Ele deu um sorriso curto, torto. Aqueles sorrisos que não vêm da boca, mas do ego. Tragou de novo, mais devagar dessa vez, e sem pressa soltou:
— Você acha que eu não vejo, né? Tio Marcos soltou, sem olhar direto pra mim, como se estivesse falando com o vento. — Sempre com esse jeitinho de quem finge que não quer nada… mas vive me espiando.
Fiquei mudo. Era como se ele tivesse arrancado o ar da minha boca.
Ele virou de leve o rosto na minha direção, tragou mais uma vez e soltou a fumaça devagar, me cercando como se ela também fosse dele.
— Desde o dia da Vitória, eu sei que teus olhos me seguem. Achei que era só curiosidade... mas não é só isso, é?
— Eu… comecei, mas parei. O que eu ia dizer? Que não? Que sim? Que tinha medo e tesão e vergonha tudo junto?
— Tá me devendo, sabia?
— Devendo? — minha voz saiu mais fina do que eu queria, falhou na garganta.
— Naquele dia… — ele continuou, os olhos ainda em mim. — Você me espiou. Eu sei que era você. E, por tua causa, eu não terminei o que queria. Então eu decidir guardar. Só pra ti.
Meu estômago virou. Eu sabia de que dia ele falava. E ele sabia que eu sabia.
Enquanto falava, ele desceu a mão lentamente, como quem ajeita a calça, mas eu vi. Eu vi. A mão dele parou bem ali, sobre a própria rola, que já começava a marcar o tecido.
Ele se aproximou. Lento. Um passo de cada vez.
Parou perto de mim. Os olhos não piscavam.
— Eu sei quando alguém me deseja. E você... você me deseja calado. Com vergonha. Com medo. Isso me deixa duro.
A última palavra veio carregada. Ele olhou pra baixo, e eu também. O volume era óbvio. Latejante. Um monstro preso por tecido fino. Quase uma ameaça.
— Sabe o que mais me excita? — ele falou, dando um passo à frente, encurtando ainda mais a distância. — Te ver assim... parado. Tenso. Sabendo que quer, mas com medo de admitir.
Os dedos pressionaram com leveza, um toque quase casual, quase distraído, mas que queimava nos meus olhos como ferro quente. E eu olhei. Olhei como se olhar fosse um instinto, uma necessidade. Senti minha garganta secar, minhas pernas enfraquecerem, e meu peito afundar num silêncio que só o corpo entende. Ele viu, claro que viu. Tragou de novo o cigarro, sorriu de canto aquele mesmo sorriso de antes, de quem carrega o veneno e a cura — e disse, quase sussurrando:
— Você gostou, né? — Você viu meu pau? Não adianta negar. Eu percebi. E quer saber? Eu gostei. Porque você tem um jeito diferente de olhar. Meio assustado, mas com vontade. E isso… isso me deixa duro de um jeito que nem a Vitória e Andressa conseguem.
Ele pegou minha mão e levou ao seu pau, que nesse momento estava duro, tão duro como uma pedra, como se tivesse vida própria e disse — Você quer chupar o pau que estava dentro da sua prima?!
— Ajoelha. Ele ordenou.
Fiquei imóvel.
— Ajoelha — repetiu, agora mais baixo, porém mais cortante. Como uma faca contra o nervo.
Ele então colocou a mão sobre minha cabeça, e como se eu não tivesse domínio sobre meu próprio corpo, cedi e me ajoelhei, encarando aquele volume por cima da calça que era bem nítido
— Olha pra mim — mandou.
Levantei o rosto. O olhar dele estava queimando.
— Você quer, né? — ele sussurrou. — Você quer o pau que estava dentro da sua prima. Quer sentir na boca. Quer saber o gosto.
Minhas bochechas queimaram. Meu pau estava duro.
O dele… latejava.
