Sob o olhar do Marido



Primeira parte
Helena tinha quarenta e dois anos e, para todos que a conheciam, era o retrato da virtude. Dona de casa dedicada, presença constante nas missas de domingo, sempre à frente dos eventos beneficentes e voluntária incansável. Era o tipo de mulher lembrada por todos com admiração e respeito. Sua doçura transparecia em cada gesto, e sua vida parecia seguir o caminho perfeito de quem nasceu para servir e amar.
Seu marido, Augusto, era um homem simples. Funcionário público de carreira modesta, discreto, cumpridor de regras e horários. Não bebia, não brigava, não traía. Um homem correto, mas sem brilho. O casamento dos dois, visto de fora, era estável, sólido — exemplo para muitos. Mas dentro das paredes da casa, a história era outra.
Helena havia conhecido apenas um corpo masculino em toda a sua vida: o de Augusto. Nunca soube o que era sentir arrebatamento no toque, nem o calor que sobe em ondas quando a pele se encontra com desejo. Nos primeiros anos de casada, entregava-se com fé e esperança, acreditando que o prazer talvez viesse com o tempo. Mas os encontros eram breves, apressados, muitas vezes frustrados pela pressa dele ou pela falta de entrega. Com os anos, tornaram-se raros, quase anuais.
A chama que deveria aquecer as noites se transformou em cinzas mornas. Helena aprendeu a sorrir para o mundo, mas, sozinha, no silêncio do banheiro ou na escuridão da cama, buscava alívio em toques tímidos. Descobriu, em segredo, a intensidade de filmes eróticos que assistia escondida, sempre com culpa, sempre temendo ser descoberta. Ali, em imagens distantes, encontrava o que a vida real nunca lhe dera: o vislumbre de uma mulher desejada, arrebatada, possuída.
Ainda assim, ao amanhecer, ela voltava a ser a mesma: esposa fiel, senhora respeitada, símbolo de pureza para a comunidade. Ninguém desconfiava das ondas de frustração que se quebravam dentro dela, nem da solidão ardente que lhe consumia o corpo.

O primeiro encontro
Foi durante a primavera que a rotina da igreja se alterou. O antigo pároco, homem já cansado, deu lugar a um novo pastor: Elias. Não era um homem que chamava atenção pela aparência. Gordo, desajeitado, sem o carisma natural de quem encanta pelo olhar ou pelo sorriso. Ainda assim, sua chegada causou curiosidade entre os fiéis. Helena, como sempre, foi das primeiras a se aproximar para oferecer ajuda nas tarefas comunitárias.
Ele aceitou sua dedicação com gratidão. Logo estavam juntos, preparando salas, organizando eventos, planejando quermesses. Para Helena, era apenas mais uma missão de serviço — até o dia em que o acaso a surpreendeu.
Numa tarde abafada, enquanto levava toalhas para a sacristia, ela entrou em um corredor lateral. O som da água correndo chamou sua atenção. A porta do pequeno banheiro estava entreaberta, e, sem querer, seus olhos foram atraídos para dentro. Lá estava Elias, nu, sob o chuveiro.
Helena estacou. O instinto dizia que se afastasse, que desviasse o olhar. Mas algo mais forte a paralisou. Seus olhos, quase contra a própria vontade, fixaram-se em um detalhe: o corpo dele, que destoava completamente da imagem desajeitada que mostrava vestido. Ali, à sua frente, um membro viril que parecia desafiar a lógica de tudo que ela conhecia até então. Era peludo e tinha as veias sobressaltadas. O tamanho do escroto dele devia ser três ou quarto vezes a do marido, que mal tinha pelos ralos e um pintinho que mais parecia de criança.
O choque foi imediato. Não apenas pelo tamanho, mas pela vitalidade que irradiava, pulsante, quase arrogante. Helena sentiu o coração disparar, as faces queimarem, as pernas vacilarem. Nunca, em todos os seus anos de casamento, havia presenciado nada parecido.
Como se a cena não fosse já proibida o suficiente, Elias, alheio à presença dela, levou a mão a si mesmo. Iniciando uma punheta ele fez movimentos firmes, compassados, carregados de uma naturalidade que a deixou hipnotizada. E então, quando o auge chegou, Helena mordeu os lábios para não soltar um som. A abundância que jorrou diante de seus olhos foi a estocada final em sua alma já em conflito. A comparação com o ralo sêmen de seu marido foi inevitável.
Saiu apressada, como se fugisse de um pecado, mas o corpo ainda tremia. Pela primeira vez em muito tempo, não conseguiu se confessar nem rezar. Só pensava na comparação inevitável com seu marido adormecido e silencioso. A culpa a corroía, mas junto dela, um desejo desconhecido começava a nascer.
O desejo
Depois daquele dia, nada mais foi igual para Helena. Tentava afastar da mente a imagem do pastor nu, o peso daquela visão que lhe incendiava as entranhas, mas era inútil. Nas horas de oração, sua mente divagava. Durante os trabalhos da igreja, bastava sentir a voz grave de Elias ecoar para que um arrepio percorresse sua pele.
Ele, por sua vez, não demorou a notar. Tinha a astúcia de quem já conhecia a fraqueza dos corações humanos. Helena não seria a primeira fiel que testemunharia seu vigor. Um olhar furtivo dela, o rubor que lhe subia ao rosto, a respiração alterada em conversas mais longas. Elias sabia ler sinais, e em Helena eles estavam por toda parte.
Aos poucos, começou a se aproximar de forma sutil. Passava mais tempo ao lado dela, elogiava seu zelo, sua dedicação, sua “luz”. A voz era sempre firme, mas carregada de uma proximidade que ela nunca havia sentido com outro homem. Era como se, sem perceber, Helena começasse a lhe abrir a alma.
Em uma tarde chuvosa, no salão vazio, o inevitável aconteceu. Entre caixas e panos empilhados, ela deixou escapar uma confissão. A voz saiu trêmula, quase como se fosse um desabafo:

