Comi correndo e já fui tomar um banho e ver com que roupa eu iria. Escolhi uma camiseta preta oversize, uma calça cargo e meus Jordans Clássicos. Estava arrumando o cabelo quando Cássio ligou avisando que chegou.
Entrei no carro e ele já me passou uma cerveja trincando
Cássio: Hoje a gente vai ficar na mão do palhaço man
Felipe: Quero só ver hein, não vou carregar ninguém hoje não
No caminho paramos em uma conveniência para pegar mais cervejas e um copão para fazer o esquenta, aproveitando já comprei um halls preto pq estava começando a me animar e gosto de beijar com gosto de halls.
Chegamos no lugar da festa e só pela fila já dava para ver que estava estupidamente cheio, dava para ouvir o som estralando lá dentro.
Entramos na fila que por si só já estava apertada e nos esprememos no meio, dando um passo a cada espaço de surgia.
Quase na entrada, a fila andou e fomos junto dela, mas um menino se enfiou bem na minha frente logo que dei um passo para frente e acabei encoxando ele sem querer.
Ele virou e deu de cara com o meu peito, esse menino com 1,75 de altura, uma carinha de que foi criado com a vó e cheio de marra queria arrumar briga por isso mas desistiu antes mesmo de falar a primeira palavra.
Pedi desculpas a ele e só fez um joia com a mão e virou de volta para a rodinha de amigos dele
Cássio que nesse minuto já tinha arrumado amizade nessa mesma rodinha e tomando da bebida deles e dividindo as nossas
Eram uns 4 mlks e uma mina, nessa conversa com ele descobri que o menino que eu tinha encoxado se chama Yan.
Depois de alguns minutos e algumas cervejas já estavam todos entrosados e até o marrentinho do Yan já estava rindo e tomando do meu copo, ele parecia ser um cara legal mas muito marrento, ele é moreno e bombadinho de academia, o cabelo com um topete e corte americano, com risquinho na sobrancelha e um brinco que parecia ser de pressão, ele usava uma correntinha prata, camisa preta com três botões abertos.
Na hora de entrar, o segurança era um conhecido meu e demos um aperto de mão e me revistou e passei para dentro, logo em seguida foi o Yan que na revista o segurança achou um beck no bolso dele. Yan tentou desconversar e dizer que era tabaco mas não colou, meu amigo segurança já estava pra colocar ele pra fora, quando eu cheguei e falei com ele e disse que o Yan estava comigo que não deixaria dar problema para ninguém, meu amigo aceitou meio relutante e disse que se desse alguma merda ele ia me cobrar depois, apertamos as mãos e ele passou o Yan pra dentro, que parecia meio em choque com oq aconteceu ainda.
Yan: Caralho mano, tu me salvou vlw msm
Felipe: Botei o meu na reta por ti man, não me arrume confusão hoje
Yan: Claro mano, to te devendo uma
Já dentro da festa, mais cheia que na fila e com o som alto pra krl, Cássio e eu nos separamos do grupo do Yan e fomos direto para o bar onde pedimos uma cerveja e falaram que era 20 reais a long neck. Quase caí pra trás pq não queria gastar muito na noite, mas sem ter o que fazer, pegamos um balde e fomos curtir a festa.
O lugar estava extremamente cheio, tendo de esbarrar com alguém a cada passo, Cássio e eu paramos em um canto próximo a divisória com a área vip. Mal chegamos e Cássio já estava trocando olhares uma guria da área vip, disse que ela era areia demais para ele e ele me respondeu que confiava no seu taco.
Curtimos a música e tomamos umas, mas por conta da quantidade de gente o lugar estava ficando muito quente, eu já estava ficando agoniado, chamei o Cássio para irmos até o fumódromo para tomar um ar mas ele não quis pois estava flertando de longe com a guria do vip.
Fui sozinho pois já não aguentava mais de calor, chegando ao fumódromo vi que tinha um bar lá tbm e pedi uma cerveja, nesse momento senti cheiro de maconha e olhei em volta, dito e feito, era o Yan e o grupinho dele, no momento que os vi ele já estava me chamando para me juntar a eles, peguei minha cerveja e fui ao encontro deles.
Yan parecia muito mais animado que na entrada, possivelmente por conta das bebidas e agora da maconha.
Yan: Eae mano, saiu aqui por conta do inferno que está lá dentro?
Felipe: Sim man, não ta dando pra ficar lá dentro não, calor da porra
Yan: Cadê o mano que estava com você?
