meu pai nos levar, ele vai pra aquele lado amanhã mesmo."
E por fim a Taty: "Tô dentro! Minha mãe pode levar eu e a Chanel, a gente se encontra lá."
Mostrei as mensagens para o Carlos, que sorriu: – Viu? Todo mundo animado. Vai ser legal.
No domingo pela manhã, me arrumei cedo, colocando na mochila tudo que precisava. Por volta das 10h, o pai do Isaac passou para nos pegar. Combinamos de nos encontrar com as meninas diretamente no prédio. Chegamos ao prédio quase ao mesmo tempo que o carro da mãe da Taty. Assim que descemos, vimos a Chanel saindo do outro veículo. Ela estava usando um vestido florido, óculos escuros enormes e uma bolsa que parecia conter metade do seu guarda-roupa.
– CHEGAMOS, AMORES! – ela gritou, acenando freneticamente.
– Meu Deus, Chanel – riu Isaac – dá pra ser vista do espaço.
– Esse é o objetivo, querido – ela ajeitou os óculos na ponta do nariz – Sempre entre para arrasar!
Entramos todos no elevador, e a Chanel não parava de se olhar no espelho, ajeitando o cabelo e o vestido. Ela não tinha a menor vergonha de estar "montada", como ela dizia.
– Você não tem medo de encontrar seus pais assim na rua? – perguntei curioso enquanto subíamos.
– Claro que não, meus pais quase não saem de casa, então estou segura, e eu disse que ia jogar bola com meus amigos – Disse a Chanel gargalhando.
– Eu não sei como você consegue manter esse personagem – Disse o Yan.
E então entramos no apartamento do Carlos. era grande e amplo seus pais estavam na varanda conversando, eles se levantaram e vieram conhecer os meninos, a Chanel foi logo falando com a tia Aline, mãe do Carlos:
– É agua de coco esse vestido? Amei, já sei que a senhora tem bom gosto – Disse a Chanel
– Hello, como é seu nome querida – Disse a mãe do Carlos dando um abraço e dois beijinhos na Chanel.
— Chanel, achei mara seu cabelo, isso sim que é um mãe luxo, belíssima você – Disse a Chanel
— Você está cantando a minha mãe por algum acaso? – Disse o Carlos rindo.
— Sim, vai que eu ganhe alguns sapatos que ela não use, e não queira mais – E ela deu uma gargalhada.
— Eu até tenho algumas coisas que posso te dar, você calça quanto?
— Do 36 a 42, eu faço MAGICA, com meus pés.
— Então vem comigo querida, vou te mostrar umas coisas.
Ficamos todos rindo com a Chanel e o quanto ela era desinibida e sem um pingo de vergonha, era isso que eu adorava na Chanel, ela não tinha medo. Guardamos nossas coisas, ficamos conversando com o tio Augusto, e vez ou outra a gente trocava alguns olhares, mas nada muito sério e então resolvemos descer para praia e pra piscina. Ficamos brincando, conversando e rindo, logo a Chanel se juntou a gente e aí a festa começou, a gente gargalhava de chorar, e de ficar com a barriga doendo com as loucuras que ela falava, depois subimos e fomos almoçar, a Zil empregada do Carlos, havia feito um mega almoço, tinha feito um prato com camarão e outro com carne de sol, a Chanel não parava de elogiar dizendo que nunca tinha comido algo tão gostoso em toda sua vida, e realmente a comida da Zil era incrível.
Estávamos todos curtindo aquele domingo na casa de praia do Carlos. O almoço tinha sido incrível e agora estávamos na sala, relaxando depois de tanta comida. A mãe do Carlos, tia Aline, não parava de conversar com a Chanel, as duas pareciam melhores amigas de anos.
– Meu amor, esse seu apartamento é um luxo, eu poderia morar aqui pra sempre – disse Chanel se abanando com a mão – E essa vista para o mar? Tô quase pedindo pra tia Aline me adotar!
– Você é muito engraçada, querida – respondeu tia Aline rindo – Carlos, por que você nunca trouxe seus amigos antes?
– Não éramos tão próximos assim, e a Chanel entrou esse ano na nossa turma – Carlos deu de ombros enquanto me olhava com um sorrisinho.
Tio Augusto estava sentado na poltrona observando tudo, com um copo de whisky na mão. Vez ou outra seu olhar cruzava com o meu, e eu desviava rápido, meio sem graça.
– E então, meninos, vocês estão preparados para o vestibular esse ano? – perguntou tio Augusto.
– Sim, está sendo loucura – respondeu Isaac – Ano que vem é faculdade.
– Se Deus quiser e se esses professores pararem de me perseguir – completou Chanel, revirando os olhos dramaticamente – Olha, só porque eu vou maquiada pra escola não significa que não posso aprender física!
– Os professores implicam com você? – perguntou tia Aline, parecendo genuinamente preocupada.
– Ah, meu amor, tem uns que são uns amores, mas tem outros que... – Chanel fez uma pausa teatral – precisam urgentemente de um... vocês sabem... – ela fez um gesto sugestivo que fez todos rirem.