Então ele soltou meu queixo, mas, me forçando a olhar para ele, deu uma última tragada no cigarro e soltou toda fumaça em meu rosto. O som do cinto sendo desfeito cortou o silêncio como uma navalha lenta. Tio Marcos puxou a fivela com a mesma precisão com que acende um cigarro, sem pressa, sem hesitação. Era um gesto simples, mas feito com a autoridade de quem tem total consciência do próprio poder. Os olhos dele continuavam cravados em mim, sem piscar, como se estudasse cada respiração sua, cada tremor do corpo ajoelhado ali à sua frente.
Quando o zíper desceu, o som foi quase um sussurro metálico que se arrastava pelos meus nervos. Marcos afastou o tecido com a calma cruel de quem sabe que a espera é uma tortura eficaz. Não havia necessidade de pressa. Ele sabia que já o tinha nas mãos, mesmo antes de mostrar nada, já era ele quem comandava o jogo, quem ditava o ritmo da queda.
Eu sentia o ar rarefeito, como se cada gesto dele reconfigurasse o ambiente. A cabeça girava, não de vertigem, mas de excesso. Excesso de pensamento, de pulsação, de culpa, de desejo. A visão à sua frente se desfazia entre sombra, forma e intenção. Ele queria olhar, mas também queria desaparecer. E isso era o pior: o querer.
O pau dele saltou pra fora: grosso, suado, venoso, a glande brilhando de excitação.
Me senti engolido por aquilo. Era erótico e assustador ao mesmo tempo.
Uma parte de mim queria fugir. A outra... queria provar. Me render.
E então ali na minha frente aquele pau que tanto observei, que vi jorrar leite no chão daquele banheiro, que vi saindo de dentro da buceta da minha prima, no qual Andressa teve medo de sentir e agora estava ali me encarando.
— Sabe o que é mais gostoso? — ele murmurou, segurando meu queixo. — Te ver lutando... mas vencido. Porque no fundo, você já é meu.
Ele encostou a glande na minha boca. Não penetrou. Só pressionou.
Deixou ali. Quente. Pesado. Molhado.
— Agora lambe.
Demorei. Ele riu. De desprezo
— Vai dizer que ainda quer fingir pureza? Depois de tudo que viu? Do tanto que imaginou esse pau explodindo na tua garganta?
Lambi.
Um arrepio cruzou minha espinha. Ele arfou baixo.
— Isso. Isso mesmo. Aprende.
Marcos segurou a base do pau com força e me guiou, devagar, como se me moldasse àquilo. À função.
Ele me fodia com os olhos. Com a voz. Com o cheiro. Com o silêncio.
— Olha pra mim enquanto chupa — ordenou, os dedos cravando nos meus cabelos.
Eu olhei. Ele sorria. Mas não era um sorriso doce. Era um riso de poder. De perversão.
Ele sabia que tinha vencido.
— Você treme — ele disse. — Mas não para. Sabe por quê? Porque eu sou o que você nunca teve coragem de desejar em voz alta.
E agora... tá com a boca cheia disso.
— Abre a boca.
Eu chupei mais forte. A respiração dele pesou.
Enfiei a língua pra fora, tocando a glande quente, que pulsava.
O gosto era forte. Salgado. Quase amargo.
Ele gemeu rouco, segurando minha cabeça com as duas mãos e enfiando sem dó.
A cabeça entrou. Depois mais. E mais.
Sem ritmo. Sem carinho.
Era domínio total.
Eu engasgava, os olhos lacrimejando.
E ele sorria. Gozava com a minha fraqueza.
Eu engolia com muita dificuldade, mas, a vontade se provar era maior que qualquer incomodo, era grande, era grosso, quase não cabia dentro da minha boca.
Ele me fodia com o pau e com palavras.
— Tua mãe te criou pra isso? — ele sussurrou, me fodendo mais fundo.
— Pra virar brinquedo do marido da tua tia?
