GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [69] ~ UM NOVO RECOMEÇO



Desci o elevador com o sangue fervendo nas veias, uma mistura tóxica de raiva e humilhação correndo pelo meu corpo como veneno. Como Guto poderia ter sido tão baixo a esse ponto? Será que ele era tão submisso assim ao Haroldo? Apesar do pouco tempo que tínhamos juntos, eu gostava do Guto do meu jeito, talvez não fosse o grande amor da minha vida, mas eu gostava. E me senti profundamente humilhado, traído na minha própria ingenuidade.
Quando as portas do elevador se abriram no térreo, ouvi passos apressados atrás de mim. Era Guto, claro, correndo atrás de mim como sempre fazia quando as coisas desandavam.
— Lucas, espera! Vamos conversar — disse Guto me segurando pelo braço com força, o desespero evidente na voz.
— Sobe lá pro seu namoradinho — respondi com desprezo, me soltando do seu aperto — você é um canalha, Guto, isso que você é.
— Não é o que você tá pensando! Eu não fiz nada com o Haroldo, eu juro — ele insistia, mas suas palavras soavam vazias, desesperadas.
— Você acha que eu sou tonto? Você acha que tem escrito aqui na testa "palhaço"? — gritei, apontando para minha testa, a raiva transbordando por cada poro.
— Lucas, por favor, eu... eu... eu fiz isso porque queria que você me castigasse — ele gaguejou, as palavras saindo atropeladas — eu sabia que isso ia mexer com você e seus instintos. Eu amei tudo que você fez naquele dia.
Parei de andar e me virei para ele, incrédulo. Dei um sorriso amargo, sem acreditar naquilo que saía da sua boca.
— Como é, Guto? Você tá dizendo que fez isso porque queria ser castigado por mim?
— Sim! Por favor, me perdoa, eu exagerei — ele implorou, os olhos marejados.
— Você é sonso, isso que você é — disse balançando a cabeça — sabe de uma coisa? Você não quer me perder, e pelo visto não quer perder o Haroldo também, né? Mas eu não aceito isso. Não quero saber, quero que você suma da minha vida.
— Lucas, por favor, me perdoa! Eu faço o que você quiser, mas por favor não vai embora — ele tentou me segurar novamente, mas eu me afastei.
— Guto, acabou. A-CA-BOU — falei separando as sílabas para ele entender bem — me esquece. Volta lá pro seu maridinho, afinal é só ele estalar os dedos que você tá de quatro pra ele como um cachorro.
— Lucas, por favor, não complica. Eu gosto de você.
— Guto, me esquece — disse com frieza e caminhei para meu carro.
Saí de lá com uma raiva que me corroía por dentro, uma sensação de ter sido feito de idiota mais uma vez. Guto ainda me ligou e mandou mensagens, mas optei por não ver nem atender. Eu estava incrivelmente chateado, mas mais que isso, estava decepcionado comigo mesmo por ter acreditado naquela farsa.
Acabei indo para casa, precisava de um lugar para processar toda aquela confusão. Quando cheguei, encontrei Camille sozinha na sala, assistindo televisão. Não falei nada, apenas passei direto, mas sabia que ela percebeu meu estado alterado. E claro, sabia também que ela não iria deixar passar batido.
Não deu nem dois minutos e ela apareceu no meu quarto, sem nem ao menos bater na porta.
— Seu pai saiu, foi deixar seu irmão na casa do seu tio, e depois ia assistir o jogo com os amigos — disse Camille com um tom manso que não combinava nem um pouco com ela — achei que você não ia vir pra casa hoje.
— Camille, dá o fora daqui, por favor — respondi sem nem olhar na direção dela, tirando a camisa e jogando na cesta de roupas sujas.
— Esqueci que o viadinho não gosta de mulher — ela disse com veneno na voz — ai, ai, Lucas, você é crápula.
— Eu devia gravar tudo que você fala e mostrar pro meu pai — rebati, me virando para encará-la — você é uma cobra, Camille.
— Seu pai é louco por mim, e eu sou louca por ele — ela disse se aproximando, um sorriso malicioso nos lábios.
— Não parece, porque você não sai do meu pé — respondi com sarcasmo — por que não faz essas coisas quando meu pai tá presente?
— Porque eu não sou a vilã — ela disse, os olhos brilhando com maldade — o vilão é você, o filho gay e meu ex-namorado gay. Você não presta, Lucas, você é desprezível.