– CHANEL! – gritei, envergonhado.
– Que foi? Eu ia dizer terapia! – ela piscou, fazendo todos rirem ainda mais.
Taty, que estava quieta até então, se levantou:
– Gente, alguém quer ir dar um mergulho?
– Eu topo – falei rapidamente.
– Também vou – disse Carlos.
– Vão, crianças, aproveitem o sol – tia Aline sorriu – Eu vou mostrar minha coleção de sapatos para a Chanel como prometi.
– MÃE DO CÉU! – Chanel gritou, levantando de um pulo – Vocês escutaram isso? Sapatos, meu povo! Isso sim é programação de domingo! – ela se virou para nós – Vão nadar seus peixes, a tia Aline e eu temos assuntos importantes para tratar.
– Vamos deixar as divas em paz – falou Isaac rindo.
Nós descemos para a piscina, haviam poucas pessoas, o que era ótimo. Mergulhamos e ficamos brincando na água por um tempo.
– Sua mãe é demais, Carlos – comentou Taty enquanto boiava – Ela está super de boa com a Chanel.
– Pois é – Carlos parecia surpreso – Nunca vi minha mãe se divertir tanto. Geralmente ela é toda certinha.
– A Chanel tem esse poder – falei – Ela quebra qualquer clima tenso.
Isaac, que estava mais afastado, nadou até nós:
– Espero que você nos chamem mais vezes para vir aqui Carlos.
Discretamente olhei para cima e vi que tio Augusto estava na varanda, nos observando. Ele levantou o copo em nossa direção quando percebeu que eu tínha notado ele nos observar.
Depois de um tempo, saímos da piscina e ficamos nas espreguiçadeiras tomando sol. Carlos e eu ficamos lado a lado, nossas mãos ocasionalmente se tocando quando achávamos que ninguém estava olhando.
– Estão com fome? – perguntou Taty – Podíamos pedir algo na barraca aqui na frente.
– Depois daquele almoço? – Isaac riu – Vou rolar se comer mais alguma coisa.
– Eu podia comer um milk-shake – falei.
– Então vamos lá – Carlos se levantou.
Enquanto caminhávamos até o bar, vi Chanel descendo as escadas, usando um chapéu enorme que certamente era da mãe do Carlos e óculos escuros.
– AMORES DA MINHA VIDA! – ela gritou acenando freneticamente – Olhem essa produção! A tia Aline me emprestou pra eu ficar divina à beira da piscina!
– Meu Deus, Chanel, dá pra ser mais discreta? – Taty falou, mas estava rindo.
– Discreta? Essa palavra não existe no meu vocabulário, meu bem – Chanel girou mostrando o chapéu – A tia Aline me deu três pares de sapatos, acreditam? TRÊS! Disse que não usa mais. Eu tô tremendo ainda!
– Sério? – Carlos parecia genuinamente surpreso – Minha mãe nunca dá nada pra ninguém.
– É porque ela nunca conheceu a Chanel, meu docinho – ela ajeitou os óculos na ponta do nariz – Aliás, seu pai tá lá em cima perguntando coisas sobre vocês.
– Que tipo de coisas? – perguntei, sentindo um frio na barriga.
– Ah, tipo se vocês têm namoradas, essas coisas
– Você não falou nada, né? – Carlos perguntou em pânico.
– Relaxa, Carluxo – Chanel fez um gesto de zíper na boca – A Chanel sabe guardar segredo. Eu não ia te queimar pro seu pai, né? Mas... – ela se aproximou, falando mais baixo
– Meu pai já sabe, tenho certeza que ele sabe que eu tô namorando com o Lucas. – Disse o Carlos olhando para mim.
Fomos para a barraca que tinha de frente ao apartamento do Carlos e pedimos bebidas e ficamos conversando. A Chanel não parava de falar sobre os sapatos que tinha ganhado e sobre como a mãe do Carlos tinha "um gosto divino", segundo ela.
Nesse momento, o tio Augusto apareceu na barraca, apenas de sunga e sem camisa, com uma visão de deixar qualquer um sem fôlego, ele pediu outra bebida e veio até nossa mesa.
– E aí, jovens, se divertindo? – ele perguntou, sorrindo.
– Sim, pai – respondeu Carlos, visivelmente tenso.
– Meu Deus, mas que homem cheiroso! – exclamou Chanel, abanando-se – Que perfume é esse, tio? Preciso dar pro meu pai de presente!
Tio Augusto riu, parecendo genuinamente divertido com a Chanel.
– É importado, querida. Da próxima vez que vier, te mostro o frasco – ele piscou para ela e depois olhou para mim – E você, está gostando Lucas?
– Muito, tio – respondi, me sentindo estranho com seu olhar.
– Venham mais vezes, então – ele tomou um gole de sua bebida me encarando por um segundo a mais que o necessário.
Carlos tossiu, visivelmente desconfortável. Tio Augusto deu um tapinha em seu ombro.
