Trabalhávamos no mesmo ambiente, mas eu e Ana mal trocávamos palavras. Ela era jovem, loira, com um olhar curioso e um jeito que misturava leveza e provocação. Eu, recém-separado aos 33 anos, tentava encontrar algum sentido na liberdade que tinha acabado de conquistar. No escritório, éramos apenas colegas. Mas eu já havia reparado nela — nos gestos, nos sorrisos rápidos, na energia que escapava mesmo quando ela estava em silêncio. Em uma quinta-feira, criei coragem e a convidei para sair. Ela sorriu, surpresa, e respondeu com naturalidade: — “Já combinei com uns amigos de ir numa balada amanhã. Se quiser, pode ir também.” Aceitei. Era minha chance de vê-la fora do ambiente profissional, de descobrir quem ela era quando não estava atrás de uma tela. A balada estava lotada. Luzes pulsavam, corpos se moviam em ritmo frenético, e eu, já com alguns drinks, sentia o peso da liberdade recém-adquirida. Vi Ana dançando, cercada por olhares. Me aproximei, impulsivo. Mas ela já estava com alguém. Sorriu com malícia e apontou para sua amiga: morena, baixinha, magrinha, com um olhar tímido. Beijei a amiga ali mesmo, entre a multidão. Sem promessas, sem planos. Apenas o calor do momento. No dia seguinte, ela me ligou — não atendi. A ressaca física e emocional me mantinha distante. Mas no fim do domingo, uma mensagem inesperada chegou: era Ana. “Você estava bem animado na sexta…” Conversamos ao telefone. A conversa foi leve, provocante, cheia de pausas que diziam mais do que palavras. — “Você é sempre assim direto?” — “Só quando alguém me provoca.” — “Talvez eu goste de provocar.” A tensão cresceu. E então veio o convite: — “Passe aqui em casa hoje à noite?” Ela chegou às 20h. Vestia um vestido simples, mas justo, que realçava suas curvas com naturalidade. O cabelo solto, o olhar firme. Abri a porta e por um instante, nos encaramos em silêncio. — “Bonita casa,” disse ela. — “Bonita visita,” respondi. Sentamos no sofá, conversamos sobre o trabalho, sobre a balada, sobre a amiga. A tensão era palpável. Ela se aproximou, cruzou as pernas, olhou nos meus olhos. — “Você queria ter ficado comigo naquela noite?” — “Queria. Ainda quero.” — “Então me mostra.” O beijo veio intenso, profundo, como se compensasse o tempo perdido. As mãos se encontraram, os corpos se aproximaram, e ali, entre lençóis e suspiros, nos entregamos. O sexo foi quente, curioso, cheio de descobertas. Ana não era só desejo — era mistério. Depois, ainda nus, cobertos por um lençol leve, fomos para a sacada. A noite estava morna, o céu limpo. Ela acendeu um cigarro, olhou pra mim com um sorriso calmo. — “Tenho vontades… coisas que nunca contei pra ninguém.” — “Me conta.” — “Gosto de explorar. Gosto de dominar às vezes, de ser dominada outras. Já tive fantasias com lugares públicos, com amarras, com jogos de poder. Mas nunca tive alguém que me escutasse sem medo.” Toquei levemente a mão dela. — “Eu escuto. E se você quiser, eu exploro com você.” Ela sorriu. Um sorriso cheio de promessas. Depois, com a voz mais baixa, quase como um segredo: — “Um dia… queria sair com dois homens. Ir em casal pra uma casa de swing. Só pra ver até onde eu posso ir.” Aquilo me pegou de surpresa. Mas não houve julgamento — só curiosidade. Algo nela despertava em mim desejos que eu nem sabia que estavam adormecidos. Vontade de viver experiências, de quebrar padrões, de me permitir. — “Então talvez essa história esteja só começando.”
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