Nessa mesma época eu tinha me aproximado muito de um primo meu, que chamarei de Lucas. Era um ano mais velho que eu. Diferente de mim ele parecia saber direitinho o porquê de existir a lista de proibições. Como sou filha única, ele se tornou numa espécie de irmão guardião.
Estudávamos juntos em turmas diferentes e toda vez que rolava uma aproximação de outro colega ele se aproximava desse colega meu só pra saber se era uma amizade genuína ou se o novo amigo queria arruinar com minha inocência. Por conta disso a gente ficou muito próximo. Eu não o enxergava como primo, mas como protetor, mesmo nunca tendo demonstrado interesse em mim. Chegava a pensar que ele seria meu marido, mas porque as pessoas mais velhas casavam e viviam o resto da vida juntos, não por conta do sexo - esse assunto ainda era um tanto desconhecido pra mim.
Pois é, o problema nunca tinha sido ele. Tanto que meus pais sempre faziam questão dele me buscar para irmos a pé pra escola. O problema estava no seu pai, que era irmão do meu. O tio Otacílio era um homem de 45 anos, que não aparentava nunca ter essa idade. Era bonitão, charmoso, homem de negócios, mas que estava em seu quarto casamento, sempre com mulheres bem novinhas.
O Lucas não falava dele e só morava com ele porque sua mãe tinha falecido. Seu ódio com o pai era porque enquanto sua mãe sofria no hospital, ele tinha outra. E quando a titia morreu, ele casou com a amante uma semana depois. Foi bem bizarro (julgamento meu atual, porque não entendia nada desses absurdos na época).
Resumindo, tio Otacílio era uma espécie de homem mau. Nem o filho falava dele. E eu não o via com frequência.
Uma vez, íamos eu e Lucas para uma lanchonete que ficava alguns metros de sua casa. Era um novo empreendimento. Só que ele esqueceu a carteira e quando voltamos, fui com ele até sua casa. Uma das proibições era não entrar na casa de tio Otacílio. Por isso o esperei na rua.
Instantes depois, tio Otacílio aparece. Estava sem camisa e colou os olhos em meu corpo me elogiando e falando que eu estava crescida. Foi gentil no começo, mas senti que seu olhar logo passou para um estágio que eu não sabia qual era. Pediu pra eu dar uma voltinha, mandou ficar de costas por um tempo e me contemplou. Não me senti mal com aquilo, mas um pouco envergonhada e levemente excitada, mesmo não sabendo o que era aquela sensação.
Titio não fez nada além disso. Mas aquele olhar ficou em minha mente. Ele me convidou pra ir sozinha na casa dele. Cheguei a pensar em dizer que era proibida de ir lá assim, mas ainda estava processando aquele olhar. Lucas apareceu e veio pegar em minha mão, como se fôssemos namorado, seu pai não pareceu gostar, mas simplesmente deu boa tarde e voltou de onde tinha surgido.
Lucas ficou o tempo todo perguntando se tio Otacílio tinha feito algo. Não contei sobre o olhar. Ele depois falou que seu pai era um desajustado que ficava assediando mulheres como eu. Era a primeira vez que ouvia sobre assédio em uma frase. Pedi para explicar o que era e ele simplesmente disse que era quando alguém força o outro a fazer algo que ele não quer. Entendi que seria uma espécie de castigo ou ordem então, mas não falei nada depois disso.
Passamos o dia juntos e eu pensando no olhar do tio. O que ele pensava enquanto me via? Aquilo não era assédio, ele não me forçou a nada. E no final era gostosinho. Queria mais daquilo.
Esse foi o início do fim da minha inocência, porque eu passei a arrumar situações para sair sem Lucas e ir na casa dele sem ele estar lá, só o tio. E assim fiz no dia seguinte aproveitando que Lucas estaria jogando bola.
Dessa vez iria entrar na sua casa. Bati na porta, esperei um pouco e, tchanam, tio Otacílio surge surpreso. Procura saber se eu tô sozinha, olha para os dois lados da rua, como foragido e manda entrar.
Ele me leva para dentro de casa e me oferece doces. No meio ele pergunta se eu poderia fazer algo para ele. Curiosa, pergunto o que seria e ele diz se poderia ficar só de calcinha pra ele. Fiquei com vergonha na hora. Era um dos itens de proibição mais proibidos. Tirar a roupa para alguém diferente dos pais? Não podia, nem para Lucas.
Ele não insistiu, mas mudou de estratégia. Disse que se fizesse, me daria algo melhor que o doce. Ainda assim recusei. Ele então sentou do meu lado perguntando se eu era namorada do primo. Falei que não. Depois foi sondando sobre minha inocência com perguntas inofensivas.
