O vizinho



Era uma tarde quente de domingo. Eu, Eliezer, estava no quintal, consertando o portão, tentando me concentrar no trabalho manual para não pensar em nada. Do outro lado da cerca, ouvia vozes. Minha esposa, Rosa, conversava com o vizinho, Ailton — aquele que sempre tinha um sorriso fácil e uma conversa envolvente.

No início, pensei que fosse apenas uma conversa trivial, mas aos poucos percebi algo diferente. O tom das palavras dele, a maneira como se inclinava quando falava, como o olhar demorava mais do que devia… e, mais preocupante ainda, a forma como Rosa ria e respondia, inclinando-se também, tocando o braço dele de maneira sutil.

Meu coração bateu mais rápido, e uma sensação estranha tomou conta de mim. Uma parte de mim sentiu raiva e ciúme, mas outra parte… se surpreendeu com a própria reação. Eu percebi que, de forma inesperada, aquela cena me causava uma excitação confusa, uma mistura de curiosidade e fascínio pelo que estava presenciando.

Decidi fingir que não via. Continuei trabalhando no portão, observando pelo canto do olho, tentando processar aquilo que sentia. Cada risada de Rosa, cada gesto próximo de Ailton, era como um choque — ao mesmo tempo doloroso e perturbadoramente estimulante.

Quando eles finalmente se despediram, Rosa entrou em casa com aquele sorriso despreocupado, e Ailton acenou do outro lado da rua, como se nada tivesse acontecido. Eu me senti estranho, confuso: traído e, ao mesmo tempo, curioso por aquela sensação inédita que me invadia.

Naquela noite, sozinho na sala, pensei sobre limites, confiança e desejo. Percebi que os sentimentos humanos são complexos: podemos sentir dor e prazer ao mesmo tempo, raiva e fascínio, ciúme e excitação. Aquele domingo não tinha sido apenas uma ameaça ao meu casamento — havia sido também um espelho da minha própria curiosidade e vulnerabilidade.
Era uma manhã comum. Eu, Eliezer, me preparava para sair para o trabalho. Coloquei minha mochila, peguei o celular e, distraído, esqueci os óculos sobre a mesa da sala. Voltei alguns passos para buscá-los, pensando que seria rápido.

Quando alcancei a mesa, algo me chamou atenção: pela fresta da porta da frente, percebi Ailton entrando na minha casa de mansinho. Ele não fez barulho, mas o jeito cauteloso, olhando para os lados como se tivesse medo de ser visto, me deixou imediatamente em alerta.

Meu coração disparou. Uma mistura de raiva, medo e preocupação tomou conta de mim. Por um instante, fiquei paralisado, tentando entender se estava realmente vendo aquilo ou se minha mente pregava peças. Mas não havia dúvida: era ele, entrando na minha casa sem permissão.

Minha primeira reação foi o choque. Eu não sabia se deveria confrontá-lo imediatamente ou observar mais um pouco, tentando entender o que estava acontecendo. Cada passo que ele dava ecoava na minha mente como uma sirene de alerta.

Eu me perguntei: O que ele quer aqui? Rosa sabe que ele entrou? A preocupação crescia a cada segundo, misturada com uma ansiedade que me deixava tenso e inquieto.

Decidi me aproximar devagar, tentando não fazer barulho, mas com o corpo pronto para agir caso fosse necessário. A sensação de invasão do espaço que eu considerava meu — do meu lar — era sufocante. E, naquele momento, percebi que aquela situação poderia mudar tudo: não era apenas curiosidade ou ciúme, mas uma ameaça direta à minha confiança e segurança dentro da própria casa.
Ainda abalado com a visão de Ailton entrando em minha casa, eu, Eliezer, subi as escadas com o coração batendo acelerado, cada passo pesado de tensão e incredulidade. Um pressentimento ruim se espalhou pelo meu corpo, como um frio súbito que não podia ignorar.

Quando cheguei ao quarto, não pude acreditar no que meus olhos viam. Rosa e Ailton estavam ali, , em nossa própria cama. Meu corpo congelou, minha respiração ficou presa na garganta. Não me viram, e eu ouvia Rosa gemendo e pedindo a ele:- me come gostoso Ailton, me chama de puta chama! Cada gesto deles parecia gritar uma verdade que eu não queria encarar: a traição não era apenas possível, era real.
Derrepente Ailtom deu um tapa nela, não consegui ver onde, e disse: Ajoelha piranha que vou te dar leite! Rosa em seguida falou: Então dá leite pra sua bezzerrinha dá? Goza na minha boca seu filho da puta!
Eu estava anesteziado com tudo aquilo, rosa sempre foi tão timida e recatada, e agora eu ouvindo ela dizendo aquilo! fiquei confuso!
Derrepento ouço Ailton urrando ofegante: - uoooohhhh,,,Caralho, que mulher maravilhosaaaaaaaa! e pergunta:-vai cuspir minha puta? . -Não, disse ela. Eu to com sede, e sorriu descaradamente

A mistura de emoções me esmagava. Raiva, dor, incredulidade, confusão e até uma estranha excitação conflitante se misturavam dentro de mim, tornando difícil pensar com clareza. Eu me senti traído, invadido, vulnerável — como se o chão tivesse desaparecido debaixo dos meus pés.

Fiquei parado, observando, sem saber se deveria confrontá-los imediatamente ou recuar. Cada segundo parecia uma eternidade. Houve um silencio silêncio sufocante. e depois, sussurros vindo do banheiro, estavam no banho.
Naquele instante, percebi que minha vida havia mudado para sempre. Nada seria igual: a confiança, o casamento, até a própria casa — tudo parecia irreversivelmente transformado. Eu sabia que precisava reagir, mas antes de qualquer decisão, precisava processar a mistura confusa de sentimentos que me consumia naquele momento, entrei no quarto com cuidado, havia um cheiro forte de suor, peguei meus oculos na criado mudo e sai vagarosamente sem olhar para trás, desci as escadas e fui trabalhar ! ....continua....


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Ficha do conto

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Nome do conto:
O vizinho

Codigo do conto:
246221

Categoria:
Cuckold

Data da Publicação:
02/11/2025

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1

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