Continuando...
O impacto psicológico veio de forma silenciosa, mas constante. Nos dias seguintes, eu me sentia distante de tudo, como se estivesse vivendo em câmera lenta. Coisas simples exigiam esforço, e pensamentos voltavam sem aviso, trazendo junto um aperto no peito difícil de explicar. Eu tentava seguir a rotina, mas por dentro estava exausta.
A ideia de vê-lo novamente me causava desconforto. Não era só raiva ou mágoa era uma sensação profunda de insegurança. Meu corpo reagia antes mesmo da minha mente, e eu percebi que forçar qualquer contato naquele momento só me machucaria ainda mais. Eu precisava me proteger, mesmo sem saber exatamente como.
Demorei alguns dias para tomar uma decisão, mas ela foi se formando aos poucos, com clareza. Eu não queria mais continuar aquele relacionamento. Não havia espaço para conversa, para explicações ou tentativas de conserto. O que tinha sido quebrado não era algo simples. Era confiança. Era respeito. Era a sensação de segurança que deveria existir desde o começo.
Quando finalmente terminei, fiz isso de forma direta, sem entrar em detalhes. Não porque faltassem palavras, mas porque eu já tinha entendido que não precisava justificar a minha dor. Encerrar aquele vínculo foi doloroso, mas também necessário. Foi a primeira vez que escolhi a mim mesma depois de tudo.
Depois disso, fiquei mais fechada. Evitava envolvimentos, desconfiava de intenções, analisava gestos demais. Ao mesmo tempo, comecei a perceber que aquele cuidado excessivo era uma forma de sobrevivência. Eu estava tentando me recompor, mesmo sem saber ao certo por onde começar.
Não foi um processo rápido. Nem fácil. Mas foi ali que algo importante mudou dentro de mim: eu parei de me culpar. Passei a entender que me afastar não era fraqueza, e sim um ato de proteção. Que dizer “não” mesmo depois ,ainda era um direito meu.
E, mesmo machucada, eu sabia que aquela decisão era um passo necessário para seguir em frente sem me abandonar novamente.
Depois de tudo, muita coisa começou a mudar dentro de mim. Passei a pensar mais sobre relacionamentos, sobre limites e sobre o que realmente significa ser respeitada. Eu me fechei um pouco. Não porque quisesse me afastar do mundo, mas porque precisava entender o que tinha acontecido comigo e lidar com aquilo do meu jeito.
Foi nesse período que meu tio Roberto percebeu que algo não estava bem. Ele me conhecia desde sempre sabia que eu não estava bem, afinal só morava eu ele e meus avós.
Por essa razão, notou meu silêncio, o jeito como eu ficava mais no meu quarto, como evitava conversa e parecia sempre cansada. Mesmo assim, não falou nada para meus avós. Ele respeitou meu tempo, como se soubesse que eu só falaria quando me sentisse pronta.
Um dia, a casa estava tranquila, e eu resolvi contar. Não foi fácil. As palavras saíram confusas, cheias de emoção. Contei o que tinha acontecido, como eu me sentia, o quanto aquilo tinha me machucado. Ele me ouviu em silêncio, sem me interromper. Não ficou com raiva, não reagiu de forma exagerada. Só me deu atenção, de verdade.
Quando percebeu que eu ainda estava machucada, foi ele quem me levou ao médico. Fez isso com cuidado, sem me pressionar. Depois, sugeriu que eu começasse a fazer terapia. Disse que eu não precisava passar por aquilo sozinha. E, mais uma vez, ele esteve ali. Me levava ao psicólogo uma vez por semana, esperava por mim, nunca invadiu meu espaço nem pediu explicações.
Com o tempo, fui começando a me sentir um pouco melhor. Não foi rápido, nem fácil. Mas eu sentia que estava sendo cuidada. Que alguém se importava comigo sem pedir nada em troca.
Durante quatro meses, nossa relação foi ficando mais forte desse jeito. Ele cuidava de mim nos detalhes, no dia a dia, nas pequenas atitudes. Aos poucos, fui voltando a confiar. Primeiro nele. Depois, em mim mesma.