Felipe: Ficou lá dentro conversando com uma guria, ele tá maldade hoje pq terminou com a mina dele
Yan: Ah saquei, eu to afim de beijar hoje mas não encontrei ninguém que me chamou a atenção
O Yan disse isso com um olhar de canto mas eu nem saquei nada, assumi que ele estava estranho assim por estar bêbado
Fiquei ali com o grupinho e tomei mais algumas cervejas, quando me deu vontade de dar uma mijada, mas para isso eu teria de entrar de novo na festa.
Avisei o pessoal que iria ao banheiro e sai para entrar na festa novamente, quando sinto uma mão passando nas minhas costas, me viro e vejo o Yan, com um sorriso de canto dizendo que ia ao banheiro tbm.
Entramos e seguimos em direção ao banheiro ao lado do bar, mas a fila estava enorme, o Yan viu tbm e virou para me dizer algo, mas eu não entendi por conta da música alta.
Pedi para ele repetir e ele ficou na ponta dos pés e apoiou, meu ombro e disse perto do meu ouvido
Yan: Vamos passar no bar para pegar uma bebida antes de ir ao banheiro
Ele se afastou e ficou olhando na minha boca bem de perto esperando uma resposta
Fiz um sinal de joia com a mão e fomos em direção ao bar
Mas eu estava tentando me controlar ao máximo pq aquele garoto falando tão perto de me fez arrepiar todo, já estava sentindo que estava mais quente ainda lá
Chegamos ao bar e ele fez de novo, se aproximou, apoiando em mim e disse bem perto da minha orelha, ao ponto de eu senti o hálito quente e o cheiro de maconha
Yan: Pede o que quiser que eu pago pra ti
Respondi próximo de seu ouvido tbm
Felipe: Tem certeza? É tudo caro pra krl aqui
Yan: Tenho sim, pode pedir
Pedi uma cerveja e ele uma caipirinha e ficamos conversando falando perto um do outro mas eu já estava ficando excitado com aquela aproximação dele.
Em uma investida que ele deu para falar perto de mim, eu o interrompi e disse:
Felipe: Man para com isso pq eu ja tendo umas ideias diferentes de ti
O Yan deu um sorriso de canto
Yan: Tipo o que?
Felipe: Eu to querendo uma coisa aqui já
Yan: Fala pra mim, eu posso estar querendo tbm mano
Nessa hora eu saquei tudo que e aquele boyzinho não era nada inocente.
Passei meu braço por suas costas e juntei colado em mim
Felipe: Assim mais perto eu consigo te ouvir
Yan: E eu acho que é isso que você quer tbm
Beijei ele e foi um beijo lento mas com pegada, esse garoto sabia oq estava fazendo, passou a mão pelas minhas costas e subiu até a minha nuca e segurou para nos beijarmos mais forte ainda.
Eu segurei o cabelo dele o senti dar um leve gemido e jogar a cabeça para trás.
Beijei seu pescoço e fui subindo dando leves mordiscadas até sua orelha. Senti seu corpo todo arrepiar quando disse no pé do seu ouvido.
Felipe: Vc é uma delícia né marrentinho
Yan: Se eu for tudo isso… você vai conseguir aguentar?
Beijei ele em resposta, mais forte e com mais desejo, senti a perda dele entre as minhas, a coxa dele roçando no meu pau já duro dentro da cueca. Passei a mão por dentro da camisa dele e o juntei pela cintura.
Eu já estava delirando naquele beijo e pensando no que mais poderíamos fazer naquela noite. De repente sinto alguém colocando a mão no meu ombro, paro de beijar o Yan que fica sem entender e me viro para ver quem era o infeliz que tinha acabo com aquele beijo bom pra krl.
Era o Cássio, virado no Jiraya e completamente bêbado e cambaleando
Cássio: Mano… eu… acho que eu vou…
Felipe: Vomitar, eu sei...
Já segurei no braço dele para que ele não caísse e fui andando em direção ao banheiro., Yan se aproxima com a cara de “não acredito que esse é o momento”, mas vai junto, meio contrariado, meio preocupado.
Entramos direto no banheiro cortando a fila, pedindo desculpas dizendo que meu amigo estava passando mal. A luz era ruim, piso meio úmido e um cheiro nada agradável.
Consigo enfiar o Cássio numa cabine e ele já começa a vomitar logo que apoia no vaso.
Felipe: Fica aí e… respira
Ele só responde com um gemido dramático. Assim que a porta fecha, olho pro Yan. Yan olha de volta.
