Então ela apareceu. Entrou na sala devagar, descalça, usando apenas uma camisola que caía solta sobre o corpo, revelando mais do que escondia. Meu olhar subiu e ficou preso nela, no meio do caminho entre o sofá e o abismo do meu próprio desejo.
O tecido balançava quando ela andava. E a cada passo, o contorno da calcinha surgia por um segundo sob a luz fraca — um vislumbre rápido, mas suficiente para incendiar tudo o que eu tentava conter.
— Você está quieto hoje — ela disse, num tom que mais provocava do que perguntava.
Sorri, mas meu olhar me traiu. Havia em mim um misto de adoração e culpa, o tipo de sentimento que nasce de um desejo que não se confessa com facilidade.
Ela se aproximou e se ajoelhou diante de mim, apoiando as mãos nos meus joelhos. O olhar dela cravou-se no meu.
— Será que eu sei o que se passa nessa sua cabeça?
Tentei responder, mas a voz não saiu.
Ela riu — um riso baixo, quase um sussurro.
Depois se levantou e subiu levemente a camisola. A visão daquela calcinha… a mesma que eu havia comprado dias antes, um presente que dizia mais do que qualquer palavra.
Ela sabia o que significava. Sabia o que eu imaginava quando a via usá-la.
— Às vezes eu penso… — disse ela, virando-se de costas e subindo levemente a camisola — em como seria se alguém me olhasse do jeito que você olha. Se alguém me tocasse… enquanto você observasse.
Meu coração disparou. As palavras dela eram a minha confissão.
Ela pegou minha mão. Um beijo lento, provocante, aconteceu ali mesmo. Quando percebi, já estávamos no quarto. Ela tirou a camisola, foi em frente ao espelho e passou suas mãos sobre seu corpo todo.. meus olhos a seguiram, hipnotizados.
— Você gosta de imaginar, não é? — ela provocou. — Gosta de pensar em mim sendo desejada… por outro.
O silêncio foi minha resposta.
Ela então abriu o armário, pegou seu objeto de prazer. Meu corpo reagiu na hora. Senti o ar mudar, como se a tensão ganhasse corpo.
Ela segurou o objeto com calma, quase em reverência. Senti sua mãos como se estivesse pegando em mim — Às vezes eu me pergunto se é isso que te excita mais — disse, com um sorriso que misturava inocência e poder. — Me ver brincar com o que poderia ser real.
Meu deu sinais que não consigo controlar. Ela percebeu, claro — e se inclinou, o olhar fixo em mim, os lábios entreabertos.
— Fica aí… — sussurrou. — Só olha.
E eu fiquei. Sem mover um músculo. O som da chuva ficou distante. O tempo, suspenso.
A fantasia que eu sempre mantive escondida estava ali entre nós.
Ela sabia do meu desejo. E naquela noite, decidiu dar forma a ele — não com outro homem, mas com o poder que tinha de me fazer sentir tudo como se fosse real.
No fim, ela se aproximou, sentou-se no meu colo e me olhou de perto.
Eu não disse nada. Apenas assenti, entregue.
E fiquei ali, encarando a mulher que sabia exatamente como me transformar em espectador do meu próprio sonho.
* Segue imagem da calcinha e do objeto usados nesta noite
Show demais. Delícia
Uau.... Maravilhoso, bom demais essa entrega ao prazer... A imaginação nos alimenta...