Nesse processo, percebi que ele ocupava lugares importantes na minha vida. Às vezes, era apoio. Outras vezes, proteção. Em muitos momentos, era só presença. E isso fez toda a diferença.
Eu ainda carregava dor, ainda tinha medo, mas já não me sentia sozinha nem perdida. Estava me reconstruindo, aos poucos, aprendendo que seguir em frente não significa esquecer, mas aprender a cuidar de si sem culpa.
Eu ainda estava nesse processo de reconstrução quando algo inesperado aconteceu. Até então, eu não tinha pensado em desejo, nem em querer alguém de um jeito diferente. Minha atenção estava toda voltada para sobreviver emocionalmente, para reaprender a confiar, para não me perder de novo.
Mas isso começou a mudar naquele fim de semana.
Ele chegou em casa acompanhado. Uma namorada nova. Alguém que eu não conhecia. Ele parecia diferente, mais animado, mais presente. Apresentou-a aos meus avós com naturalidade, como se fosse algo simples, cotidiano. Para eles, era só mais uma visita. Para mim, não foi.
Naquele momento, senti algo estranho no peito. Um aperto que eu não soube identificar de imediato. Não era raiva, nem tristeza exatamente. Era uma sensação de deslocamento, como se algo que eu nem sabia que era meu tivesse sido tocado.
Passei a observá-los sem querer. O jeito como ele falava com ela, como ria, como a atenção dele estava voltada quase toda para aquele novo centro. Pela primeira vez, me senti do lado de fora. Invisível. E isso me incomodou mais do que eu gostaria de admitir.
Meu corpo reagiu antes da minha cabeça. Fiquei mais quieta do que o normal, mais rígida. Minha linguagem mudou. Eu sabia disso, mesmo sem controlar. Evitava o olhar direto, mas ao mesmo tempo buscava a presença dele nos ambientes da casa. Era contraditório. E evidente.
Eles passaram o dia ali. Conversas, risadas, pequenas intimidades que não eram minhas para observar, mas que eu não conseguia ignorar. No fim do dia, quando soube que ela dormiria com ele, senti algo se fechar dentro de mim. Não por posse, mas por medo.
Medo de perder aquele espaço que tinha sido tão importante para mim.
Medo de ficar de escanteio.
Medo de que aquela presença constante, aquele cuidado silencioso, deixasse de existir.
Não era amor no sentido claro da palavra. Era algo mais confuso. Uma mistura de apego, admiração e necessidade de segurança. Eu não sabia se ele sentia algo além do cuidado. Na verdade, eu não sabia nem se eu mesma sentia. Só sabia que aquela sensação nova tinha acordado algo que estava adormecido.
Naquela noite, fui para o meu quarto com pensamentos embaralhados. Me dei conta de que, em algum ponto daqueles quatro meses, ele tinha se tornado mais do que apenas alguém que cuidava de mim. Ele tinha se tornado referência. Porto seguro. E, talvez por isso, vê-lo voltar sua atenção para outra pessoa me fez perceber o quanto eu tinha passado a querer continuar sendo vista.
Não fiz nada. Não disse nada. Mas por dentro, tudo já estava diferente.
Foi ali que eu entendi: não era só gratidão.
Não era só confiança.
Algo em mim tinha despertado silencioso, confuso, ainda sem forma e eu não sabia o que fazer com isso.
Sozinha no quarto, o silêncio parecia maior do que em qualquer outra noite. Eu estava acostumada a ouvi-lo na sala, sentado no sofá, a TV ligada mais como pano de fundo do que como distração. Aquelas conversas noturnas tinham virado um hábito, quase um ritual. Eram simples, às vezes bobas, mas constantes. E, de alguma forma, importantes para mim.Naquela noite, não.
A casa estava a mesma, mas tudo parecia fora do lugar. A TV seguia ligada, só que na sala vazia. Eu sabia onde ele estava. E isso bastava para meu peito apertar.
