Em meio a tantos pensamentos confusos, no outro dia quando acordei, mandei mensagem para Luke. Perguntei se ele tava livre e ele disse que sim. Perguntei se ele queria ir à praia comigo, e ele me questionou:
— Praia? Achei que você queria vir aqui em casa pra gente fuder.
— Podemos fazer isso depois, mas vamos à praia. Vou levar o Thanos e passo aí te pegar — respondi.
— Ok — ele disse.
Juntei algumas coisas do Thanos, coleira, brinquedos, água, e desci para buscar o Luke. Quando chegou na frente do prédio dele, meu coração deu aquela acelerada que só ele conseguia provocar. Luke estava lindo, na real ele nunca deixou de ser lindo. Usava uma bermuda jeans desbotada que marcava perfeitamente suas pernas torneadas, uma regata branca que realçava seu bronzeado natural, e aqueles olhos cor de mel que sempre me hipnotizavam.
Thanos latiu animado quando viu Luke, apesar de não terem tanto contato assim. Thanos se dava bem com todo mundo, mas parecia ter um carinho especial por Luke. Puxei Luke para um beijo longo e gostoso antes mesmo dele entrar no carro, sentindo aquele gosto que eu conhecia tão bem e que sempre me deixava com vontade de mais.
Fomos para a praia e foi mágico. Thanos fez a festa, entrou no mar, brincou, correu na areia como se fosse a primeira vez. Jogamos bolinha com ele, tomamos água de coco gelada com Luke, ficamos conversando sobre várias coisas , faculdade, planos, sonhos, bobeiras do dia a dia.
E ali, sentado na areia com Luke ao meu lado, Thanos correndo em volta da gente, o sol batendo no nosso rosto, estava meio que se criando outro laço entre a gente. Não sei explicar bem, mas foi a partir desse dia que minha história com Luke tomou outra forma, outro jeito, outro rumo. Talvez a decepção com Guto me fez pensar e focar 100% em Luke.
Eu já não imaginava a gente somente com “amigos de sexo”, ou meu ex que me come de vez em quando. Ali, naquela manhã gostosa na praia, achei que nossa vida poderia tomar um novo rumo. Mesmo sabendo que o vendaval Paul estava a caminho, eu pensei: se quando namorei com Carlos nessa última vez foi tão diferente, tão gostoso, por que não tentar de uma nova forma namorar Luke?
Afinal, seria algo novo e diferente. A gente não estava mais no ensino médio, não éramos mais adolescentes. Estávamos tocando nossas vidas, nossas faculdades, tínhamos novos amigos e rotinas. Eu olhava Luke e admirava seu corpo atlético, seu tom de pele dourado pelo sol, seus olhos cor de mel, o jeito que ele sorria, que me olhava. Ele era realmente o garoto que eu tinha me apaixonado há tanto tempo. Ele era o garoto que para sempre eu iria odiar amar. Era ele, o Luke.
Quando voltamos da praia, passei no pet shop e deixei Thanos para tomar um banho e tirar todo sal e areia. Luke conversava e cantava as músicas que tocavam no som do carro, sempre que parávamos no sinal a gente se beijava intensamente, como dois adolescentes apaixonados.
Fomos para o apartamento dele, um lugar pequeno, mas aconchegante, que cheirava a ele. Lá os beijos ficaram melhores, mais intensos, mais urgentes. Tiramos as camisas e bermudas e ficamos só de sunga, eu e ele deitados no chão frio da sala, com uma química incomparável que tínhamos.
Nossas sungas, a minha azul marinho da Adidas, a dele laranja, eram as únicas barreiras entre nossos corpos suados e dourados pelo sol da praia. Eu podia ver as marquinhas do bronzeado no corpo dele, linhas brancas que contrastavam com a pele morena, e sabia que ele também notava as minhas. Eu sempre fui um pouco mais moreno que Luke, mas depois da praia estávamos quase na mesma cor.
Eu estava sentado sobre Luke, nossos corpos se encaixando perfeitamente, quando o beijei com uma intensidade que me surpreendeu. Nossas sungas ainda molhadas da praia grudavam na pele, criando uma tensão deliciosa entre nós.
— Você sabia que de todas as bocas que já beijei, a sua é a melhor? — disse segurando seus ombros, olhando diretamente nos seus olhos cor de mel.
— Só a boca? — disse Luke me olhando com um olhar que me consumia inteiro, um sorriso travesso brincando nos seus lábios.
