Entre Pecados e silêncio - Parte 6: A Linha Tênue do Desejo



Na linha tênue do desejo, ele caminhava entre sombras e luzes, descobrindo que ultrapassar limites nem sempre era escolha — às vezes, era destino.

O barulho do leite jorrando no fundo do balde era quase hipnótico. Plish, plash, plish.
O silêncio entre nós dois não era incômodo, era úmido.
Marcos ainda estava de costas, abaixado, espremendo o úbere da vaca com a mesma firmeza com que segurou minha cabeça minutos antes. O barulho do leite caindo no balde parecia martelar dentro de mim. Cada plash era como um lembrete: aconteceu. Eu ajoelhei. Eu chupei. Ele gozou.
— Essa aqui já tá quase seca. Amanhã tem que vir mais cedo.
Ele falou sem olhar pra mim, como se estivesse me ensinando uma rotina qualquer.
Eu continuei calado. Sentado ainda no chão de barro, tentando me recompor por dentro. A calça dele agora estava ajeitada, cinto fechado, mãos firmes no úbere. Era como se o corpo dele tivesse apagado tudo. Mas o meu...
O meu ainda latejava.
Um aperto sufocante subia pela garganta, misturado com aquele calor incômodo no peito. O estômago revirava, um turbilhão estranho onde a culpa, a vergonha e algo inesperadamente familiar se confundiam. Mas eu não conseguia sair dali.
Quando terminou de tirar o leite, levantou-se devagar, segurando o balde com cuidado. Virou-se para mim com um olhar tranquilo, quase como se fôssemos apenas dois homens cuidando do que a terra dava.
— Leva esse aí pra tua avó. Amanhã a gente tira mais, pode deixar.
Estendi as mãos. Ainda suadas. Ele me entregou o balde com cuidado, os olhos cruzaram os meus por um segundo e só. Nada nos olhos. Nenhuma sombra, nenhum vestígio do que aconteceu.
— O senhor não vai me pedir para guardar segredo? — falei sem pensar.
A pergunta escapou, crua, sem filtro. Ele me olhou, levantando uma sobrancelha como quem não entende.
— Segredo sobre o quê, menino? Tá doido? — respondeu com um meio sorriso, mas não tinha deboche. Tinha defesa. Uma negação quase infantil.
— O que aconteceu aqui. — insisti. — Você sabe.
Ele passou a mão na nuca, olhou pro chão. Depois voltou os olhos pra mim, sério.
— Aqui não aconteceu nada. A gente só tirou leite. É só isso que tu vai lembrar. Entendeu?
Silêncio.
— Entendeu? — repetiu, mais firme. A voz agora soava como ordem, mas o olhar... o olhar tremia.
Assenti devagar.
Não por obediência, mas porque parte de mim queria mesmo acreditar nisso. Queria muito que fosse verdade. Que tivesse sido só isso. Que eu não tivesse me ajoelhado. Que ele não tivesse gozado. Que minha boca ainda fosse inocente.
Ele respirou fundo e afrouxou os ombros. Voltou a ser o tio. O homem da roça. O homem que conserta cerca e derruba manga com pedra.
— Anda, vai levar logo esse leite. Tua avó deve tá te chamando. Depois tu me ajuda com as outras vacas, se quiser.
Eu levantei, sem dizer nada.
Segurei o balde com as duas mãos, como se segurasse um segredo quente.
Enquanto andava, ouvi atrás de mim o barulho do Marcos limpando os baldes. Cantarolando baixinho. Como se fosse um dia qualquer.
Mas não era.
A partir daquele momento, nada mais seria qualquer coisa.
Eu caminhava de volta pra casa, mas minha cabeça ainda estava ajoelhada no curral. Cada passo era um estalo dentro de mim, como se meus ossos gritassem: você fez isso. Meu estômago embrulhava, o leite balançava no balde e, por dentro, eu me sentia um monstro. Um doente. Como eu pude? Como eu tive coragem de abrir a boca e aceitar aquilo? E o pior: eu fui até o fim. Engoli. Como se fosse natural. Como se meu corpo já soubesse o caminho e gostasse. A vergonha me arranhava por dentro, me fazia querer me esconder embaixo do barro. Mas tinha algo mais. Algo que doía mais que a culpa: eu queria fazer de novo.
