Nossa, entre o Jhonatan de seis meses atrás que foi mamado pela primeira vez na vida por um homem, seu melhor amigo, e esse que hoje começa a escrever existe um mundo de coisas que mudaram.
Então recapitulando, há uns seis meses rolou tudo aquilo que contei no primeiro texto (Que brisa errada eu peguei com meu amigo de infância, vey!). O dia que em que eu escrevi pra tentar colocar pra fora minhas angústias foi na segunda feira, o rolê gostoso e safado com o Doug foi no sábado de noite.
Então, como contei no segundo texto (Que brisa errada eu peguei com meu amigo de infância, vey! [parte 2]), nessa segunda feira eu tava muito mal, fui criado em igreja evangélica, aquilo tudo tava uma confusão na minha cabeça. Então eu pedi perdão a Deus e jurei que nunca mais voltaria a fazer aquelas coisas.
Então... No outro dia acordei cedo pra abrir a lavanderia, tentei tocar meu dia normal. Consegui, tentava não pensar no ocorrido, consegui relativamente bem.
Na mesma semana, não lembro o dia, o Doug me chamou no zap, tava tudo normal, ele trocou ideia comigo como se nada tivesse acontecido e isso me ajudou a normalizar as coisas dentro de mim.
Cara... Eu não sou putão, pelo contrário, sou de boassa, cada época da minha vida eu tenho uma mina que rola de transar e talz. Mas sabe-se lá porque eu resolvi atirar pra todo lado no insta. Puta que pariu, esse primeiro mês que seguiu ao ocorrido eu meti pra um caralho, foi loirinha, foi morena, gordinha, mina da quebrada, paty, na boa, não faço ideia da grana que gastei só com mulher.
Então numa dada quinta o Doug ligou chamando pra ir na casa dele no final de semana. Na hora meu estômago revirou, deu um negócio estranho e eu inventei que não dava. Apesar de ter ficado de boa no último mês, na hora que ele me chamou eu senti um trem ruim. Ele reagiu de boa.
Depois que eu desliguei a ligação, passaram uns 10 minutos e era ele mandando um áudio.
“Jhown, papo reto, o combinado não sai caro, bota fé? Não esquece não... Outra coisa, nois é mais que parça, cê é irmão, vamo perder isso não viado”.
Eu fiquei muito cabreiro. A segunda parte eu entendi, com certeza ele tava falando pra eu não me afastar dele pelo que rolou, pra gente manter a amizade, mas a primeira eu não conseguia entender.
Fiquei o resto do dia tentando entender, honestamente, não consegui.
No outro dia, sexta, ele me mandou mensagem, mandou um áudio na verdade: “Colé, Jhow, Jhow! Amanhã cê vai colar aqui né?”.
Inferno... Eu tava tão de boa com tudo isso, tinha quase esquecido e agora eu comecei de novo a voltar para o mesmo estado de confusão e tesão ao mesmo tempo.
Marquei a mensagem misteriosa do “combinado não saí caro” dele e perguntei: “Mano Doug, explica isso vey, não entendi!”.
Ele mandou outro áudio: “Cê é foda Jhonatan! A gente fez um combinado, cê não lembra, carai? Se eu for te explicar o que eu te falei já tó quebrando com minha palavra, faz um esforço aí pow! Só pra te ajudar vou te dizer o seguinte, ‘águas passadas não movem moinhos’, bota fé?”.
Na hora eu voltei no tempo, lembrei exatamente da gente sentado no colchão, ele batendo uma pra mim, ele pegou minha mão e colocou no pau dele, eu tirei, ele pegou de novo, colocou de novo e falou “Ou, na moral, só curte a brisa, A GENTE FAZ ISSO HOJE E NUNCA MAIS NEM FALA SOBRE, bota fé? Ninguém vai ficar sabendo.”. Era isso cara... Ele tava me lembrando disso na mensagem, tive uma sensação muito estranha, de cara achei que era alívio.
Mandei mensagem na hora pra ele: “Sábado antes do almoço eu chego aí...”
Cara, fiquei aliviado, tava tudo de boa. Toquei meu dia...