— Camille, por favor, dá o fora daqui, que tô estressado — disse me sentando na cama, passando as mãos pelos cabelos.
— Estressado? Brigou com o namoradinho foi? — ela perguntou com falso interesse, se aproximando mais.
— Não te interessa. Vou tomar um banho e me deitar.
— Posso tomar banho com você? — ela perguntou descaradamente.
— Você não me excita, já te disse isso mil vezes. Eu tenho nojo de você — respondi com nojo evidente na voz.
— Mas quando namorava comigo eu te excitava, daí agora não mais? — ela insistiu, se sentando na beirada da minha cama.
— Camille, eu sou gay. Eu fazia as coisas com você à força, porque eu tentava não me aceitar. Mas depois que o Luke me comeu, descobri que sou viciado em homem, EM PAU, e você não me excita. Agora dá o fora daqui.
— Será mesmo? — ela perguntou com um sorriso provocante.
E então Camille se aproximou de mim de uma forma que eu conhecia bem. Ela sabia exatamente meus pontos fracos desde quando a gente namorava. Sabia onde tocar, como tocar, o que falar. Por um momento, eu pensei: por que não? Por que não transar com essa vadia e depois contar pro meu pai, fazê-la ir embora das nossas vidas de uma vez por todas?
Ela começou devagar, provocando, sussurrando coisas no meu ouvido, tocando meu peito, meu pescoço. E eu, vulnerável pela decepção com Guto, pela raiva, pela frustração, acabei cedendo. Acabei tomando uma decisão que iria mudar completamente minha vida alguns meses depois, embora eu não soubesse disso naquele momento.
Transei com Camille. Com raiva, com ódio, mas fiz o meu melhor como sempre fazia. Foi mecânico, foi descarrego, foi tudo menos amor. Quando terminamos, ela disse:
— Nossa, você tá bem melhor do que da última vez.
— Camille, você já teve o que queria, agora dá o fora daqui — respondi friamente, me levantando da cama.
— Realmente já tive sim o que eu queria — ela disse com um sorriso que não consegui decifrar — boa noite, meu lindo.
— Não sou seu lindo. Eu apenas te comi pra esquecer meus problemas.
— O que foi? O Luke fez alguma coisa? Ou melhor, o Carlos?
— Nem um nem outro. Dá o fora daqui.
E então Camille saiu, deixando um perfume pesado no ar e uma sensação de sujeira na minha pele. Fiquei me sentindo imundo por ter feito aquilo. Primeiro, Camille era minha ex e namorava atualmente com meu pai, não achei certo, mas resolvi ceder mesmo assim.
Sei que muitos podem me julgar por essa atitude, e sei que muitos podem me recriminar. Mas devo admitir uma coisa: usei a desculpa mais velha do mundo - "eu era homem, a carne é fraca". É uma desculpa esfarrapada, eu sei, mas é a maneira que encontrei de driblar a culpa para não me sentir completamente como um canalha.
A verdade é que às vezes a gente procura desculpas patéticas para justificar nossos erros simplesmente porque não temos coragem de assumir que fizemos algo errado e dar a cara a tapa. É mais fácil dizer "eu estava vulnerável", "eu estava com raiva", "foi um momento de fraqueza" do que simplesmente admitir: "Eu fiz porque quis, porque tive vontade e desejo". Mas isso me tornaria o vilão da história, e todos nós gostamos de nos ver como os mocinhos das nossas próprias narrativas.
Camille era minha ex que jogava sujo e namorava com meu pai. Eu tinha meio que essa síndrome do protagonista, do mocinho da história. Mas naquela noite, transando com ela por raiva e vingança, percebi que talvez eu não fosse tão diferente dela assim. Talvez todos nós tenhamos um lado sombrio que preferimos esconder atrás de desculpas bem elaboradas.

Em meio a tantos pensamentos confusos, no outro dia quando acordei, mandei mensagem para Luke. Perguntei se ele tava livre e ele disse que sim. Perguntei se ele queria ir à praia comigo, e ele me questionou:
— Praia? Achei que você queria vir aqui em casa pra gente fuder.
— Podemos fazer isso depois, mas vamos à praia. Vou levar o Thanos e passo aí te pegar — respondi.
— Ok — ele disse.