— Nunca… nunca soube o que é o prazer de verdade.
Elias não demonstrou surpresa. Apenas inclinou o rosto, como quem ouve uma verdade já esperada. Incentivou-a a falar, e as palavras jorraram de sua boca como um rio represado por anos: a frieza do casamento, a ausência de carinho, os encontros mecânicos, a masturbação solitária diante de filmes que lhe arrancavam gemidos que o marido jamais soubera despertar.
Quanto mais falava, mais pesada sentia a culpa — e, paradoxalmente, mais excitada. O olhar do pastor não era de julgamento, mas de uma compreensão que a despia por dentro.
Em algumas dessas conversas, Helena notava o tecido da calça dele se estufando discretamente. No início desviava o olhar, corando como uma menina. Até que, num instante de coragem misturada com vertigem, seus olhos se demoraram mais do que deviam. Elias percebeu.
— Quer ver? — perguntou em voz baixa, quase como uma provocação.
O silêncio de Helena foi resposta suficiente. Ela não disse “sim”, mas também não teve forças para dizer “não”.
Naquela tarde, suas mãos trêmulas tocaram o que tanto imaginara. Ela sentiu em sua mal o pênis de Elias pulsar. O peso, o calor, a firmeza… e então o movimento inevitável começou. A sensação de poder e pecado misturou-se em cada segundo. Quando a explosão veio, ela estremeceu junto, não pelo corpo dele, mas pelo que aquilo significava dentro dela. Os jatos de porra abundaram por ela. Sua mão, seus braços e joelhos e até sua roupa ficaram impregnadas com o gozo do Elias. Ela sentiu o cheiro de seu sêmen, mas não teve coragem de provar o sabor. A inevitável comparação aconteceu. As secreções de Elias era espessas, tinha um cheiro forte e uma coloração branca intensa, nada comparado ao do marido, ralo e de baixo volume.
Saiu dali marcada. O cheiro, o calor, a lembrança grudaram em sua pele como uma segunda pele. À noite, ao deitar-se ao lado do marido adormecido, demorou horas para dormir. As mãos, inquietas sob o lençol, buscavam novamente aquele êxtase que, pela primeira vez, ela sabia existir. Mas desta vez a masturbação foi diferente. Abandonando a singela massagem clitoriana Helena se permitiu tocar de maneira mais intensa. Introduzia os dedos na vagina, dois ou três ao mesmo tempo. Em alguns momentos inclusive explorava o períneo e sentia as pregas de seu ânus.
O conflito
Helena não conseguiu sustentar o peso sozinha por muito tempo. As noites tornaram-se longas demais, as manhãs, carregadas de um silêncio que lhe pesava nos ombros. O olhar do marido, tão pacato, começava a lhe causar um misto de ternura e impaciência. Era como se cada gesto dócil dele apenas lembrasse o quanto seu corpo jamais fora despertado de verdade.
Depois de dias de luta interna, ajoelhou-se em oração pedindo forças. Mas as palavras que brotavam de seus lábios não eram de arrependimento sincero. Eram de desejo reprimido. Foi ali que percebeu: não havia mais como esconder.
Numa noite de domingo, sentada na beira da cama, decidiu falar. Augusto lia em silêncio, seus óculos escorregando pelo nariz, alheio à tempestade que se formava ao lado. Ela respirou fundo, e com voz trêmula começou a contar. Não omitiu nada: o encontro com o pastor, as conversas íntimas, o toque proibido, a sensação arrebatadora.
O marido largou o livro, atônito. Por um instante, o silêncio foi sepulcral. O rosto dele passou do espanto para a fúria contida.
— Você… você fez isso comigo? — murmurou, a voz embargada.
Helena chorava, mas não recuava. Entre lágrimas, pediu que compreendesse: não era falta de amor, era falta de algo que jamais tivera e que, talvez, não pudesse mais reprimir. Disse que o amava, que continuava sendo sua esposa fiel no coração — mas que seu corpo clamava por algo que ele nunca lhe dera.
