O fetiche do Oftalmologista



Bom, não faz muito tempo que fui ao oftalmologista para as minhas consultas de rotina.
Eu já tinha uma queda pelo doutor Diógenes. 1, pq ele é lindo. Uns 50 anos, bem branquinho, cabelo cacheado, castanho claro, olhos azuis que fuzilavam quando me examinavam. Um corpo bem definido pela idade, 1,70 mais ou menos. E 2, na minha segunda consulta, sem pretensão nenhuma, eu estava de camisa social. Geralmente deixo um botão desabotoado e nesse dia um segundo botão desabotoou, deixando meu peitoral mais a mostra.
*click click*
- […] você enxerga melhor com a primeira opção? Ou agora?
- Essa segunda opção, doutor.
Ele tava muito perto do meu rosto. Apesar de eu estar com o refrator colado no rosto, senti seu hálito quente e fresco, o cheiro do perfume importado.
- E então? Esse? *click click* Ou esse aqui?
- Acho que o anterior, doutor, não sei.
Eu já não enxergava mais nada, o cheiro desse homem me paralisou.
- Não tem problema, vamos de novo.
*click click*
- Esse? Ou o anterior?
- Esse mesmo - me concentrei.
- Melhor? Ou Pior?
- Pior.
- Certo. Está ótimo! Excelente.

Naturalmente, pensei que ele ia afastar o aparelho do meu rosto. Quando eu ia erguer a mão pra afastar, senti o toque dele, abotoando a minha camisa. Seus dedos tocaram levemente no meu peitoral. Sem dizer uma única palavra.
Eu fiquei paralisado. Não queria criar paranoia na minha cabeça, mas ele fez aquilo. Isso me excitou, senti um fogo subir, uma adrenalina.
- […] e tem que tomar cuidado com os excessos, evitar usar muitas telas à noite, sempre dê uma pausa, tá bom?
- Tá ótimo, doutor, obrigado.
- Imagina. Vou fazer sua receita para arquivar no seu prontuário, mas por enquanto não precisa usar óculos, tá.
- Ah, que bom! - tentei me recompor. Era nítido o volume na calça dele, e no meu shorts também.

Pensei rápido. Eu só tinha uma chance, não podia perder. Na hora só pensei em fazer várias perguntas, puxar assunto, qualquer coisa que me levasse a ele.
- Doutor, como funciona a cirurgia de refração?
- Refração? Mas você não precisa, fique tranquilo. Mas, respondendo sua pergunta, funciona assim […].
Começou a desenhar num rascunho, explicando em detalhes. Eu só soltava “aham”, “entendi”, “certo”. Mas não entendia nada, não ouvia nada.
- […] o quão importante é a recuperação. Entende?
- Uh-uhum… sim.

Sorriu e continuou na receita. Ele sempre me olhava nos olhos, isso me quebrava.

- Doutor, faz tempo que o senhor atende aqui?
- Ah, senhor não poxa vida - respondeu sorrindo.
- Desculpe, doutor - disse sem graça.
- Alguns meses. Uns 4 meses.
- Entendi.

- Prefiro você do que o doutor José. O senhor explica direitinho. E é mais bonito também. Eu brinco com o doutor José, falo que ele poderia ir para as Maldivas e se aposentar.

Carimbou a receita.

- Doutor José é um velho amigo, eu também falo pra ele. E que bom que me acha mais bonito, fico feliz pela preferência - disse enquanto assinava a receita, com sorriso sem graça.

- Ta na mão! Essa receita você entrega na recepção. Essa fica contigo. Te vejo ano que vem.

- Ano que vem ainda? Achei que viria antes.

- Se quiser e precisar, pode sim, use seu convênio.

- Obrigado, doutor. Apertei a mão dele, que retribuiu com força.

- Tó. Esse é meu cartão. Pode entrar em contato, viu? Sempre que quiser.

