DIA CHUVOSO



Meu nome é Cleusa. Tenho 54 anos. Eu gostaria de dividir com vocês uma história, que mantenho em segredo há cinco anos.

Nunca contei isso a ninguém — talvez por vergonha, talvez por medo de não ser compreendida. Mas, nos últimos tempos, tenho sentido uma estranha urgência em dividir essa história.

Foi algo que me aconteceu de forma inesperada, fora de qualquer padrão da minha rotina, dos meus gostos, das minhas escolhas. Até hoje, não sei explicar o que se apoderou de mim naquela tarde.

Era outubro de 2020, fim de tarde. Lembro que era dia de rodízio do meu carro — o que já bastava para me irritar. Sempre detestei depender do transporte público, especialmente no horário de pico. Mas não havia alternativa. Eu precisava trabalhar.

Sou psicóloga, e, na época, atendia em uma clínica especializada em autismo. Aquele dia, em especial, tinha sido esgotante. Casos difíceis, exigências emocionais intensas. E, pra piorar, o metrô estava em greve.

Os ônibus, que já costumavam vir abarrotados, estavam insuportáveis. E então começou a chover. Fina, constante, irritante. Eu, como sempre, sem guarda-chuva. O ponto de ônibus — claro — não tinha cobertura. Ficamos todos ali, encharcados, amontoados sob a pouca sombra de uma árvore magrela, como se ela pudesse proteger alguém de alguma coisa.

Quando o ônibus finalmente chegou, vinha transbordando de gente. Ainda assim, empurramos — ou fomos empurrados — para dentro. Fiquei em pé, espremida entre um monte de gente, sem qualquer espaço para me mover. Usava um vestido branco, de peça única. Discreto, como tudo que costumo vestir. Era leve, ideal para o calor daqueles dias. Mas a chuva fez o tecido se colar ao meu corpo como uma segunda pele. No busto, especialmente, o tecido molhado deixava à mostra o contorno do meu sutiã. Sentia-me com vergonha, quase exposta. A umidade, o calor abafado dentro do ônibus, as pessoas coladas umas as outras, tudo aquilo criava um mal-estar quase insuportável.

Me espremi no fundo do ônibus, tentando manter o equilíbrio entre um rapaz com uma mochila nas costas e uma senhora adormecida, acomodada num dos assentos. Olhei de relance para o rapaz. Parecia jovem — barba rala, traços suaves, devia ter algo entre vinte e trinta anos. Notei que ele também me olhou, mas desviou o olhar rapidamente, como normalmente estranhos fazem um com o outro.

Me segurei no apoio e virei-me de costas para ele, mantendo certa distância. Mas na parada seguinte, o inevitável aconteceu — o que toda mulher teme em situações como essa.
A multidão se agitou, mais gente entrou e todos fomos empurrados para dentro uns dos outros. Antes que eu conseguisse reagir, fui projetada para trás e minhas costas se colaram ao corpo dele. Ele também pareceu desconfortável. Senti seu corpo atrás do meu, tenso. Houve uma tentativa sutil de se mover, dar espaço. Mas não havia meio pra ser gentil naquela lata de sardinha.

O ônibus andava devagar, arrastando-se pelas avenidas entupidas. A cada solavanco, mais corpos se chocavam, e o aperto se tornava ainda mais insuportável. No meio daquele movimento involuntário, comecei a sentir algo firme me roçar. Bem ali atrás.

No início, tentei racionalizar. Talvez fosse um objeto no bolso dele, uma carteira, o telefone — me forcei a pensar nisso, Mas a rigidez tinha contornos conhecidos. Meu corpo congelou quando me dei conta.

Era aquilo mesmo. Eu fiquei indignada e horrorizada, mas era impossível duvidar.

O rapaz estava com uma ereção. Me encoxando.

Senti subir um fogo seco pela garganta. Tentei me afastar, mover o quadril, ganhar algum espaço — qualquer espaço. Mas não havia para onde ir. Estávamos todos comprimidos ali. Engoli em seco. Fiquei imóvel. Não me virei, não encarei. Tentei fingir que não estava acontecendo, quase como um mecanismo de defesa, mas meu corpo traiu qualquer tentativa de ignorar. Meu coração se acelerou, pulsando como se algo estivesse prestes a explodir dentro de mim. O peito se encheu — de raiva, pensei. Sim, era raiva. Só podia ser.

Mas aí algo me desorientou. Uma sensação súbita, baixa, quente e úmida. Entre as pernas.

