"Você já pensou nisso?" – Daniel perguntou, quebrando o silêncio, a voz um pouco rouca, como se as palavras tivessem sido ensaiadas na cabeça por horas.
Clara ergueu os olhos, franzindo a testa. "Pensado no quê, Dani?"
Ele tomou um gole da cerveja, hesitando. O coração batia forte, mas havia algo na atmosfera, algo que o empurrava a continuar. "Você sabe... em você... com outro cara."
Clara riu, achando que era brincadeira, mas o riso morreu quando viu a expressão séria dele. Ela largou o celular no sofá, inclinando-se para frente. "Você tá falando sério? Tipo, o quê? Eu com outro cara, e você... o quê? Assistindo?"
Daniel desviou o olhar por um segundo, as bochechas corando. "Não sei. Talvez. Só... pensei nisso. Não sei se é loucura, mas... você já imaginou?"
Clara ficou em silêncio, os olhos fixos nele, tentando decifrar se era um teste ou se ele estava realmente jogando aquela ideia no ar. Ela se recostou no sofá, cruzando os braços, um sorriso malicioso surgindo no canto da boca. "Tá, Dani. Vamos brincar com isso. Digamos que eu tope. Quem seria? Algum amigo seu? O cara da academia que você vive dizendo que me olha?"
Ele engoliu em seco, o calor subindo pelo pescoço. "Não sei. Talvez o Lucas. Ele... ele parece gostar de você."
Clara arqueou uma sobrancelha, o sorriso crescendo. "Lucas? Aquele seu colega de trabalho que não para de mandar indiretas nas festas? Você tá falando sério?"
"É só uma ideia," Daniel murmurou, mas sua voz traía um misto de nervosismo e excitação. Ele se aproximou dela, a mão hesitante tocando a coxa dela. "Você toparia? Só... imaginar, por enquanto."
Clara inclinou a cabeça, estudando-o. Havia algo no jeito que ele a olhava, uma mistura de vulnerabilidade e desejo cru. Ela deslizou a mão sobre a dele, guiando-a mais para cima, sob o tecido do vestido. "Quer saber o que eu penso, Dani?" – ela sussurrou, a voz baixa, provocadora. "Eu penso que você tá imaginando ele me pegando, me beijando, me tirando esse vestido... e você tá gostando da ideia."
Daniel respirou fundo, os olhos brilhando. "E você? Tá gostando?"
Ela riu, um som suave, mas carregado de intenções. "Talvez. Mas se é isso que você quer, amor, então me diz como seria. Me conta tudo."
A conversa seguiu noite adentro, cada palavra os puxando mais fundo para um território novo, perigoso e excitante. O ventilador continuava girando, a televisão esquecida, enquanto Clara e Daniel exploravam, com palavras e toques, os limites de seus desejos.
Clara se ajeitou no sofá, virando o corpo para ficar de frente para Daniel, os joelhos quase se tocando. O ar entre eles parecia carregado, como se cada palavra dita pudesse acender algo maior. "Tá, então me diz, Dani," ela continuou, a voz agora um pouco mais grave, quase desafiadora. "Como você imagina isso acontecendo? O Lucas chega aqui, senta do nosso lado, e aí? O que você quer que eu faça?"
Daniel hesitou, a mão ainda na coxa dela, apertando levemente. Ele lambeu os lábios, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado. "Eu... não sei. Talvez... ele te elogia, como sempre faz. Talvez ele te toca, só um pouco, e você deixa. E eu... eu fico olhando."
Clara inclinou-se mais para ele, o rosto tão perto que ele podia sentir o calor da respiração dela. "Você ficaria com ciúmes?" – perguntou, os olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e provocação. "Ou isso te deixaria louco de outra forma?"
"Os dois," ele admitiu, a voz quase um sussurro. "Ciúmes... mas também... sei lá, é quente. Pensar em você assim, tão desejada, tão no controle."
Clara sorriu, mordendo o lábio inferior por um instante. "Você gosta quando eu tomo o controle, né?" Ela deslizou a mão pelo peito dele, subindo até o pescoço, os dedos brincando com o colarinho da camisa. "E se eu dissesse que já pensei nisso também? Não o Lucas, necessariamente, mas... outra pessoa. Alguém que não te conto quem é."
Daniel arregalou os olhos, o coração disparando. "Quem?" – perguntou, a voz falhando, uma mistura de surpresa e urgência.
Ela riu, balançando a cabeça. "Não vou te contar, amor. Não agora. Mas e se eu dissesse que já imaginei um cara me olhando como você tá me olhando agora, querendo me tocar, mas esperando a sua permissão? Isso te deixa com ciúmes ou te excita mais?"
