“Vamos?”, ela perguntou, com um sorriso que era pura malícia.
O primeiro Uber não demorou. O carro mal parou e ela entrou de uma vez, deslizando pelo banco de couro de um jeito que era tudo, menos inocente. O vestido, fiel à sua natureza rebelde, subiu em um movimento fluido, revelando um flash vibrante de renda verde contra sua pele. Pelo espelho retrovisor, capturei o olhar do motorista: primeiro surpresa, depois uma fixação quase desesperada. Ele não tentou disfarçar. A mandíbula dele travou, e o silêncio dentro do carro ficou pesado, carregado de uma tensão que ela parecia saborear.
Descemos em uma área movimentada de Osasco, e o espetáculo continuou. A primeira parada foi uma loja de sapatos. O jogo dela atingiu um novo patamar. Ela se sentou em um pufe de veludo, cruzou as pernas lentamente e pediu para experimentar um par de sandálias de salto. Ao se inclinar para amarrar as tiras no tornozelo, o vestido deslizou para o lado, oferecendo uma visão clara e sem obstruções daquela calcinha verde-esmeralda. O vendedor, um rapaz jovem, engoliu em seco, incapaz de desviar o olhar. Ela o encarou de volta, com um sorriso malicioso, sabendo exatamente o poder que exercia sobre ele naquele momento.
Saímos da loja sem comprar nada, deixando para trás um rastro de caos silencioso. “Estou com fome”, ela anunciou, me puxando pela mão em direção a um restaurante movimentado, com janelas de vidro que davam para a rua. Era o palco perfeito.
Sentamos em uma mesa no centro do salão. O garçom, um homem mais velho, de ar profissional, aproximou-se para anotar os pedidos. No momento em que ele chegou, ela “acidentalmente” deixou seu guardanapo cair no chão.
“Oh, que desajeitada”, disse ela, com uma falsa inocência.
Antes que eu ou ele pudéssemos reagir, ela se inclinou para a frente, mergulhando o corpo para baixo da mesa. O movimento fez com que a parte de trás do vestido subisse drasticamente, expondo suas pernas e a curva de suas nádegas cobertas apenas pela renda verde para quem quisesse ver – e muitos queriam. Do outro lado do salão, vi um casal parar de conversar, o homem com o garfo a meio caminho da boca. Quando ela voltou a se sentar, ajeitando o vestido com um sorriso satisfeito, entregou o guardanapo ao garçom. “Obrigada”, disse ela, como se nada tivesse acontecido. O homem apenas assentiu, o rosto corado, e se apressou em sair, visivelmente abalado. Ela pegou sua taça de vinho, olhou para mim por cima da borda e piscou. O show era para todos, mas o prêmio, ela deixava claro, seria apenas meu.
O jantar foi uma tortura deliciosa. Cada garfada, cada gole de vinho era acompanhado por um olhar dela que prometia o que viria a seguir. Ela era o centro das atenções do restaurante, mas seus olhos nunca deixavam os meus por muito tempo. A exibição pública havia cumprido seu propósito: não era apenas para chocar os outros, era para me acender, para me mostrar o poder que ela tinha e que estava prestes a me entregar.
Quando finalmente pedimos outro Uber para ir para casa, a atmosfera mudou instantaneamente. A porta mal se fechou e a persona pública dela desapareceu, dando lugar a uma urgência crua. Ela se jogou sobre mim no banco de trás, a boca buscando a minha com uma fome que me deixou sem ar. O beijo era selvagem, uma batalha de línguas e dentes, o gosto do vinho se misturando ao nosso.
O motorista era uma sombra esquecida na frente. O mundo lá fora, com suas luzes e sons, desapareceu. Só existia o calor dela, o cheiro dela, a pressão do seu corpo contra o meu. Então, senti sua mão deslizar para baixo, ousada e decidida. Ela não hesitou. Seus dedos encontraram o volume em minhas calças, apertando com firmeza, me arrancando um gemido abafado contra seus lábios. Ela sorriu durante o beijo, um sorriso vitorioso que senti em minha boca. A provocação havia acabado. Agora era pura necessidade.
A viagem pareceu durar uma eternidade e um piscar de olhos. Quando o carro parou em frente à minha casa, mal esperamos o portão da garagem terminar de abrir. Assim que o carro saiu, fechei o portão e a prensai contra a parede fria de concreto, antes mesmo de sairmos da garagem.
“Aqui?”, ela ofegou, mais como um desafio do que uma pergunta.
“Aqui”, respondi, a voz rouca de desejo.
Não houve tempo para sutilezas. Rasguei o zíper do vestido dela, o som ecoando no silêncio da garagem. O tecido preto cedeu, revelando completamente a calcinha verde-esmeralda e a pele quente por baixo. Ela me ajudou, puxando minhas roupas com a mesma urgência desesperada. Ali mesmo, sob a luz fraca de uma única lâmpada, entre o cheiro de pneu e gasolina, nos entregamos. Foi primitivo, intenso e exatamente como deveria ser. Cada toque, cada gemido era a culminação de um dia inteiro de provocações, a explosão inevitável de uma tensão cuidadosamente construída. O jogo havia chegado ao seu fim, e nós dois éramos os vencedores.
Gata gostosíssima.
Belo conto. Votado !
Erotismo na sua essência, insinuante, provocativo, repleto de segundas, terceiras e infinitas intenções. Um delícia de conto que merece aplausos!
que delicia de aventura e esposa
Aposto que ela adorou!
Delicia de conto, erótico, sensual, excitante e ao mesmo tempo bem leve, até delicado, sem os bordões habituais. Bem gostoso de ler e bem escrito. Uma linguagem diferente e bem sutil.
linda....adoraria fazer ela gozar bem gostoso....