Eu lembrava dos olhos dele quando segurou minha cabeça. Lembrava do jeito que a respiração dele mudou, da força bruta que me guiou como um animal. Aquilo me fez sentir vivo. Desejado. Era errado. Imundo. Mas tinha um gosto de poder. E mesmo agora, com o medo me roendo por dentro, com a culpa escorrendo pelos poros, meu pau começou a endurecer de novo. Só de lembrar. Só de fechar os olhos. Eu me odiava por isso. Queria rasgar esse desejo com as unhas, apagar essa fome do corpo. Mas ela tava ali. Ela ria de mim. E dizia: "foi só o começo."
Será que ele vai me procurar de novo? Será que vai fingir mais vezes? Ou será que agora vai fingir tanto que até eu vou esquecer? Eu não sei o que esperar dele. E pior: eu não sei o que esperar de mim. Porque mesmo com medo dele, mesmo com nojo do que aconteceu, mesmo achando que tudo isso vai me queimar no inferno, tem uma parte de mim a mais escura, a mais escondida que deseja ser ajoelhado de novo. Que quer ele nu. Que quer ele dentro. Que quer ver até onde ele é capaz de ir... e até onde eu vou permitir.
Depois que voltei do curral, fui direto pra cozinha. Minha avó já tava com a mesa posta, café fresco, pão de sal, bolo de milho e aquele cheiro de casa antiga que mistura manteiga quente com lembrança. Comi em silêncio. Engoli o café sem sentir o gosto. O corpo tava aqui, mas a cabeça ainda ajoelhada lá atrás.
Terminei de comer, disse que tava com sono e fui pro quarto. Deitei sem tirar a roupa. E foi aí que o peso veio. Fechei os olhos e a imagem dele surgiu. Primeiro só o olhar. Depois a boca. As mãos. O gemido. O cheiro do suor dele misturado com estrume. E então, como se meu inconsciente tivesse guardado o melhor pra depois, comecei a sonhar.
Era o curral de novo, mas diferente. Ele tava nu. Forte. Firme. Me chamava com o dedo, sem dizer uma palavra. Eu ia rastejando, sentindo o chão grudento, a boca seca de desejo. Ele me pegava pelo cabelo e dizia, com a voz mansa:
— Tu nasceu pra isso, menino. Pra mim.
E eu dizia que sim. Que era só dele. Que podia fazer tudo. Tudo.
Acordei com a cueca ensopada, o pau duro feito madeira, o peito acelerado como se tivesse corrido um campo inteiro. Me senti sujo. Me senti vivo.
Quando saí do quarto, o cheiro do almoço já tomava a casa. O sol tava alto, o quintal quieto, e minha avó falava algo sobre o feijão não ter sal, mas eu mal ouvia. A verdade é que o que me pegou foi o que vi pela janela: Marcos, arrumando o carro pra ir embora.
Corri pra fora, meio sem saber por quê. Talvez quisesse que ele me dissesse algo. Qualquer coisa. Um gesto. Um olhar. Um sinal de que ele também tava com aquilo preso na garganta.
Ele jogava as últimas coisas na mala da caminhonete. Me viu e sorriu como se fosse domingo comum.
— E aí, cabra? Dormiu que nem pedra, hein? Tá vivo ainda?
Eu sorri de canto, sem graça. Coração batendo feito tambor dentro do peito.
— O senhor já vai?
— Já. Tua tia tá esperando. E amanhã tem trampo cedo. Fica com Deus, viu? E cuida da tua avó.
Ele me deu dois tapinhas no ombro.
Dois tapinhas. Como se nada. Como se não tivesse me fodido com os olhos. Como se eu não tivesse sentido o gosto dele na boca poucas horas antes.
Fiquei parado olhando para ele, procurando alguma faísca, qualquer sinal escondido por trás daquele rosto calmo. Mas não veio nada. Só o silêncio pesado entre nós.
Então, sem saber o que fazer, baixei os olhos e soltei no automático:
— Bença, tio.
