Mais que irmãos (Parte 2)

Parte 2
No dia seguinte após a virada do ano, acordei tarde e todo mundo já estava almoçando.
Na hora do almoço, eu e o Felipe trocamos alguns olhares, fiquei pensando se ele lembrava o que tinha acontecido, pois estávamos muito bêbados.
Após o almoço, sentei na sala para assistir TV, o Felipe veio e sentou do meu lado:
- Oi. Você dormiu bem ?
- Sim - eu respondi de forma tímida.
- Vamos jogar mais tarde ?
- Pode ser - eu respondi.
Pelo jeito ele não ia tocar no assunto, não sei se ele estava fingindo ou tinha se esquecido.
Ficamos ali conversando sobre vários assuntos aleatórios.
Depois disso, voltei para o meu quarto e me tranquei, eu não conseguia parar de pensar nele. O corpo dele, a pegada dele...tudo me deixava excitado só de pensar.
Quando era por volta de 17 horas ele bateu na porta do meu quarto. Levantei e abrir a porta:
- Oi - falei
- Vamos jogar ? - ele perguntou.
- Vamos - respondi timidamente.
Sair do quarto e fui para o quarto dele. Ele me deu um controle do videogame e começamos a jogar.
Eu estava tenso e não conseguir falar muito, acho que ele percebeu que eu estava meio nervoso, pois geralmente a gente conversava bastante. Mas ali a gente passou a maior parte em silêncio, as vezes a gente falava uma coisa ou outra.
Eu previsava fazer alguma coisa pra testar se ele lembrava o que tinha acontecido.
Nós estávamos sentados no chão, com as costas escoradas na cama. Comecei aos poucos me aproximar dele até que os nossos corpos estavam quase colados, até que de repente a porta de abriu:
- Oi meninos - disse o nosso pai.
- Vamos comer alguma coisa fora ? - ele perguntou.
- Vamos - nós respondemos juntos.
Paramos de jogar e saímos com nosso pai. A gente foi em um restaurante, e lá só conversei com meu pai, depois voltamos para casa.
Eu fui direto para o meu quarto, o Felipe parecia meio estranho comigo, a gente conversava, mas parecia que não era o mesmo.
No dia seguinte, logo no café da manhã, meu pai saiu cedo para o trabalho e o Felipe não estava em casa quando acordei, não sabia pra onde ele tinha ido.
Já era quase fim de tarde quando ele chegou em casa. Ele me olhava de forma estranha, parece que tava me evitando, a gente mal trocou duas palavras.
Fiquei no meu quarto refletindo, porque será que ele está agindo assim comigo de repente? Será que ele se arrependeu de ter me beijado? Será que ele realmente lembra de tudo que aconteceu?
No dia seguinte, mais uma vez eu quase não vi meu irmão, fui passear, voltei e vi ele apenas passando no corredor. No outro dia a mesma coisa, a gente mal se falou.
Eu já estava ficando desanimado, pensando em voltar para a casa da minha mãe e terminar as férias lá.
Até que no dia seguinte, depois de passar quase 3 dias me ignorando, eu estava no meu quarto tranquilo e recebo uma mensagem:
"Oi mano, vamos sair hoje a tarde ? Vamos para uma chácara de um amigo. Lá tem piscina, a gente vai passar a tarde e talvez a noite lá. Vai eu, o Márcio, Mateus e Luiza e Carla. Vamos com a gente ? "
Fiquei surpreso com a mensagem e também fiquei empolgado.
Fiquei ansioso pela hora de sair.
Quando era por volta de 15 horas, meu irmão veio me buscar no carro.
No carro estava os amigos dele: Mateus, Luiza e carla.
Quando entrei no carro, eles já estavam super entrosados, conversando o tempo todo. Eu estava no banco de trás e fomos conversando durante todo o caminho.
Quando chegamos lá depois de uns 40 minutos, o Márcio abriu o portão.
Era um lugar bem arborizado, uma casa com varanda, uma piscina grande na parte de trás e um gramado verde.
Entramos na casa e meu irmão quase não falou comigo. Mas naquele momento não me importei, eu estava conversando com as outras pessoas, fiquei muito próximo da Luiza e fazíamos quase tudo juntos.
Troquei de roupa e fui para a beira da piscina, colocamos uma música alta e começamos a beber.
Foi uma tarde super agradável, a gente bebia, fumamos e dançamos muito. Enfim nos divertimos muito. Durante esse tempo todo eu e meu irmão quase não nos olhamos, ele ficou a maior parte do tempo perto do Mateus e Márcio, eu fiquei mais perto das meninas.
Quando já era de noite, umas 20 horas já estávamos muito bêbados. As meninas estavam só de biquini e os meninos de sunga, inclusive eu. O mateus sugeriu que a gente jogasse o jogo de "verdade ou desafio".
Sentamos no gramado perto da psicina e começamos a jogar. A gente ria e se divertia com cada rodada. O mateus desfiou meu irmão a beijar a Luiza e eles se beijaram. Ficou todo mundo olhando, e confesso que fiquei com ciúmes. Depois na rodada seguinte, o Márcio beijou a clara. E assim o jogo foi rolando, com muitas risadas e o clima começou a esquentar.
Quando chegou na vez do Márcio jogar, ele me desafiou a beijar o Mateus. A gente se olhou por alguns segundos e nos beijamos. Foi um beijo molhado e gostoso.Todos começaram a gritar nessa hora: ehhhhhh!!
Nesse momento, percebi que meu irmão parece que ficou um pouco incomodado com a situação e baixou a cabeça.
Depois de várias rodadas, o clima começou a esquentar cada vez mais, todo mundo começo a se beijar. As meninas se beijando, eu beijei o Mateus de novo, o Márcio com a Clara, meu irmão beijando a Luiza, enfim... perdi a conta de quantos beijos foram.
A gente aumentou o som e fomos para sala, todo muito muito louco, bebemos muito!
Eu tava muito loucão, começamos a dançar e ao mesmo tempo via várias pessoas se pegando e se beijando.
Resolvir ir até a varanda pegar uma ar, eu estava meio tonto, coloquei meu pau para fora e comecei a mijar (é uma sensação muito boa mijar bêbado), quando parei , fiquei ali parado um tempo contemplando a paisagem, de repente escuto passos se aproximando, quando me virei, vi que era meu irmão.
Ele veio na minha direção e eu fiquei quieto, não falei nada.
Ele me puxou pela cintura, me encostou na parede e começou a me beijar. Foi um beijo intenso, longo e gostoso. Eu estava me sentindo nas nuvens. Quando paramos de nós beijar, ficamos nos olhando por alguns segundos e ele disse:
- Eu te amo meu amor. Eu te quero mais que tudo.
Continua...
Obrigado por ler até aqui. Continuem acompanhando a história, as coisas vão começar a esquentar. Ainda tem muito pela frente.