Um mês tinha passado desde maio. Um mês desde a primeira vez que eu peguei o celular dele e descobri tudo. Naquele dia, eu jurava que o choque ia passar, que a sensação ia diminuir, que a curiosidade ia morrer junto com a raiva. Não morreu. Criou raiz.
Virou ansiedade.
Virou hábito.
Virou uma vontade constante de saber até onde ia a sujeira que ele escondia.
Eu já sabia quem ele era. Ou achava que sabia. Mas tinha a sensação incômoda de que ainda havia coisa guardada, coisa que ele não tinha deixado escapar na primeira queda de máscara.
Naquele mês, eu não aguentei.
Peguei o celular de novo. Dessa vez não foi impulso. Foi método. Eu já sabia onde procurar, já sabia o tipo de mentira que ele contava pra si mesmo. Fui mais fundo. E não me enganei.
Encontrei uma conversa arquivada. Nome simples: André. Logo de cara, sinais claros — fotos apagadas, vídeos de visualização única.
Vasculhando mais um pouco, achei na galeria pastas ocultas, tinha diversos arquivos lá, que ele achava que ninguém descobriria e teria coragem de abrir.
Ali estava outra parte da verdade. Sem desculpa nenhuma, a mais pura verdade.
O primeiro vídeo me fez parar de respirar por alguns segundos. Não era só o que ele fazia — era como fazia. Entregue. Disponível. Como se aquele lugar fosse natural pra ele. O André filmava, falava, conduzia. Meu namorado obedecia sem questionar, oferecendo o corpo como quem sabe exatamente o papel que está desempenhando.
O video era basicamente meu namorado de quatro, o corpo todo entregue, enquanto o cara filmava metendo sem dó. O mais chocante foi ver quando meu namorado abriu o cuzinho com as duas mãos, escancarado, exibindo como uma verdadeira putinha que queria ser usada. Ele não dizia nada, só gemia baixo, deixando o cara falar por cima, como se fosse a namorada dele.
Pausei. Voltei. Assisti de novo. Um mês depois da primeira descoberta, eu ainda não sabia parar.
No segundo vídeo, o clima mudava, mas a lógica era a mesma. Ele estava sentado na rola, rebolando devagar,sorrindo pra câmera, provocava, se colocava no lugar que comigo sempre negou. O André mandava:
— Olha pra mim, putinha.
E ele respondia sem hesitar:
— Sou sua putinha, sou todo seu.
Não havia dúvida. Não havia encenação. Aquilo não era um personagem improvisado — era alguém confortável no próprio desejo.
Entre os arquivos da pasta, havia um vídeo específico. Câmera tremida, luz ruim, clima de coisa feita às pressas. Mas bastava ouvir a voz dele pra entender que ali tinha algo diferente. Ele não estava apenas se mostrando. Estava se expondo.
A conversa começou como provocação.
— Tu tá fazendo teu namorado de corno?
— Tô… tô sim. (ele falava entre gemidos)
A pausa que veio depois pesou mais do que a resposta.
— E ele sabe?
Ele negou. Disse que não. Disse que, pra mim, ele estava ocupado. Sempre ocupado. Trabalho, rotina, desculpas bem escolhidas.
— Então tu gosta disso, né?
— Gosto. (ele gemia enquanto o cara metia nele sem dó)
Sem culpa. Sem hesitação. Ele disse que gostava do risco, da mentira, de ser tratado daquele jeito quando ninguém estava olhando.
— De virar putinha quando ninguém tá vendo, né?
— Exatamente. — Meu namorado respondeu, quase que com orgulho na voz.
André perguntou
— Aqui tu é o quê?
— Aqui eu sou tua putinha.
A pergunta final veio como sentença.
— E lá fora?
— Lá fora, eu sou quieto, ele nem imagina.
Um sorriso torto apareceu.
— Lá fora ele é o corno. (meu namorado respondeu orgulhoso enquanto André gozava no cuzinho dele).
O vídeo terminava ali. Seco. Como se não precisasse de mais nada.
E realmente não precisava.
Meses depois, outros vídeos surgiram. Outras conversas. Sempre o mesmo jogo: eu fora da cena, presente só como o corno a ser zombado. Um risco constante que tornava tudo mais intenso pra eles.
O mais perverso não era a traição.
Era ele gostar da ideia de que eu nunca descobriria.
As fotos completavam o quadro. Registros feitos pra provocar, pra marcar território, fotos dele gozado, com a porra escorrendo pelo peito, sorrindo todo sujo. Outra dele abrindo o cuzinho com a mão, mostrando o quanto já tinha sido usado. pra serem vistos e revistos. Tudo escondido de mim, mas entregue de bandeja pra outro.
Continuei lendo as mensagens. Cada linha parecia empurrar a faca um pouco mais fundo.
André dizia:
— Você nasceu pra isso, sabia?
Meu namorado respondeu:
— Eu sei e quero mais.
Em outra troca, ele implorava. Pedia repetição. Pedia pra ser usado. O André respondia com calma, com deboche, como quem sabe que tem o controle.
Fiquei ali, com o celular na mão, observando cada detalhe da conversa pra não deixar escapar nada. Tesão misturado com humilhação, desejo atravessado por raiva. Eu assistia, lia, ouvia, eu não era parte da cena.
Eu era o segredo fora dela. — e entendia, aos poucos, o lugar que eu ocupava nisso tudo, era como se eu tivesse nascido pra assistir, pra descobrir e sofrer, enquanto ele dava prazer pros outros.
O mais cruel era lembrar que, comigo, ele sempre negou tudo. Qualquer sugestão sobre trazer mais alguém pra comer ele junto comigo e fuder a 3 pra apimentar mais a relação, ele me fazia acreditar que eu não merecia isso, que não era do feitio dele.
Mas entre quatro paredes, com outros, fazia exatamente o que dizia rejeitar.
O tesão estava na mentira: ser um comigo e outro com eles. Comigo, ele vestia uma máscara. Pros outros, ele se deixava ver inteiro. ele se abria inteiro, se transformava em viadinho safado, em puta de verdade. De quatro, com o cuzinho escancarado, rebolando, gemendo como se tivesse nascido só pra isso. Pra eles, ele era todo entregue.
Depois disso, só confirmou o que eu já suspeitava desde maio: ele era de todos, menos meu.
E eu, um mês depois, já entendia: eu não estava ali pra impedir nada. Estava ali pra ver, saber e continuar. Consciente. Em silêncio. Com o tesão sujo de quem carrega os chifres sabendo exatamente como eles foram colocados.
"Pra quem leu até aqui: tem imagem. Um frame retirado de um vídeo ele se mostrando, O macho filmando o cuzinho abertinho do meu namorado depois de ter terminado de fuder ele, exatamente do jeito que gostava de ser visto por outro. A 3 foto é do video do meu namorado abrindo o cuzinho pro andré pra ele meter mais fundo. Quem leu o conto inteiro vai entender."