Talvez ainda estivesse úmida por fora, mas a chuva não tinha me molhado por dentro. Minha calcinha estava molhada. E aquilo... aquilo pra mim era muito errado.

Senti quando ele começou a se mover. A princípio, de forma suave — como se apenas acompanhasse os solavancos do ônibus. Um vai e vem quase imperceptível, disfarçado pelo balanço. Como se não ousasse fazer mais do que aquilo. Mas eu sentia o volume. A cada tranco, meu quadril era empurrado contra aquela rigidez, agora inconfundível, espremida sob o tecido da calça dele.

E eu... Eu deixava.

Nunca senti tanta vergonha na vida. Minha garganta era um deserto. O rosto ardia como febre. E, mesmo assim, eu permanecia ali. Imóvel. Não olhava para trás. Não dizia nada.

Ele também não. Nem uma palavra. Nenhuma tentativa de explicação. Mas o calor do corpo dele continuava ali, atravessando a fina barreira de tecidos que estava entre nós. Eu segurava com força a barra de apoio, tentando fingir controle. Tentando parecer alheia. Mas toda a minha consciência se concentrava no que acontecia atrás de mim. Naquele corpo colado ao meu. Naquela absurda sensação de conexão traidora.

Eu era casada há quase 20 anos. Só tive meu marido como homem. Tinha dois filhos. Era religiosa e sempre fui recatada. Era feliz com meu modo de vida. Até hoje não entendo o que me levou a participar daquilo.

A cada curva do ônibus, cada solavanco, o volume dele me empurrava com mais firmeza.
Roçava, pressionava. E eu respondia igual. Rebolava pra trás com vontade.

Nenhum de nós estava mais fingindo.

E ninguém percebia. Ninguém notava. Como se estivéssemos invisíveis, isolados naquela bolha abafada de corpos comprimidos.

Em algum momento, senti a mão dele tocar minha cintura. Sutil. Hesitante. Um gesto quase inseguro, como se pedisse permissão sem palavras. Ou talvez só testasse os limites. Meu corpo reagiu antes da mente: um arrepio subiu das pernas até a nuca. Fechei os olhos. E me deixei levar.

Senti a respiração dele roçar meu pescoço, leve, quente. E continuei ali, fingindo que tudo era apenas o balanço do ônibus. Mas voltei a me mexer — com intenção agora.

Minha bunda rebolava procurando mais. A cada sacolejo, eu fazia questão de pressionar, esmagar aquele volume rijo com a curva dos meus quadris. Minhas pernas tremiam, parecia que eu ia despencar no chão. Minha calcinha estava tão encharcada que eu sentia a umidade escorrer entre as coxas. Eu empinava, pressionava, esmagava aquela coisa dura com minha bunda.

Ele, por sua vez, agora me segurava com as duas mãos. Firmes. Decididas. Nada mais de hesitação. Os dedos apertaram minha cintura como quem assume o controle de algo. Não se movia mais como quem disfarça no balanço do ônibus. Era o movimento inconfundível, ritmado. Ele me encoxava com força por trás, como se estivéssemos sozinhos, como se o mundo ao redor tivesse deixado de existir. Sua pélvis batia com firmeza contra minha bunda, repetidas vezes, como se quisesse marcar presença em mim. O ônibus já nem estava mais tão cheio assim. E continuávamos ali. Grudados.

Sem pudor nenhum. Sem palavra nenhuma.

E, ainda assim, ninguém via nada.

Durante aquelas estocadas secas, descompassadas e sujas, fui tomada por uma curiosidade estranha — quase uma necessidade. Queria ver o rosto dele. Ver a expressão do rapaz que fazia aquilo comigo. Virei um pouco o pescoço, o olhar ainda baixo, tomado de vergonha...
Mas antes mesmo de conseguir encará-lo nos olhos, eu vi.

E perdi o ar.

Ele não estava mais me roçando com o pau por dentro da calça. Tinha tirado pra fora.
Nu. Exposto. Ereto.

Até então, eu jurava que era o volume embaixo do jeans me pressionando. Aquele volume sólido, insistente, sufocante. Mas não. Era o pau mesmo, grosso, latejando, roçando direto na minha bunda — quente e descarado.

Congelada, parei os movimentos. Uma labareda de vergonha me subiu pelo rosto. Um surto breve de lucidez. Pensei em sair dali, em gritar, em fugir daquele absurdo. Mas não consegui. E como se tivesse sentido que eu tinha visto, ele ficou ainda mais atrevido. Começou a levantar devagar a barra do meu vestido. Milímetro por milímetro.

O pano subia. E com ele, minha sanidade descia.