Ele engoliu em seco, a mão apertando a coxa dela com mais força. "Me excita," confessou, quase sem fôlego. "Mas eu quero saber. Quero que você me conte tudo. O que você faria com ele?"
Clara se aproximou ainda mais, os lábios roçando a orelha dele enquanto sussurrava: "Eu faria o que você quisesse, Dani. Se você me dissesse pra beijar ele, eu beijaria. Se você quisesse que eu tirasse o vestido na frente dele, eu tiraria. Mas só se você estivesse lá, olhando, mandando no que acontece."
O silêncio que se seguiu era pesado, carregado de possibilidades. Daniel a puxou para mais perto, os lábios encontrando os dela em um beijo que era ao mesmo tempo faminto e hesitante, como se ele estivesse testando os limites do que acabara de confessar. Quando se afastaram, os olhos dela brilhavam com uma promessa silenciosa.
"Então, amor," Clara disse, a voz doce, mas com um tom de desafio. "Você quer mesmo brincar com isso? Porque, se quiser, a gente pode transformar essa fantasia em algo real. Só depende de você."
Clara se recostou no sofá, os olhos fixos em Daniel, que parecia preso entre o desejo e a hesitação. Ela inclinou a cabeça, o sorriso agora mais ousado, quase predatório. "Você quer que outro me coma?" – perguntou, a voz firme, cortando o ar como uma lâmina.
Daniel congelou, os olhos arregalados, a cerveja esquecida na mão. Ele abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. O silêncio dele só fez o sorriso de Clara crescer.
"Responde!" – ela insistiu, o tom agora mais autoritário, mas ainda carregado de provocação. Ela se aproximou, as mãos apoiadas no sofá, o corpo inclinado na direção dele. "Você quer, né? Te dá tesão pensar na sua mulher quicando na pica de outro."
Daniel engoliu em seco, o som audível no silêncio da sala. Seus olhos desviaram por um instante, mas Clara não deixou espaço para ele escapar. Ela deslizou uma mão pelo braço dele, os dedos apertando de leve, como se o estivesse ancorando à conversa. "Não foge, Dani. Me diz. Você imagina isso, não é? Eu lá, toda entregue, gemendo, enquanto você só olha, sentindo tudo isso."
Ele respirou fundo, o peito subindo e descendo rápido. "Clara..." – começou, a voz tremendo, mas ela o cortou.
"Posso sentar em você depois, toda gozada," ela continuou, a voz baixa, quase um ronronar. Ela se aproximou ainda mais, os lábios roçando o pescoço dele enquanto falava. "É isso que você quer? É nisso que pensa? Eu voltando pra você, toda marcada, ainda quente, e você me tomando de novo, sabendo que outro esteve lá antes?"
Daniel fechou os olhos por um segundo, a respiração pesada, as mãos apertando o tecido do sofá. "Você tá brincando comigo," ele murmurou, mas não havia convicção na voz. Era mais uma súplica do que uma afirmação.
Clara riu, um som baixo e provocador. Ela se afastou um pouco, só o suficiente para encará-lo nos olhos, o rosto a centímetros do dele. "Brincando? Talvez. Mas eu te conheço, Dani. Você tá duro só de pensar nisso, não tá?" Ela deixou a mão deslizar até a coxa dele, parando perigosamente perto, testando os limites. "Me diz a verdade. Você quer que eu faça isso? Quer que eu deixe outro me ter, só pra você sentir esse fogo todo?"
Ele a encarou, os olhos brilhando com uma mistura de desejo, vergonha e algo mais profundo, algo que ele ainda não sabia nomear. "Eu... não sei," ele conseguiu dizer, a voz rouca. "É loucura, Clara. Mas... sim, eu penso nisso. E, isso me deixa louco."
Clara sorriu, satisfeita, como se tivesse arrancado uma confissão que ela já sabia que estava lá. Ela se inclinou para trás, esticando as pernas sobre o sofá, o vestido subindo um pouco mais, expondo a pele macia das coxas. "Então tá, amor," ela disse, a voz agora mais suave, mas ainda carregada de intenções. "Se você quer brincar com fogo, eu brinco. Mas você vai ter que me dizer exatamente o que quer. Cada detalhe. Porque, se isso acontecer, vai ser do jeito que você sonha... e talvez um pouco mais."
O ar entre eles parecia vibrar, o silêncio da sala interrompido apenas pelo zumbido do ventilador. Daniel sabia que, naquela noite, cada palavra que dissesse – ou que escolhesse não dizer – poderia mudar o curso de tudo.
Continua...
Que espetáculo de conto! Dá para sentir perfeitamente o que cada um deles está sentindo! Adorei, continue escrevendo, você manda bem demais!
Que tesão esse seu conto... parabéns. Votado.
Tesão...cumplicidade entre casal!!!