— Não, não só a boca. Seu corpo todo — respondi, passando as mãos pelo seu peitoral — mas seu beijo é incomparável. É o melhor, o gosto, o sabor, a forma que sua língua encosta na minha, a forma que você chupa meu lábio inferior, seus lábios carnudos. É o melhor beijo do mundo.
— Assim você me deixa tímido — ele disse corando ligeiramente, mesmo estando ali quase nu comigo.
— Tímido por quê? Se é a verdade.
— Você também beija muito bem — disse Luke, as mãos subindo pelas minhas costas — eu gosto dos seus beijos, do seu corpo, do seu toque.
— Gosta? Pois aproveita que eu sou todo seu — falei, nossa proximidade física tornando cada palavra mais intensa.
— Só por hoje?
— Pode ser pra sempre, basta você querer — falei sorrindo, sentindo o tecido da minha sunga roçar contra a dele.
— Pra sempre? Tem certeza? — disse Luke me beijando com vontade, as mãos agarrando minha cintura.
— Aham, pra sempre — falei sussurrando no seu ouvido, sentindo seu corpo inteiro estremecer.
— Você me deixa doido, Lucas. Juro.
— Você também me deixa doido, Luke. Tô viciado em você. Na real, acho que eu sempre fui.
— Sempre foi até me trocar pelo Carlos, né? — ele disse, um tom de mágoa aparecendo na voz.
— Luke, não vamos estragar o clima — disse, beijando seu pescoço — o assunto aqui é eu e você, nossos beijos, nossos corpos, nossa atração. Esquece o passado, vamos seguir em frente sem olhar pra trás. Eu quero você.
— Lucas, o que você tá querendo dizer com isso? Porque estou confuso.
— O que estou querendo dizer é que eu acho que a gente devia avançar algumas casas — falei, nossas sungas criando uma fricção deliciosa entre nós — deixar de ser ex-namorados que se pegam de vez em quando para sermos namorados de novo. É isso que eu quero.
— Você tem certeza disso? Eu vou ser suficiente pra você?
— Luke, eu te amo, porra — disse olhando diretamente nos seus olhos — eu gosto de você. E bom... na verdade, vou ser sincero com você. Não queria falar o nome do Carlos aqui, mas acho que isso é preciso. No meu último namoro com Carlos foi muito bom porque eu fui sincero, não escondi nada dele, e não traí ele. E ele fez o mesmo, jogou limpo comigo até certo ponto. E acho que talvez a gente pudesse fazer o mesmo.
Parei por um momento, escolhendo as palavras cuidadosamente, nossa proximidade física tornando tudo mais intenso.
— A verdade é que nesse tempo, desde que acabei com Carlos e eu e você voltamos a ficar, eu estava saindo com outro carinha. Ele é bem mais velho que eu, foi legal, mas eram mundos diferentes. E ele não me realizava tanto na cama como você — disse, sentindo Luke ficar tenso embaixo de mim — ele era só passivo, e bom, você sabe que eu também curto ser passivo, e por isso sempre te procurava. Essa é a verdade.
— Só que a gente meio que terminou recentemente — continuei, não querendo dizer que tinha sido no dia anterior — e sei lá, hoje foi tudo diferente. Eu não vim atrás de sexo. A gente passou a manhã na praia, foi divertido, a gente conversou, a gente tá aqui se declarando um pro outro. E então eu pensei: por que não? Por que não tentar da mesma forma que tentei com Carlos?
Luke me ouvia em silêncio, as mãos ainda em minha cintura, nossos corpos colados, eu já sentia o pau do Luke duro, assim como o meu que não tinha baixado desde o momento que me sentei em cima do Luke..
— Hoje a gente tá mais maduro, não somos mais adolescentes. Temos nossas vidas sendo tocadas, faço duas faculdades, você também tá estudando, tá ajudando seu pai na rede de supermercados dele. Então por que não tentar? Estou me abrindo pra você, sendo sincero porque não quero esconder nada de você. Quero fazer do jeito certo.
— Lucas, eu não sei nem o que dizer — Luke respondeu depois de um momento — bom, você sabe que eu morro de ciúmes do Carlos e não é de hoje, mas essa conversa não é sobre o Carlos, é sobre a gente. E eu concordo com tudo que você disse. Eu entendo que você tava comigo e com esse carinha aí, afinal não tínhamos nada certo, eu também tenho outros contatinhos, mas nada se compara a você.