Ele respondeu na hora, sorrindo:
— Deus te abençoe, menino. Sempre.
Subiu no carro e foi.
Simples assim.
Fiquei parado no terreiro, olhando a poeira subir e o carro sumir na estrada. Sentia uma angústia rasgando o peito. Um nó.
Como ele consegue ser tão natural? Como ele não sente nada? Como ele pode ter esquecido?
Ou pior: E se ele não esqueceu? E se isso tudo faz parte do jogo dele?
Voltei pra dentro com o estômago embrulhado. O almoço tava pronto. Mas eu não conseguia comer.
O resto do dia correu como se nada demais tivesse acontecido. E talvez pra todo mundo ali, realmente não tivesse. Minha avó seguiu varrendo o terreiro, gritando com as galinhas e passando café o tempo todo, como se aquele cheiro forte pudesse purificar a casa.
Eu ajudei aqui e ali, mas o pensamento ainda voltava, de vez em quando, pra boca cheia, pro silêncio do curral, pro sorriso limpo de Marcos na hora de ir embora.
Lá pela metade da tarde, meu primo Cleyton apareceu. Sempre aparecia assim, sem avisar, com o cabelo molhado de rio e a bermuda colada no corpo.
— Bora banhar, porra? Tá um calor da gota. Lá embaixo tá cheio de moleque, até umas meninas foram.
Ele disse isso me olhando de um jeito esquisito. Um olhar que durou meio segundo a mais do que deveria. Eu já conhecia. Já vi outros assim. Um misto de convite e desafio, de malícia disfarçada de brincadeira.
Mas dessa vez não me pegou. Não senti nada. Nenhum arrepio, nenhum fogo.
Era estranho. Alguns dias antes, aquele olhar teria me atiçado. Mas agora parecia... fraco. Raso.
Eu neguei com um sorriso breve e falei que ia ficar ajudando minha vó, inventando desculpa.
Cleyton deu de ombros e saiu correndo pelo quintal como se nada.
Eu fiquei.
Enquanto minha avó limpava os legumes na pia, falava sozinha sobre uns panos que sumiram, eu fui pra varanda da frente. Me sentei no banco de madeira e fiquei olhando pro fim da estrada. O sol já começava a escorregar por trás das árvores, lançando um dourado estranho sobre a terra batida.
Foi quando vi ele vindo.
Meu avô.
Vinha caminhando da roça com o corpo cansado, mas firme. Usava aquela calça de linho surrada que ele sempre dizia que era “pra aguentar o mato” e a camisa de botão aberta até o meio do peito.
Era branco, pele marcada de sol e de tempo, mas sem manchas demais. Alto.
Nem magro nem gordo tinha o corpo de quem foi feito pra trabalhar com enxada, com peso, com sol nas costas. Ombros largos, braços fortes, o andar sem pressa de quem já viu o mundo do jeito que ele é.
Tinha 58 anos, mas o corpo ainda carregava a juventude nos gestos. Cada passo dele era sólido. O chapéu de palha caía pro lado, o rosto suado brilhava com a luz do fim de tarde.
Eu fiquei olhando. Longo.
Não com desejo.
Mas com algo novo nascendo. Um reconhecimento. Um calafrio diferente.
Talvez fosse só o corpo cansado querendo repouso…
Ou talvez fosse o início de outra fome.
Meu avô sempre foi diferente comigo. Talvez por eu ser o mais novo dos netos, talvez por culpa o tempo que ele perdeu com os filhos mais velhos ainda pesava no corpo dele, mesmo que ele nunca dissesse em voz alta. Quando meus tios eram pequenos, ele passava o dia inteiro na roça, virado em sol, barro e silêncio. Não viu os dentes caindo, os passos aprendendo, os choros de febre. Chegava só à noite, cansado demais até pra abraçar.
Comigo foi diferente.
Agora, com a idade batendo nas costas e mais gente ajudando na lida do campo, ele passou a ficar mais em casa. E nesse tempo que sobrou, ele me escolheu. Pra contar histórias, pra ensinar a tirar leite, pra consertar brinquedo, pra rir alto sem pressa. Era um carinho bruto, mas constante. Me chamava de “meu molequinho”, me trazia fruta escondida, alisava meu cabelo enquanto assistia ao jornal do meio-dia. Me dava um lugar no mundo sem precisar pedir.