Apertou minha mão mais uma vez, eu sorri, e saí.
Nesse dia, dormi de calça jeans kkkk não rolou nada.
Mas eu não ia desistir fácil, ainda mais depois de tudo isso.

No dia seguinte, chamei bem cedo. Ele me respondeu. Na foto de perfil, tinha possivelmente a logo do seu consultório.

- Doutor Diógenes?
- Ah, olá! Que prazer. Achei que não me chamaria.
- O prazer é meu, doutor. Claro que eu ia te chamar. Não vamos perder contato.
- Jamais. Por isso te dei esse número.

Conversamos um pouco, ele me perguntou do que eu trabalhava, o que fazia da vida. Foi um papo agradável, até que começou a esquentar.

- Então você não namora?
- Não.
- E você, doutor?
- Sou casado, mas bem liberal.
- Como assim? - me fiz de sonso.
- Digamos que eu tenho alguns fetiches que não tenho anuência da minha esposa.
- Algum deles com homens?
- Bobinho. Homens também. Eu gosto de dominar.
- E eu gosto de ser dominado. Olha que match!
- Gosta é? Não tem medo?
- Não, doutor. Fico entregue.
- Por que não vem até a clínica para uma consulta? Te dou atestado se quiser ou precisar.

Achei muito rápido, muito suspeito.
Marcamos e fui.
Chegando lá, fui anunciado na portaria e subi até o 10 andar. Era um consultório bem pequeno, num salão comercial. Só tinha a recepção, duas salas com divisória de drywall, uma copinha e o banheiro, tudo muito arrumado e limpo.

- Estamos só? Não tem recepcionista?
- Ela está de folga. Temos tempo.
Eram 09h da manhã.

Ele me levou pra dentro da sala, bem iluminada. O sol batia forte lá fora. Enquanto ele puxava a persiana, disse:
- Quero te propor uma coisa.
- O que?
- Eu te falei que gosto de dominar, né?
- Sim.
- Eu amo muito o controle. Quero controlar você durante nosso momento, você topa?
- Topo!

CLARO QUE EU TOPAVA!

- Eu posso dilatar suas pupilas?

Fiquei pensativo. Não com medo, mas pensativo.

- Como assim?
- Quero dilatar suas pupilas. Você não vai conseguir enxergar muito, é claro. Mas é essa a intenção. Quero te dominar por completo.

Ele falou de um jeito tão amigável, tão convidativo que topei.

- Mas e pra eu ir pra casa?
- Te pago o Uber. Vai precisar de atestado?
- Sim.

Fez o atestado, deu na minha mão. Junto, sacou uma nota de R$ 100,00 e outra de R$ 50,00.
- Isso da?
- Claro, é até a mais, acho que só cinquenta…
- Shhhhh. Fica pra você.

Guardei tudo. Me colocou na cadeira oftalmológica.
- Então vamos lá?

Pingou o dilatador e me deu um guardanapo pra enxugar o excesso.

Fechei meus olhos. Senti ele se aproximar, mordiscar meu peito por cima da roupa. Soltei um gemido.
- Consegue tirar a roupa? Pode ficar de cueca.
- Consigo.

Obedeci. Enquanto tirava, ele puxou um saco de dormir e um lençol grande e estendeu sobre o chão.
O sol penetrava na sala toda, eu já não conseguia abrir o olho direito.
Essa situação deu uma brisa, foi estranho mas excitante.
Ele me deitou, eu com os olhos fechados, pegou minha mão direita, juntou com a esquerda acima da cabeça e me beijou.
Que beijo gostoso! PQP, que boca doce, macia, carnuda.
Parou de me beijar, pegou no meu volume ainda de cueca. Senti um incômodo com a força, soltei um gemido leve.
- Shhhh…
Senti ele se despir. Ouvi um barulho de lubrificante sendo aberto.
O perfume importado, o cheiro da rola dele subindo.
- Posso te chupar antes?
- Não.
Barulho de preservativo.
Eu tava preparado.