Ele pausou, me beijando levemente antes de continuar:
— Eu gosto muito de você, sempre gostei e sempre vou gostar. É algo que não sei explicar, essa química, essa atração que tenho por você desde o primeiro dia que te vi. Apesar de termos começado eu com ódio da sua cara, mas isso era amor disfarçado. E eu também faço das suas palavras as minhas. Eu gostei de você hoje, foi diferente. E acho que por mim sim, a gente pode voltar a namorar em paz novamente.
— Em paz? Tenho até medo dessa palavra — disse rindo.
— Bom, então é melhor colocar tudo às claras, todos os pingos nos i's — Luke disse, ficando mais sério — você sabe que o Paul tá voltando pro Brasil? Que vai vir morar aqui de vez?
— Tô sabendo — respondi, tentando manter a voz neutra.
— Eu sabia. Vocês nunca deixaram de se falar, né? — falou Luke já alterando o tom de voz, o ciúme aparecendo.
— Ei, ei, para sem show. Posso falar? — disse segurando seu rosto — eu sei porque sua mãe me disse. Eu e ela tivemos uma conversa essa semana.
— Você e minha mãe? O que vocês conversaram?
— Nada demais. Ela me contou sobre o Paul, mas eu não falo com o Paul há meses. Nem lembro a última vez que ele comentou meus stories, ou eu os dele. Você não precisa se preocupar com o Paul. E prometo ser fiel a você, e prometo ser sincero com você. Eu acho que isso é o mais importante numa relação, a gente ser sincero um com o outro. Se eu sentir vontade de ficar com outras pessoas, eu falo com você e a gente vê o que faz como dois adultos. Pode ser?
— Eu não consigo ficar calmo quando se trata de você e o Paul morando aqui na mesma cidade — Luke disse, a ansiedade evidente na voz.
— Você se preocupa à toa. Já disse que não tenho nada com o Paul, nem quero nada. Eu quero você, Luke. É você quem eu quero. Será que dá pra você entender?
— Promete ser fiel a mim?
— Prometo. E você promete ser fiel a mim?
— Prometo.
E então trocamos um beijo que selou aquele momento. Nossas sungas foram arrancadas com urgência, e ali, no chão frio da sala do apartamento dele, com nossos corpos ainda salgados do mar, selamos nosso novo pacto, nosso novo namoro. Foi intenso, foi apaixonado, foi tudo que eu esperava e mais um pouco.
Nossos corpos se moveram em sincronia perfeita, como se nunca tivéssemos parado de ser um só. Cada toque, cada beijão, cada gemido era uma promessa de fidelidade, de amor, de recomeço. Luke me levou aos céus de uma forma que só ele sabia fazer, ele me pegou de quatro ali no chão da sala, e não só me fodeu, como também fez amor comigo, ele metia rapido, e devagar, ora puxava meu cabelo, ora me puxava para um beijo. e eu retribuía cada carinho, cada movimento, cada suspiro com toda intensidade que sentia por ele, gemendo gostoso no seu ouvido, rebolando meu bunda no seu pau, o Luke me comia de uma forma que nunca havia me comido antes, tinha amor e sexo ao mesmo tempo, e foi bom, meu pau estava super duro como aço, e logo gozei fui o primeiro a gozar no chão da sua sala, e logo em seguida o Luke goza dentro de mim, eu deu um gemido muito alto, como sempre dava, e eu fui sentindo cada jato de leite entrando no meu rabo, seu pau pulsava e ficava mais grosso a cada jatada me deixando com mais tesão ainda, e pouco a pouco fui parando de rebolar em seu pau. Quando tudo acabou, ficamos ali deitados no chão, entrelaçados, suados, felizes. Era como se fôssemos dois adolescentes que acabaram de descobrir o amor pela primeira vez.
Seria mais uma das nossas idas e vindas ao longo de dez anos de história, mas aquela em especial foi uma volta que me marcou profundamente, e não foi por coisas boas. Foi por coisas ruins, foi um período difícil que ainda estava por vir. Mas essa "tempestade" não veio de repente, ela começou pouco a pouco, sorrateiramente.
Mas não vou adiantar esse ponto da história. Afinal, estar vivendo aquela "calmaria" com Luke foi algo único, foi algo mágico. Nossa química era indiscutivelmente a melhor, os beijos, o tesão, a troca de sentimentos que tínhamos. Por alguns meses, fomos verdadeiramente felizes.
Se eu soubesse o que estava por vir, talvez tivesse aproveitado ainda mais cada segundo daqueles dias perfeitos.