O prédio estava quase vazio, aquele silêncio abafado de sexta-feira à tarde, quando todo mundo corre pra sair mais cedo. Só eu e Marina, minha colega, casada e com filho, que eu sempre respeitei muito , presos naquela reunião interminável, trocando olhares que já diziam demais.
Ela estava com aquele vestido justo – aquele que eu jurava que usava só pra me provocar – e quando saiu da sala, deixou a porta aberta. Um convite. Eu segui.
Um vão de escadas escuro, com ar de sujo e abandonado. Ela parou no patamar entre o 6º e o 7º andar, como se soubesse que eu estava atrás.
— "O que você quer?" — Ela perguntou, mas a voz dela estava rouca, e eu vi a mão dela tremer no corrimão.
Eu não respondi. Só avancei, prendendo ela contra a parede fria. Ela soltou um gemido baixo quando meu corpo encostou no dela, e eu senti – Deus, eu senti – como ela já estava molhada só de me ver chegar perto.
— "Você sabe exatamente o que eu quero" — eu sussurrei no ouvido dela, puxando o vestido pra cima.
Ela tentou fingir que ia resistir, mas quando meti a mão na sua calcinha e achei aquele calor e mel, ela arqueou e gemeu meu nome.
— "Alguém pode vir..." — ela disse, mas já estava tirando a minha camisa.
— "Então vamos fazer rápido" — eu respondi, girando ela contra a parede.
Foi rápido, foi sujo, foi perfeito. Ela mordeu o lábio pra não gritar quando eu entrei nela, e eu quase perdi o controle ali mesmo. A gente transou com raiva, com culpa, com desejo – e quando ela gozou, abafando o gemido no meu ombro, eu não consegui me segurar.
A gente se arrumou em silêncio depois. Ela nem olhou pra mim quando saiu.
No elevador de volta, meu celular vibrou. Era uma mensagem da minha esposa: "Você esqueceu sua aliança em casa hoje, amor. Quer que eu leve pra você?"
Eu olhei pra minha mão vazia e entendi, talvez Marina já não usasse mais aliança.
puro tesão