Meu amante do trabalho- Pt1

Eu o conheci enquanto minha vida seguia outro rumo, e ele estava preso a um casamento que parecia sólido.

Ele, elegante, seguro, com presença firme, fazia meu corpo reagir antes mesmo de perceber. Eu me perdia em pensamentos sobre seu toque, imaginando sua pele quente contra a minha, meus dedos percorrendo cada linha do corpo dele.

Com o tempo, meu relacionamento acabou, e o casamento dele, embora firme, tinha fissuras que aumentavam o desejo.

As noites se tornaram mais intensas. O calor que eu sentia não vinha do verão; vinha de dentro, queimando meu peito e minhas pernas, me fazendo desejar cada centímetro dele, cada respiração próxima à minha. Eu imaginava nossos corpos colados, a pele com pele, e meu corpo respondia com necessidade.

Entre conversas e desculpas disfarçadas de bebedeira, vieram as primeiras fotos. Solenes, quase tímidas, mas carregadas de desejo. Eu sentia meu coração disparar, minha pele arder, e a vontade de tocar o corpo dele só aumentava.

Era impossível passar perto dele no trabalho sem que meu corpo reagisse. Seu perfume, ora doce ora amadeirado, me fazia arrepiar inteira. Todas as noites, eu revivia nossas trocas: fotos, áudios, vídeos… tudo me deixava faminta, desejando sentí-lo, prová-lo, tê-lo perto de mim. Cada mensagem era um sussurro de fogo contra minha pele, alimentando a fome que crescia dentro de mim.

Tentamos marcar encontros discretos. Na garagem, em cantos escuros... nos tocávamos quase sem querer, mas meu corpo gritava por ele. Cada carícia era urgente, quente, carregada de desejo, como se não pudéssemos esperar para consumirmos um ao outro. Meus dedos tremiam só de sentir suas mãos sobre mim, explorando, provocando, deixando meus joelhos fracos, era entrega, era fome, era necessidade de sentir cada centímetro dele dentro de mim.

Houve um momento em que terminamos. Tentamos nos afastar, seguir caminhos separados, mas meus olhares nunca deixaram de procurá-lo, e meu corpo ainda reagia ao pensamento dele.

Em uma viagem de trabalho recente, nos aproximamos de novo. Durante a viagem, eu buscava sentir sua presença a cada toque, a cada esbarrão, a cada roçar de mãos. Ao me dar com os braços dele... Em um momento memorável, cansada, deixei-me dormir, mas acordei no meio da viagem e senti suas mãos sobre minha perna. Elas deslizavam lentamente, subindo, explorando cada curva, provocando-me com uma precisão que queimava por dentro. Meu corpo respondeu sozinho, arqueando, sentindo cada movimento, cada roçar, cada pressão. Fingi dormir, sentindo cada carícia dele como se ele penetrasse meu desejo sem precisar me tocar de verdade. Quando ele parou, adormeci novamente com um sorriso no peito, lembrando o calor, a excitação e a fome que ainda sentia por ele.

Eu percebo. Sempre percebo. Cada olhar, cada toque, cada frase solta que lembra o passado me acende por dentro. Eu sei que cada detalhe mantém viva a chama que ele acendeu em mim, e que nenhum tempo ou distância conseguiu apagar...

Nota do autor:
Cheguei a escrever a base de um livro sobre ele, neste livro, embora muito lírico e poético num exagero necessário de romance, houve um momento em que descrevi uma cena de sexo que, apesar de não ter existido na vida real, navegou por minha mente e pelo toque dos meus dedos molhados ao pensar nele por INÚMERAS vezes...
Caso queiram que eu poste aqui a cena de amor ficctícia, eu trarei com prazer.

Dedicatória:
Dedico a você que, não importa quanto tempo passe, eu sempre desejarei te-lo comigo.
Não menti no outro texto que te escrevi, é o que eu vejo de você, para mim.
Mas aqui, já que abriu essa porta, permito-me chama-lo novamente pelo apelido que criamos naquelas noites de prazer...
Dedico a você, todos os capitulos que aqui escrevo. Sempre teremos, o carnaval.