Sushi e Motel - Sushi



Há meses — talvez anos — que a desejo. Uma mulher madura, confiante, com aquele olhar calmo que me desmonta por dentro. Sempre recusava os meus convites para comer sushi lá em casa. Dizia estar ocupada, talvez com receio de onde isso podia levar. Não a julgo. Mas o meu interesse nunca foi só brincadeira. Era desejo, sim, mas também algo mais — uma vontade de estar perto, de partilhar, de a ter por inteiro.
Finalmente, cedeu.
Marcámos para as 14h. Pedi sushi e sashimi, abri uma garrafa de vinho tinto e deixei o ambiente simples, acolhedor. Quando ela tocou à campainha, senti o coração bater mais forte. Abri a porta, e o sorriso dela quase me fez esquecer tudo. Dei-lhe dois beijos junto ao pescoço. Senti o perfume, a pele quente, e por dentro algo em mim sossegou. Ela estava ali.
Conversámos enquanto comíamos. A comida quase se tornou desculpa. As palavras iam e vinham com leveza, cheias de duplo sentido, mas também com afeto. A forma como ela me olhava… como sorria… como se deixava estar. O desejo crescia, claro. Mas havia mais — uma ternura silenciosa que me fazia querer cuidar dela, e não só tocá-la.
No fim do almoço, ela olhou o telemóvel. Tinha de voltar ao trabalho. Levantou-se, e eu também. Sabia que era agora ou nunca. Comecei a provocá-la, a lembrar algumas das nossas conversas mais picantes. Ela sorriu e respondeu num tom meio sério, meio cúmplice: “cuidado, miúdo…”
Pedi um abraço antes de ela ir. Ela chegou-se perto, colou o corpo ao meu. E nesse momento soube que não bastava. Sussurrei que queria um beijo. Só um. Um toque de lábios, para guardar.
Houve hesitação. Mas também vontade. Dei um passo em frente, encostei-me a ela. Os nossos lábios tocaram-se — leves, como quem testa o que vem a seguir. Ela tentou parar. Disse que tinha de ir. Mas os olhos pediam mais. E eu dei.
Levei a mão à nuca dela, puxei-a para um segundo beijo, mais profundo. As línguas encontraram-se, e ela começou a ceder. Murmurava entre beijos: “não devíamos… tenho de ir… ai, que bom…” As mãos começaram a explorar. A dela no meu peito, a minha na sua cintura. Tudo aconteceu rápido, mas com um cuidado que só existe quando se quer mais do que só prazer.
Abri a blusa dela com pressa e respeito. Mãos quentes nas mamas firmes, quentes, que ela deixou tocar sem resistência. Fomos tropeçando até ao sofá, presos um no outro, como se já não houvesse mundo à volta.
Sentei-a. Ajoelhei-me à frente dela. A minha boca encontrou os mamilos, a língua fez o resto. Ela suspirava, puxava-me o cabelo, perdia-se em murmúrios. Tirei-lhe as calças com urgência. As cuecas de renda nude revelaram-se já húmidas, esperando por mim. As minhas calças e boxers caíram logo a seguir. Já não dava para parar.
Entrei nela ali mesmo, de frente, com as pernas abertas sobre o sofá. A sensação foi avassaladora — quente, molhada, intensa. Ela fechou os olhos, mordeu os lábios e gemeu baixinho. Movíamos os corpos no mesmo ritmo dos beijos, das mãos, das respirações. Tudo encaixava. Tudo fazia sentido.
Não foi só tesão. Foi libertação. Foi carinho acumulado, desejo guardado demais tempo. Gozei dentro dela, sim — intenso, bruto, sem defesas. Mas também com uma paz no peito que eu não esperava sentir.
Depois, ela encostou a testa na minha. Rimos baixinho, meio sem jeito, como quem sabe que algo ali mudou. Não foi só um almoço. Foi o começo de uma história. De desejo, sim. Mas também de algo mais… algo que, talvez, já estivesse a nascer muito antes de ela aceitar o convite.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico ignoto

Nome do conto:
Sushi e Motel - Sushi

Codigo do conto:
235656

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
15/05/2025

Quant.de Votos:
1

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