Naquele dia, enquanto o sol descia pelas costas dele e dourava cada curva do corpo cansado, eu fiquei observando mais do que devia. Os olhos pararam onde não era pra parar: nas calças dele.
Aquele tecido gasto, batido, colava um pouco com o suor do corpo, moldando sem querer os volumes ali escondidos.
E foi aí que veio a pergunta. Crua. Surda. Impura.
Será que o pau dele era igual ao do Marcos?
O pensamento me bateu como um tapa, e na hora tentei afastar, fingir que não era meu. Mas era. Era meu sim. Meu e inteiro.
A imagem do Marcos gozando na minha boca ainda latejava dentro de mim. E agora, olhando pro meu avô ali, tão presente, tão meu, tão real… a curiosidade veio mais forte do que a culpa.
Eu queria saber.
Não pra fazer nada, eu dizia a mim mesmo.
Só saber. Só imaginar. Só comparar.
O dia tinha sido pesado demais pra minha cabeça, que rodava sem parar, presa num redemoinho de pensamentos que eu nem sabia direito de onde vinham. Mas aí meu avô apareceu, caminhando lento até o banheiro, aquele mesmo banheiro onde eu tinha visto Marcos dias atrás se masturbando até gozar.
Eu sabia que não devia, que era errado, que devia simplesmente voltar pra minha sombra e esquecer. Mas, do nada, um impulso me puxou como um ímã. Era um misto de curiosidade, confusão e um desejo antigo, selvagem, que não me deixou escapar. Sem pensar, meus pés começaram a andar, sozinhos, como se eu fosse um fantasma seguindo uma luz que eu não podia apagar.
Cheguei perto da porta entreaberta, e meu corpo tremeu o coração batendo louco, a cabeça tentando gritar “para!”, mas o corpo querendo mais. Eu quis fugir, mas os olhos não desgrudavam do que a luz do fim da tarde desenhava ali dentro. A silhueta do meu avô, com aquele corpo marcado pela vida dura, pela roça, pelo tempo, inteiro e real, era quase um segredo proibido que eu não devia conhecer, e foi quando meus olhos pousaram em seu pau, estava meio mole, era comprido, branco, tinha poucos alguns pelos já grisalho, e o saco era grande também, bem maior que do Marcos isso dava para ver.
E no meio daquela mistura de medo e fascínio, senti que estava invadindo um território sagrado, mas não conseguia parar. Era como se uma parte de mim dissesse: “quero entender. Quero ver. Quero sentir.”
Foi quando ele percebeu que eu estava ali. Olhou pra porta, me viu parado, e não disse nada de repreensão. Só chamou, com aquela voz mansa, cheia de cuidado e amor que só um avô tem:
— Chega aqui, meu fie. Não fica aí parado, vem cá.
Eu nem pensei duas vezes. O impulso venceu tudo. A vergonha, o medo, a confusão. Me aproximei devagar, sentindo o peito apertado e a cabeça girando. Era um convite silencioso que mexia com cada pedaço de mim, e eu sabia que, dali pra frente, nada seria igual.
Entrei no banheiro com o coração apertado, cada passo parecia mais pesado do que o anterior. O cheiro forte de sabão, a madeira antiga do banheiro. Meu avô estava lá, pelado, tinha acabado de se jogar um pouco de água.
Ele me olhou com um sorriso calmo, meio brincando.
— Bora tomar banho também. Tira essa roupa aí.
Eu hesitei, o peito batendo tão rápido que parecia que ia explodir. Mas obedeci, tirei a camisa, e o short ficando apenas de cueca, quando meu avô disse para tirar também que não precisava ter vergonha, afinal éramos homens e ele já me deu banho várias vezes.
— Vem cá, hoje tu vai aprender a lavar direito esse corpo; ele disse, sem levantar muito a voz. — Homem também tem que saber se cuidar.
Ele ajoelhou ali do meu lado, pegou a bacia com água um pouco fria demais e despejou um pouco sobre meu ombro, escorrendo devagar até minha barriga. O toque não era exatamente carinhoso, mas tinha uma precisão que me fazia gelar por dentro.