Deitada na cama, tentei me convencer de que não havia motivo para me sentir assim. Ele tinha uma vida, tinha escolhas, tinha alguém. Mesmo assim, a sensação de carência veio forte, quase física. Não era só saudade da presença dele era a ausência do espaço que eu achava que ocupava.
Minha mente começou a criar imagens que eu não queria. Não exatamente do que eles faziam, mas do que aquilo significava. Ele rindo com ela, falando baixo, dando a atenção que antes era dividida comigo. Aquele tempo que era nosso ainda que nunca tivesse sido nomeado assim agora pertencia a outra pessoa.
Senti um nó na garganta.
Não era inveja simples. Era medo de ser deixada de lado. Medo de que tudo aquilo que tinha me ajudado a ficar de pé fosse substituído sem que eu tivesse chance de me preparar. Medo de perceber que, para ele, talvez eu nunca tivesse sido tão essencial quanto ele tinha sido para mim.
Me virei na cama algumas vezes, inquieta. O corpo pedia conforto, presença, aquela sensação de ser vista. Mas não havia ninguém para chamar. Nem coragem para sair do quarto. Fiquei ali, abraçando o travesseiro, tentando entender quando exatamente aquele cuidado tinha se transformado em dependência emocional.
Foi ali, sozinha, que percebi algo que me assustou:
eu não sentia apenas falta da conversa, sentia falta dele.
E essa constatação doeu mais do que eu esperava. Porque gostar, mesmo que em silêncio, significava risco. Significava perder. Significava admitir que eu podia ficar em segundo plano.
Naquela noite, não chorei alto. Não bati portas. Não fiz drama. Apenas fiquei ali, quieta, sentindo pela primeira vez o peso de querer alguém que talvez nunca tivesse sido meu. E isso mudou tudo.
No dia seguinte, ela foi embora cedo. A casa voltou ao ritmo de sempre, mas eu não. Carregava no rosto o cansaço da noite mal dormida e aquele aperto que ainda não tinha nome.
Eu estava no meu quarto quando ele bateu de leve na porta.
— Posso entrar?
Assenti com a cabeça. Ele entrou devagar, como quem já sabia que eu não estava bem. Sentou na beira da cama, mantendo a mesma postura calma de sempre.
— Você tá diferente hoje disse, com cuidado. —Mais quieta do que o normal.
Demorei um pouco para responder. Eu não queria mentir, mas também não sabia até onde podia ir.
— Não gostei muito dela ,falei, por fim, olhando para outro canto do quarto.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse tentando entender se havia algo por trás daquela frase.
— Entendo ,respondeu. Nem todo mundo se sente confortável de primeira.
Eu balancei a cabeça, mas não expliquei o motivo. Não falei do vazio, nem do medo, nem daquela sensação estranha de ter perdido espaço. Ele não insistiu. Nunca insistia.
Então ele disse algo que eu não esperava:
— Durante a semana, ela não vem . Só irá vir aos finais de semana.
Levantei o olhar na hora. Tentei disfarçar, mas senti o corpo relaxar sem pedir permissão. Não foi felicidade exatamente. Foi alívio. Um alívio quase culposo, como se eu estivesse comemorando algo que não tinha o direito de comemorar.
— Ah… respondi, tentando parecer neutra.
Ele me observou por um instante mais longo, como se estivesse juntando peças que eu mesma não sabia que tinha espalhado.
— E você? perguntou. Tá tudo bem mesmo?
Quis dizer que sim. Quis encerrar o assunto. Mas acabei dizendo apenas:
— Vai ficar.
Ele assentiu, satisfeito com aquela resposta curta. Antes de sair, falou:
— Se precisar conversar hoje à noite… a gente pode sentar na sala, como sempre.
Quando a porta se fechou, fiquei sozinha outra vez. Mas agora o silêncio era diferente. Menos pesado. Ainda confuso, ainda cheio de perguntas, mas não tão vazio quanto na noite anterior.