O golpe parecia insuportável para Augusto. A princípio, a resposta foi negativa, cheia de dor e revolta. Mas, nos dias que se seguiram, algo inesperado começou a nascer dentro dele. O pensamento de sua mulher entregue a outro homem, que antes lhe causava humilhação, começou a se transformar em algo diferente, perturbador, mas excitante.
Primeiro resistiu, achando que era loucura. Depois, percebeu que, em suas próprias fantasias noturnas, já não conseguia afastar a imagem dela com Elias. Era como se, ao aceitar essa realidade, tivesse encontrado uma forma distorcida de recuperar sua virilidade perdida. Augusto era consciente de sua capacidade sexual débil. Sabi que tinha um pênis pequeno e que não conhecia as técnicas do prazer.
Foi Helena quem, certa noite, segurou-lhe as mãos e disse:
— Eu preciso disso… mas só se você permitir.
Ele demorou a responder. O coração batia acelerado, a mente fervia. Por fim, com um fio de voz, admitiu:
— Eu deixo. Mas quero estar lá. Quero ver.
O pacto estava selado. Entre o medo, o desejo e a culpa, um novo destino se desenhava para os dois.
O encontro
A noite escolhida chegou como um presságio. Helena mal conseguiu pregar os olhos durante o dia inteiro. O coração acelerava a cada pensamento do que estava prestes a acontecer. Vestiu-se com um cuidado que há anos não dedicava a si mesma: roupas discretas, mas que escondiam uma ansiedade vibrante.
Augusto caminhava ao lado dela, em silêncio. Seus olhos denunciavam uma mistura de nervosismo e excitação que ele não ousava admitir. Sabia que, em poucas horas, testemunharia algo que mudaria para sempre o casamento.
Na penumbra da igreja, Elias os aguardava. O ambiente carregava um silêncio quase cúmplice, quebrado apenas pela respiração contida dos três. O pastor a recebeu com um olhar firme, como se tivesse total domínio da situação. Helena, trêmula, sentia-se dividida entre a vergonha e a vertigem do desejo.
No pequeno quarto ao lado da sacristia, o marido acomodou-se em uma cadeira, como haviam combinado. Não era mero observador — era cúmplice do próprio destino.
Helena aproximou-se de Elias devagar, como quem atravessa um abismo. Os dedos dela, hesitantes, exploraram a pele dele. Foi a primeira vez que se permitiu, em toda a sua vida, ajoelhar-se diante de um homem. O gesto, por si só, já a arrepiava da cabeça aos pés.
Enquanto a rola de Elias crescia na boca de Helena os olhos dela buscavam os do marido a cada instante. Queria que ele visse, que soubesse que estava lá por escolha, mas também por entrega. Augusto, imóvel, observava, o rosto ruborizado, as mãos escondendo mal o tremor.
Quando Elias a tomou pelos cabelos e conduziu seus movimentos, Helena gemeu baixo, não de dor, mas de descoberta. Pela primeira vez provava algo que sempre lhe fora negado. O gosto, o calor, o excesso… tudo parecia um rito profano que a libertava de anos de silêncio. Augusto sabia que Elias estava gozando na boca de sua esposa. Apesar de estar de costas era perceptível que ela fazia movimento de deglutinação, e não eram poucos. Terminado o orgasmo ela se vira. Fica nítido para Augusto que a esposa não conseguiu engolir tudo, seu queixo e seios deixam claro que Helena não conseguiu engolir tudo e exibem uma porra muito diferente da dele.
Em seguida Helena se posiciona na cama, colocando-a de joelhos, posição essa que nunca havia feito com o marido. Helena apoiou-se, o corpo entregue, mas os olhos cravados em seu marido. Cada gemido que escapava de sua boca parecia dirigido a ele, como uma confissão invertida, cruel e excitante.