O ar frio batia nas minhas coxas, e eu sentia tudo: o arrepio, o pavor, o tesão.

Não conseguia me mexer. Nem um passo, nem um gesto. Travada entre o pânico e a excitação.

Era surreal. Absurdo. Abominável. E Meu Deus... Era tesão puro.

Mas meus joelhos fraquejaram. Como se o corpo inteiro dissesse "sim" ao que a mente ainda berrava "não".

E eu me empinei.

Simplesmente arrebitei a bunda pra ele com uma naturalidade que até hoje me deixa em choque, quando lembro.

Ele se encaixou ali, eu fechei s pernas e abracei aquele aquele pau com minha virilha. Abaixei a guarda. A alma. Tudo. Ele me agarrou de novo pela cintura, as duas mãos fortes, possessivas, e começou a me guiar. Movimentos curtos, secos, decididos.
A rola dele deslizava entre minhas coxas, encaixada com precisão. Um vai e vem quente, úmido, quase colando na minha pele.

Minha calcinha, lambuzada, era a única barreira — fina e quase inútil — entre aquilo e a penetração de fato. Meu corpo seguia o comando dele, e eu, perdida entre o escândalo e o delírio, apenas deixava acontecer.

Me arrepia — e me enoja — pensar nisso agora, mas a verdade é que eu tenho quase certeza:
se ele tivesse decidido puxar minha calcinha de lado e me penetrar ali mesmo, naquele instante, eu teria deixado. Deus me livre... Mas eu teria deixado.

Teria deixado aquele completo estranho — que eu nunca tinha visto na vida, cujo rosto eu mal enxergara — enfiar aquela pica rija dentro da minha buceta e me foder ali, de pé, no meio de um ônibus lotado, como se eu fosse a puta dele.

Ai, ai... Minha nossa senhora! Eu, uma mulher casada. Fiel. Nunca fui de ousadias nem com o meu marido. Não fazia sentido aquilo. Não deveria estar acontecendo.

Mas estava.

Ele gemia baixo, quase rosnando. Senti o bafo quente da respiração no meu pescoço, denso, animalesco. As mãos apertavam minha cintura com força — ele me guiava. Me usava. Minha bunda batia contra a pélvis dele com ritmo.

Bum. Bum. Bum.

A rola dele se encaixava entre minhas coxas com precisão, roçando fundo, como se buscasse o caminho certo, como se implorasse pra entrar. Sentia a glande deslizar, quente, desesperada, naquele vai e vem alucinado. A fricção contra a calcinha me deixava completamente fora de mim. O meu clitóris pulsava com força, latejando por baixo do tecido encharcado, cada tranco estimulando, cutucando, quase me fazendo gozar só daquilo. Meus quadris iam pra trás com fome, sede, instinto. Ele me empurrava pra frente com mais fúria, enfiando aquele pau entre as minhas pernas como quem quer arrombar o caminho.

Era como dançar no escuro com um estranho. Um estranho sem rosto, sem nome, sem nada além daquele corpo quente colado ao meu. Ao redor, buzinas, barulho, vozes impacientes — e entre nós, o silêncio de um segredo que nos engolia. O mundo inteiro existia, mas só nós dois éramos reais.

Meu corpo já não me obedecia. Rebolava pra ele no ritmo exato, batendo minha bunda contra seu quadril, sentindo a dureza dele escorregar contra minha pele nua. O vestido subira mais. Minha bunda já estava toda de fora. Eu tremia, me agarrava à barra de apoio com uma mão, e com a outra tampava a boca, abafando meus gemidos. Ele se colava em mim com força. Os dedos cavavam minha cintura. A cabeça do pau parecia procurar meu buraco, mesmo com a calcinha ainda entre nós — como se o corpo dele tentasse invadir, mesmo contra a lógica, mesmo contra a roupa.

Foi quando senti. O ritmo dele acelerou. O corpo ficou mais pesado, mais trêmulo.
Começou a me puxar com mais força, mais desejo, mais urgência. E então, rouco, quase num sussurro rasgado, ele soltou:

— Não aguento mais…

O gemido escapou dele como um trovão abafado. Senti os tremores percorrerem seu corpo e reverberarem no meu. E então veio. Quente. Espesso. O gozo jorrou entre minhas coxas — uma, duas, três vezes — farto, melado, espirrando por baixo do vestido, colando na pele, marcando tudo com o cheiro ácido do prazer.