No meio do papo senti uma mão envolver meus ombros e a outra tocar minha coxa. Sua mão era grande. Aquilo me fez sentir algo no estômago, como borboletas pousando. Ninguém nunca tinha feito algo assim. Ele ia dizendo coisas e sua mão ia subindo até sentir seu dedo entrar por baixo do short e procurar minha bucetinha. Respirei fundo e dei um leve e baixo gemido fininho.
Tio Otacílio perguntou se eu nunca tinha me masturbado. Nem sabia o que era aquilo. Ele então falou que se ficasse de calcinha, me ensinaria e que todas as mulheres de minha idade faziam aquilo. Meus hormônios agora me controlavam. Queria saber o que era agora.
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Fiquei de calcinha, uma branca. Ele mandou dar uma voltinha e acariciou meu bumbum. Agora àquilo não parecia estranho. Ele também já me comandava.
Pediu para que me sentasse e abrisse as pernas. Ele seguia com um braço por cima do ombro e agora seus dedos foram em cima da calcinha, bem na minha bucetinha que já melava minha roupa. No primeiro toque me contorci de prazer, as borboletas estavam bem agitadas agora. Minha reação era morder os lábios e começar a me debater levemente, de forma bem meiga.
Ele assistia tudo orgulhoso da sobrinha. Dizia que eu era mulher e devia sentir prazer (outra palavra nova) e gozar e ter orgasmos (mais palavras novas). Devia sentir curiosidade no sexo (palavra que usava pra definir gênero até aquele momento, portanto, nova).
Quando imaginei que não tinha coisa melhor ele tirou os dedos de cima da calcinha e me tocou diretamente por baixo. Gemi forte. Então sentia a ponta de seu dedo entrar só um pouco. Putz, que delícia de dedo áspero, grosso.
Finalmente e sem resistência gozei sem saber o que era gozar. Meu tio notou e então tirou a mão e deu uma leve afastada pra me ver ter meu espasmo orgástico. Finalizou dizendo que aquilo era masturbação, usar a mão daquela forma e que eu podia fazer sozinha. Como fiquei brava em não saber antes. Ele ficou super feliz de ser o primeiro.
Mandou me vestir pra ir embora antes que Lucas surgisse. E quando eu estava pra ir, outra cena marcante. Ele perguntou se eu imaginava como ele ficou com tudo. Respondi que não. Nem tinha pensado nele.
Tio Otacílio baixou bermuda e cueca liberando seu pinto. E que pintão! Era grosso, cheio de veias. Uma cena nova. Me acusou de tê-lo deixado assim e que a função da mulher era fazer o homem gozar também. Ele ia dizendo aquilo, mas seu pau roubou a cena. Não conseguia prestar mais atenção nele, até ele guardar de novo.
Falou que depois me ensinaria a fazer um homem gozar. Na inocência ainda falei que depois de gozar tão gostoso como minutos antes, que faria qualquer coisa depois pelo homem que me proporcionasse aquilo. O tio sacou que me tinha na mão.
Foi difícil achar outro momento para voltar sozinha em sua casa. Passei a notar que aquela proteção toda era demasiada. Não contei sobre o que tive com titio para mais ninguém. Só queria ir para o próximo passo.
Quando o encontrei de novo, ele me fez pegar em seu pau enquanto me masturbava. Foi interessante pegar num pinto. Mas gozei mais rápido que ele. Nos próximos três encontros, algo parecido aconteceu.
Chegamos a um ponto que ele estando sozinho eu já andava sem nada da cintura pra baixo. Isso só aumentou o desejo dele. Não queria provocar, não sabia o que era aquilo, mas ele interpretou assim.
Ele então deu o comando de cada um se tocar. Foi bem diferente, mas gostei de ver o pinto dele crescer enquanto me tocava. Foi minha primeira vez. Ele então perguntou se queria lamber seu pau, aceitei. Não tinha um gosto bom, mas lamber com a pontinha da língua e encarar ele enquanto me tocava deixava ele bem excitado, seu pau pulsava parecendo explodir.
Titio então mandou abrir a boca para colocar dentro. Abri querendo saber o que viria. Diminui a intensidade da minha siririca. Foi quando ele enfiou a ponto de me sufocar levemente. Fiz cara de reprovação e quando ele tirou falei que assim era ruim. Ele voltou a fazer, me fazendo tossir. Parei de me masturbar e reclamei novamente.