Juntei algumas coisas do Thanos, coleira, brinquedos, água, e desci para buscar o Luke. Quando chegou na frente do prédio dele, meu coração deu aquela acelerada que só ele conseguia provocar. Luke estava lindo, na real ele nunca deixou de ser lindo. Usava uma bermuda jeans desbotada que marcava perfeitamente suas pernas torneadas, uma regata branca que realçava seu bronzeado natural, e aqueles olhos cor de mel que sempre me hipnotizavam.
Thanos latiu animado quando viu Luke, apesar de não terem tanto contato assim. Thanos se dava bem com todo mundo, mas parecia ter um carinho especial por Luke. Puxei Luke para um beijo longo e gostoso antes mesmo dele entrar no carro, sentindo aquele gosto que eu conhecia tão bem e que sempre me deixava com vontade de mais.
Fomos para a praia e foi mágico. Thanos fez a festa, entrou no mar, brincou, correu na areia como se fosse a primeira vez. Jogamos bolinha com ele, tomamos água de coco gelada com Luke, ficamos conversando sobre várias coisas , faculdade, planos, sonhos, bobeiras do dia a dia.
E ali, sentado na areia com Luke ao meu lado, Thanos correndo em volta da gente, o sol batendo no nosso rosto, estava meio que se criando outro laço entre a gente. Não sei explicar bem, mas foi a partir desse dia que minha história com Luke tomou outra forma, outro jeito, outro rumo. Talvez a decepção com Guto me fez pensar e focar 100% em Luke.
Eu já não imaginava a gente somente com “amigos de sexo”, ou meu ex que me come de vez em quando. Ali, naquela manhã gostosa na praia, achei que nossa vida poderia tomar um novo rumo. Mesmo sabendo que o vendaval Paul estava a caminho, eu pensei: se quando namorei com Carlos nessa última vez foi tão diferente, tão gostoso, por que não tentar de uma nova forma namorar Luke?
Afinal, seria algo novo e diferente. A gente não estava mais no ensino médio, não éramos mais adolescentes. Estávamos tocando nossas vidas, nossas faculdades, tínhamos novos amigos e rotinas. Eu olhava Luke e admirava seu corpo atlético, seu tom de pele dourado pelo sol, seus olhos cor de mel, o jeito que ele sorria, que me olhava. Ele era realmente o garoto que eu tinha me apaixonado há tanto tempo. Ele era o garoto que para sempre eu iria odiar amar. Era ele, o Luke.
Quando voltamos da praia, passei no pet shop e deixei Thanos para tomar um banho e tirar todo sal e areia. Luke conversava e cantava as músicas que tocavam no som do carro, sempre que parávamos no sinal a gente se beijava intensamente, como dois adolescentes apaixonados.
Fomos para o apartamento dele, um lugar pequeno, mas aconchegante, que cheirava a ele. Lá os beijos ficaram melhores, mais intensos, mais urgentes. Tiramos as camisas e bermudas e ficamos só de sunga, eu e ele deitados no chão frio da sala, com uma química incomparável que tínhamos.
Nossas sungas, a minha azul marinho da Adidas, a dele laranja, eram as únicas barreiras entre nossos corpos suados e dourados pelo sol da praia. Eu podia ver as marquinhas do bronzeado no corpo dele, linhas brancas que contrastavam com a pele morena, e sabia que ele também notava as minhas. Eu sempre fui um pouco mais moreno que Luke, mas depois da praia estávamos quase na mesma cor.
Eu estava sentado sobre Luke, nossos corpos se encaixando perfeitamente, quando o beijei com uma intensidade que me surpreendeu. Nossas sungas ainda molhadas da praia grudavam na pele, criando uma tensão deliciosa entre nós.
— Você sabia que de todas as bocas que já beijei, a sua é a melhor? — disse segurando seus ombros, olhando diretamente nos seus olhos cor de mel.
— Só a boca? — disse Luke me olhando com um olhar que me consumia inteiro, um sorriso travesso brincando nos seus lábios.
— Não, não só a boca. Seu corpo todo — respondi, passando as mãos pelo seu peitoral — mas seu beijo é incomparável. É o melhor, o gosto, o sabor, a forma que sua língua encosta na minha, a forma que você chupa meu lábio inferior, seus lábios carnudos. É o melhor beijo do mundo.
— Assim você me deixa tímido — ele disse corando ligeiramente, mesmo estando ali quase nu comigo.
