Naquela tarde, cheguei em casa com um presente escondido: um vestido curtíssimo, feito sob medida para provocar olhares. Entreguei a ela com um sorriso malicioso e fui direto:
— Quero que vista isso para se exibir comigo na estrada.
Ela me encarou em silêncio por alguns segundos, até que aquele sorriso travesso surgiu em seu rosto. Sem questionar, colocou o vestido e, ao se olhar no espelho, parecia já saber o efeito que causaria. O tecido mal cobria as coxas, o decote generoso revelava mais do que escondia, e a calcinha fio dental mínima completava a ousadia.
Quando entrou no carro, sentou-se com naturalidade, mas ao cruzar as pernas deixou à mostra aquilo que incendiava qualquer olhar. Eu, ao volante, já sentia que aquela noite ficaria marcada para sempre.
A Estrada
Seguimos pela rodovia sob o sol poente. O vento entrava pelas janelas e brincava com o vestido, que subia e descia, quase como se tivesse vida própria. Não demorou para que os primeiros caminhões nos alcançassem. Motoristas diminuíam a marcha, esticavam o pescoço, buzinavam discretamente. Alguns, incrédulos, chegavam a sorrir diante da cena.
Logo atrás, um ônibus de viagem encostou. Vários passageiros se inclinaram nas janelas, tentando confirmar se o que viam era real. Ela, consciente da plateia improvisada, ajeitou o cabelo devagar, cruzou as pernas e descruzou como se estivesse no palco de um espetáculo.
Eu apenas observava, cúmplice, orgulhoso e excitado pelo risco daquela ousadia.
O Posto de Gasolina
Decidi parar em um posto para prolongar o jogo. Assim que desceu do carro, o vestido subiu quase por completo, revelando muito mais do que deveria. Todos os olhares se voltaram para ela: caminhoneiros que descansavam, passageiros do ônibus que havia parado, clientes que tomavam café no balcão.
Ela, fingindo distração, puxou o vestido apenas o suficiente para disfarçar — mas deixou propositalmente parte da bunda à mostra. Era uma provocação silenciosa, irresistível.
Ao voltar para o carro, o tecido traiçoeiro subiu de novo, e quando chamei o frentista, ele parou ao lado da janela do motorista, mas ficou imóvel. Seus olhos estavam presos nela, incapaz de disfarçar. O silêncio dele denunciava o efeito que minha esposa causava.
O Retorno
Com o tanque cheio, retomamos a estrada. Agora, ela parecia ainda mais entregue ao papel. O vestido já não escondia nada e, a cada caminhão que passava, ela mudava de posição, deixando claro que sabia ser observada. O vento levantava ainda mais o tecido, e os motoristas não perdiam a oportunidade de desacelerar para prolongar o espetáculo.
Eu dirigia com o coração acelerado, dividido entre a excitação da cena e o orgulho de ser cúmplice daquela ousadia.
O Último Ato
A noite caiu, e decidi parar em um recanto mais reservado da estrada. O carro desligado, o silêncio ao redor, e ela ao meu lado com um olhar desafiador. Sem dizer nada, deixou o vestido subir de vez, expondo-se completamente, como se entregasse o espetáculo não apenas a mim, mas a qualquer olhar curioso que ousasse surgir.
Um caminhão passou devagar, e o motorista virou o pescoço, hipnotizado. Ela riu baixo, provocante, mantendo o jogo até o último instante.
De volta à estrada, seguimos lado a lado, o vestido esquecido, a ousadia viva. A viagem, que começou como um simples passeio, se transformou em algo muito maior: uma lembrança ardente, um segredo compartilhado entre nós e cada olhar roubado ao longo do caminho.
As brincadeiras nas estradas com caminhoneiros e frentistas de postos de gasolina são uma delícia !