Ele então passou o sabão em sua mão e passou por meu ombro e desceu até meu peito e ficou passando devagar por volta dele que era grandinho demais para um garoto da minha idade.
Ele começou a me mostrar como lavar direito, com aquela paciência de quem ensina um segredo valioso.
— Primeiro, tem que lavar o pescoço, as costas, o peito... Não pode deixar a sujeira agarrar. A pele tem que respirar, moleque.
— Principalmente aqui ó, disse, apontando com o dedo grosso, sujo de anos de lavoura, bem na direção do meu pau. — Aqui é onde mora o fedor, se não lavar direito.
Quando ele falou da importância de lavar bem o pênis, minha respiração acelerou.
Engoli seco. Ele meteu a mão na barra da minha barriga, afastando com os dedos os pelinhos ralos que começavam a crescer.
— Puxa a pele pra trás. Tu já aprendeu isso? perguntou, agora olhando nos meus olhos.
Balancei a cabeça, mudo. O pau meio que se encolhia e crescia ao mesmo tempo, sem saber se reagia com medo ou curiosidade. Ele suspirou, quase como quem vai ensinar um segredo de família.
— Olha só, vou te mostrar. Mas presta atenção, que isso é coisa séria.
Pegou minha mão, colocou sobre o pau já meio molhado pela água e fez com que eu puxasse o prepúcio devagar.
— Assim ó… Sem pressa. Tem que lavar bem aqui embaixo. Isso junta sujeira que nem o pé. E se tu não cuidar, fede. Fede e inflama. A voz dele era seca, mas tinha algo ali… algo de ritual.
O cheiro do sabão enchia o banheiro, mas não encobria o cheiro da minha pele, da vergonha que escorria junto com a água.
Então ele se levantou e disse que iria me mostrar como se deve lavar o pinto, ele pegou o próprio membro e fez o mesmo que acabará de me mostrar, primeiro ele pegou o pênis pela base e puxou até a cabeça ficar toda para fora e então começou a lavar e notei que seu pênis foi crescendo em sua mão.
Fui seguindo os passos dele, tentando focar nas palavras, mas meu corpo tremia com um misto de vergonha e outra coisa que eu não conseguia nomear.
Ele fez o gesto devagar, como se fosse um ritual. Eu olhava sem conseguir desviar o olhar, fascinado e confuso ao mesmo tempo, e notei que meu próprio pênis começou a ficar ereto.
— Não precisa ter vergonha disso. Todo homem tem que cuidar do que é seu. Se não cuidar, dá problema.
— Homem que é homem se conhece. Não tem que ter medo de tocar. Nem vergonha de limpar. Ele disse isso passando a mão nos ombros, me virando de costas pra me mostrar o jeito de lavar entre as pernas. A água batia e pingava do meu saco como se lavasse pecados que eu nem tinha cometido ainda.
Eu queria entender, mas só sentia o peito apertado, a cabeça girando, o corpo queimando de um jeito que não devia. Era como se aquele cuidado simples, tão natural pra ele, estivesse carregado de uma carga que só eu percebia.
Ele então começou a ensaboar minhas costas e desceu até minha bunda, e passou direto, um frio me subiu pela espinha, e meu pau ficava cada vez mais duro, eu queria que ele tocasse mais, ele então passou pela minha bunda e desceu até minhas pernas e então voltou em minha bunda e então em um gesto ele passou a ponta da mão entre minha bunda e disse que também era importante lavar bem o anus, e então ele passou o dedo na entrada do meu cuzinho e ficou passando em volta falando que estava lavando bem.
Então ele me jogou água e me virou de frente meu pau estava muito duro e o dele também estava.
— Tá tudo bem sentir essas coisas. O corpo fala, a gente tem que aprender a escutar. Só não pode deixar que a confusão tome conta.
E o pau dele estava ali na minha frente, duro também como pedra, era grande, branco, a cabeça era um tom rosado, não era fino e nem grosso demais, era esteticamente agradável, e então eu encarei e ele notou.
— Tá tudo bem viu, é normal por causa do estímulo. Disse ele pegando no próprio pau. — O seu também está assim por causa do estimulo.