A penetração era intensa, forte. A cena era demorada, minutos se passaram enquanto o padre suava em cima da esposinha do corninho. Palavras que jamais ousara pronunciar escaparam de seus lábios: súplicas, provocações, ordens. Foi chamada de puta, vadia...pedia para ser surrada e ter seus cabelos puxados. Elias atendia com vigor, e cada investida ecoava no quarto como um trovão. O contraste era evidente: de um lado, a força bruta; do outro, o marido, sentado, ofegante, a calça meio aberta, dividido entre a dor e o prazer de assistir. O pênis diminutos nas mas de Augusto se masturbando enquanto Helena não tirava os olhos deles, mostrando ao maridinho a maneira que uma fêmea deve ser tratada.
Quando o pastor pediu por algo mais, Helena não hesitou. Estendeu a mão para o marido, pedindo o frasco de lubrificante. O gesto simples, quase doméstico, teve o peso de um veredito. Augusto, em silêncio, entregou-lhe, e naquele instante soube que não havia mais volta. Helena sabia que teria que se esforçar para aguentar um pênis daquele em seu ânus.
O quarto se encheu de sons abafados, respirações curtas, gemidos entrecortados. Helena estava no auge da sua libertação, enquanto o marido, impotente, descobria em si um prazer sombrio ao vê-la assim. Elias foi gentil e aos poucos foi penetrando naquela parece apertada. Os olhos de Helena sempre fixos no marido. Era visível a expressão de dor a cada investida do padre no ânus da esposa. Após uns bons minutos ela fala ao padre que seu ânus se alargou e que pode meter com mais força...tudo sim sem tirar os olhos de Augusto. E quando o clímax chegou, foi quase simultâneo: três destinos que se entrelaçavam na mesma explosão de pecado e catarse. O gozo alto da esposa, o grunido animalesco de Elias enchendo o rabo da religiosa e o gozo ralo do maridinho.
O pós-encontro
A madrugada avançava quando deixaram a igreja. O ar fresco da rua contrastava com o calor que ainda ardia na pele de Helena. Caminhou de braços dados com o marido, em silêncio. Não havia palavras capazes de traduzir o que tinham vivido.
Em casa, deitou-se ao lado de Augusto como sempre. Mas, pela primeira vez em muitos anos, havia entre eles uma estranha cumplicidade. Ela o olhou nos olhos antes de adormecer, e ele correspondeu com um gesto discreto, quase tímido, mas cheio de significado.
Não falaram do que havia acontecido nos dias seguintes. Apenas carregavam no olhar um segredo que os unia de forma inédita. Augusto não se tornara um homem diferente, nem Helena deixara de ser a esposa fiel que todos admiravam. Mas havia entre eles uma espécie de pacto silencioso, um entendimento proibido que aquecia suas noites de maneira inesperada.
Com o tempo, o encontro deixou de ser exceção. Voltaram à igreja em outras noites, repetiram o ritual, cada vez com menos culpa e mais entrega. Para evitar riscos, Helena permitia-se apenas de uma forma, era apenas sodomizada: entregue ao prazer, mas sem chance de gerar consequências. E assim encontrou uma rotina que conciliava desejo e conveniência.
Curiosamente, o amor entre ela e o marido não se dissolveu. Pelo contrário, parecia mais sólido. Havia ternura nos gestos cotidianos, respeito nas pequenas coisas, e até uma estranha forma de gratidão. O sexo entre eles, porém, continuava rarefeito, quase inexistente. Era como se tivessem aceitado: no leito conjugal reinava a paz, mas não o fogo.
Helena já não se via como antes. Não era apenas a esposa religiosa e dedicada, nem apenas a mulher frustrada em silêncio. Era, agora, alguém que descobrira em si mesma uma fome impossível de apagar — e que aprendera a alimentar sem destruir tudo ao redor.
E assim seguiam, dia após dia, com a mesma rotina diante do mundo. Mas no fundo, escondida atrás de olhares cúmplices e silêncios carregados, uma nova vida havia começado. Uma vida onde o amor resistia… e o desejo, finalmente, encontrava sua voz.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico andrehenriques2000y

Nome do conto:
Sob o olhar do Marido

Codigo do conto:
242736

Categoria:
Cuckold

Data da Publicação:
18/09/2025

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