Numa sexta-feira à tarde, Jorge estava na casa de sua mãe, acompanhado de Luisa. O clima era descontraído, com risadas e conversas leves preenchendo o ar. De repente, Cláudia chegou, sua presença irradiante como sempre. Ela trazia consigo uma energia contagiante, que parecia envolver a todos ao seu redor.
"Oi, gente!", cumprimentou Cláudia, com um sorriso largo. "Vim convidar vocês para a festa de aniversário da minha filha mais nova. Vai ser amanhã, e eu adoraria que vocês fossem."
Jorge e Luisa trocaram um olhar, e ele pode ver a hesitação nos olhos da namorada. Sabia que a presença de Cláudia na festa poderia ser complicada, dada a natureza do relacionamento secreto entre eles. No entanto, Luisa acabou concordando, e o convite foi aceito.
Como Cláudia estava de moto, ela pediu a Luisa se Jorge poderia ajudá-la a comprar os itens necessários para a festa. "Claro, sem problemas", respondeu Luisa, sem suspeitar de nada. Jorge, por sua vez, sentiu um frio na espinha ao pensar no tempo que passaria a sós com Cláudia.
Lá foram eles, Jorge e Cláudia, em direção ao mercado. O carro estava carregado de uma tensão silenciosa, quebrada apenas pelo som da música que tocava no rádio. Cláudia parecia estar em seu elemento, falando animadamente sobre os planos para a festa, enquanto Jorge tentava manter a calma, seu coração batendo acelerado.
Chegando ao mercado, eles se perderam entre as prateleiras, escolhendo itens para a festa. Cláudia parecia saber exatamente o que queria, e Jorge a seguia, tentando não pensar no que poderia acontecer a seguir. As mãos deles se roçaram algumas vezes, e cada toque era como uma faísca, acendendo um fogo que ameaçava consumi-los.
Após as compras, Cláudia pediu que Jorge a levasse para casa. Ele concordou, sentindo o peso da situação. Ao chegarem, ele ajudou a descarregar as compras, e os dois se dirigiram para a cozinha. Foi então que Cláudia, com um movimento rápido e decidido, puxou Jorge para o lado e o beijou com vontade.
O beijo foi intenso, cheio de desejo contido. Jorge se deixou levar, seus lábios respondendo aos dela com a mesma paixão. No entanto, no meio daquele momento, ele se lembrou do sogro de Cláudia, que era vizinho dela. O medo de serem pegos no flagra o fez recuar, seu coração batendo forte contra o peito.
"Cláudia, nós não podemos...", murmurou Jorge, tentando recuperar o fôlego.
Mas ela, com um sorriso travesso, colocou um dedo sobre seus lábios, silenciando-o. "Shh, não estrague o momento", sussurrou, antes de dar-lhe um último beijo rápido.
Jorge, ainda atordoado, se dirigiu de volta à casa de sua mãe para buscar Luisa, como se nada tivesse acontecido. O peso do que acabara de ocorrer pairava sobre ele, misturando-se à culpa e ao desejo. Ele se perguntava como aquilo havia começado e onde iria parar.
Enquanto dirigia, Jorge não conseguia tirar Cláudia da cabeça. O beijo deles ecoava em sua mente, e ele se pegou imaginando como seria se rendessem completamente àquela paixão. A ideia de um encontro mais íntimo, embora ele soubesse que isso seria arriscado demais.
Ao chegar em casa, Luisa o recebeu com um sorriso, perguntando como havia sido a ida ao mercado. Jorge, tentando manter a compostura, respondeu que tinha sido tranquila, omitindo o que realmente havia acontecido. A noite caiu, e eles se prepararam para a festa do dia seguinte, mas a mente de Jorge estava em outro lugar.
Ele se deitou ao lado de Luisa, sentindo o peso da situação. A atração por Cláudia era irresistível, mas a culpa de trair a namorada o consumia. Ele se perguntava se estava disposto a arriscar tudo por aquele caso secreto. A noite passou, e Jorge mal dormiu, atormentado por pensamentos e desejos conflitantes.
No dia seguinte, na festa de aniversário, Jorge e Luisa se misturaram aos convidados, rindo e conversando como se nada estivesse errado. Cláudia, radiante como sempre, parecia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, garantindo que tudo corresse bem. Jorge a observava de longe, sentindo a tensão crescer dentro dele.
Em um momento de distração, seus olhares se cruzaram, e Cláudia sorriu, um sorriso que só ele parecia entender. Foi como se, por um breve instante, o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas os dois. Jorge sentiu o coração acelerar, e a dúvida o consumiu: até onde estava disposto a ir por aquele amor proibido?
O final da noite chegou, e os convidados começaram a se despedir. Jorge e Luisa se prepararam para ir embora, mas, antes de sair, Cláudia o puxou de lado, sussurrando em seu ouvido: "Até a próxima!".
Jorge congelou, sentindo o calor das palavras dela percorrer seu corpo. Ele olhou para Luísa, que estava conversando com a filha de Cláudia, e depois de volta para a cunhada, que o fitava com um sorriso enigmático. O que o futuro reservava para eles? Jorge não sabia, mas uma coisa era certa: a história deles estava longe de terminar.