Aquele tesão não morreu nem um pouco
Sai um cara da cabine do lado, eu olho para o Yan e ele parece pensar o mesmo que eu, dou um passo em direção a cabine e Yan me segue, e num segundo eles estão na cabine ao lado, a porta fechando num “clique” rápido.
Yan jogou os braços em volta do meu pescoço e me juntou naquele beijo delicioso de novo, mas agora com mais vontade e desejo. Eu que já estava explodindo de tesão não perdi tempo, enfiei a mão na calça do Yan e puxei seu pau para fora, era moreno com uns 18 cm e grosso, o prepúcio cobria parte da cabeça rosada do pau.
Comecei a masturba-lo e ele me beijou mais forte e agarrou meu cabelo enquanto gemia. Eu estava totalmente imerso naquela situação, já nem pensava onde estava, nem no cheiro do lugar, eu só queria satisfazer aquela vontade que tínhamos um do outro, era uma energia quente, urgente, que parece saltar do peito dos dois.
Mas claro que o universo não colabora.
TOC. TOC. TOC.
Os dois congelaram
Eu arregal os olhos. Yan prende a respiração como se isso fosse fazer ele sumir.
Yan: É o segurança…mano ferrou
Mas aí a voz de fora diz meio gritando: AMIGO? AMIGO DO… CÁSSIO? ELE TÁ ME CHAMANDO AQUI… TÁ PASSANDO MUITO MAL!
Yan solta o ar, levando a mão ao peito.
Yan: Não era o segurança, graças a Deus.
Felipe: Sim, mas agora ferrou igual!
Abrem a porta rapidinho. Cássio está meio caído, meio sentado, meio tentando falar algo que não faz sentido nenhum, seguro ele antes que ele tombe inteiro, metade da camiseta dele está molhada com algo que eu não quis pensar muito na hora.
Felipe: Vem, brother… bora, antes que tu vire obra de arte nesse chão nojento
Yan aparece atrás, acompanhando. As pessoas olham a situação, Cássio quase desmaia apoiado em mim
Indo em direção a saída, vejo Yan de relance acompanhando a gente
Tento ajeitar o Cássio no ombro para ele não escorregar, mas quando me viro novamente não vejo mais o Yan, paro para olhar em volta mas nada encontro. Queria ter pedido pelo menos o insta dele
Pensei em voltar, mas o peso morto que virou o Cássio quase escorrega para o chão e tenho de segurá-lo mais firme.
Leva Cássio até o carro e dirijo com ele completamente apagado no banco do passageiro, a cabeça tombando de um lado pro outro.
Chego na casa dele e tento colocar a chave na porta com ele pendurado no meu ombro e quase caio junto para o chão, entramos e vou logo em direção ao quarto dele e o jogo na cama, ele cai como um saco de batatas e resmunga algo que eu nem tentei entender.
Vou para cozinha e pego um copo d'água e sento no sofá, pensando naquele garoto marrento e no beijo que ele tinha, durmo ali mesmo, jogado no sofá, ainda com o cheiro da festa grudado na blusa e o Yan grudado na cabeça.
No dia seguinte.
Cássio com cara de ressaca existencial.
Cássio: Mano… eu tô vivo?
Felipe: Por pouco
Pego um copo d'água para ele
Cássio: E a noite? Cê se deu bem?
Dou um suspiro profundo
Felipe: Quase. Muito quase. Mas não peguei o contato dele.
Cássio: Relaxa… vocês vão se trombar em outra festa.
Felipe: Cara, duvido. Tem milhões de pessoas nessa cidade.
Cássio: E? Às vezes acontece.
Dou um meio sorriso, mas não acredito muito.
Uma semana depois
A faculdade está cheia por causa da feira dos alunos.
Gente andando pra todos os lados, estandes montados, banners improvisados, cheiro de café ruim e pão de queijo.
Entro na faculdade de fones e passo olhando de relance os estandes… até que vejo...
Yan.
Camisa social, crachá pendurado, postura séria.
Ele explica algum projeto para um grupo, gesticulando com precisão, como se estivesse em outro mundo.
Mas no meio da explicação…ele me olha de canto de olho e depois fixamente, travando por um segundo.
Yan engole seco, recompõe a expressão, continua falando como se nada tivesse acontecido, exceto que o olhar dele escapa na minha direção umas três vezes. Me aproximo na direção dele para ouvir sua explicação.
Quando a apresentação termina, as pessoas agradecem e se afastam.
Dou um sorriso involuntário, Yan com a mesma marra faz um aceno de cabeça mas deixa escapar um sorriso de canto.
Chego até ele e digo oi e ele me responde.
Foi muito surpreendente e bom rever ele assim.