- Tenta abrir os olhos.

Tentei, não conseguia.
Me colocou de frango assado, o sol ainda batendo no meu rosto.
Senti a cabeça da rola dele entrando, tentei pegar mas ele apertou minha mão e tirou do alcance.

Enfiava a cabeça, tirava. Começou arder um pouco, tentei respirar e me deixar levar, relaxar.
Até que enfiou metade, a dor ainda estava lá, mas eu não conseguia pedir pra parar. Um a um os gemidos foram saindo. Sem nem pensar, me ergueu pra cima e enfiou até o talo. Soltei um gemido, de dor com prazer.
- Calma, aguenta!
Pensei em levar minha mão até o pau dele ou na cintura, pra controlar o vai e vem mas não deu outra, ele tirou minha mão do alcance, segurou minhas coxas e começou comer.
Passaram uns segundos, tirou e mandou eu apoiar na maca.
Obedeci. Já nessa posição não doía tanto, então finalmente comecei a sentir prazer.
Fui gemendo, pedindo mais. Que pau gostoso galera, senti que era curvado pra cima, grande, cabeçudo.
Foi comendo devagar.
- Olha pra lá!
Tentei.
Colocou minhas mãos pra trás. Puxou meu rosto contra a luz, tentava abrir os olhos mas não conseguia, depois virou pra mim. Sentia que estava me olhando nos olhos, por mais que eu não conseguisse.
Foi comendo mais, gemendo mais alto, até que ele tirou com tudo.
- Sobe aqui na maca. Isso. De bruços.
Voltou a me comer. Cada estocada, um gemido dele e um meu, cada vez mais alto, mais forte, mais tesão.
- Toma! Viadinho. Toma. Queria pica não queria? Então toma. Seu viado safado. Toma do teu macho.

Senti o corpo quente dele grudado no meu, ele suando, ofegante.
E gozou. Enquanto gozou, me mordia no rosto, urrava e urrava alto de prazer.

Que delícia de macho! Senti bombear no meu cu até a última gota. Finalmente me soltou, liberando sua presa.

Não gozei, mas eu tava todo lambuzado do pré gozo.
Me deu bastante papel toalha, me limpei. Foi me guiando até o banheiro, terminei de me limpar. Voltei, tateando ainda, me troquei.

- Você tem olhos lindos. Vai pra casa, vai.
- Ta bom. Desbloqueei meu celular, tentei achar o aplicativo da Uber.
- Me passa seu endereço.
- Oi?
- Eu vou pedir Uber pra você do meu, fique tranquilo.
Obedeci.

- Está a 500 metros, melhor você descer. É o Gol vermelho. Motorista é o Jonas.
- Ta bom. Obrigado, doutor.
- Até.
Frio. Sem despedida, sem nada. Me guiou até o elevador, entrei, apertou o T e virou as costas.

Cheguei bem em casa.
Não tive coragem de chamar ele de novo. Não sei o que senti na época além do tesão. Talvez fosse culpa de ter aceitado o dinheiro.
Cerca de 6 meses depois do ocorrido, eu tentei entrar em contato com a clínica mas ele não atendia mais. Tentei o número do celular, estava como se tivesse sido bloqueado. Peguei outro celular emprestado e adicionei o número, mas não tinha mais WhatsApp.
Resumindo, fui no JusBrasil e encontrei um processo por assédio sexual, acredito que tenha sido por esse motivo o sumiço.

Foi inesquecível, hoje não sei se faria de novo. Mas a adrenalina, toda essa loucura me deixa pensativo até hoje. Cada um com seu fetiche, até eu tenho os meus! E aí, qual o de vocês? Hahaha


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Comentários


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engmen Comentou em 07/10/2025

Diferenciado e excitante. Bom conto.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O fetiche do Oftalmologista

Codigo do conto:
244089

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/10/2025

Quant.de Votos:
6

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