Do outro lado da cidade, o marido de Solange estava mergulhado em reuniões intermináveis, completamente alheio ao que se passava na sua casa. Ele era um homem dedicado ao trabalho, meticuloso e previsível, e Solange sabia que não regressaria antes das oito da noite. Era o tempo perfeito.
A porta do quarto abriu-se sem fazer ruído, e ele entrou. Tufão. O seu olhar encontrou o dela, e um sorriso lento desenhou-se nos seus lábios. Não precisavam de palavras. Sabiam ambos porque estavam ali, e o que iria acontecer a seguir.
Marco aproximou-se dela, os passos lentos e deliberados, como se quisesse prolongar a antecipação. Quando chegou ao seu lado, a mão dele deslizou pelo seu ombro, e Solange sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. O toque dele era firme, mas suave, e ela inclinou a cabeça para trás, oferecendo-lhe o pescoço. Ele não hesitou, os lábios dele encontraram a sua pele, e Solange soltou um suspiro rouco.
As mãos dele exploraram o seu corpo com uma familiaridade que só o tempo podia trazer, deslizando pelo vestido de seda até encontrarem a barreira da roupa interior. Solange sentiu o calor dele contra si, e o desejo cresceu dentro dela como uma chama que não podia ser contida. As mãos dela desceram até à cintura dele, desabotoando o cinto e as calças com movimentos rápidos e precisos.
Tufão puxou-a para si, e o vestido de seda deslizou pelo corpo dela, caindo no chão como uma casca abandonada. Ele beijou-a com uma intensidade que a deixou sem ar, as mãos dele explorando cada curva, cada recanto do seu corpo. Solange respondeu ao beijo com igual fervor, os dedos dela enterrando-se no cabelo dele, puxando-o para mais perto.
Ele levou-a para a cama, e o corpo dela afundou-se no colchão macio. Tufão posicionou-se sobre ela, os olhos fixos nos dela, e Solange sentiu-se completamente exposta, completamente sua. Quando ele entrou nela, foi como se o tempo parasse. O mundo exterior desapareceu, e só existiram eles, os seus corpos entrelaçados, os seus gemidos misturando-se no ar quente do quarto.
Tufão moveu-se dentro dela com uma lentidão torturante, prolongando cada momento, cada sensação. Solange agarrou-se a ele, as unhas cravando-se nas costas dele, e ele respondeu com um gemido rouco. O ritmo deles acelerou, e Solange sentiu o calor a acumular-se dentro dela, uma onda que crescia e crescia até não poder mais ser contida.
Quando o orgasmo a atingiu, foi como uma explosão, uma descarga de prazer que a deixou tremendo e sem fôlego. Tufão seguiu-a momentos depois, o corpo dele tenso, os músculos rígidos, e então ele desabou sobre ela, os respiros pesados e desencontrados.
Ficaram ali, entrelaçados, os corpos ainda a tremer com os ecos do prazer. Sabiam que o tempo era limitado, que o marido de Solange podia regressar a qualquer momento, mas naquele instante, nada mais importava. Eles tinham-se encontrado novamente, e o mundo podia esperar.