Eu sabia que nada tinha sido resolvido. Sabia que aquela sensação não tinha ido embora. Mas, naquele momento, bastava saber que eu ainda tinha espaço. Que eu ainda era vista. Que, pelo menos por enquanto, eu não tinha sido deixada para trás.
E isso, por mais contraditório que fosse, me confortou mais do que eu gostaria de admitir.
Durante o dia, ele foi trabalhar como sempre. A rotina da casa seguiu normal, e eu também tentei manter a minha. Fui para a escola, fiz o que precisava fazer, conversei com pessoas, respondi perguntas. Por fora, tudo parecia igual. Por dentro, não.
Eu estava inquieta. Ansiosa pela noite de um jeito diferente do habitual. Não era só pela conversa na sala ou pela companhia. Era por algo que eu ainda não sabia bem como nomear, mas que já tinha começado a tomar forma dentro de mim.
Enquanto fazia minhas coisas, me peguei pensando em como ele me via. Sempre como alguém da casa, alguém que precisava de cuidado, de proteção. E uma parte de mim começou a se incomodar com isso. Eu não queria ser vista apenas assim. Eu queria ser percebida de outro jeito também. Como mulher.
Sem muito objetivo, comecei a pesquisar na internet. Acabei encontrando conteúdos de uma terapeuta sexóloga. Não era nada vulgar. Pelo contrário. Falava sobre desejo, atração, sobre como o corpo e a mente se comunicam, sobre como o querer nasce antes mesmo de qualquer atitude. Fiquei fascinada. Não só pelo conteúdo, mas pelo que aquilo despertava em mim.
Foi ali que algumas coisas começaram a fazer sentido.
Percebi que o que eu sentia por ele não era só carinho, nem só gratidão. Havia admiração, havia atração, havia vontade de proximidade. Uma vontade silenciosa, contida, mas presente. Pensar nele naquela noite, imaginá-lo sentado no sofá, me olhando como sempre olhava… tudo isso mexia comigo de um jeito novo.
Meu corpo reagia a esses pensamentos de forma sutil, quase imperceptível para qualquer outra pessoa, mas impossível de ignorar para mim. Era como se eu estivesse mais desperta, mais sensível, mais consciente de mim mesma. Não era algo que eu quisesse esconder de mim, mas também não sabia ainda como lidar.
Em alguns momentos, pensei em provocá-lo de alguma forma. Não algo direto, nem óbvio. Apenas pequenas mudanças: o jeito de falar, de me sentar, de sustentar o olhar por um segundo a mais. Não para chamar atenção de imediato, mas para deixar de ser invisível naquele lugar onde eu já tinha sido tantas coisas.
Quando a noite começou a se aproximar, senti o coração acelerar levemente. Não por expectativa concreta, mas pela possibilidade. Pela ideia de estar com ele de novo na sala, sabendo que, dentro de mim, algo já não era mais o mesmo.
Eu não sabia se ele perceberia.
Não sabia se ele sentia algo parecido.
Mas sabia, com clareza pela primeira vez, que o que estava acontecendo dentro de mim não era passageiro. Era o início de um desejo consciente, silencioso, que começava a pedir espaço.
E aquela noite, eu sentia, não seria igual às outras.
Já era por volta das oito da noite quando nos encontramos na sala. A casa estava tranquila, meus avós já tinham se recolhido, e o silêncio típico daquele horário deixava tudo mais próximo, mais concentrado em nós dois.
Ele sugeriu um filme. Nada muito específico, algo leve, mais para fazer companhia do que para assistir de verdade. Sentamos no sofá, com uma certa distância confortável entre nós, como sempre. A TV ligada iluminava o ambiente de forma suave, e o som preenchia os espaços onde, antes, nossas conversas costumavam fluir.
No começo, falamos de coisas simples. Do dia dele no trabalho, do meu dia na escola. Comentários soltos, risadas baixas, aquela naturalidade que já era familiar. Mas, mesmo assim, eu sentia que havia algo diferente. Eu estava mais atenta a tudo: ao tom da voz dele, ao jeito como ele se virava para me ouvir, ao silêncio que surgia entre uma fala e outra.
