“Está quente, não é?” perguntou ele, com uma voz suave que fez Sónia estremecer. Ela assentiu, tentando manter a compostura, mas algo naquele olhar penetrante a deixou desconfortável… e excitada. Ricardo era mais novo, com um corpo atlético e um charme irresistível. Sónia nunca tinha admitido, mas, desde o seu primeiro dia, ele a atraía de uma forma que não sentia há anos.
O dia avançou, e o calor só aumentou. Às tantas, Sónia levantou-se para ir buscar água. Ao passar por Tufão, ele esticou a perna, fazendo-a tropeçar ligeiramente. Ela caiu no colo dele, e as suas mãos firmes seguraram-na pela cintura. “Desculpe,” murmurou ele, mas não a soltou. Sónia sentiu o calor do corpo dele, o cheiro do seu perfume, e algo dentro dela cedeu.
“Está tudo bem,” sussurrou ela, mas também não se mexeu. Tufão olhou-a nos olhos, e, num gesto ousado, inclinou-se para a beijar. O beijo foi lento, intenso, e Sónia sentiu-se perdida naquele momento. Quando finalmente se separaram, ela estava sem fôlego.
“Sabia que ia acontecer,” disse Tufão, com um sorriso malicioso. Sofia não respondeu, mas sabia que ele tinha razão. Desde o primeiro dia, havia uma tensão entre eles, algo que ela tentara ignorar, mas que agora explodira de forma incontrolável.
“O meu marido…” começou ela, mas Tufão interrompeu-a com outro beijo.
“Eu sei,” disse ele. “Mas isto é só entre nós.” Sónia sentiu-se dividida entre a culpa e o desejo, mas, naquele momento, o desejo falou mais alto. Levantou-se e, sem dizer uma palavra, dirigiu-se à casa de banho. Tufão seguiu-a, e, assim que a porta se fechou, ele a empurrou contra a parede, beijando-a com uma intensidade que a deixou sem ar.
As mãos dele exploraram o seu corpo, desabotoando a blusa e tirando-lhe o sutiã. Sónia deixou-se levar, esquecendo-se de tudo o que estava fora daquela casa de banho. Quando ele a penetrou, ela soltou um gemido abafado, agarrando-se a ele como se fosse a única coisa que a mantivesse de pé. Foi rápido, intenso, e, quando acabou, Sónia sentiu-se exausta e cheia de culpa, mas também incrivelmente viva.
“Temos de voltar,” disse ela, endireitando a roupa. Tufão assentiu, mas o olhar dele dizia que isto não era o fim. Sónia, sabia que tinha aberto uma porta que não podia fechar, e, por mais que tentasse negar, sabia que ia voltar a acontecer. Afinal, por trás daquela fachada de “casada certinha”, havia uma mulher cheia de desejos secretos.