Ele então perguntou se eu tinha alguma pergunta ainda que podia fazer, e perguntei se podia pegar no pau dele que era grande, no que ele respondeu.
— Pode sim, só não pode sair por ai pedindo isso para outros homens, é errado, vou deixar você pegar só para acabar com sua curiosidade, e não pode contar isso pra ninguém segredo nosso. Disse pegando minha mão e levando até seu pênis.
— Agora vou te mostrar como se masturbar, para se aliviar.
Ele pediu para que eu sentasse no banco que tinha ali no banheiro e ele parou em minha frente então falou pra mim e falou para mi pegar em seu pau e fazer movimentos que ele ia ensinar, então fui batendo uma pra ele de leve.
Ele pediu para pegar mais firme e continuar no ritmo que era assim que fazia, que depois eu devia fazer em mim mesmo sozinho, então comecei a masturbar meu próprio avô naquele banheiro, seu pau foi ficando mais grosso e pulsando, e perguntei se podia colocar na boca.
— Vô posso colocar na boca pra ver como é?
— Não, isso é errado, não pode de jeito nenhum e nunca faça isso em ninguém, continua só fazendo o que está fazendo que é pra você aprender.
Então seguir batendo uma para meu avô e aumentando a velocidade, sua respiração foi mudando e ele colocou a mão em minha cabeça e pediu para continuar, então num ato impulsivo ele puxou minha cabeça para mais perto do seu pau deixando quase em minha boca e gozou, seu esperma foi na minha boca, e no rosto, foram uns 4 jatos bem fartos, eu então passei a língua em meus lábios enquanto ele ainda respirava ofegante de olhos fechados e quis passar a língua em sua glande agora totalmente vermelha.
— Abre a boca.
Eu abrir e meu avô então colocou a cabeça de seu pau em minha boca e saiu mais umas gotas de esperma na qual ele pediu para eu passar a língua devagar. E disse que era apenas para mim saber como era o gosto para não ficar com curiosidade e experimentar de outro homem, mal sabia meu avô que eu já sabia bem como era chupar outro homem.
Naquele momento, ali, entre o sabão e o silêncio, alguma coisa dentro de mim se mexeu. Uma coisa que eu só entenderia muito tempo depois. O que era ensino virou sensação. O que era higiene virou memória. E o que era toque virou marco.
Aquele dia, naquele banheiro, com a água escorrendo entre minhas coxas, foi quando a linha começou a ser desenhada.
E depois disso, ela nunca mais parou de se mover.
A gente nunca escolhe a primeira imagem que molda nossos desejos. Ela simplesmente acontece como um relâmpago. E depois, a gente passa a vida inteira tentando acender aquele mesmo raio no escuro dos nossos impulsos.
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Sabe aquela linha tênue do desejo? Eu atravessei. E não foi só um passo — foi um mergulho fundo, sem volta. Aquela fronteira é invisível, quase um fio de cabelo esticado entre o certo e o proibido. E quando você passa por ela, o mundo não é mais o mesmo. Nem você.
Foi ali, naquele instante, que tudo mudou dentro de mim. O jeito como o desejo queimava, a fome que eu tinha pelo proibido, o jeito que meu corpo respondia a coisas que eu nunca imaginei — isso tudo se formou naquele momento. Não foi só corpo, foi alma. Foi ali que minha visão de sexo virou uma dança complexa de segredos, poder e prazer que nunca mais larguei.
Essa linha que eu cruzei não só moldou meu tesão, mas minha personalidade inteira. O que eu sinto, o que me excita, o que me move — tudo nasceu daquele rompimento silencioso. E deixa eu te contar, o que você leu até agora? É só a ponta do iceberg.
Tem muito mais segredo, muito mais história suja, muito mais desejo proibido pra vir. E eu ainda tô descobrindo, vivendo e escrevendo tudo isso.
Porque uma vez que você cruza essa linha, não tem volta. Não é escolha — Você cai — e aprende a gostar da queda.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Entre Pecados e silêncio - Parte 6: A Linha Tênue do Desejo

Codigo do conto:
239227

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/07/2025

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