— Tímido por quê? Se é a verdade.
— Você também beija muito bem — disse Luke, as mãos subindo pelas minhas costas — eu gosto dos seus beijos, do seu corpo, do seu toque.
— Gosta? Pois aproveita que eu sou todo seu — falei, nossa proximidade física tornando cada palavra mais intensa.
— Só por hoje?
— Pode ser pra sempre, basta você querer — falei sorrindo, sentindo o tecido da minha sunga roçar contra a dele.
— Pra sempre? Tem certeza? — disse Luke me beijando com vontade, as mãos agarrando minha cintura.
— Aham, pra sempre — falei sussurrando no seu ouvido, sentindo seu corpo inteiro estremecer.
— Você me deixa doido, Lucas. Juro.
— Você também me deixa doido, Luke. Tô viciado em você. Na real, acho que eu sempre fui.
— Sempre foi até me trocar pelo Carlos, né? — ele disse, um tom de mágoa aparecendo na voz.
— Luke, não vamos estragar o clima — disse, beijando seu pescoço — o assunto aqui é eu e você, nossos beijos, nossos corpos, nossa atração. Esquece o passado, vamos seguir em frente sem olhar pra trás. Eu quero você.
— Lucas, o que você tá querendo dizer com isso? Porque estou confuso.
— O que estou querendo dizer é que eu acho que a gente devia avançar algumas casas — falei, nossas sungas criando uma fricção deliciosa entre nós — deixar de ser ex-namorados que se pegam de vez em quando para sermos namorados de novo. É isso que eu quero.
— Você tem certeza disso? Eu vou ser suficiente pra você?
— Luke, eu te amo, porra — disse olhando diretamente nos seus olhos — eu gosto de você. E bom... na verdade, vou ser sincero com você. Não queria falar o nome do Carlos aqui, mas acho que isso é preciso. No meu último namoro com Carlos foi muito bom porque eu fui sincero, não escondi nada dele, e não traí ele. E ele fez o mesmo, jogou limpo comigo até certo ponto. E acho que talvez a gente pudesse fazer o mesmo.
Parei por um momento, escolhendo as palavras cuidadosamente, nossa proximidade física tornando tudo mais intenso.
— A verdade é que nesse tempo, desde que acabei com Carlos e eu e você voltamos a ficar, eu estava saindo com outro carinha. Ele é bem mais velho que eu, foi legal, mas eram mundos diferentes. E ele não me realizava tanto na cama como você — disse, sentindo Luke ficar tenso embaixo de mim — ele era só passivo, e bom, você sabe que eu também curto ser passivo, e por isso sempre te procurava. Essa é a verdade.
— Só que a gente meio que terminou recentemente — continuei, não querendo dizer que tinha sido no dia anterior — e sei lá, hoje foi tudo diferente. Eu não vim atrás de sexo. A gente passou a manhã na praia, foi divertido, a gente conversou, a gente tá aqui se declarando um pro outro. E então eu pensei: por que não? Por que não tentar da mesma forma que tentei com Carlos?
Luke me ouvia em silêncio, as mãos ainda em minha cintura, nossos corpos colados, eu já sentia o pau do Luke duro, assim como o meu que não tinha baixado desde o momento que me sentei em cima do Luke..
— Hoje a gente tá mais maduro, não somos mais adolescentes. Temos nossas vidas sendo tocadas, faço duas faculdades, você também tá estudando, tá ajudando seu pai na rede de supermercados dele. Então por que não tentar? Estou me abrindo pra você, sendo sincero porque não quero esconder nada de você. Quero fazer do jeito certo.
— Lucas, eu não sei nem o que dizer — Luke respondeu depois de um momento — bom, você sabe que eu morro de ciúmes do Carlos e não é de hoje, mas essa conversa não é sobre o Carlos, é sobre a gente. E eu concordo com tudo que você disse. Eu entendo que você tava comigo e com esse carinha aí, afinal não tínhamos nada certo, eu também tenho outros contatinhos, mas nada se compara a você.
Ele pausou, me beijando levemente antes de continuar:
— Eu gosto muito de você, sempre gostei e sempre vou gostar. É algo que não sei explicar, essa química, essa atração que tenho por você desde o primeiro dia que te vi. Apesar de termos começado eu com ódio da sua cara, mas isso era amor disfarçado. E eu também faço das suas palavras as minhas. Eu gostei de você hoje, foi diferente. E acho que por mim sim, a gente pode voltar a namorar em paz novamente.