A culpa me arrebentou por dentro. Mas o pau dele não parava.
E o meu... latejava.
— Isso. Engole.
Então sentir o pau dele pulsar.
— Tá sentindo, né? Esse gosto? Isso aqui não é só porra. É tudo que você nunca teve coragem de pedir. Agora tá engolindo sem reclamar.
Rápido. Fundo.
Garganta. Lágrima. Tesão.
— Engole tudo. — Foi a única coisa que ele disse antes de gozar.
Um jato quente. E outro. E outro.
E eu ali. De joelhos. Sendo preenchido por tudo o que ele é.
Sociopata. Macho. Perverso. Meu.
Tio Marcos respirou fundo, e foi tirando seu pau lentamente da minha boca, e então passou o pau ainda duro entre meus lábios, e disse, — Agora deixa ele bem limpo.
Minha garganta doía, e então eu segurei seu pau e fui passando a língua, limpando cada cm daquele pau até deixar sem nenhum vestígio que ele acabava de gozar dentro da minha boca.
Quando Tio Marcos gozou, não houve pressa em se afastar. Pelo contrário. Ele me puxou contra a cerca com a força bruta de quem quer deixar uma marca invisível na pele e na alma.
Meu peito era o chão, minhas costas o muro frio, o corpo dele o peso que me esmagava, não apenas fisicamente, mas na cabeça.
— Agora escuta bem a voz dele desceu de tom, quase um rosnado —: eu não sou teu amigo. Nem teu tio. Nem teu porto seguro. Eu sou o que vai te arruinar. E você vai me agradecer.
Ele não precisou levantar a voz.
Sua dominação estava no jeito como se impunha no espaço, no controle absoluto.
Enquanto me prendia ali, sua outra mão deslizou para puxar minha cueca.
O pau dele, quente e pulsante, roçou devagar na entrada do meu cu.
O contato foi sutil, quase cruel — uma ameaça e uma promessa embrulhadas num só toque.
Meu corpo congelou um instante, e o frio da ansiedade misturou-se com um calor bom, estranho.
Era como se uma corrente elétrica percorresse meu baixo ventre, despertando um fogo que eu tentava negar, mas que já ardia dentro.
— Fica caladinho, e eu te garanto que vai ganhar muito mais do que imagina ele sussurrou, a voz baixando, ficando rouca, cheia de um poder hipnótico que me fez estremecer.
O ritmo da respiração dele mudou.
Ora era lenta e controlada, como o bater firme de um tambor,
Ora aumentava em intensidade, quase um rugido sussurrado, um convite ao abismo.
E eu, parado ali, sentindo meu coração galopar, minha garganta arder, a pele se eriçar, me perdi naquele labirinto de sensações.
— Me diz uma coisa — continuou, a boca próxima ao meu ouvido, quase um sussurro, quase uma ameaça — já deu esse cuzinho?
Ele então se afastou devagar, puxando a cueca com a mesma calma com que deposita um destino, deixando a promessa de que aquilo era só o começo.
Um silêncio pesado, cheio de segredos que eu sabia que nunca poderia contar.
O cheiro dele ficou impregnado na minha pele, uma marca invisível que me acompanharia, uma sombra que me perseguiria.
Não era só o sexo que me dominava. Era o poder, a culpa, o medo, a necessidade.
Marcos tinha me destruído, sim. Mas também tinha plantado uma semente venenosa dentro de mim uma fome, uma sede, uma vontade suja de voltar.
Eu não era mais o mesmo.
Eu queria mais.
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O ápice chegou.
Desejo, memória e fantasia se misturaram até não dar mais pra separar o que foi real do que foi sonhado.
?? Comenta aí o que sentiu lendo.
??? Vota se quer mais.
A história ainda não acabou. Ela só tá esperando a próxima fresta. ???????
#EntrePecadoseSilêncios
Muito bom gostei muito
Excitante estória, muito bem escrito!