Quando tava deitado pra dormir, fui meio que planejar o horário de acordar pra ir pra Sete Lagoas e aí comecei a ser invadido por pensamentos, por imagens, comecei a desejar claramente que aquilo tudo se repetisse. Fiquei excitado. Comecei a visualizar cenas que nunca tinha cogitado na vida de fazer, imaginei eu mamando ele na cama, imaginei eu colocando ele pra me chupar, imaginei eu pegando na bunda dele... Cara, comecei a sentir frustração por saber que não ia rolar de novo.
Inferno vey, comecei a bater punheta e me veio uma ideia cabulosa na cabeça, toquei o fodas, abri o celular, coloquei no xvideos, escrevi “viado mamando”. Me joguei naqueles vídeos, eu via os vídeos e já nem pensava no Doug, de repente me vi achando aqueles caras dos vídeos desejáveis.
Gozei!
Me arrependi.
Fiquei com ódio.
Mas, observei uma coisa. O tesão acabava se eu gozasse... Então era isso, pelo menos provisoriamente eu tinha uma solução.
Acordei de madrugada, pau torando, repeti o processo. Na verdade quase repeti o processo. Tive uma ideia, abri o xvideos e escrevi “ménage dois homens e uma mulher”.
Aaaaah puta que me pariu! Eu não acreditei no tanto que aquilo me dava tesão. Velho... Eu juro, nunca tinha imaginado que eu sentiria tesão em homem, sempre me senti hetero, sempre adorei meter e chupar uma mina cheirosinha, papo legal, carinhosa e talz, mas agora eu tava descobrindo que as duas coisas eram boas para um caralho, principalmente juntas. Quando vi o cara metendo na bunda do outro cara, vey, falei comigo mesmo “preciso fazer isso!”
Mas... Gozei. Passou tudo, e eu inclusive reafirmei a minha conclusão, aquela “brisa errada toda” morre com uma punheta. Falei comigo mesmo “sem chances de um dia eu meter em homem, foi ideia errada na hora da brisa da punheta”.
Acordei, tomei café, pedi meu uber.
Beleza, cheguei na casa do Doug umas 10 horas, foi tudo de boa, tudo normal.
Ocorre que depois do almoço o filho da puta chamou pra nadarmos na piscina do condomínio. Tá, já tínhamos feito isso um milhão de vezes, já tínhamos ficado pelado no vestiário na frente um do outro um milhão de vezes, já tínhamos tomado ducha um ao lado do outro inumeráveis vezes, nunca, jamais, em tempo algum houve qualquer intercorrência.
Pois é, mas agora tinha um universo de coisas doidas rolando na minha cabeça. Que inferno...
“Vai querer não, viado?” Ele me perguntou, acho que porque depois que ele propôs eu fui longe, confesso que fui longe mesmo, fui lá para o vestiário e imaginei ele me mamando lá.
“Hoje não, Doug” respondi pra ele.
“Então fica aí, eu vou” e saiu rindo pro quarto.
Eu subi pro quarto e falei “Ah sério, Doug, para sô”, bora jogar...
Quando falei isso ele tirou a camisa.
Perdi o rumo.
Ele tirou a calça.
Perdi a respiração.
Ele abriu o armário e tirou um short de banho.
Eu só pensei “tô fudido”.
Ele tirou a cueca e jogou em cima da cama, vestiu o short.
Eu já tinha visto ele pelado várias vezes, depois de jogos de futebol, em vestiário de clube, em casa mesmo as vezes trocando de roupa. Mas dessa vez foi a primeira que vi o pau dele depois de saber o que ele virava duro, depois de pegar nele duro. Depois de punhetar ele duro...
Ele saiu do quarto e falou “te encontro lá”.
Eu não faço ideia se ele percebeu, mas eu fiquei completamente atordoado. Meu pau ficou duro, eu comecei a dar aquela tremedeira esquisita que faz até os dentes baterem. Olhei pra cueca dele em cima da cama, não aguentei. Peguei ela e cheirei. Senti ódio de mim por estar fazendo aquilo, mas também senti ódio por não ter sentido aquele cheiro na minha cara no dia que rolou o que rolou. “Eu deveria ter mamado ele também aquele dia”, pensei, me imaginei mamando ele, comecei a lamber a cueca no lugar que ela encosta no pau, comecei a roçar meu pau por cima da bermuda...
Continuará...