Num certo dia, já depois da hora, encontrei-a sozinha na sala das fotocopiadoras. O som mecânico do aparelho preenchia o silêncio do escritório vazio. Aproximei-me por trás, sem dizer nada, e encostei o meu corpo ao dela. Ela não se virou, mas arqueou ligeiramente as costas, pressionando o seu rabo contra mim. Senti o calor através da saia — hoje era uma de tecido leve, que ondulava com cada movimento.
A. - Sabes que não devíamos…, murmurou ela, mas a voz saiu rouca, traindo-a.
Beijei-lhe o pescoço, devagar, enquanto as minhas mãos deslizavam pela sua cintura. O seu perfume, um misto de florais e algo mais intenso, enlouqueceu-me. Uma das minhas mãos subiu até ao decote, encontrando o sutiã de renda por baixo do tecido. Apertei-lhe um mamilo ja duro, entre os dedos, e ela soltou um gemido abafado.
A. - Alguém pode vir...protestou, mas já estava a virar-se, os lábios procurando os meus.
Foi então que ouvimos passos a aproximar-se. Afastámo-nos num instante, ela a ajustar a saia, eu a disfarçar a ereção que teimava em não ceder. Quando o colega entrou na sala, A. estava a fingir que organizava uns papéis, e eu, a olhar para o ecrã do telemóvel como se nada se passasse.
Mais tarde, já em casa, o telemóvel vibrou. Era ela.
A - O que fizemos no carro não me sai da cabeça. Foi errado, mas... nunca me senti assim há anos. Reacendeste algo em mim.
O coração acelerou-me. Escrevi de volta, tentando manter o tom leve, mas falhando miseravelmente.
Eu. - Também não consigo parar de pensar nisso. Em ti. No teu corpo, no teu sabor...
Os três pontinhos apareceram, indicando que ela estava a escrever. Demorou mais do que o normal.
A. - Tenho vergonha de admitir, mas tenho-me tocado a pensar naquele dia. Hoje, na fotocopiadora, só de sentir-te atrás de mim... queria ter-te despido ali mesmo. Queria ajoelhar-me, abrir-te as calças e chupar-te até não aguentares. Depois sentar-me na mesa e deixar-te fazer-me tudo o que quisesses.
A imagem que as palavras criaram fez-me endurecer ainda mais. Antes que pudesse responder, outra mensagem chegou.
A. - Acabei de ter um orgasmo a escrever isto. Estou tão molhada… que vergonha
Fechei os olhos, imaginando-a: as pernas abertas, os dedos a moverem-se entre elas, os mamilos duros sob o sutiã...
Eu. - Preciso de te ver. Sozinhos. Sem medos…
A resposta dela veio rápida.
A. - Eu também. Mas tem de ser seguro. O meu marido...
A menção ao marido cortou o clima, mas só por um instante.
Eu. -Eu sei. Mas vamos arranjar maneira
E assim começou o nosso jogo perigoso. As mensagens tornaram-se mais ousadas, os encontros fugazes no escritório mais intensos. Até que, numa noite, ela enviou:
A. - Para semana posso tirar uma tarde do banco de horas, queres almoçar… sem
Eu. - Eu logo respondi, sim diz-me o dia que arranjo uma forma de conciliar… ao escrever ja estava a ficar teso só de pensar o que seria aquela tarde…
Deixo mais uma foto da Magdalene St Michaels, uma vez que as diferenças com a A. são mínimas…