A submissa que se entregava só a mulheres

Por tanto tempo, eu achei que meu coração já sabia o caminho.
Que minha alma só se entregava para o mesmo gênero....
Que eu só florescia no toque delicado e sádico de outra mulher,
no cheiro doce da pele feminina,
na cumplicidade que só entre nós existia.

E então, o Senhor apareceu…
Não como Quem invade,
mas como Quem entende o silêncio antes mesmo da palavra.
A entrega antes mesmo do envolvimento.
O desejo, antes mesmo da troca de olhares.
Um Homem — raro, calmo, respeitoso — Frio- sádico- decidido- controlado
com uma lábia que não me quis prender,
mas me libertar de tudo o que eu temia sentir novamente.
Tudo aquilo que eu preciso viver e me libertar, do que a sociedade me condena.

Não foi sobre gênero.
Foi sobre alma.
Foi sobre presença.
Foi sobre o jeito que suas palavras tocaram minha essência
sem pressa, sem promessa,
apenas com realidade.

Eu, que antes só me entregava a mulheres,
me vi inteira diante de um Homem.
Não por convenção, nem por desejo cego —
mas porque em ti encontrei o equilíbrio entre o poder e a força,
entre o respeito e o prazer,
Entre os desejos e proibições,
Entre o sim e o não.
Eu poderia voltar atrás e me arrepender,
Mas escolhi ficar, escolhi viver e me render.

E então, eu me rendi.
Não apenas ao corpo,
mas à serenidade que o Senhor trouxe ao meu caos.
Hoje, minha entre é meu refúgio e minha devoção é o meu abrigo.
Hoje minha escolha de, diante de Ti, me ajoelhar.
Meu desejo é Te pertencer e ter cumplicidade na entrega do amor.
Não amor baunilha, mas amor por aquele a Quem vou dedicar minha entrega e submissão.

Eu me entrego com a intensidade de quem viveu mil vidas entregues ao desejo da entrega e submissão,
mas encontrou, em um só olhar, o sentido de todos eles.
É no Teu olhar que, quando estiver diante de Ti desejo dizer:
Toda minha vida esperei pelo Senhor....

Srta Dulce Alma

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