Em alguns momentos, nossos olhares se cruzavam por mais tempo do que o normal. Não era desconfortável. Era apenas… consciente. Como se ambos percebessem que aquele espaço compartilhado tinha ganhado outra camada.
— Você parece diferente hoje
ele comentou em certo momento, sem tirar os olhos da tela.
— Diferente como? perguntei, tentando manter a voz neutra.
Ele deu de ombros.
— Mais presente. Não sei explicar.
Sorri de leve. Aquela observação simples fez meu coração acelerar um pouco. Não era uma declaração, nem uma insinuação. Mas era reconhecimento. E isso já dizia muito.
O filme seguia passando, mas a atenção estava cada vez menos nele. Conversávamos sobre cenas aleatórias, lembranças, coisas que nunca tínhamos dito antes. A noite avançava sem pressa, como se nenhum dos dois quisesse ser o primeiro a encerrar aquele momento.
Em algum ponto, o silêncio voltou a se instalar. Não era vazio. Era carregado de algo que ainda não tinha nome. Eu me senti confortável ali, sentada ao lado dele, sentindo a presença, o tempo desacelerado, a certeza de que aquela conversa até tarde já não era mais apenas um hábito.
Era um espaço onde algo estava se construindo, mesmo sem palavras.
E, enquanto o filme se aproximava do fim, eu tive certeza de uma coisa: aquela noite não era sobre o que estava passando na tela, mas sobre tudo o que estava acontecendo entre nós , nos detalhes, nos olhares e no que ainda não tinha sido dito
Depois de um tempo, ele sugeriu pedir um lanche. Algo simples, só para não encerrar a noite de repente. Concordei. Enquanto esperávamos, continuamos conversando, agora de um jeito mais leve, rindo de coisas pequenas, como se aquela troca mais profunda tivesse aberto espaço para uma intimidade tranquila.
Quando o lanche chegou, comemos ali mesmo na sala. Sentados lado a lado, comentando distraidamente sobre o filme, sobre o dia seguinte, sobre coisas sem grande importância. Ainda assim, eu sentia que algo tinha ficado no ar. Não era tensão, nem expectativa exagerada. Era consciência. Um cuidado maior com cada palavra, cada gesto.
Depois de comer, ele se levantou primeiro.
— Vou dormir, disse, com um tom calmo. — Amanhã acordo cedo.
— Eu também respondi.
Ficamos alguns segundos parados, como se ambos procurássemos algo a mais para dizer, mas não encontrássemos. No fim, foi simples.
— Boa noite ele falou.
— Boa noite.
Cada um seguiu para o seu quarto.
Deitada na minha cama, fiquei olhando para o teto, repassando a noite inteira na cabeça. A conversa, os olhares, as perguntas que pareciam inocentes, mas não eram. Nada de concreto tinha acontecido e, ainda assim, tudo parecia diferente.
Eu não estava confusa como antes. Estava consciente. Sabia que algo tinha começado ali, mesmo sem promessas, sem gestos grandes. Era só uma mudança sutil, quase imperceptível para quem estivesse de fora, mas impossível de ignorar para mim.
Fechei os olhos com uma sensação estranha de calma misturada com expectativa. Não sabia o que viria depois, nem se algo realmente viria. Mas sabia que aquela noite tinha marcado um antes e um depois.
E isso, por si só, já era suficiente para me manter acordada por mais alguns minutos, sorrindo sozinha no escuro..
Gente pode parecer drama mais , nessa noite foi a primeira noite que eu me masturbei, pensando nele e como sério bom se ele me tocasse, pos sabia que por ele ser meu tio não me machucaria como o Samuel fez , além do mais ele está muito próximo a mim.
Se vocês querem saber o resto comentem aí .... Ja vou escrever a próxima etapa e o desfecho de desse conexão entre eu e o tio Roberto.
Continua...
Gente , já postei a segunda parte dessa história , espero que vocês gostem.
Você escreve muito bem.!!
Vc é demais!