Quando olhei para cima, procurando seus olhos, ele parecia ter sido possuído por algo. Não me escutava mais. Com as mãos, envolveu minha cabeça e voltava a repetir sem se importar. Passei a suplicar e pedir para voltar a lamber, não adiantou. Nos próximo minutos isso se repetiu. Cheguei ao ponto de me virar tentando sair de suas garras, o que me fez ficar de quatro. A coisa foi tão estranha que não chorava, apenas imaginava que eu conseguia vence-lo e fazer ele voltar a ser dócil.
Com mais alguns minutos vi que eu tinha criado essa ideia por minha conta. Titio tirou o pau da minha boca com meus olhos lacrimejados e eu cansada de ser usada e então bateu uma punheta para explodir em seguida. Quatro jatos bem espessos e grossos e em grande quantidade atingiram meu rosto e boca enquanto ele gemia.
Por um lado pensava "um homem goza assim?". Por outro imaginava "qual será o gosto disso?". E o mais racional dizia "isso era o tal do assédio, saia daqui e nunca mais volte".Ele tentou justificar dizendo que ele sempre ficava sem gozar, mas não concordei porque o problema não era esse, mas ter me ignorado e feito algo que eu não sabia ainda e não curti.
Catei minhas coisas e corri embora, ele ainda falou que tinha muito a aprender ainda enquanto eu praticamente fugia. Em casa chorei por ter confiado nele e me senti um lixo por não respeitar as ordens dos pais e a recomendação de Lucas. Evitava passar até na rua dele.
Com o tempo percebi que meu tio tinha roubado minha pureza. Porque mesmo após uns meses, o que mais queria era me masturbar novamente. Me sentia suja fazendo isso porque me lembrava do ocorrido e em como ele pôde ser maldoso por me provocar a curiosidade.
Não diria que graças a ele aprendi sobre o prazer ou orgasmo, porque pouco tempo depois passei a ter amigas que passaram a compartilhar histórias, desejos e como funcionava o sexo, a masturbação e outras coisas. Entendi que eu também podia controlar situações e não ficar a mercê. Aos poucos, a sensação de impureza foi saindo de mim a cada nova descoberta que fazia em meu próprio corpo. Não me envolvi com mais nenhuma outra pessoa e considerei o boquete forçado como minha primeira vez por muito tempo.
Às vezes lembrava da penumbra daquela tarde ou dos cheiros, da intensidade da voz, do abuso e das minhas reações. Em vários momentos me flagrei masturbando pensando naquilo. Eu sabia que algo em mim tinha sido quebrado, pensei que desejasse aquele tipo de situação. Mas isso mudou com o tempo e conto como foi depois.
Meu primo Lucas percebeu que algo estava diferente em mim. Passei a provocar mais, a olhar pra altura de seu pau imaginando se ele teria puxado o pai e até dei em cima dele. Mas quando eu usava algo mais curtinho, ele dizia que eu estava errada em mostrar demais e me reprimia. Logo, aquele homem protetor deu lugar a um que passou a ser mais tóxico e extremamente preocupado com minha integridade ao ponto de a gente mais brigar que se dar bem. Mal sabia ele que seu pai tinha usufruído da doce Mari. Já não era tão bobinha assim, mesmo sabendo que não era vivida também.
Sobre o tio Otacílio, nunca mais o vi. Tinha medo do próximo passo dele. Preferi guardar a lembrança da docilidade dele em me mostrar o caminho da impureza. Seu sarcasmo em me provocar curiosidade e prazer dando a entender ser o sabichão e quem controlava meu prazer mexe comigo até hoje. O problema é que nunca foi santo e nem muito menos capaz de me fazer confiar nele plenamente, falhou quando teve sua oportunidade.
Ele foi denunciado por sua ultima mulher, que o flagrou fazendo o que não devia. Essa outra mulher o denunciou por assédio. Foi preso e em menos de um ano se matou. Eu ainda acho que sua alma vaga perto de mim, porque na menor sensação de risco que tenho, ele me surge como aviso. Talvez tenha sido punido a fazer isso enquanto eu estiver viva. Quem sabe deixo sua alma menos tensa depois, quando voltar a me tocar lembrando de sua mão em meu corpo, na primeira vez.
Fim.
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Espero que tenham gostado. O fato realmente ocorreu e alterei vários momentos para tornar o relato um pouco excitante, ao menos.
Mas quero saber o que você acha? Foi abuso? Foi consequência? O tio é o culpado? Eu? Comenta aí, quero saber a opinião de vocês.

Pelo seu relato não foi assédio foi vontade mesmo