Ficamos ali, colados, grudados, ofegantes, por um minuto que pareceu não ter fim. Ele se aproximou ainda mais, encostou no meu cangote. Respirava fundo. Quase arfando. Quando se afastou ligeiramente, levei a mão pra trás. Toquei naquele pau. Ainda pulsante. Veias saltadas, quentura viva. O gozo escorria pelos meus dedos, viscoso, quente.

Aquela pele áspera, tensa, viva, latejando — era como se eu segurasse um segredo que ninguém jamais saberia.

Mas o feitiço quebrou num estalo.

Percebi que já tinha passado três pontos da minha parada. Voltei à realidade como quem acorda de um sonho sujo e delicioso. Soltei a barra. Soltei ele. Soltei tudo. E saí correndo.

Sem olhar pra trás. Sem pensar. Como se tivesse levado um tapa na alma.

Na rua, ajeitei o vestido com pressa. Respirei fundo. Sentia a porra escorrer pelas coxas, quente ainda, grudando na pele. Não tinha como me limpar ali. A chuva seguia fina, insistente, como se tentasse lavar algo que já não tinha conserto. Chamei um Uber. Nem me lembro de ter entrado. Nem do caminho. Quando percebi, já estava no meu condomínio.

Era como se eu flutuasse, ausente. Como se ainda estivesse ali, prensada no fundo daquele ônibus, sendo usada, possuída.

Em casa, larguei a bolsa no chão, tirei os sapatos e fui direto pro banheiro. O apartamento estava silencioso. Meu marido ainda não havia chegado — provavelmente preso no trânsito.
Os meninos deviam já ter saído pro cursinho.

Fui tirar o vestido e vi. A mancha. Uma poça leitosa, quase seca, bem ali, no forro da barra.
Minhas pernas estavam grudentas. O cheiro dele ainda subia no ar, morno, ácido, indecente.

Passei a mão entre as coxas. Subi até minha buceta. Ainda encharcada. Ainda aberta.
O corpo inteiro ainda revivia, vibrava.

Aquela visão — o vestido sujo, o cheiro, a lembrança — me engoliu de novo.
Deitei no chão frio do banheiro, nua, crua. A toalha nem chegou a sair do suporte. A calcinha molhada puxada de lado. Meus dedos foram direto pra lá, como se soubessem o caminho sozinhos.

E me toquei.

Com o vestido sujo nas mãos. Com a alma suja por dentro. Gozei rápido, como um soluço. Um gemido mudo preso na garganta. Uma lágrima solitária escorrendo pelos olhos fechados.

Depois, o banho. A água quente. A tentativa de apagar. Enrolada na toalha, saí do banheiro.

E levei um susto.

Meu marido estava na sala. Sentado, vendo televisão. Controle remoto na mão, expressão tranquila.

— Você já chegou? — perguntei, tentando soar natural.

— Uhum. Quase agora. Tá tudo bem?

Fiquei em silêncio por um instante. Olhei pra ele…

Meu companheiro.

Meu melhor amigo.

— Tô… só tive um dia puxado — respondi, sentando ao seu lado.

Me enrosquei no ombro dele, calada. Ele passou a mão nos meus cabelos com carinho.
A TV seguia ligada num programa qualquer. Mas eu nem prestei atenção. Fiquei ali, imóvel, tentando não pensar. Mas a culpa ardia.

Nunca o tinha traído. Sempre o amei, sempre o respeitei.

Nossa vida sexual já não era como antes, mas nunca faltou amor. Nunca senti falta de nada. Até hoje não entendo por que deixei acontecer. Não foi contra minha vontade. Aquele rapaz não me forçou a nada. Foi algo que desejei — e permiti, sabendo que era errado.

A culpa me encolhia. Por dias, achei que ele soubesse. Mas era só minha cabeça — minha vergonha, minha paranoia, latejando no pensamento.

E entre as pernas.

Meu corpo estava limpo. Mas a alma suja... Por um estranho. Uma lembrança que eu nunca mais veria.

Mas em desejo, querendo ou não, nunca esqueceria.


FIM


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Comentários


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deopaiva Comentou em 18/07/2025

Oi. Sou a Déo Paiva. Se leu e gostou desse conto, deixe aqui seu comentário. Assim vou saber se está curtindo minhas histórias. Um beijo😘

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trovão Comentou em 18/07/2025

Pouquíssimas vezes eu li algo tão naturalmente excitante! Um desabafo repleto de sinceridade sob todos os aspectos! Parabéns pela narrativa. Votado!




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Nome do conto:
DIA CHUVOSO

Codigo do conto:
238547

Categoria:
Confissão

Data da Publicação:
18/07/2025

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15

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