Valeska largou a mochila no chão, jogou-se no sofá da sala e soltou um longo suspiro.
— Tô morta — disse para ninguém, até notar, com o canto do olho, uma silhueta familiar andando tranquilamente pela casa… completamente pelada.
Ela ergueu uma sobrancelha, virou a cabeça e viu o pai, Marcelo, nuzinho, equilibrando nas maos uma vassoura e um eador como se estivesse no meio de um musical da Broadway.
— Ah, papai... — disse ela, divertida — Mamãe escondeu toda a sua roupa de novo?
Marcelo suspirou e sentou-se cautelosamente na beirada de uma cadeira (forrada com uma toalha, ao menos).
— Sua mãe exagera. Só porque esqueci de comprar o amaciante na semana passada...
— Esqueceu? —Valeska cruzou os braços, rindo — Mamãe anotou em letras garrafais na geladeira: "COMPRAR AMACIANTE OU VIRA ADÃO!"
Marcelo sorriu, resignado. — Pois é. E aqui estou eu. O novo modelo outono-inverno: homem nu na frente da filha...............que vergonha!
— Vergonha? — Valeska arqueou a sobrancelha. — Desde quando o senhor tem vergonha de ficar pelado na minha frente?
— Minha própria filha me chamando de velho sem vergonha.........
Valeska riu alto. Já estava acostumada com a figura do pai nú. O que ela achava engraçado era o pintinho mínimo do seu pai. Aos 19 anos, Valeska já trepava com homens desde os 15, e conhecia muito bem o tamanho de uma pica. Ela nunca tinha visto um pintinho tao pequenininho como o de Marcelo, e aquilo a divertia muito. Valeska achava divertidas também as peculiaridades daquele lar. Aurora, sua mãe, era uma força da natureza. Não no sentido agressivo, mas metódica, decidida e bastante criativa quando se tratava de manter o marido dentro dos trilhos. Ou dentro de casa, mais precisamente.
Marcelo não era um homem ruim — pelo contrário, era carinhoso, prestativo e até engraçado. Mas distraído. Muito. Daqueles que colocam o arroz pra cozinhar e saem pra limpar o telhado. Aurora, então, criou um método bastante eficaz: esconder todas as roupas dele quando queria que ele se concentrasse nas tarefas de casa, deixando-o pelado para que nao pudesse sair de casa e encontrar-se com os amigos. E, bom, funcionava.
Naquele final de semana,Valeska teve a surpresa de encontrar o pai pelado não apenas por punição, mas por precaução.
— Mamãe foi visitar a tia Alzira? — perguntou ela, sentando-se no puff, tirando os tênis.
— Foi. E me deixou aqui pelado, sem poder sair de casa, com uma lista de tarefas domésticas digna de uma penitência espiritual.
Valeska levantou-se, pegou o bilhete magnético na geladeira e leu alto:
— “Lavar, passar, limpar a casa, pintar o armário, reorganizar a estante, podar as plantas da frente, tirar pó das venezianas, trocar o pano do filtro de barro, esvaziar o ralo do quintal...”
Ela virou o papel, riu mais ainda.
— Tem uma mensagem dela aqui: "Valeska ao chegar da faculdade confira se o seu pai fez todas as tarefas que mandei. Caso nao tenha feito tudo, aplique-lhe o corretivo com o Vingador!". Vingador era o nome que Aurora dava a um chinelo de couro, muito pesado e com sola de borracha, que comprara especialmente para dar surras no bumbum do marido toda vez que ele saísse da linha.
Marcelo riu sem graça.
— Eu... talvez tenha deixado algumas coisinhas pra depois.
— É mesmo? — Valeska fez uma inspeção rápida. Poeira nos cantos da sala. O armário da cozinha ainda descascando. Uma teia de aranha heroicamente erguida no lustre. — Papai, você não fez nem a metade!
Marcelo coçou a cabeça, sem graça. — Me distraí.
— Com quê?
— Estava tentando organizar os DVDs por gênero, depois resolvi colocar a trilha sonora de Missão Impossível pra fazer a faxina e fiquei brincando com o aspirador como se fosse um sabre de luz...
Valeska pôs a mão na cintura. — Mamãe me deixou encarregada de conferir tudo. E disse que, se você falhasse, era pra aplicar "medidas corretivas".
— Que tipo de medidas corretivas?
Ela pegou o chinelo de sola grossa e bateu com ele na mao, fazendo um estalo alto.
— Esse tipo aqui papai.
Marcelo arregalou os olhos.
— Vou apanhar de novo minha filha?
—Vou seguir as instruções da mamãe. Com firmeza e decisao.
Ela sentou-se de novo no puff, apontou teatralmente para o colo e disse:
— Deita aqui, papai. De bruços!
Marcelo fez uma cara de pânico. Valeska já tinha herdado o temperamento da mãe.
— Você não pode relevar minha filha? só dessa vez........eu já apanhei na semana passada!
— Não seja dramático. Agora deita papai! seja homem!
— Ai ai ai...
Marcelo, resignado, deitou-se de bruços com cuidado, morrendo de vergonha, mas obedientement oferecendo o bumbum para a filha.
Valeska levantou o chinelo como se fosse um cetro de rainha e desceu com toda a força.
— VAAAPT.......VAAAPT........VAAAPT!
O bumbum de Marcelo começo a queimar demais ao ritmo das palmadas da filha, e ele entao começou a gritar e se rebolar todo.
— VAPT!....AAAIIIEEE!....VAPT!....AAAIIIEEE!....VAPT!....AAAIIIEEE!
A surra foi longa e severa. Valeska cumpriu seu dever de filha. Quando acabou o bumbum de Marcelo estava inteirinho rubro como um tomate.
— Pronto papai, acabou, pode levantar.
Mas Marcelo permanacia deitado de bruços no colo da filha, como se quizesse esconder algo, ofegante, suado e envergonhado.
— Levanta papai — Insistiu Valeska — O senhor é pesado.....!
Finalmente Marcelo levanta, fazendo com que Valeska fique de queixo caído, etadíssima!
— Papai.....O senhor está com o pintinho duro!
O pintinho de Marcelo estava todo durinho, apontando diretamente para Valeska! Ao abaixar o olhar de vergonha Valeska nota o impensável:
— Papai! O senhor esporrou toda a minha saia! O senhor sentiu tesão em apanhar no bumbum!
Marcelo, totalmente sem jeito, estampando o maior sorriso amarelo, só foi capaz de dizer:
— Você não vai contar para a sua mãe, vai?
Valeska entao, nervosa mas ao mesmo tempo achando aquilo tudo engraçadíssimo, cai numa gargalhada incontida.
Alguns minutos depois, sem que marcelo percebesse ou ouvisse, Valeska pega o celular e liga para a mae: "Mamae, a senhora nem imagina, sabe o que o papai fez enquanto apanhava no bumbum...!
CONTINUA...
Eu batia de leve , colocava ele.. para chupar um pinto e comia ele bem gostoso!!
Divertido, este Marcelo deve ser uma piada, votado, muito bom este conto.
Como q escreve conto aqui