— Em paz? Tenho até medo dessa palavra — disse rindo.
— Bom, então é melhor colocar tudo às claras, todos os pingos nos i's — Luke disse, ficando mais sério — você sabe que o Paul tá voltando pro Brasil? Que vai vir morar aqui de vez?
— Tô sabendo — respondi, tentando manter a voz neutra.
— Eu sabia. Vocês nunca deixaram de se falar, né? — falou Luke já alterando o tom de voz, o ciúme aparecendo.
— Ei, ei, para sem show. Posso falar? — disse segurando seu rosto — eu sei porque sua mãe me disse. Eu e ela tivemos uma conversa essa semana.
— Você e minha mãe? O que vocês conversaram?
— Nada demais. Ela me contou sobre o Paul, mas eu não falo com o Paul há meses. Nem lembro a última vez que ele comentou meus stories, ou eu os dele. Você não precisa se preocupar com o Paul. E prometo ser fiel a você, e prometo ser sincero com você. Eu acho que isso é o mais importante numa relação, a gente ser sincero um com o outro. Se eu sentir vontade de ficar com outras pessoas, eu falo com você e a gente vê o que faz como dois adultos. Pode ser?
— Eu não consigo ficar calmo quando se trata de você e o Paul morando aqui na mesma cidade — Luke disse, a ansiedade evidente na voz.
— Você se preocupa à toa. Já disse que não tenho nada com o Paul, nem quero nada. Eu quero você, Luke. É você quem eu quero. Será que dá pra você entender?
— Promete ser fiel a mim?
— Prometo. E você promete ser fiel a mim?
— Prometo.
E então trocamos um beijo que selou aquele momento. Nossas sungas foram arrancadas com urgência, e ali, no chão frio da sala do apartamento dele, com nossos corpos ainda salgados do mar, selamos nosso novo pacto, nosso novo namoro. Foi intenso, foi apaixonado, foi tudo que eu esperava e mais um pouco.
Nossos corpos se moveram em sincronia perfeita, como se nunca tivéssemos parado de ser um só. Cada toque, cada beijão, cada gemido era uma promessa de fidelidade, de amor, de recomeço. Luke me levou aos céus de uma forma que só ele sabia fazer, ele me pegou de quatro ali no chão da sala, e não só me fodeu, como também fez amor comigo, ele metia rapido, e devagar, ora puxava meu cabelo, ora me puxava para um beijo. e eu retribuía cada carinho, cada movimento, cada suspiro com toda intensidade que sentia por ele, gemendo gostoso no seu ouvido, rebolando meu bunda no seu pau, o Luke me comia de uma forma que nunca havia me comido antes, tinha amor e sexo ao mesmo tempo, e foi bom, meu pau estava super duro como aço, e logo gozei fui o primeiro a gozar no chão da sua sala, e logo em seguida o Luke goza dentro de mim, eu deu um gemido muito alto, como sempre dava, e eu fui sentindo cada jato de leite entrando no meu rabo, seu pau pulsava e ficava mais grosso a cada jatada me deixando com mais tesão ainda, e pouco a pouco fui parando de rebolar em seu pau. Quando tudo acabou, ficamos ali deitados no chão, entrelaçados, suados, felizes. Era como se fôssemos dois adolescentes que acabaram de descobrir o amor pela primeira vez.
Seria mais uma das nossas idas e vindas ao longo de dez anos de história, mas aquela em especial foi uma volta que me marcou profundamente, e não foi por coisas boas. Foi por coisas ruins, foi um período difícil que ainda estava por vir. Mas essa "tempestade" não veio de repente, ela começou pouco a pouco, sorrateiramente.
Mas não vou adiantar esse ponto da história. Afinal, estar vivendo aquela "calmaria" com Luke foi algo único, foi algo mágico. Nossa química era indiscutivelmente a melhor, os beijos, o tesão, a troca de sentimentos que tínhamos. Por alguns meses, fomos verdadeiramente felizes.
Se eu soubesse o que estava por vir, talvez tivesse aproveitado ainda mais cada segundo daqueles dias perfeitos.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [69] ~ UM NOVO RECOMEÇO

Codigo do conto:
242927

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/09/2025

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