– Bom, vou deixar vocês aproveitarem. Mais tarde vamos fazer um churrasco, estão convidados a ficar – e saiu andando.
– Gente do céu – Chanel sussurrou assim que ele se afastou – Esse homem é um perigo! Vocês viram como ele olha? Sua mãe é uma mulher de sorte amigo.
– Pare de secar meu pai, olha o respeito – Falou o Carlos entrando na brincadeira da Chanel.
— Meu amor, agora eu sei de onde você puxou por ser tão gostoso assim, isso é GENÉTICA!
– Para com isso, Chanel – repreendeu Taty – Ele é casado e pai do Carlos.
– E daí? – Chanel ergueu uma sobrancelha – Isso nunca impediu ninguém. Vocês são muito inocentes mesmo – Chanel segurou a mão dele – Eu exagero mesmo.
Decidimos mudar de assunto e passamos o resto da tarde entre a piscina e as conversas. A Chanel alternava entre nós e a mãe do Carlos, que parecia ter realmente se encantado com ela. Pela primeira vez, vi um Carlos alegre e leve, acho que meus novos amigos estavam fazendo bem para ele.
– Sua mãe vai acabar adotando a Chanel – brinquei.
– Tô vendo – ele riu – Nunca vi minha mãe tão à vontade com um estranho.
Quando o sol começou a se pôr, tio Augusto realmente começou a preparar um churrasco na área da piscina. O cheiro estava delicioso e logo estávamos todos reunidos novamente. Tia Aline desceu com uma roupa nova, claramente inspirada pelo estilo da Chanel.
– Minha discípula! – gritou Chanel ao ver tia Aline – Arrasou nesse look! Dez entre dez especialistas aprovam!
Todos rimos, e até tio Augusto parecia se divertir com as palhaçadas da Chanel. O clima estava leve e agradável, mas eu não conseguia deixar de notar os olhares que ele me lançava vez ou outra.
– Amanhã é segunda – comentou Isaac enquanto comíamos – Aula cedo.
– Nem me lembra – gemeu Chanel – Vou ter que acordar às cinco da manhã pra me produzir. Não posso aparecer com olheiras naquele colégio.
– Por quê? – perguntou tia Aline, curiosa.
– Porque tem um professor que é um monumento, minha querida – Chanel fez um gesto exagerado – A gente precisa estar divina pra assistir àquela aula.
Rimos novamente. Carlos estava ao meu lado, e por baixo da mesa, nossas mãos se encontraram. Um arrepio percorreu meu corpo. Estava sendo um domingo perfeito. Mais tarde, quando já eram quase 20h, nos preparamos para ir embora. A mãe da Taty viria nos buscar em breve.
– Foi maravilhoso conhecer vocês – disse tia Aline, abraçando cada um de nós – Especialmente você, Chanel. Volte quando quiser.
– Ai meu coração! Vou voltar sim, pode ter certeza – Chanel abraçou tia Aline como se fossem amigas de infância – E vou trazer aquelas revistas de moda que te falei!
Tio Augusto também se despediu de cada um. Quando chegou a minha vez, ele apertou minha mão um pouco mais forte e por mais tempo que o normal.
– Espero te ver mais vezes por aqui – ele disse, sua voz um tom mais baixa.
– Voltarei a frequentar aqui mais vezes – respondi, tentando manter a calma.
Carlos nos acompanhou até o térreo para esperarmos a mãe da Taty. No caminho, a Chanel não parava de falar sobre como tinha sido o melhor domingo da sua vida e sobre todos os presentes que tinha ganhado.
– Cara, sua mãe é demais – ela repetia – Sério mesmo, nunca me diverti tanto! E seu pai também, apesar daquele jeito... interessante.
O carro da mãe da Taty chegou e nos despedimos de Carlos. Ele me abraçou um pouco mais forte que o normal, e sussurrou no meu ouvido:
– Te vejo amanhã na escola.
– Mal posso esperar – sussurrei de volta.
Entramos no carro, e enquanto nos afastamos, fiquei pensando em tudo que tinha acontecido, tinha sido um domingo incrível com os meus amigos, rir bastante, e foi bom pra espairecer um pouco, amanhã tudo voltaria ao normal, e a semana iria se iniciar de novo.
Amo uma tensão sexual! Carlos e Lucas foram feito um para outro. Gosto de como Carlos tá mais leve, espero que quando eles se separarem ñ deixem de ser amigos. Estou doido pra ver Lucas, Carlos e o pai transando! Augusto é um gostoso! O conto fica até mais leve sem presença pesada de luke. A espera do do próximo capítulo.
A tensão entre Augusto, Lucas e Carlos pode dar em algo muito sexy e muito complicado também, já que envolve paixão, ciúmes etc... mas como Lucas sabe que Augusto já comeu o próprio filho algumas vezes, é mais uma questão de como lidar com isso às claras, Carlos vir a saber que Lucas sabe sobre ele e seu pai e saber que os dois também já fuderam juntos.